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terça-feira, 25 de novembro de 2014

Esperando uma resposta

Por Myron S. Augsburger

Ouvi falar de um médico que quando começou os seus estudos era agnóstico. Depois de completar o curso médio em um colégio evangélico, foi para uma escola de Medicina e trabalhou como interno em um hospital, tornando-se depois um médico de sucesso. Um dia, depois que ele já conhecia Jesus Cristo, visitou sua antiga escola, e disse ao diretor: "Todo aquele tempo em que eu estava fazendo perguntas e agindo como cético (o que eu realmente era), na verdade, o que estava procurando não era uma solução para os meus problemas, estava esperando que algum professor tivesse a ousadia de se levantar e me dizer 'Jesus Cristo é real para mim!' ".

O homem é mais do que uma mente: é uma vida. É por isso que o mundo pergunta à igreja: "Que diferença faz o seu cristianismo? Onde está o evangelho concreto, expresso em vidas transformadas?"  A igreja tem encarado o problema da integridade ou santidade (estas palavras não têm o mesmo sentido), de maneira exageradamente moralista. Santidade não significa apenas evitar certos hábitos, relaciona-se com integridade de vida. Muitas vezes a igreja tem falhado neste ponto. Assim, hoje em dia, em vez da igreja espalhar uma mensagem a respeito da integridade moral, é o psiquiatra, o psicólogo e o médico que estão empreendendo a discussão.

Íntegros num mundo corrupto 

Precisamos descobrir novamente como é que adquirimos santidade. A terapia de Deus está ao alcance de todos. O seu propósito é tornar homens e mulheres em pessoas íntegras em um mundo corrupto. É produzir homens e mulheres de caráter íntegro, que possa demonstrar, de maneira convincente para a nossa sociedade, o verdadeiro propósito de Deus em relação ao homem.

Qual é o maior remédio para os males da sociedade?  Nunca mudaremos a nossa estrutura social simplesmente promovendo "um polimento da imagem"; precisamos tirar o pior de dentro do homem. E ao dizer isso, não estou introduzindo nenhuma doutrina ingênua, estreita, reacionária, pois os nossos assistentes sociais e sociólogos também estão falando a mesma coisa. O evangelho que transforma a vida do homem é a única solução para os males da sociedade.

O que transforma a vida de alguém que tem sido escravo de seus maus instintos? O que impede um homem de tornar-se fantoche nas mãos dos próprios desejos? O que faz com que um homem que já foi manipulador de pessoas, usando-as para o seu próprio benefício, torne-se um irmão e servo de seus amigos? É a obra de Deus e sua graça; é a presença transformadora de Jesus Cristo em sua vida. O resultado é o que a Escritura chama de "nova criatura". 

Dr. Carl G. Jung, um falecido psicólogo suiço, disse certa vez que as perguntas que mais lhe faziam era: "O que é a vida?"; "Por que estou aqui?"; "Para onde vou?". Quando demonstramos que Deus pode nos conceder poder para vivermos uma existência reta, positiva e útil, quando demonstramos para os que nos rodeiam o que significa pôr Jesus Cristo em primeiro lugar, respondemos a essas perguntas com a vida, não com uma ou duas sentenças. Nós nos tornamos parte do que nosso Senhor chamou: "o sal da terra", que se desgasta no enriquecimento que ele próprio proporciona.

Fonte: United Evangelical Action, de julho de 1965 via Mensagem da Cruz, nº 112, março-abril de 1997, Belo Horizonte (MG). 

Um comentário:

Mateus Emilio Mazzochi disse...

Paz do Senhor, excelente artigo. Precisamos mais de Deus em nossa sociedade, e quem melhor poderia cumprir o papel de presentar Deus para as pessoas é a igreja de Cristo, mas muitas vezes falhamos neste propósito. Deus abençoe.