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domingo, 14 de dezembro de 2014

Deu no UOL: Governo diz que cenas de beijo gay têm mesma classificação que beijo hétero

Nota Belverede: Antes de tudo, que fique claro eu entender que o beijo romântico é um carícia íntima. Como regra áurea da obviedade do termo "íntimo", espera-se que a troca de carinho aconteça discretamente entre os envolvidos. Com toda certeza ninguém merece o show público "olhem nós aqui". É deplorável ser testemunha de casais indiscretos trocando afetos físicos. Faço referência aos héteros e homossexuais. É feio, não é demonstração de amor, é atestado de falta de educação, falta do senso do ridículo e de autocontrole.

Minha filha mais nova, aos 12 anos de idade, teve o desprazer de estar na mesma fila de cinema com duas garotas atracadas bem próximas dela; vi algo parecido na estação Vergueiro do metrô de São Paulo há um mês atrás. Essa gente passa a vaga noção de ser personagens de um roteiro escrito por um ébrio em estado avançado de debilidade mental.

Se algo desse tipo acontecer na programação da televisão em horário em que o público juvenil é recomendado a assistir, será a imposição aviltante do programador do canal contra os telespectadores que prestigiam a emissora. Então, deixem de prestigiá-la e troquem de canal, pessoal! Conversem com parentes e amigos pedindo para desprezarem a emissora. Reclamem na emissora pelos meios de contato que ela oferece. Protestem por e-mail e pelas redes sociais falando da descompostura de anunciantes que patrocinam a falta de pudor na televisão, cite-os nominalmente para que percam consumidores.

Se ficamos quietos, vão pensar que aprovamos essa situação degradante. Exemplo de como reagir em rede social: "O shampoo marca Y e refrigerante X são responsável por filme W que mostrou beijaço às 15 horas do dia tal na sessão de filme ou programa de palco de dia tal na emissora tal. Evite o canal e compre produto (s) da concorrência desse (s) anunciante (s)".

O telespectador do século 21 não está preso ao que é exibido no televisor, ele pode acessar conteúdo de televisão por outros meios de comunicação, disponibilizado na internet via sistema On Demand e vídeos. Hoje o público não tem só uma opção para assistir TV, além da grade tradicional, é possível ver através dos recursos da moderna tecnologia. Faça uso dela, se precisar.


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Do UOL, em São Paulo 11/12/2014 11h59

UOL - Entretenimento TV e Novelas

O Ministério da Justiça publicou uma nota em sua página oficial no Facebook na manhã desta quinta-feira (11) explicando que -- para a classificação indicativa de programas de televisão, filmes e outras obras culturais -- não há diferenciação entre cenas que mostrem beijos de pessoas do mesmo sexo e de sexos diferentes.

"O beijo é Livre (ainda bem, né?). Para a Classificação Indicativa do MJ, é indiferente se o beijo é entre pessoas do mesmo sexo ou não. A nudez não erótica também pode ser considerada Livre", diz o post no perfil da organização governamental.

A página do ministério explica ainda que a indicação muda quando o conteúdo é erotizado, mas que mesmo assim não faz distinção entre as orientações sexuais. "Conteúdos mais erotizados – nudez velada, insinuação sexual e carícias sexuais, como preliminares ao ato sexual – podem ser 'não recomendado para menores de 12 anos'. Nesse caso, também não faz diferença para a #ClassificaçãoIndicativa se as cenas são protagonizadas por pessoas do mesmo sexo."

 No post, a página do governo ainda mostra uma cena romântica entre dois homens, do filme "O Segredo de Brokeback Mountain".

A publicação foi bastante comentada desde sua publicação, com a maioria dos internautas se colocando contra o critério exposto pelo Ministério da Justiça. "Acho isso ridículo e sinal de final dos tempos", diz o usuário Rogério Reis. "Livro da Justiça de Deus fala ao contrário - fico com a Bíblia", opina Pedro Eneias. "O ministério da justiça em vez de se preocupar com a impunidade, criminalidade, corrupção e tantas coisas mais importantes está preocupado em promover a imoralidade e depravação", diz Junior Caetano.

O internauta Valmir Sarmento diz que carícias entre homens e mulheres não estão "no mesmo patamar" que carícias entre pessoas do mesmo sexo. "O MJ não pode simplesmente forçar, violentar e arrombar a consciência, os costumes e padrões de milhares de famílias e lares brasileiros forçando-os a colocar as carícias entre dois homens, ou duas mulheres, no mesmo patamar das carícias entre homem e mulher. O Estado é servo da sociedade e não o contrário."

Em contrapartida..." [íntegra da matéria na fonte

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