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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Claudio Pimenta aos trancos e barrancos



Está no YouTube um vídeo de Claudio Pimenta, missionário que vive no sertão do agreste brasileiro.

Ele lançou uma mensagem ao lado de bicho morto, supostamente morto devido ao problema climático da seca. Ele desafia os evangelistas que estão na televisão, e pastores das grande cidades, para irem para lá onde ele está. É uma fala desafiadora e inconsequente, própria daqueles que leem a Bíblia Sagrada sem conseguir contextualizar os textos bíblicos. Assista: aqui.

Ora, está escrito nas Escrituras assim: uns para apóstolos (missionários), uns para pastores, uns para evangelistas (Efésios 4.11). Nem todos são missionários, nem todos são pastores, nem todos são evangelistas. Então, cada qual permaneça fiel na chamada que recebeu de Deus, porque só dentro do favor que recebeu do Senhor será útil como ministro de Cristo.

Claudio Pimenta merece nossa admiração pelo trabalho que faz.

Entretanto, entendo que o grande desafio de Pimenta é o mesmo desafio que todas as pessoas que se propõem a fazer apologia bíblica têm. Qual? Ir além de simplesmente apontar o problema, precisam mostrar claramente as soluções. Infelizmente, são muitos cristãos que se autodenominam apologistas, mas estão falhando nesta tarefa. Banaliza-se a apologia cristã. E assim sendo, os verdadeiros apologistas já estão com vergonha de se identificarem como apologistas!

Nesta questão de prosperidade, aqueles que se dizem apologistas, limitam-se a bradar contra a Teologia da Prosperidade (que é um movimento que tem desvios doutrinários, sim) mas são incapazes de ir além disso. Então, a ideia que passam é que o Evangelho de Jesus seria a Teologia de Miséria, mesmo que o objetivo deles não seja isso.

Ratificando: é como eu disse, apologia cristã é apontar erros e mostrar as soluções. E, com argumentações contextualizadamente bíblicas, perfeita base hermenêutica e exegética.

E.A.G.

2 comentários:

Anônimo disse...

Saudações em Cristo!, concordo com sua opinião sobre a chamada ministerial de cada um.
Mas os tele-evangelistas apresentam essa falsa teologia prometendo bençãos materiais para todos que "semearem" em sua obra. Interessante que nunca incentivam obras sociais, somente as suas é que são de "Deus".
Também sou contra a teologia da miséria, confira o que o Pr. Altair germano publicou em seu blog sobre essas duas teologias.

Abraços no amor de Cristo - Pb. João Eduardo - AD Min. Belém - SP.

Edson disse...

O irmão Pimenta está certinho, Jesus nunca vestiu a roupa dos "apologistas modernos" ou ficou tentando provar teses para os religiosos da sua época; para os judeus religiosos ele disse simplesmente: Eu sou! Para a multidão interesseira em comer pão e peixe de graça, ele simplesmente disse: Quem não comer da minha carne, nem beber do meu sangue não é digno de mim! A multidão raivosa, sem compreender as palavras de Jesus deixou o auditório vazio, nem por isso Jesus foi apresentar "soluções" ou tentar "consertar" o que ele disse para tentar deter o povo. Até para os discípulos que se sentiram incomodados ele disse: E vocês não querem também ir com eles? A única certeza que faz com que o homem queira permanecer com Jesus de verdade, é o testemunho no coração de que só ele, somente ele, tem as palavras da vida eterna.
O Evangelho é simples assim! Tentar adaptá-lo às necessidades e as ambições das pessoas é anunciar um "outro evangelho", isso fica pra quem precisa de público, pra quem gosta de auditório, pra quem quer ser visto e aplaudido pelos homens, aí sim esses precisam fazer média com a platéia, estes que busquem soluções e se utilizem da Escritura, para encontrar "soluções" que prendam o auditório; o Brasil está cheio dessa turma que pra Jesus, eles dizem: Vale até gol de mão!!! (rsrsrs) O verdadeiro Evangelho continuará sendo a grande "cantada" de Deus nos homens, será sempre o tesouro escondido no campo que alguém descobriu sem querer, é a semente que cai em vários tipos de terreno sem dizer ao semeador previamente em qual tipo de terra ela vai germinar; cabe ao semeador apenas semear, cabe a nós deixarmos as nossa sofisticação e complexidade de lado e aceitar puro e simplesmente a SIMPLICIDADE DO EVANGELHO que é simples como Jesus.
Meu irmão Eliseu a única “solução apologética” para um povo que está interessado somente no pão e no peixe que Jesus pode oferecer, um povo que só está interessado em dente de ouro, carro, curas, casas, emprego e cair no poder, a única “solução apologética” é pregar o Evangelho do jeito que ele é, simples e puro, resta saber se tem pregador disposto a ficar falando sozinho feito rádio de pilha; do jeito que “ a turma” hoje acha que templo lotado é sinal de salvação de almas, duvido que muitos queiram pagar esse preço, ainda bem que existe remanescentes como o irmão Pimenta que não se dobra a esse Baal moderno da fertilidade chamado “Teologia da Prosperidade”.