Ontem, durante a noite, parei para descansar, e fiquei zapeando meu televisor à revelia, procurando saber as últimas novidades da Copa do Mundo.
Primeiro, passei pelo programa Observatório da Imprensa (TV Brasil). O apresentador Alberto Dines contava com as participações do cartunista Rick Goodwin, do articulista Eugênio Bucci - comentarista do programa e articulista do jornal o Estado de São Paulo -, e também de Marcelo Tas, que além de escritor e roteirista é apresentador do humorístico CQC, da Band. A pauta era sobre usar humor na copa. Mas também foi comentado sobre a briga da Globo contra o Dunga.
Em determinado momento, Tas falou sobre como era a diferente de tratamento que a CBF dispensava à Globo e para as outras emissoras nas copas passadas: “A Globo tinha acesso direto com os treinadores e os jogadores, enquanto as outras emissoras eram mantidas distantes, ficavam totalmente de fora do grupo de atletas e comissão técnica”. E em outro instante, ele falou sobre o campeonato mundial atual: “Esta copa marca algo ímpar: agora a Globo disputa a notícia com gente comum. O Twitter está lançando informação instantânea sem parar, geradas pelos torcedores que estão na África do Sul”.
Depois, zapeei mais uma vez meu televisor, fui ao ESPN Brasil, programa Linha de Passe na Copa. Como de praxe, havia uma bancada com diversos comentarista do futebol. Entre eles Juca Kfuri, que afirmou: “No domingo em que o Brasil for hexacampeão mundial, logo no amanhecer da segunda-feira o Dunga estará desempregado”.
Desses dois programas e afirmações, concluo que Marcelo Tas lembrou-se muito bem o que todos os envolvidos com esportes sabem. E, Juca Kfuri pode ter se baseado em fontes ou apenas fez uma suposição, com boa margem de acerto porque conhece a rotina de bastidores do meio futebolístico.
Uma internauta, Luciana P, manifestou-se neste blog sobre o assunto (AQUI). Ela escreveu para mim algo que parece ser a síntese do pensamento geral: “ O Dunga não é sinônimo de rapaz educado, nunca foi, é uma pessoa de personalidade forte, tentando fazer um bom trabalho, só isso”. Eu respondi a ela o seguinte: Na copa passada, o Dunga trabalhou como comentarista de uma emissora de TV. Não lembro se era a ESPN Brasil ou a Band Sport. Deve ter sido por essa época que ele viu e sentiu como a Globo era bem tratada pela CBF e como as outras televisões eram desprezadas. Ao sofrer na pele o mal que é ser alvo da discriminação no trabalho, acho que ao passar ao posto de técnico da Seleção Brasileira, indignado, resolveu acabar com o imbróglio dessa balança torta da CBF, pendendo para uma só emissora de televisão.
Pois é, volto a dizer que os tempos mudaram. E repito também que a Globo equivocadamente está se comportando como se a vida continuasse a mesma do século 20, continua tomando atitudes como se ainda vivêssemos dentro do panorama da Ditadura, quando os generais eram os melhores amigos de Roberto Marinho e através da influência do Poder Militar fazia-se prevalecer sobre seus concorrentes de mercado.
Ainda penso que a sede por exclusividade, notoriedade, furos de reportagens, não é desejo ruim. Acho que é uma meta natural para todos os profissionais em todas as profissões, inclusive na profissão jornalismo, entre os jornalistas da Rede Globo. Querer estar no topo é salutar, mas só haverá nobreza na liderança se ela for alcançada de igual para igual. A Globo poderá continuar tendo tudo isso que tem e ainda conquistar muito mais, porém, será mais bonito se ela manter-se e progredir pelos mesmos meios e regras que as concorrentes estão trafegando, que é o mérito próprio. Ou seja, o talento e a inteligência de seus profissionais, sem acordos mais do que duvidosos entre as cúpulas Globo e CBF.
Por que a Rede Globo deveria ser a única a ter acesso ao grupo de atletas que estão na copa? A ação aceitável, comum, simpatica, será sempre a cúpula da CBF abrir as portas para todas as televisões ou para nenhuma delas. Apoio o Dunga em sua firmeza quanto à igualdade de condições aos jornalistas!
Para terminar este artigo, cito mais uma vez o Kfuri: “Dunga é democrático, ele trata a todos de maneira igual. Trata todos os jornalistas igualmente mal”.
Depois, zapeei mais uma vez meu televisor, fui ao ESPN Brasil, programa Linha de Passe na Copa. Como de praxe, havia uma bancada com diversos comentarista do futebol. Entre eles Juca Kfuri, que afirmou: “No domingo em que o Brasil for hexacampeão mundial, logo no amanhecer da segunda-feira o Dunga estará desempregado”.
Desses dois programas e afirmações, concluo que Marcelo Tas lembrou-se muito bem o que todos os envolvidos com esportes sabem. E, Juca Kfuri pode ter se baseado em fontes ou apenas fez uma suposição, com boa margem de acerto porque conhece a rotina de bastidores do meio futebolístico.
Uma internauta, Luciana P, manifestou-se neste blog sobre o assunto (AQUI). Ela escreveu para mim algo que parece ser a síntese do pensamento geral: “ O Dunga não é sinônimo de rapaz educado, nunca foi, é uma pessoa de personalidade forte, tentando fazer um bom trabalho, só isso”. Eu respondi a ela o seguinte: Na copa passada, o Dunga trabalhou como comentarista de uma emissora de TV. Não lembro se era a ESPN Brasil ou a Band Sport. Deve ter sido por essa época que ele viu e sentiu como a Globo era bem tratada pela CBF e como as outras televisões eram desprezadas. Ao sofrer na pele o mal que é ser alvo da discriminação no trabalho, acho que ao passar ao posto de técnico da Seleção Brasileira, indignado, resolveu acabar com o imbróglio dessa balança torta da CBF, pendendo para uma só emissora de televisão.
Pois é, volto a dizer que os tempos mudaram. E repito também que a Globo equivocadamente está se comportando como se a vida continuasse a mesma do século 20, continua tomando atitudes como se ainda vivêssemos dentro do panorama da Ditadura, quando os generais eram os melhores amigos de Roberto Marinho e através da influência do Poder Militar fazia-se prevalecer sobre seus concorrentes de mercado.
Ainda penso que a sede por exclusividade, notoriedade, furos de reportagens, não é desejo ruim. Acho que é uma meta natural para todos os profissionais em todas as profissões, inclusive na profissão jornalismo, entre os jornalistas da Rede Globo. Querer estar no topo é salutar, mas só haverá nobreza na liderança se ela for alcançada de igual para igual. A Globo poderá continuar tendo tudo isso que tem e ainda conquistar muito mais, porém, será mais bonito se ela manter-se e progredir pelos mesmos meios e regras que as concorrentes estão trafegando, que é o mérito próprio. Ou seja, o talento e a inteligência de seus profissionais, sem acordos mais do que duvidosos entre as cúpulas Globo e CBF.
Por que a Rede Globo deveria ser a única a ter acesso ao grupo de atletas que estão na copa? A ação aceitável, comum, simpatica, será sempre a cúpula da CBF abrir as portas para todas as televisões ou para nenhuma delas. Apoio o Dunga em sua firmeza quanto à igualdade de condições aos jornalistas!
Para terminar este artigo, cito mais uma vez o Kfuri: “Dunga é democrático, ele trata a todos de maneira igual. Trata todos os jornalistas igualmente mal”.
E.A.G.
Nenhum comentário:
Postar um comentário