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quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Homem-Aranha e conflitos da Igreja Atual

Homem-Aranha no Aranhaverso 
Animação da Sony Pictures é indicada ao Oscar 2019

Em agosto de 1962 chegava às bancas dos Estados Unidos a primeira história em quadrinhos do Homem-Aranha. Criado por Stan Lee e Steve Ditko, o personagem trazia uma nova temática aos gibis: os problemas comuns do ser humano.

Até então, quem lia revistas de quadrinhos nunca havia encontrado histórias nas quais o personagem tivesse a preocupação de pagar as contas no fim do mês. Ou que enfrentasse problemas para conseguir agradar a namorada. Muito menos que tivesse que driblar os valentões da escola, que o humilhavam diariamente.

E o que os criadores do Homem-Aranha fizeram foi justamente explorar esses dilemas com os quais todos vivemos, em aventuras de combate ao crime. O resultado foi tão espantoso que a fórmula se repetiu em diversas revistas. A partir daí, não era mais possível imaginar um super-herói sem crises emocionais, traumas e medos.

O interessante é que em algumas igrejas estamos vivendo um momento absolutamente inverso a tudo que pode explicar o sucesso do Homem-Aranha.

Enquanto as histórias do herói valorizam os conflitos de um ser humano comum e os problemas de alguém com “os pés no chão”, mostrando que não existe poder que dê vitórias em todas as áreas da vida, algumas igrejas e líderes religiosos fazem o discurso inverso. Insistem em seus sermões numa suposta autoridade que podemos exercer sobre Deus, pela qual temos condição de exigir alguma coisa do Criador, determinando bênçãos em nossas vidas. Para esses líderes religiosos, o cristão não vai enfrentar derrotas nunca, a menos que tenha uma fé insuficiente, fraca e pobre.

Esses aí, logo vão dizer que a morte de Jesus Cristo na cruz se deu pela falta de fé do Filho de Deus…

Voltemos aos quadrinhos do Homem-Aranha. Quando Peter Parker foi picado por uma aranha que lhe daria poderes, isso não lhe garantiu uma forma fácil de ganhar dinheiro, nem um lar rico, nem um bom círculo de amizades. Grandes poderes só trouxeram grandes responsabilidades.

E é um modelo de vida assim que encontramos nas palavras de Jesus. Falando de uma forma figurada, quando somos “picados” pelo amor de Deus, salvos por Ele, passa a correr em nossas veias um sangue que nos torna “mais que humanos”, sim. Somos filhos do Altíssimo. Ganhamos o “poder” de conversar com o Pai sem intermediários, de ouvir Sua voz, de adorá-lo e de seguirmos seus ensinamentos. Mas não ganhamos nenhuma garantia de que nossos problemas desaparecerão!

Pelo contrário, nos ensina Jesus que “no mundo teremos aflições”, e que devemos ter “bom ânimo”, porque ELE venceu o mundo. E a nossa responsabilidade é levar essa mensagem adiante.

A Bíblia ainda fala que muitos serão mortos pelo evangelho, serrados ao meio, perseguidos e injustiçados em nome de Deus. Entretanto, parece que essa mensagem não faz mais sucesso em nossos púlpitos, é evitada para não afugentar congregações que preferem se embebedar com promessas de felicidade e riqueza, entre gritos e gemidos de aleluia.

Fuja disso.

Fonte: Deus no Gibi - https:// bit.ly/ 2S5OnKQ | Autoria não identificada. 

3 comentários:

Evangelizando...mensagens bíblicas disse...

EXCELENTE!...Gostei imensamente da exortação!...

Eliseu Antonio Gomes disse...

Olá, Suely.

O autor deste artigo, que não se identifica, foi bastante feliz ao traçar o paralelo entre a personagem de gibi e cinema, com a maneira que deve ser a posição do cristão em face das aflições que encontramos neste mundo.

E fica aqui o agradecimento a irmã Wilma Rejane, que veio ao blog com esta pauta.

Abraço.

Wilma Rejane disse...



Olá Eliseu,

Gostei muito desse artigo, pois é algo que tenho refletido ultimamente. As mensagens de triunfo e vitória fazem sempre sucesso nos púlpitos, as pessoas também usam chavões como: "Deus é contigo, profetize!", entre outros. Porém, ao nos aproximarmos do Calvário do Cristo injustiçado, que foi morto e ressuscitou, vamos ouvir Sua voz dizendo: Pegue sua cruz e siga-me. Eis o Evangelho, aquele de caminho estreito e apertado, de espinhos que nos traz à consciência da fraqueza humana e da necessidade de estarmos constantemente abrigados na Fortaleza que é Deus.

Saudações, irmão!