Também nesta minha caminhada de fé, o Senhor me deu a graça de compreender que para Ele não importa apenas fazer a coisa certa, é preciso fazer o certo com a intenção certa. Tem muita gente por aí fazendo o que é correto com intenções erradas, e estão sendo reprovadas pelo Senhor por causa disso. E pior que estes, existem os que estão fazendo o que é errado pensando estarem certas!
O atributo da onisciência é só de Deus. Ninguém tem autoridade e nem a capacidade para dizer acertadamente que fulano é herege se não o conhece, ou se é idólatra, se não o conhece.
Tais pessoas têm surgido na Internet, elas pululam na Rede Mundial de Computadores em blogs e sites de relacionamentos. Algumas delas deixam claro que são leitores de Paulo Romero, escritor de livros sobre apologética cristã. Não sei se Romero as aprovaria...
Hoje, mais uma vez, encontrei um "internauta apologento". Ele criticava uma cantora assembleiana paranaense, sendo ele um paulistano, assembleiano novo convertido.
Disse-me: "Se é heresia, temos que falar".
Minha resposta: Creio que esteja pensando estar fazendo apologia bíblica. Sim, a prática apologética é bíblica. Mas, ela, como tudo o mais que se refere ao Senhor, tem os seus métodos muito bem definidos. Para fazer apologia é preciso seguir os critérios da Bíblia.
A apologia praticada por Paulo era voltada às ovelhas das igrejas que ele liderava como pastor. Quando vemos Paulo fazendo apologia, temos bem claro que ele exercia a defesa da fé sempre se dirigindo aos que faziam parte de seu ministério. Ora ele se dirigia por carta para Timóteo e em outro momento para Judas e Tito. Três pastores subaltermos dele. Ensinava-os a combater as heresias dentro das comunidades evangélicas que eles pastoreavam. Ou seja, havia linha hierárquica na ação apologética: liderança e liderados.
Não temos nenhuma carta de Paulo se referindo aos hereges que se infiltraram no ministério de João e nem de Pedro ou dos outros dez apóstolos. Por que não? Porque Paulo não exercia autoridade no ministério alheio.
Hoje não é isso que vem acontecendo. A pessoa não é pastor, mas quer pastorear até quem nem faz parte do ministério onde ela está inserida. Hoje em dia os apologistas não usam critérios bíblicos para fazer defesa da fé. Metem o dedo em tudo o que é lugar, falam de pessoas que não são responsabilidade deles, e, às vezes, sem nem conhecê-las e nem se quer ser um pastor de igreja.
Ao usar a palavra pastor, me refiro ao homem que lidera rebanhos, ao líder com igreja e membros a quem tem que dar conta a Deus. Não estou falando de pessoas que possui essa nomenclatura antes do nome, mas não exerce o ministério pastoral.
2ª Timóteo 4.16: "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina, persevera nestas coisas, por que fazendo isso salvarás tanto a ti mesmo, como aos que te ouvem".
Deus não é Deus de confusão!
E.A.G.
16 comentários:
Graça e Paz!
"Porque Paulo não exercia autoridade no ministério alheio."
Discordo completamente desta afirmação.
O que vemos em Gálatas 2:11 a 14 é justamente o contrário:
11 E, chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível.
12 Porque, antes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi retirando, e se apartou deles, temendo os que eram da circuncisão.
13 E os outros judeus também dissimulavam com ele, de maneira que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação.
14 Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?
Portanto, vemos claramente Paulo exercendo sua autoridade sobre o ministério de Pedro, mostrando os erros que o apóstolo cometia.
Paulo repreendeu com autoridade Pedro, pois constatou que o ministério do mesmo, não condizia com a verdade do Evangelho, apresentando um comportamento dúbio.
Observamos que Paulo não apenas repreendeu a pessoa de Pedro, mas seu ministério face a judeus e gentios.
Esta sua afirmação, não encontra eco nas escrituras. Portanto, discordo completamente.
Um abraço e fica com Deus!
caro colega..." tem muita gente por aí fazendo o que é correto com intenções erradas!"...esta palavra me tocou em demasia, pois de fato não adianta fazermos o que é certo mas com a intenção desvinculada do coração...de fato, é preciso dia-a-dia , minuto a minuto vigiar...realmente...conversão é processo contínuo de uma vida toda. Q Deus Lhe abençoe. Paz e bem!
Prezado Eliseu,
Denominei os tais de apologetas da balança torta. Eles selecionam os alvos por modos bem convenientes e omitem as críticas ao que não lhes interessa. É um modo dissimulado de transparecer isenção e fazer adeptos.
Condenável atitude farisaica!
Abraços!
Marcos Wandré
Tudo bem em discordar... Muitos já estiveram na mesma posição que você, e replicando pararam e pensaram melhor sobre a situação e concordaram comigo depois. Glórias a Deus, toda glória ao Senhor por causa disso.
Neste blog, e em outro que eu tenho o privilégio de participar, eu já comentei sobre Gálatas 2.11-14, justamente questionando a diferença da apologia que Paulo fez e a prática de algumas pessoas, que hoje estão no meio cristão protestante, se autoproclamando apologetas / apologistas.
Veja bem, Paulo teve um momento em particular com Pedro. Resistiu-lhe “na cara”. Podemos parafrasear e dizer que houve um diálogo com “olhos nos olhos”.
Enquanto o apóstolo, ao se deparar com o Pedro-problemático, foi ter com quem era o foco do problema, os nossos contemporâneos, que se consideram apologistas, fazem do problema um meio de vida.
As atividades deles são completamente diferentes da apologia exercida pelo apóstolo. O que acontece hoje? Os apologistas dialogam? Não. Eles monologam em púlpitos de igrejas, falando da vida de ausentes. Ou escrevendo livros e fazendo conferências aos que se sujeitam a comprar o bilhete de permissão da entrada no salão.
Notou a diferença? Paulo viu comportamento errado em Pedro e conversou sobre o erro com Pedro.
Que se faça o mesmo, caros apologistas de século 21! Se vocês imitarem o apóstolo, conhecerão o mesmo sucesso que ele. Pedro se consertou, se aprumou na fé!
No caso que eu tratei no post, o irmãozinho poderia ir “resistir na cara”, ter a conversa “olhos nos olhos” com a cantora, que ele julga estar em erro... Mas, não, o irmãozonho não pensa em imitar o apóstolo Paulo, ele vive os mesmos desvios doutrinários dos “apologistas do século 21”. Ele abre a boca aos quatro ventos, menos para quem ele julga ser o problema, a pessoa problemática.
Não é preciso coragem para monologar contra quem está ausente do recinto, não é preciso tibieza para sentar-se defronte ao computador e digitar páginas e mais páginas, cheias de erudição, contra quem está do outro lado do mundo e não sabe onde estamos.
A apologia bíblica deve ser feita com ordem e decência, não convém agir semelhante os editores de revistinhas de fofocas sobre a vida dos artistas de novelas.
Quer ser apologista? Haja feito pastor e cuida das ovelhas, seja um discipulador das almas dentro da congregação que Deus lhe confiou a direção. Ou vá resistir na cara quem está se equivocando na fé.
Abraço.
Caro anônimo
"tem muita gente por aí fazendo o que é correto com intenções erradas!"...esta palavra me tocou em demasia (...) não adianta fazermos o que é certo mas com a intenção desvinculada do coração (...) é preciso dia-a-dia , minuto a minuto vigiar".
Resposta: Nossa vigilância se consiste em meditar na Palavra de Deus. Para todas as situações da vida, nós precisamos refletir se o passo dado está de acordo com a direção que Deus aponta para ir.
A nobreza dos crentes bereanos é esta. Eles conferiam o conferencista Paulo.
Abraço.
Caro Dalardier
Na carta de Tiago, temos a descrição do que vem a ser a sabedoria do alto. Um dos itens é a imparcialidade.
Deus te abençoe.
Abraço.
Graça e Paz!
Meu irmão, pelo o que vi na sua resposta, você concorda comigo e ao mesmo tempo cai em contradição.
Você concorda que Paulo exerceu sua autoridade no ministério de Pedro e cai em contradição ao dizer no texto postado que o mesmo Paulo não exercia autoridade no ministério alheio.
Foi esta a questão que levantei.
Quanto ao fato de que a apologética de Paulo era diferente da apologética do século 21, concordo plenamente com você.
Só não concordei com a afirmação contida no texto, que Paulo não exercia autoridade no ministério de outros. O texto de Gálatas mostra justamente o contrário e sua réplica só veio a corroborar com a minha discordância e ao mesmo tempo contradizer a sua própria afirmação no texto.
Um abraço!
Paz e Graça,
Hoje, infelizmente tem faltado o equilibrio e a devida sensatez para criticar aos que aparentemente estão errados. O que me espanta é que muitos que se arvoram de defensores do evangelho no quintal alheio, muitas vezes, presencia em seu próprio quintal ( ministério, igreja, etc... ) as mesmas coisas e nada fazem. Como diz a Palavra: Tem algo contra seu irmão vá até ele, quantos têm oportunidades de ir ao seu irmão que conjectura estar errado e falar e se calam, ficando no anonimato ou no reservado da rede. Tomemos como exemplo: Quantos questionaram a estória do Silas Mafalaia e a tal da unção financeira dos R$900,00 feita com o Morris Cerulo, mas quantos desses, em reuniões da Convenção ou em eventos tiveram a oportunidade de falar com ele, pois estavam no mesmo local e se calaram. Até em suas próprias igrejas, quantos não têm coragem para falar com o Pastor Presidente, mas falam no anonimato ou em reuniões secretas de "membros". Não estou aqui defendendo quem quer que seja, mas simplesmente, cobrando de cada um de nós, que sejamos homem, que tenhamos caráter para olhar nos olhos e defender nosso ponto de vista, até sermos convencidos pelo Espírito Santo de Deus, que estamos errados ou conseguirmos levar a luz da Palavra, a quem por um instante esteja na escuridão.
Marcos
Paulo resistiu a Pedro, com aconselhamento em particular. Mas, o caso não ficou apenas nisso. Na Igreja Primitiva, Tiago, o Maior, era o líder. E sobre a questão dos cristãos quererem voltar ao legalismo, Paulo reportou-se a ele, seu superior, para tratar do assunto. Como havia dito antes, na apologia cristã deve haver o respeito à hierarquia.
Repito, Paulo não exerceu autoridade no ministério de outros colegas apóstolos.
Abraço.
Sidney Rosa
Amigo, em 3 de agosto de 2009 eu publiquei neste blog um artigo cujo titulo é A Metodologia da Coleta de Dinheiro na Igreja.
Nele, eu exponho o que penso sobre a solicitação dos 900 reais. A síntese do que eu escrevi é a seguinte:
• não entendo como heresia estipular valores em ofertas, porque não temos nas Escrituras bases para tal proibição.
• nem tudo que consideramos estranho é um pecado.
Consulte o post: http://belverede.blogspot.com/2009/08/metodologia-das-coletas-de-dinheiro-nas.html
Abraço.
Amado pastor Eliseu,
Acho que fui mal interpretado, pois a minha intenção não é condenar ou defender o Pr. Silas,ou quem quer que seja, usei a oferta dos R$900,00, somente como exemplo, para ilustrar o que tem ocorrido no meio do povo de "Deus". Olhemos para qualquer coisa que não concordamos e veremos que muitas vezes nos calamos, quando temos a oportunidade de estar com essas ou com essa pessoa que discordamos e não fazemos nada, nos omitimos na presença fisica delas, mas nos encorajamos, quando no anonimato ou no escondido de reuniões secretas. O povo de Deus, em especial quem ocupa posições relevantes, que têm voz no meio evangélico, deveriam também ter a coragem suficiente para quando na presença desses que discordam, seja em lugar for, manifestarem as suas insatisfações e não se calarem. Espero ter conseguido me fazer entender. Oro para que Deus continue lhe usando, como tem usado e abençoando a ti, seu ministério e sua família.
A paz
Querido pastor,
Quando eu condiciono um valor para oferta, realmente não é pecado, mas quando eu condiciono essa oferta com uma recompensa, como uma unção financeira tal, que a partir daquela oferta, quem ofertou terá a sua vida financeira totalmente transformada, é o que? Eu não estarei levando pessoas a ofertarem, por aquilo que possam vir a receber, e não como em Exodo, por amor? Por favor me explique.
Sidney
Diz a Bíblia que nós somos lavoura de Deus.
Nesta analogia, podemos cogitar no cenário do campo. Nenhum agricultor cuida da lavoura que o vizinho plantou, se este vizinho não lhe der permissão para isso. Quem entra na plantação alheia é considerado invasor.
A apologia que eu entendo por certa é a que se assemelha com o que Paulo fez. O que foi?
Paulo plantou a lavoura de Deus. Ele evangelizou e do resultado dessas evagelizações fundou igrejas. Depois cuidou dela, regou as plantas, tirou do meio do povo seus hereges, ou ensinou seus subalternos, Timóteo, Tito e Judas, a fazerem isso.
Abraço.
Sidney
Sobre as ofertas.
Amado, Deus abençoa de maneira mais especial quando nós seguimos a Palavra. O tratamento divino é diferente aos que desprezam Sua vontade (Salmo 37.4).
Neste tocante das ofertas, também temos que continuar a seguir a Palavra, como a luz do nosso caminhar e lâmpadas que clareiam nossos pés (Salmo 119.105).
O assunto "unção financeira" foge da proposta deste debate. Neste artigo o assunto é outro. Também foquei o que deseja abordar, mas fiz isto em outros posts deste blog.
Desejando aprofundar-se, colaborar com seus comentários, desça a página e clique na tag "Morris Cerullo", que se encontra no rodapé.
Abraço.
Acho que realmente não fui entendido, mas tudo bem. Não queria e nem pretendia falar de "unção financeira" ou teologia da prosperidade, só usei o termo como exemplo, como poderia ter usado tantas outras situações, mas de qualquer maneira obrigado pela resposta. Que o Senhor continue abençoando o seu Ministério e sua família. Que a graça de Deus, permaneça sempre sobre ti.
Sidney Rosa
Bom, diante dessas palavras, entendo seu posicionamento. Você usou a situação do Morris Cerullo no programa do Silas, quando muitos criticaram o conteúdo daquele programa em blogs, sendo que muitos blogueiros tiveram a oportunidade de fazer uma crítica pessoalmente, e não o fizeram.
O convite para fazer seus comentários em outros tópicos continua valendo.
Abraço.
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