Certa vez, alguém disse: "A personalidade tem o poder de abrir portas, mas o caráter mantém-nas abertas."
É interessante pensar-se sobre a diferença entre a personalidade e o caráter, especialmente a sua própria. Muitas pessoas desejam ter "personalidade", o que
normalmente significa um estilo exterior que as pessoas consideram atrativo. Os meios convencionais de comunicação retratam "personalidades", pessoas que são famosas somente por terem um rosto que aparece na mídia. É significativo que a palavra "persona" (de onde vem "personalidade") originalmente significava uma máscara ou um disfarce usado por um ator no palco.Caráter é uma coisa mais profunda. É o que você é quando não tem ninguém por perto. É aquilo que sua vida significa e os valores dos quais você vive. Leva mais tempo para o caráter ser revelado, mas ele se manifesta quando a vida torna-se difícil.
Em 2 Coríntios 12.1-6, Paulo refere-se a uma experiência mística que as palavras não podem descrever. Ele não se nomeia como a pessoa envolvida, mas a expressão "um homem em Cristo", provavelmente relacione a si próprio. Humildemente, o apóstolo se mostra relutante em identificar-se como a pessoa que vivenciou tal experiência inexplicável, sua atitude revelou seu caráter e personalidade, ele era alguém que não desejava usar tal episódio para apresentar-se superior aos demais apóstolos.
E logo a seguir lemos o seguinte: "E, para que eu não ficasse orgulhoso com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que eu não me exalte. Três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então ele me disse: 'A minha graça é o que basta para você, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza.' De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo (2 Coríntios 12.7-9 - NAA).
Deus prometeu a Paulo que, no meio de fraqueza e frustração, ele encontraria com mais facilidade o poder sobrenatural através da sua fé em Cristo. Após ouvir a resposta divina, o apóstolo entende que é possível reconhecer o poder de Deus em outras áreas de sua vida, em que enfrenta limitações, fraqueza e sofrimento. Ele mostra o princípio divino e dinâmica do Senhor, escreve: "Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte" (12.10).
Do ponto de vista humano, algumas situações parecem injustas, porque a nossa mente não alcança a compreensão sobre os desígnios de Deus. As dúvidas cercam o nosso coração, somos inundados por grandes ondas de tristeza e confusão. Então, formulamos a pergunta: como é possível um Ser bondoso permitir tão severa experiência?
O melhor a fazer é buscar respostas nas Escrituras. A leitura bíblica nos leva a conhecer o Juiz do universo. Ao ler e meditar no conteúdo da Bíblia Sagrada, passamos a compreender como Deus opera, pois o nosso intelecto é expandido ao nível de fé e espiritualidade. Nesta nova configuração, o caráter cristão m0lda a nossa personalidade, passamos a entender que mesmo através de experiências severas, Deus é digno da nossa submissão e confiança.
Deus é o nosso Ajudador poderoso. Está presente em nosso dia a dia, inclusive nos momentos de adversidades, e faz com que todas as circunstâncias colaborem para o bem daqueles que o amam e atendem aos seus chamado (Romanos 8.28).
Artigo escrito a partir de notas de Marshall Shelley, publicada na revista Nosso Ajudador Poderoso, da série Conhecendo Deus. Editora Vida. São Paulo - SP.
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