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sexta-feira, 12 de abril de 2019

Creio, mas não vivo de acordo com minha crença

21,5 x 17 cm
Quando, num encontro de amigos, a conversa gira em torno da dedicação à fé cristã, é muito frequente ouvir alguém dizer com espontaneidade e determinação: "Creio em Jesus Cristo, mas não sou cristão praticante." Trata-se de uma afirmação que aparentemente é cheia de lógica e é comum ninguém opor-se.

A argumentação para esse modo de se comportar diversifica de indivíduo para indivíduo. Há pessoa que deixou de lado o exercício da fé pelo desapontamento com a liderança religiosa da
comunidade; outra, sem notar, pouco a pouco abandonou sua vida de fé; passou tanto tempo sem ler a Palavra de Deus, sem orar e frequentar cultos que, quando percebeu, já havia desorganizado completamente sua vida espiritual que não existia mais lugar para manifestações da sua fé em Cristo que, sem muitas indagações, a abandonaram.

Algumas pessoas desprezam a prática religiosa com a alegação de que desejam uma maior legitimidade. Dizem não gostar de normas e ritos; têm predileção por uma religião sem estruturas, sem organização física. Esquecem-se de que somos seres humanos. Precisamos de contatos, nos relacionamos por sinais, gestos e palavras. Nós usamos até o nosso corpo como meio de comunicação. Expomos nossos sentimentos com um sorriso ou um aperto de mão, uma palavra ou um tapinha nas  costas, fazemos questão de nos reunir com a família nos dias de festa e presenteamos um buquê de flores para a nossa mãe; telefonamos ou enviamos postagem por rede social para o amigo, parabenizando-o no dia de seu aniversário; e nos alegramos com o gesto da criança que abre os braços para acolher o pai que chega.

Como nos relacionar com o Pai celeste sem aplicar ao dia a dia a crença nEle?  

Na Bíblia, o livro de Isaías, capítulo 53 e versículo 4, traz a passagem que é uma verdade fundamental do cristianismo. Jesus teria muitos meios para nos alcançar, mas escolheu por nos salvar pela cruz. Na verdade, a narrativa de Isaías retrata a dimensão profunda que Cristo sofreu para que vivêssemos. O relato do profeta messiânico toca nosso coração, porém, o Senhor sofreu muito mais.

Jesus pegou para si os nossos pecados e os levou para a cruz. Por suas chagas Ele quer que nos beneficiemos da misericórdia de Deus. Através da sua morte e ressurreição ao terceiro dia, pretende que experimentemos o renascimento espiritual. Para tanto, precisamos reconhecer os nossos equívocos e abandoná-los.

É possível crer sem praticar?

A fé é tal qual uma raiz e suas ações são seus frutos. A fé inoperante é uma fé sem essência, não há lógica em crer e viver como se não acreditasse. No idioma grego koiné, usado para escrever o Novo Testamento, a palavra "fé" é "pistis", que em sua descrição abrange o significado de fidelidade. A consequência natural é que aquele que crê aja em conformidade com suas convicções.

Exatamente agora, se você quiser e tomar a atitude sincera de apresentar o seu coração ao Senhor Jesus Cristo, dizendo-lhe que crê nEle mas não é um cristão ou cristã praticante de seus ensinamentos, Ele trabalhará em seu favor, restaurando o seu coração que não possui a firmeza de confiar plenamente.

O apóstolo João aborda em sua primeira carta sobre o pecado, a confissão, o perdão: "Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1.8-9). Jesus nos ensina que vivemos no tempo da misericórdia de Deus. Ele está disposto e é suficientemente poderoso para nos fazer novas criaturas, toda pessoa que se lança na grandiosa misericórdia de Deus e se arrepende, é abençoada com o perdão e tem da parte do Senhor Jesus a libertação da opressão do pecado e passa a viver em novidade de vida.

Tire um tempo do seu dia para seu espírito relacionar-se com o Espírito de Deus.

Seja qual for a sua situação, é preciso esforço, perseverança, nada é conquistado se nos mantemos de braços cruzados. A misericórdia faz o que não podemos fazer, ela oferece novo vigor  e nova vida espirituais, mas quem imprime a nova fase disso tudo somos nós mesmos, os alvos da misericórdia de Deus. Receba a misericórdia divina, abandone de uma vez por todas o estilo de vida de crer e não praticar a crença nos ensinamentos de Cristo.

• Leia a Bíblia devocionalmente. 

Ela contém palavras vivas do nosso Deus. Nela, você encontra princípios básicos para a sua vida cristã, toma mais conhecimento sobre Deus. O hábito de ler ao menos um capítulo por dia é muito importante. Aos leitores iniciantes, começar pelo Evangelho de Cristo segundo João, depois passar para Atos dos Apóstolos e Romanos, antes dos outros livros bíblicos, faz com que seja criado consciência reforçada sobre o que representa o Plano da Salvação.

• Ore. 

A sua oração é a linha de contato entre você e Deus. Fale com o Senhor, sem timidez ou medo. Leve todos os seus problemas à Ele, abrindo o seu coração com sinceridade. Ele está interessado em lhe ajudar.

• Vá à igreja. 

Passe a frequentar uma igreja evangélica. Deus, nosso Pai celeste, é dono de uma fonte inesgotável de bondade, está de braços abertos para nos abraçar calorosamente. A misericórdia dEle é tão imensa que nos introduz em sua imensa família, composta de filhos e filhas praticantes da fé cristã.

A igreja é um local importante para você crescer espiritualmente. Na comunidade eclesiástica é essencial a prática do amor a Deus e ao próximo. Deus sempre espera que nós, alvos de sua misericórdia, em tempos de fraquezas e limitações, sejamos de alguma maneira amparados pela nova família. E também que através da nossa relação com Ele experimentemos uma nova perspectiva de vida, quando mudamos da condição de pessoa socorrida para pessoa com a capacidade de socorrer, e assim, voluntariamente, exerçamos misericórdia aos que necessitam de alguma espécie de amparo.

Conclusão.

Viva a sua fé convivendo com gente praticante da fé em Cristo. Esteja ao lado de irmãos e irmãs que estão em prontidão para lhe abraçar e ajudar outros em suas necessidades. Receba de bom grado o apoio para continuar sua trajetória de crente praticante da fé em Cristo e seja incentivador de outras pessoas a fazer o mesmo.

E.A.G.

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