Ser feliz na fase infantil é gozar de boa saúde e ter dias cheios de diversão estando acompanhado dos pais, que lhe proporcionam a sensação de plena segurança.
Aos adolescentes, o que causa satisfação é vivenciar dias de festa em companhia de garotos e garotas da sua faixa-etária. Além da boa disposição física e mental, a socialização com gente da mesma idade é muitíssimo importante.
Para quem chegou aos trinta com vitalidade, ser feliz pode significa ter encontrado o par amoroso, e com esta pessoa experimentar ocasiões romanticamente monótonas, mas intercaladas com climas cheios de ineditismo controlado. O lado de dentro de portas e janelas fechadas e a imensidão escancarada do céu azul ensolarado, quando um está ao lado do outro, proporcionam momentos por demais sensacionais.
Na margem dos quarenta anos, o auge do vigor e beleza física, se sentir feliz significa olhar ao redor e notar que há estabilidades em todas as áreas. Constatar que construiu o seu ninho familiar e nele existe acolhimento, repouso, confiança, compreensão. Nesta altura da vida, viver a dois é bom, viver com a pessoa amada e junto a ela cuidar bem da sua prole é muito melhor.
Aos 50 anos, se sentir feliz é ter condição de colocar a mente para funcionar e lembrar que passou por todas as fases da vida e soube escolher as melhores opções, mesmo que não tenha conseguido vivê-las intensamente. É saber que nenhuma circunstância e ninguém são capazes de trazer totalmente a paz ao seu coração; é entender e aceitar que ninguém é uma pessoa perfeita e através desta introspecção julgar a si mesmo como gente imperfeita e buscar ser alguém melhor com vista a intensificar esforços para promover a felicidade dos outros.
Aos sessenta, ser feliz é observar que os filhos e filhas cresceram, e como pássaros em revoada agora eles cruzam o distante horizonte de maneira independente e voltam ao ninho que você construiu por iniciativa própria, trazendo netos e netas para visitar você por algumas horas.
Setenta é feito de dias de enfado físico. O corpo cansado poderá viver minutos, dias, meses e anos preenchidos com momentos sobre o leito da tranqüilidade ou da enfermidade intercalada com tempos de saúde. O regozijo destes dias está em saber que existe um Salvador e Senhor chamado Jesus Cristo. Entender que Ele oferece suas mãos para em momento apropriado conduzi-lo à eternidade e lá no porvir colocá-lo junto a Deus, o Criador de todos os universos e o que neles existem.
Com oito décadas acumuladas, e outras que Deus permita usar o fôlego da existência humana, é tempo de considerar estar aos cuidados de quem amamos. A vida é esta sinergia. Deixemos que aqueles a quem prestamos nossos gestos de carinho e cuidados por toda a nossa vida, retribuam o que fizemos por eles.
Assim como não são todas as primaveras compostas apenas de flores e canto de pássaros. A vida feliz surpreende a todos nós com interrupções e diminuições no grau da nossa felicidade. Traz surpresa até para as pessoas mais precavidas. Mesmo que em sua caminhada tenha havido motivos para derramar muitas lágrimas, apesar de ter encontrado mais sombras do que claridade, ainda que não tenha encontrado grandes chances e boa sorte, não se perca chorando pelos dias que se foram e considerou injustos.
É natural esperar os dias de calor, mas também é natural existirem as imprevisões meteorológicas, o susto que silencia o riso. Desencontros. Despedidas involuntárias. Nestes momentos ruins, é necessário agradecer por cada segundo feliz que tivemos no passado e olhar para o futuro sem perder a esperança que haverão oportunidades para sorrir outras vezes.
Busque o otimismo. Olhe para frente, seja crente que Deus ama você. Ele existe e deseja que em cada direção que andar tenha olhos bem abertos aos jardins e nestes espaços floridos encontre flores perfumadas e jamais seja enfraquecido pela dor provocada por alguns arranhões de espinhos.
E.A.G.
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