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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A RedeTV! e a grade de programação religiosa

Foi publicado recentemente um artigo interessante no site G+ (Gospel Mais.Com), assinado por  Dan Martins, cuja fonte é um colunista do portal UOL. que escreve sobre televisão.

De acordo com a nota, a orientação da cúpula da RedeTV! é a seguinte:

"É terminantemente proibido mexer com elas' (igrejas com horários veiculados no canal). 'Principalmente aquelas que pagam em dia, como a Universal, por exemplo – afirma o jornalista. De acordo com Flávio Ricco, os novos investimentos feitos pela emissora em sua grade de programação passam obrigatoriamente pelo crivo de não interferir na programação religiosa."

É claro que a decisão da direção da emissora ocorre motivada pelo dinheiro, não se espera outro motivo para gerentes de empresas. Os cristãos que pagam pela veiculação de conteúdo sabem disso, e estão dispostos a continuar pagando. Existe tal disposição porque eles são sabedores que Jesus manda o crente ir ao mundo pregar. Os evangélicos patrocinam esses programas com propósitos evangelísticos. É obrigação de todo crente procurar os espaços em que o pecador está e anunciar a mensagem de salvação. No caso da TV, o ambiente do mundo se configura nos espaços da grade de programação em canais seculares.

Da minha parte, sem me aprofundar em questões doutrinárias denominacionais, gostaria que todos os canais de televisão abrissem espaço às igrejas. Gostaria que todas as denominações evangélicas usassem pelo menos uma hora ao dia em comunicação televisiva. Penso que é importante a presença na grade de programação da televisão, pois a televisão ainda é um dos veículos de comunicação entre os mais populares da mídia mundial, portanto, ainda é um dos meios consideráveis para divulgar a Palavra de Deus.

Alguns anos atrás eu, em uma madrugada, sintonizei um determinado canal que regularmente veiculava programação religiosa e me surpreendi que houvesse naquele horário um tal de cine prive. A grade daquela programação havia sido mudada naquele horário, o espaço religioso pelo pornográfico. Nesta situação, me coloco no lugar de quem ainda não conhece Jesus, que salva todo indivíduo que invocar o seu nome. E diante disso fica a pergunta de Paulo, de maneira parafraseada: "Como o telespectador crerá se não há quem pregue via televisão?"

Tive a chance de conhecer um senhor cuja profissão era trabalhar como caminhoneiro, ele traiu a esposa por mais de trinta anos, por décadas foi viciado em cigarro e álcool, e o seu vocabulário era repleto de palavreado chulo - usava palavras torpes até diante de crianças, e era um sujeito briguento. Em determinada ocasião, se converteu ao Senhor Jesus e passou a ser marido fiel, livrou-se dos vícios da bebida e fumo, suas conversas passaram a ser agradáveis de se ouvir, tornou-se um sujeito tratável. Este tipo de transformação ocorre quando a pessoa ouve a Palavra de Deus e abre seu coração. Muitas vezes a mensagem libertadora acontece por intermédio da transmissão via televisor.

Eu ficaria muito feliz se a Assembleia de Deus inteira (todos os ministérios assembleianos: ministérios independentes e ministérios ligados em convenções pastorais distintas), Igreja Batista, Igreja Presbiteriana, etc, empenhassem-se com guarra no serviço da comunicação através de emissoras de TV. Talvez, se todas as igrejas evangélicas estivessem atuantes assim, seriam maiores do que são hoje em dia e com certeza dariam aos telespectadores brasileiros, aqueles que não frequentam templos, a oportunidade de conhecerem a Jesus e entenderem as diferenças entre as doutrinas neopentecostais, pentecostais, tradicionais, reformadas. Atualmente, para quem não é evangélico todas as igrejas se parecem iguais e sabemos que elas não são.

Penso que é importante existir a presença de mensagens evangélicas na televisão porque faço comparação entre os programas religiosos e os não-religiosos, cujo mote é quase sempre a violência, o sexo fora do casamento e idéias filosóficas que confrontam em 100 % o ensino de Cristo.

Em breve os canais brasileiros estarão com seu nível mais baixo do que já estão, pois importam programação americana, que se deteriora. Ouvi um jornalista - ele não é religioso, apenas passava adiante a informação exercendo sua profissão - comentar que em 2014 as emissoras de canais americanos lançaram 128 seriados com temática voltada à sensualidade. Então, brevemente, uma parcela deste conteúdo lascivo estará em nossos televisores.

Que bom seria se os programadores da televisão do Brasil comprassem menos produções vulgares e se interessassem mais em difundir programas religiosos. Seria ótimo se os espaços da televisão brasileira fossem preenchidos com menos produtos enlatados made in USA e houvesse mais mensagens que tocassem na necessidade da alma humana, tão carente de alimento espiritual. Minha esperança e oração é por esta mudança de disposição na mente de todos os detentores de concessão de televisão. Este desejo se baseia no fato de saber que existe muita gente precisando ouvir a mensagem do Evangelho, e entender ser uma boa estratégia evangelística manter programas de igrejas em canais seculares. Quando os cidadãos se convertem, a sociedade melhora, ao receber Jesus no coração o cidadão muda para melhor: aquele que mentia deixa de mentir, o que usava de violência procura resolver seus problemas usando o respeito ao próximo, a pessoa com tendência homicida se contém, e assim por diante.

É difundida a ideia que a maioria das transmissões de programas religiosos não atinge 1 ponto na escala do IBOPE. Eu desconfio da acuracidade dessas pesquisas. Será mesmo que refletem a realidade, ou será que elas apontam apenas ao resultado de um baixo percentual de televisores com o tal aparelhinho de aferição? E pergunto mais: quem usa os tais aparelhos? Qual critério é usado para instalar esses aparelhos?

E.A.G.

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