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segunda-feira, 8 de março de 2021

A mulher cristã deve ser submissa ao marido em todas as coisas que ele mandar?

Por Eliseu Antonio Gomes 

Oito de Março: celebração do Dia Internacional da Mulher. Então eis aqui uma reflexão bíblica, de raiz neotestamentária, para as irmãs casadas e que estão em via de se casarem.

Paulo escreveu: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor” (Efésios 5.22); “...como convém no Senhor” (Colossenses 3.18).

Submissão não é uma palavra tão bem interpretada por leitores da Bíblia. Machistas encontram nela uma base para exercer domínio abusivo. Feministas aceitam a interpretação errada de machistas e ignoram que o Criador as ama tanto quanto ama os homens.

Submissão, no conceito bíblico, é viver ao lado de alguém que lhe quer bem e somar esforços com tal pessoa em um objetivo comum, no qual será abençoada. Ser submissa é ser a conselheira n° 1, ser merecedora de honra e respeito por parte de seu marido. Submeter-se “como convém no Senhor”, significa que existe um parâmetro de submissão às esposas. Elas têm o Senhor ao lado delas dando-lhes proteção. O Cabeça do marido é Cristo, que ordena o marido a amar sua esposa como Ele mesmo amou a igreja e a si próprio se entregou por ela, ordena que o marido ame sua esposa como ama seu corpo (Efésios 5.25 e 28). 

Quando um marido age fora das diretrizes recomendadas pelo Evangelho, a esposa deve lembrar-se que o Criador fez a mulher capaz de auxiliar o homem, a esposa é adjutora do seu marido. Nessa condição, precisa ajudá-lo a voltar à obediência ao Senhor (Gênesis 2.18, 20). Então, diga-lhe que sua sujeição está condicionada ao termo “como ao Senhor” e que tal qual o Senhor que jamais pecou, não quer pecar; diga-lhe que sua condição de ser submissa está condicionada a “convém ao Senhor” e não é conveniente a Cristo que sua serva peque.

O relato encontrado em Gênesis 2.18, 20, mostra a missão da esposa como adjutora (auxiliadora) do homem que é o seu marido. Em tal porção bíblica está enfatizado que não seria boa a situação para o homem permanecer sozinho, o marido é dependente da ajuda de sua parceira conjugal. Ajudar é coisa importante. No Salmo 54.4, encontramos o salmista comemorando com a seguinte frase: “Deus é o meu ajudador”. O termo hebraico para ajudador é o mesmo que temos para a palavra adjutora (Gênesis 2.18, 20).

Adjutora em hebraico é “neghedh”. Significa “contraparte; parceiro (a); defronte de; perante de; outro lado; vista. A palavra “neghedh" está associada ao verbo “nãghadh”. O sentido de “nãghadh” é permanecer corajosamente diante de (...); anunciar falando; mostrar; explicar; predizer; proferir; falar com segurança; declarar; denunciar. No contexto bíblico em que estamos abordando, tudo isso está sobre o objetivo de ajudar ao marido. 
 
Em situação crítica, a mulher casada com um cristão evangélico precisa buscar ajuda no gabinete pastoral, ter orientação pastoral estando o pastor ao lado de sua esposa.

Se o marido evangélico é intransigente quanto à necessidade de obedecer a Palavra, tem sobre ele a autoridade da Igreja, que seja entregue ao julgamento de Deus o quanto antes. “E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mateus 16.19). Desligar alguém da comunhão não é desamor, é exercer amor através da ação exortativa baseada na Palavra de Deus (Provérbios 3.12; Hebreus 12.6).

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