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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

CPAD – EBD 2012 – 4º trimestre: Miquéias e a importância da obediência


O Profeta

"Quem é como Jeova?" Esta pergunta é o significado do nome Miquéias. O  profeta elabora o desfecho do livro fazendo trocadilhos dessas palavras com o uso de seu nome (7.18).

Miquéias refere-se a si mesmo como o "moratista", era de Moresete, próxmo de Gate, no norte da Filístia, cerca de 32 quilômetros a sudeste de Jerusalém, na fronteira com o território filisteu. Devido o nome de seu pai não ser mencionado, os estudiosos da Bíblia concluem que ele era de origem humilde.

O ministério profético de Miquéias aconteceu entre 750 e 686 a.C., ocorreu durante o período de três reinados: Jotão, Acaz e Ezequias (Mq 1.1; Jeremias 26.18). Ele ministrou nos mesmos dias de em que profetizaram Isaías e Amós.

Miquéias era um profeta com um ministério voltado para as pessoas comuns, mas sua mensagem também repercutiu nos palácios durante os dias do rei Ezequias e de Jesus Cristo (Jeremias 26; Mateus 2.5-6).

O contexto 

Ritos é o conjunto de cerimônias e prática litúrgicas que cumpre a função de simbolizar o fenômeno da fé. O termo vem do latim ritus que significa cerimônia religiosa, uso, costume, hábito, forma, método, modo.

Os rituais judaicos se consistiam em sacrifícios em festividades religiosas, como a Páscoa e Festa dos Tabernáculos (Levíticos 9.16; Números 9.14; 2 Crônicas 35.13; Esdras 3.4; 6.9).

No tempo do profeta Miquéias, não existia falta de liturgia. Os israelitas realizam muito bem os rituais da religião judaica, mas faltava motivação correta para realizar a adoração. O Senhor não se agravada da religiosidade deles, das reuniões solenes e sacrifícios, porque tudo era feito pela força do hábito, sem que atentassem para o significado importante do que faziam. Eles cumpriam os passos litúrgicos da maneira certa, mas não entendiam o verdadeiro significado do amor a Deus e ao próximo. 

O problema dos contemporâneos de Miquéias era a falta de uma verdadeira conversão a Deus, fora do templo o povo de Judá cometia toda sorte de injustiças sociais, com o objetivo de conquistar proveito pessoal. E dentro do templo, acreditando que os sacrifícios os justificassem, cometiam loucuras, como oferecer em sacrifício os filhos primogênitos, que Deus não pedia que sacrificassem e deliberava penalização de morte aos que assim fizessem (Levítico 18.21; 20.2-5; 2 Reis 3.27; 16.3; 21.6; Jeremias 19.5; 32.35).

O livro

“Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficiência e andes humildemente com o teu Deus” - Miquéias 6.8.

As profecias de Miquéias são destinadas para Judá e Israel, estas giram em dois focos, a saber, o ãmago da religião e o Messias Libertador. O profeta foi usado por Deus para denunciar a opressão e as injustiças sociais em Israel. O livro mostra que Deus é o responsável por julgar a falta de termos do seu povo, esclarece que Deus não se alegra com sacrifícios e rituais (Salmos 51.17-18).

Miquéias faz uso da poesia hebraica de maneira magistral para defender a causa dos aldeões. oprimidos pelos ricos arrogantes. O apelo em favor da religião autêntica, em 6.6-8,  é comparável ao de Tiago 1.27.

Os preceitos de praticar a justiça, amar a beneficência, ser humilde diante de Deus são considerados pela tradição judaica, desde o século 1 a.C. o resumo dos 616 preceitos apresentados pela Lei de Moisés. Miquéias 6.8 é visto como um paralelo de Mateus 23.37-40 e é considerado por muitos como a maior declaração do Antigo Testamento, pois os dois primeiros preceitos apontam para a conduta de uns para com os outros e o terceiro fala sobre a comunhão do homem com Deus.

A estrutura usada pelo profeta Miquéias é fácil de entender, um dos temas centrais do livro é o combate ao mero formalismo religioso, a divisão está baseada numa dupla sequência de ameaças e promessas.

Deus estava irado com Samaria e Jerusalém, pois o povo não o adorava de coração. Miquéias anunciou a ira divina em relação aos pecados de Samaria e Jerusalém, discursou contra a idolatria, censurou veementemente a opressão aos mais pobres, a injustiça nacional (1.5; 2.1-2; 3.9-11). Corajosamente, denunciou falsos profetas, líderes desonestos, sacerdotes ímpios que enganavam o povo e o conduziam ao pecado. Também mostrou a grandiosidade de Deus, que é capaz de perdoar (7.18).

Além disso, predisse o cativeiro do Reino do Sul e do Reino do Norte. Viu a queda de Samaria pela Assíria e a queda de Jerusalém pela Babilônia. Também que Belém seria a cidade em  que Jesus nasceria (5.2; Mateus 2.1; 4.6). E foi citado por Cristo ( 7.6; Mateus 10.35-36).

Ao lermos Miquéias, encontramo-nos com o juízo de Deus; a mensagem de esperança; juízos e misericórdia divina. E entendemos que para obedecer é necessário que a obediência seja precedida de compreensão.
.
Conclusão

Deus não abomina rituais. Ele mesmo prescreveu em Levíticos a liturgia e as festas religiosas.

Entre os cristãos, há apenas dois rituais a ser praticado: o batismo nas águas e ceia do Senhor (Mateus 3.15; 26.26-30; 1 Coríntios 11.23-34). É necessário estar consciente que o cerimonialismo religioso não proporciona relacionamento íntimo com Deus e nem proporciona a salvação. Por mais que a prática ritualista seja praticada de maneira correta, jamais os rituais serão eficientes para aproximar o ser humano de Deus (1 Samuel 15.22; Salmo 40.6-8; 51.16-17; 1 Coríntios 1.14-17).

A mensagem de Miquéias convida cada um de nós a pensar com seriedade acerca de viver o cristianismo como realmente deve ser vivido. O profeta deixa claro o desejo de Deus para os israelitas numa referência que serve também para a Igreja: a prática da justiça; o amor à bondade; o viver de maneira não soberba diante dos semelhantes e do próprio Deus.

A obediência é fruto da salvação e não a salvação é fruto da obediência. As boas obras não tornam o ser humano salvo; o homem salvo pratica as boas obras. A segurança da salvação é para quem leva a sério a salvação. Aos que levam à sério a salvação, a graça de Deus se manifesta em sua vida
 
E.A.G.

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Compilações:

Bíblia Almeida Século 21, 1ª edição, 2008 (Edições Vida Nova/Editora Hagnos).
Ensinador Cristão,nº 52, ano 13 (CPAD).
Lições Bíblicas, Esequias Soares, 4º trimestre 2012.
Os Doze Profetas Menores, Alexandre Coelho e Silas Daniel; 1ª edição, 2012 (CPAD).

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Esforço e fé



Esforce-se e Deus ajudará você. Para que nossas realizações sejam perfeitas, não podemos nos esquecer de elevar o espírito em oração, falar e confiar em Deus, pedindo a Ele orientação sobre as decisões que precisamos fazer.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

SBB: a Almeida Revista e Corrigida - 4ª edição e o texto de João 21.15-17

 
É claro que o poder do Espírito Santo é essencial para transmitir a Palavra de Deus. Se só o conhecimento do idioma original bastasse, então, TODOS os cidadãos que dominavam o idioma grego, contemporâneos de Paulo e dos apóstolos que escreveram o Novo Testamento, teriam sidos salvos. Acho importante buscar o conhecimento bíblico, como também considero de igual importância ter experiência espiritual com Deus.

Meu objetivo é evidenciar que no idioma original, o grego, existe algo à mais, que não está vertido ao português na tradução Almeida Revista e Corrigida - 4ª Edição. 

Sem deixar de honrar o trabalho de gente séria que se dedica às traduções dos textos das Escrituras e sem deixar de reconhecer a submissão deles à orientação Deus em seus ofícios, não posso deixar de dizer que sabemos que nenhuma tradução bíblia é perfeita, inclusive a mais amada por todos nós, que é a Almeida Revista e Corrigida - 4ª edição, cuja mais recente correção é de 2.009, editada pela Sociedade Bíblica do Brasil. A última atualização nesta tradução foi importantíssima, pois corrigiu os termos "caridade" por amor em 1 Coríntios 13 e nos tempos verbais de passagens de 1 João 4.6, 8, 9 ("não peca / não vive pecando"). Mas, ainda penso que devem ir um pouco mais além...

Um exemplo de falha que se mantém na ARC - 4ª Edição está em João 21.15-17. Trata-se do texto que apresenta o diálogo de Jesus com Pedro. O tradutor não se aprofundou no texto grego.

Nos originais é percebido com clareza a nuance do termo AMOR. "Tu me amas?", perguna Jesus usando agape/amor de Deus. "Sim, te amo", responde Pedro, usando o termo phileo/ amizade. Então Jesus manda-o apascentar seus cordeiros e pela segunda vez faz a mesma pergunta, respondida pela segunda vez da mesma maneira pelo discípulo. E outra vez Jesus retoma a perguntar, na terceira vez usando phileo. A insistência de Cristo faz com que Pedro abale-se e afirmar que o sentimento do amor no estilo phileo. Jesus manda-o apascentar as ovelhas.

O leitor da Almeida Revista e Corrigida - 4ª Edição não tem a informação que motiva Jesus a insistir com Pedro. O discípulo responde que ama a Jesus com amor de amigo, sentimento humano.
Não está esclarecido ao leitor da ARC a sutileza do texto original, pois o tradutor não teve o devido cuidado de verter ao nosso idioma os vocábulos gregos exatos. Existe uma gama muito grande de ensino neste trecho bíblico, que se perde por não haver aprofundamento das palavras-chaves dessa narrativa, inclusive direcionadas ao chamado ministerial do pastorado. 

Link:  http://www.sacrednamebible.com/kjvstrongs/index2.htm  Vamos ao texto, com uso do dicionário Strong online.  As referências númericas 25 e 5368 são relativas aos verbetes de Strong.
João 21.15 - E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me ( [25] agapao ag-ap-ah'-o ) mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo ( [5368] phileo fil-eh'-o ). Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros. 
João 21.16 - Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? ( [25] agapao ag-ap-ah'-o ). Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo ( [5368] phileo fil-eh'-o ). Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas. 
João 21.17 - Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me?( [5368] phileo fil-eh'-o ) Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me?( [5368] phileo fil-eh'-o ) E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo ( [5368] phileo fil-eh'-o ). Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas. 
Ao apontar a situação de João 21.15-17 na ARC 4ª Edição, não pretendo tirar o alto valor que a tradução possui à fala portuguesa. Ela é riquísima, continuemos a usá-la. Essa falha de tradução está em quase todas as traduções ao português, se minha memória estiver certa, exceto a tradução Nova Bíblia Viva da editora Mundo Cristão é fiel aos originais neste trecho bíblico.

Com a palavra, os revisores da SBB.

E.A.G. 

sábado, 10 de novembro de 2012

Ana Paula Valadão e a polêmica quanto aos pastores barrigudos

Glutonaria: assunto polêmico

Precisamos tomar cuidado diante do prato, não devemos comer nada além da medida necessária.

Durante culto de mulheres, realizado no dia 31 de Outubro de 2012, na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte – MG, Ana Paula Valadão usava o microfone palestrando uma mensagem cujo título  é Lembrem-se da Mulher de Ló, baseado em Lucas 17.32. Falava sobre a necessidade de manter o foco nas coisas espirituais e não nas da terra, e em determinado momento foca sobre os benefícios do jejum, quando revela não conseguir entender haver pastores barrigudos. “Gente, não combina com a liderança” – disse ela.

A mensagem que ela entregou dura mais de 90 minutos. Mas apenas dois minutos chamaram a atenção geral. O pequeno trecho da fala repercutiu em redes sociais, sites e na Blogosfera Cristã.

A impressão que ficou aos que não tiveram acesso ao sermão na íntegra não é das melhores, para alguns ficou a ideia que ela apontava para a estética como critério de escolha para o exercício ministerial. Não era isso! É preciso enfatizar que o assunto da preleção era não olhar para trás, como fez a esposa de Ló, na pregação há um sub tópico sobre jejum. Ao citar "barrigudo", a cantora fazia menção à glutonaria (uma das características das obras da carne).

 

Recomendo a todos assistir o conteúdo inteiro, para tirar conclusões próprias. Querendo assistir o vídeo, atente ao trecho em 1.05.20 até 1.09.40, que é o contexto próximo para o uso do termo barrigudo. Neste trecho, Ana Paula Valadão lembra que 31 de Outubro é o Dia da Reforma Protestante, o mesmo dia da palestra, lembra que os cristãos do tempo da reforma jejuavam dois dias por semana e os compara com as lideranças cristãs dos dias atuais.

A cultura da igreja brasileira

Sem a intenção de julgar, apenas informar, aqui na Capital de São Paulo, há uma igreja-sede, importante ao cenário pentecostal em nível nacional, que uma vez ao mês oferece grandes banquetes reservados às lideranças.

Noto que faz parte da cultura da igreja brasileira evitar o assunto da glutonaria. Acho que deveríamos falar mais sobre isso.

Confesso que sou convidado para banquetes em igrejas.

Pedido de desculpas 

Não podemos esquecer que Ana Paula Valadão usou seu blog para retratar-se. Na terça-feira, de 6 de Novembro ela escreveu se dirigindo a todos que se sentiram ofendidos com o que disse. “Quero pedir desculpas às pessoas que se ofenderam com algumas colocações que fiz em um dos cultos de mulheres. Eu me expressei mal. Obesidade não é um impedimento para o exercício da liderança e da espiritualidade”.

Apesar do pedido de perdão, Ana Paula Valadão remarcou seu posicionamento quanto aos valores espirituais do jejum. "De qualquer forma, continuo acreditando que a prática do jejum, da oração, da leitura da Bíblia e das disciplinas espirituais são fundamentais, não apenas para os líderes, mas, para todos os cristãos".

Costumes errados e a saúde

Nem toda pessoa acima do peso é assim por sua culpa. Obesidade é doença que precisa ser tratada. Além disso, é preciso considerar que nem todo glutão é um gordinho. Existem pessoas magras que comem à beça e ninguém sabe para onde vai tudo o que comeu! Como bem lembrou Robson Silva no Point Rhema, ¹ quem sofre com a anorexia não vive espiritualidade acima da média.

É verdade que comer é uma das melhores coisas que existe! Outra verdade é que nem toda pessoa acima do peso é gordinho porque come muito. Vários fatores contribuem para a obesidade. Às vezes trata-se de disfunção da tiroide. De igual forma, existem casos de uma barriga sobressair por causa do sedentarismo. Também há casos de costume errado à mesa, comer e beber mal: muita ingestão de frituras e refrigerantes.

No Point Rhema, outro participante comentou: “falo de costumes e tabus, principalmente assembleianos, achar que a vida dos lideres são só espirituais, não vão aos médicos periodicamente, não tiram férias com sua família, pouco lazer ou nenhum, muito estresse, mas nunca vão ao neuro, inclusive já ouvi pastor criticar membros que utilizam remédio controlado receitado por psiquiatra”. ²

Um terceiro, escreveu: “Fiquei feliz com o público pedido de perdão de Ana Paula Valadão. Contudo, receio que se nossos líderes não mudarem os hábitos, inclusive de quebra de tabus e costumes, a média de vida entre os líderes evangélicos diminuirá sensivelmente. Líderes há que se queixam de hipertensão, problemas cardiovasculares, dores na musculatura ou nas juntas, cefaleias, perda de libido, etc. Tudo porque? Por não fazer exercícios físicos, caminhadas, exames periódicos. Até o exame de próstata, que inicia com o psa colhido pelo sangue no laboratório, não se preocupam...” ³

Minha opinião

Sou uma pessoa com peso um pouco acima do que é ideal para minha altura. Carrego uma pequena e “charmosa” área abdominal. Em agosto, na minha mais recente visita ao clínico geral, o doutor chamou minha atenção, me fez entender que preciso emagrecer. Lembrou a mim sobre os cuidados que eu devo ter com respeito à saúde.

Não refuto o que a Ana Paula Valadão quis dizer, apenas digo que é lastimável a forma que ela fez a abordagem do tema obesidade na vida de líderes, pois o assunto é bastante complexo e deve ser abordado em sua complexidade.

Faça uso da  mente de Cristo

Há muita gente acertando com interesses errados, e muita gente que erra com intenções nobres Deus olha para as ações da humanidade e presta atenção na motivação de cada um. Toda pessoa que possui a Jesus Cristo deve imitar o jeito que o Senhor observa cada um de nós.

Façamos uso da mentalidade cristã, sempre.

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1 - http://pointrhema.blogspot.com.br/2012/11/ana-paula-valadao-pede-perdao-pelo.html
2 - http://pointrhema.blogspot.com.br/2012/11/ana-paula-valadao-pastores-barrigudos-e.html
3 - http://pointrhema.blogspot.com.br/2012/11/ana-paula-valadao-pastores-barrigudos-e.html  

Atualização: 11/11/12 - 16h27

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Belverede recebe prêmio Dardos 2012

Você conhece a história da premiação Dardos?

O Prêmio Dardos foi criado pelo escritor espanhol Alberto Zambadeque, que em 2008, concedeu ao seu blog “Leyendas de El Pequeño Dardos” o primeiro Prêmio Dardos, e também a quinze blogs selecionados por ele mesmo. Ao divulgar o prêmio, Zambadeque solicitou aos blogs premiados que também indicassem outros blogs ou sites considerados merecedores do prêmio. Assim a premiação se espalhou pela Internet. Segundo o seu criador, o Prêmio Dados destina-se a “reconhecer os valores demonstrados por cada blogueiro diariamente durante seu empenho na transmissão de valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. A regra do prêmio estabelece que os indicados deverão exibir no seu blog ou site, o selo do prêmio. Deverão também indicar de 10 a 20 blogs ou sites que preencham os requisitos acima para o recebimento do prêmio.

Belverede premiado

É motivo de surpresa e alegria ser indicado ao prêmio Dardos. Eu me alegro porque a indicação expressa o relacionamento entre blogueiros (as), daqueles que fazem blogagem e ao mesmo tempo acompanham outros blogs nos quais sentem alguma identificação.

O blogueiro indicado ao prêmio Dardos recebe o direito de indicar outros blogs. O premiado se transforma em premiador. Isso acontece com o blog Belverede. Fui indicado pela blogueira Ailda Deiró, do blog Vivendo Com Deus e para Deus e devo indicar colegas blogueiros.

Reconhecimentos anteriores

18 de Fevereiro de 2009 - Blog Eliseu Antonio Gomes recebe prêmio

Quem eu indico (em ordem alfabética)

Nenhum indicado se sinta constrangido. Da minha parte, não trata-se de corrente, portanto não há obrigatoriedade em aderir. A lista abaixo contém blogs que leio com periodicidade regular, e quis homenagear. 

Gostaria de mencionar muitos outros nomes, mas não é possível devido ao espaço. Além disso, alguns deles já foram mencionados neste ano por outros blogueiros (as).

1. Carlos Roberto Silva - Point Rhema
2. Cintia Kaneshigue - Vivendo a Última Hora
3. Esdras Costa Bentho - Teologia & Graça
4. Genivaldo Tavares de Melo - Pr. Genivaldo Taveres de Melo
5. Geremias do Couto - blog homonimo
6. Isabel Meneses - Glorioso Jesus
7. J D Berean - O Bereano
8. Juber Donizete - Cristianismo Radical
9. Julio Severo - blog homônimo 
10. Lea Wasliew - Mulher Sábia 
11. Lilia Paz - blog homônimo
12. Lucilene Batista de Brito Shirota - Jovens em Cristo Brasil
13. Marisa Lobo - blog homônimo
14. Matias Borba - Encontro com a Bíblia
15. Paulo Cesar Amaral - PC Amaral
16. Sammis Reachers - Poesia Evangélica
17. Silas Daniel - Verba Volant Script Manent
18. Valmir Nascimento - Como Viveremos
20. Wilma Rejane Neri - A Tenda na Rocha


Que tudo seja para honra e glória de Deus.  

E.A.G.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

CPAD - EDB 2012 - 4º Trimestre: Jonas e a misericórdia divina

Quem era Jonas?

O nome Jonas significa pomba.

Jonas abre o livro se apresentando como filho de Amitai. Outras passagens bíblicas acrescentam a informação que ele pertencia ao Reino do Norte, natural de Gate-Hefer, região próxima de Nazaré da Galiléia, na época do rei Jeroboão II, que viveu entre 783 a 743 a.C. (2 Reis 14.23-25; Josué 19.13).

Encontramos alguma relutância em Moisés, Elias e Jeremias, em aceitar incumbência quando foram chamados a cumprir a missão que Deus lhes confiou.  Mas Jonas é o único profeta bíblico do qual se sabe que resistiu com grande tenacidade a vocação divina.

 A estrutura do livro

Provavemente o livro tenha sido escrito pelo próprio profeta, entre 785 e 750 a.C., muito tempo depois dos fatos narrados.

O livro contém 48 versículos distribuídos em quatro capítulos pequenos, em estilo biográfico. Apresenta o ministério, a ressurreição e a obra missionária de Cristo, por meio da vida do profeta (Mateus 12.29-41; 16.4).

O Livro de Jonas é diferente dos outros livros dos Profetas Menores. É composto de uma narrativa biográfica e não de mensagens proféticas. Relata as peripécias protagonizadas pelo profeta.

Não deve ser interpretado como alegoria, ficção didática, mito, lenda. O oráculo foi entregue para Jonas nos mesmos moldes que outros profetas (1.1; Jeremias 33.1; Zacarias 1.1). O conteúdo do Novo Testamento não deixa dúvidas quanto à literalidade da narrativa (Mateus 12.39-41; 16.4).

Jesus Cristo, a maior autoridade no Céu e na Terra, interpretou o livro como histórico.

O contexto histórico

Israel, o Reino do Norte, conquistava a sua influência e era restaurada por Jeroboão II. Porém, a Assíria, cuja capital era a cidade de Nínive, se expandia de maneira ameaçadora. Dominava sobre quase todo o Oriente Médio, a relação da nação de Israel não era das melhores, pois era obrigada a pagar tributos à Assíria.

A Assíria, distante de Israel 960 quilômetros, era muito odiada pelos judeus. Sendo o império mais poderoso da época, representava quase tudo de ruim, pois era voltada à maldade, à crueldade, à perversidade, seus cidadãos eram orgulhosos e cometiam muitas atrocidades contra os povos conquistados - costumavam ser terrivelmente violentos, empalavam os homens e abriam o ventre das mulheres grávidas, vivas!

Quando Deus mandou o profeta anunciar o juízo em Nínive, este tentou afastar-se o máximo possível dessa cidade e de Deus, mas com essa tentativa Jonas aprendeu que é impossível fugir do Criador. "Porventura sou eu Deus de perto, diz o SENHOR, e não também Deus de longe? Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o SENHOR. Porventura não encho eu os céus e a terra? diz o SENHOR" - Jeremias 23:23-24.

Tarsis, a cidade que o profeta escolheu refugiar-se, segundo historiadores, é a mesma Tartessos, na orla do Mediterrâneo, ao sudeste da Espanha.

A mensagem prioritária do livro é a graça soberana de Deus pelos pecadores ilustrada na sua decisão de reter o julgamento sobre os culpados, arrependidos

A linguagem antropopática

Deus se arrepende? Muitas pessoas demonstram, com razão, estranhamento com o texto. Algum tempo atrás, o blog Belverede abordou o assunto. Ver aqui: Linguagens antropomórficas e antropopáticas na Bíblia.

A mensagem de Jonas 

Quando Jonas recebeu sua chamada para ir à Nínive, Jeroboão II, filho de Joás, governava em Samaria. E Adade-Nirari III reinava na Assíria.

O Senhor enviou Jonas à cidade de Nívine para anunciar a destruição daquele povo. O profeta conhecia toda a maldade praticada pelos cidadãos de Nínive, por este motivo - e seu forte senso nacionalista que o fazia pensar ser superior aos estrangeiros - se mostrou resistente ao chamado que Deus lhe deu, de ir aos ninivitas com a mensagem de arrependimento e salvação. Ele preferiu fugir para Tarsis. De nada adiantou resistir. Primeiro, desobedeceu e sofreu as duras consequências (1.1-3). Na segunda vez, ouviu ao Senhor, e não demorou muito para que estivesse na Assíria, a nação que desejava estar distante (3.1-10).

Os ninivitas arrependeram-se de seus pecados e alcançaram o perdão divino. A principal mensagem de Jonas mostra a infinita e inefável misericórdia de Deus e a sua soberania sobre todas as nações.

A missão de Jonas não foi apenas prolongar a vida dos seus inimigos. Após a mensagem que levou aquele povo a arrepender-se de seus pecados, a máquina militar que procedia de modo implacável deixou de ser usada de maneira brutal. E neste tempo de paz entre a Assíria e Israel o rei Jeroboão II recobrou territórios que o povo de Deus havia perdido.

A perenidade da misericórdia de Deus

A misericórdia divina é um dos atributos que revela a natureza de Deus (Êxodo 34.6; Jeremias 31.3). 

A justiça humana é precipitada em julgar. Mas a divina é longânima em perdoar. Deus perdoou os ninivitas porque houve arrependimento, ao ver a contrição do povo quando confrontados com a sua palavra

O conteúdo que encontramos no Livro de Jonas é o prenúncio da graça salvadora para todas as nações, fala que as nações podem ser perdoadas por Deus e qye Deus se importa com o bem-estar das nações  (Tito 2.11). Os ninivitas foram salvos pela graça porque “creram em Deus” e se “converteram do seu mau caminho” (3.5, 10).

O grande peixe

Não temos informações bíblicas sobre qual animal engoliu Jonas. Tudo o que sabemos é que a criatura marítima era grande, pois engoliu o profeta sem dilacerá-lo. A língua hebraica não dispõe de termo técnico para “baleia”. A palavra é usada como resultado de uma interpretação tradicional que atravessou séculos. Para “grande peixe” é empregado “daggadol” (1.7; 2.1), e “dag” (peixe) em 1.7, 2.1, 10).

A Septuaginta traduz “ketei megalo” para “grande monstro marinho” e “ketas” para “monstro marinho”, termos encontrados em Mateus 12.40.

Na Bíblia Hebraica e na Septuaginta, o versículo 17 é deslocado para o capítulo seguinte (2.1). 

 A lição de Jonas

Ao fugir, a lógica de Jonas era de que  se ele não entregasse a mensagem de arrependimento, os ninivitas não se arrependeriam de seus pecados, e então seriam destruídos pela justiça de divina. Mas o Senhor não queria esse desfecho, queria mostrar a sua bondade sem limites não apenas em favor de Israel, mas do povo gentio também.

Jonas aprendeu uma extraordinária lição a respeito da misericórdia de Deus. Apesar de ser um missionário bem sucedido, demonstrou tristeza com o resultado de seu trabalho. Egoísta, ele pareceu pensar apenas em si mesmo, esperava ser instrumento de vingança contra os nivivitas, desejava ver retaliação de Deus contra eles, desejava o extermínio dos maus, mesmo que estes tivessem se arrependido de suas maldades (4.2b). Esqueceu-se que ele próprio, na qualidade de desertor da missão recebida, merecia castigo mas era alvo da misericórdia divina.

A lição cristã

O pecado sempre  traz doença para a alma e muitas vezes a doença física também. O pecado, antes de tudo, em primeiro lugar, é sempre contra Deus (Salmo 51.4; 1 Coríntios 11.28-30).

Embora saibamos que Deus está em todos os lugares, é onipotente, às vezes o coração humano, em pecado, nos engana e tendemos a imitar o profeta Jonas, que tal qual Adão pensou ser capaz de ausentar-se da presença do Criador (Gênesis 3.8). Aproximar-se de Deus e fazer a confissão do pecado é importante, porque o sangue de Jesus nos purifica (1 João 1.9). O perdão divino apaga o pecado e permite nova vida: "Quem é Deus semelhante a ti, que perdoa a iniqüidade, e que passa por cima da rebelião do restante da sua herança? Ele não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na sua benignidade. Tornará a apiedar-se de nós; sujeitará as nossas iniqüidades, e tu lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar" - Miquéias 7.18-19.

Há uma lição teológica a ser aprendida observando as respostas de Jonas a Deus. Os padrões duplos de Jonas fizeram com que suas ações lhe contradissessem os credos de tom espiritual. Pelo exemplo negativo de Jonas, aprendemos a não resistir à vontade e decisões soberanas de Deus.

Não podemos nos esquecer que Deus é piedoso, longânimo e grande em benignidade. Então, a misericórdia divina alcançou os ninivitas e eles foram poupados quando se arrependeram, mesmo eles não merecendo o amor divino.

É comum reprovar Jonas, quanto a decisão de desobedecer à ordem de Deus. Mas, quantas vezes o cristão desobedece ao mandamento de amar os inimigos? Você já fez um exame sério sobre suas atitudes? Lembre-se, nenhum de nós merece o amor de Deus. Não importa o que pensamos sobre os outros, temos que tratá-los com amor. Todos somos desafiados pela Palavra de Deus a obedecer a ordem de amar uns aos outros, inclusive quem não nos quer bem.

Que amemos, então, sem que seja preciso atitudes extremadas como o uso de um grande peixe.

Conclusão

Deus voltou seu olhar cheio de graça e compaixão aos ninivitas impenitentes e decidiu enviar-lhe Jonas. Essa graça divina está disponível a todos. Aos ninivitas Deus falou por intermédio de Jonas. Hoje Ele fala por meio de Cristo, que continua a salvar quem não dá vazão à incredulidade. Jesus elogiou a fé dos ninivitas e espera de cada um de nós tenhamos fé em Deus também.

Deus ama a todos os povos do mundo. A mensagem da salvação é para toda a humanidade.

E.A.G.

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Compilação:

A Rocha - A Bíblia que Conduz às Escolhas Certas; 1ª edição novembro 2002 (Editora Candeias).
Bíblia Evangelismo em Ação; edição 2005 (Editora Vida).
Bíblia Sheed; edição 2011 (Edições Vida Nova).
Ensinador Cristão; ano 13, nº 52 (CPAD).
Lições Bíblicas, 4ª trimestre 2012 (CPAD).
Manual Bíblico Henry H. Halley; edição 1998 (Edições Vida Nova). 

Barack Obama eleito pela segunda vez


Mick Romney em discurso breve diz que a eleição acabou, que se candidatou por amar os Estados Unidos, acreditar no povo e no país.

No Twiiter, antes do final da apuração de votos, baseando-se em resultados das apurações de boca de urna, Obama comemora postando foto abraçando a esposa, e acreditando na vitória, escreve: "mais quatro anos". 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Obama: tudo ou nada!


Ainda hoje eu me lembro do discurso de posse de Barack Obama. Assisti ao vivo, aqui no Brasil. Um negro no poder, diziam quase todo, emocionados.

Depois, achei ridícula a passagem dele pelo Brasil. Em terras brasileiras ele autorizou a zona de exclusão no espaço aéreo da Líbia, um ataque contra Kadaf. O ditador tinha mesmo que cair, mas foi desproposital o telefone a partir do Rio de Janeiro. Entendi a atitude como uma fraqueza psicológica, a necessidade de auto-afirmação.

Hoje é dia de eleições nos Estados Unidos, e há empate técnico. Se ele perder, creio que será pelo seu fraco desempenho na economia. O desemprego está alto por lá.

Eu torço para que deixe a Casa Branca e vá jogar tênis.

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07/11/12 - 03h31: Boca de urna aponta vitória de Barack Obama. Imprensa americana informa que ele está prestes a fazer o discurso de vencedor, apenas aguarda a manifestação pública do adversário reconhecendo a derrota. As urnas não estão todas contadas. No Brasil, a Band News é comedida, anuncia projeções da vitória do democrata, enquanto a Globo News considera a vitória como uma certeza. 

E.A.G.

2 Timóteo 1.52: Sei em quem tenho crido


Jó é conhecido como o homem mais paciente da Terra. Mas também pode ser descrito como uma pessoa com alguma dose de presunção. Ele pensava que conhecia Deus suficientemente.

Bem sucedido financeiramente, tinha família grande, era saudável. Perdeu tudo. Em quase todo o Livro de Jó encontramos o patriarca angustiado, em busca de um encontro com Deus para solicitar explicações. Esse encontro aconteceu. Em seu encontro com Deus, Jó não obteve suas respostas, mas mesmo assim ele ganhou um nível maior do conhecimento do Senhor. 

Acreditamos que Deus é trino, mas não sabemos explicar essa crença. Não conseguimos explicar minunciosamente como Deus é, nosso vocabulário não é tão rico para descrever o tamanho do amor de Deus por nós e o projeto de salvação através de Jesus Cristo. Não temos condição de entender detalhadamente a atuação do Espírito. Não sabemos responder a razão do Senhor agir em determinadas situações e em outras parecer estar de braços cruzados. 

Deus falou ao presuncoso Jó: "Quem é esse que obscurece o meu conselho com palavra sem conhecimento" (Jó 38.2). Após ouvir o Criador, Jó disse: "Ponho a mão sobre a minha boca" (40.4) "Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram" (42.5). 

O verbo "saber" tem mais de um significado, uma dessas significações é "experimentar". Apenas quem experimenta o chocolate sabe qual é o sabor dele.

Talvez, Jó se desse por satisfeito em adquirir suas respostas e assim aumentasse seu conhecimento intelectual sobre a existência de Deus. Entretanto, o encontro com Deus, sem as respostas que pediu, permitiu a ele experimentar Deus. 

Enfim, conhecer Deus pessoalmente é mais importante do que saber explicar algumas características a respeito dEle. O conhecimento teológico é importante, mas o saber vindo de uma experiência pessoal com o Criador é algo superior. Tal experiência eleva a alma humana, que passa a saber em quem crê. Quem assim o sabe não precisa explicá-lo.

E.A.G.

Texto adaptado ao blog. Pão Diário, nº 12, 1ª edição, 2009 (Rádio Transmundial).

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Vivendo bons momentos em casa

Tenho algo a dizer sobre o relacionamento dentro das residências cristãs. É quase propriedade dos pré-adolescente e adolescentes dizer “eu sei”. É difícil lidar com quem pensa que sabe (quase) tudo! Com raras exceções, aqueles que dizem isso não sabem nada de importante.

As crianças são inteligentes. muito inteligentes dentro da medida da faixa-etária delas. Olhemos para elas como “pessoinhas” sábias: “Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina o justo e ele aumentará em doutrina” – Provérbios 9.9.

Pela graça de Deus, lendo o Salmo 1 eu atinei que o melhor fruto é o que nasce na estação certa. Então, não podemos querer colher frutos adiantados na vida das crianças. Devo me satisfazer com atitudes de crianças sendo o que elas são, ainda crianças. Não é possível que uma cabecinha infantil manifeste frutos de alguém adolescente ou que o adolescente pense e aja feito gente adulta.

Uma das crianças que Deus deu para mim e minha esposa fez 13 no sábado. Fizemos algo diferente para comemorar o aniversário dela neste ano. Juntamos toda a família e fomos ao circo. Antes de entrar, na calçada da rua mesmo, cantamos “Parabéns Pra Você”, em seguida entramos num estabelecimento e comemos salgadinhos e barras de chocolates e bebemos refrigerantes. Ela ganhou presentes também! Depois, tive o prazer de vê-la se divertindo bastante ao lado de uma amiga e de uma prima bem pertinho do picadeiro assistindo palhaços, trapezistas e mágicos. Ela nunca havia estado em um ambiente assim...

E, ontem, após o culto, essa mesma criança veio até mim na minha sala dizer que sentia desejo de se batizar nas águas. Perguntei a ela se sabia o significado do ritual. Três segundos de silêncio com ar de surpresa pela minha interrogação. Não deixei de falar que estava contente com sua decisão, mas que conversaríamos sobre o assunto quando o nosso tempo estivesse mais disponível, pois ela precisava dormir para acordar cedinho na segunda-feira para ir à escola. Tenho a resposta e por conhecê-la bem sei que não precisa apressar-se, ainda está passando pelo processo de aprendizagem das coisas espirituais, precisa entender o valor do simbolismo das águas batismais.

Percebo jovens rebelados porque seus pais exigiram deles frutos fora do tempo certo de apresentá-los e provocaram neles a rebelião. E quando chegaram momentos de orientá-los, esses filhos disseram “eu sei, mãe; eu sei. pai!”, recusando-se a ouvi-los, porque estavam estressados com as expectativas inconvenientes que colocaram em suas vidas.

Pais devem ser transmissores do saber, precisam passar à criançada a sabedoria do alto (Tiago 3.13-18). Esse diálogo é travado usando a autoridade e nunca o autoritarismo. E quanto esta comunicação ocorre eficazmente, os filhos tornam-se conscientes que a principal fonte de seu aprendizado são seus pais.

É tão bom quando o filho e a filha buscam em seus pais as respostas de tudo que precisam!

Os pais cristãos não devem temer não saber o que dizer aos filhos. A Bíblia Sagrada contém o que precisa ser ensinado. Faça-se pesquisas bíblicas, diuturnamente, porque o Inventor da família disponibiliza informações para que os pais saibam relacionarem-se bem com seus filhos!

E.A.G.

Nissim Ourfali - Bar Mitzvah: Garoto judeu faz sucesso no YouTube



O garoto judeu Nissim Ourfali fez 13 anos. Na tradição judaica essa é a idade em que os meninos atingem sua maioridade religiosa, a data é ocasionalmente comemorada com uma festa chamada Bar Mitzvah.

Para celebrar esse momento especial, o pai de Nissim contratou a produtora Vemver para realizar um clipe específico que marcasse o aniversário do filho. Resultado: o clipe, cuja intenção era divulgar entre famíliares e pessoas próximas, com a paródia da música That's What's Makes You Beautiful (One Direction). Mas, a brincadeira ganhou proporções maiores, é o mais novo viral, está fazendo sucesso no YouTube, com diversas cópias.

Gostei da criatividade da produção, da edição de imagens, da celebração da alegria, da demonstração de afeto entre pais e filhos.

domingo, 4 de novembro de 2012

Humilhação

Não é conveniente humilhar-se perante os homens.
"Do mesmo modo, jovens, sede submissos aos mais velhos. E, todos vós, igualmente,tratai com humildade uns aos outros, porquanto, 'Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes'. Sendo assim, humilhai-vos sob a poderosa mão de Deus, para que Ele vos exalte ao tempo certo."

1 Pedro 5.5-6
(KJA)

sábado, 3 de novembro de 2012

Transexual pediu amputação e arrependido quer órgão genital de volta


Em 2003, aos 26 anos, transexual desejoso de casar-se com outro homem, quis operar e amputar o pênis para se parecer com uma mulher. Arrependeu-se.

A pessoa identifica-se apenas como DK, é residente da província de Van localizada na cidade de Mersin, ao sul da Turquia. Nos dias atuais, aos 34, se apresenta como muçulmano e mostra-se arrependido do que fez e está disposto a possuir outra vez genitália masculina.

“Sou um crente, faço minhas orações como homem, e não como uma mulher. Esta decisão me afetou muito.” - queixa-se DK, que solicitou liminar para assegurar que seu novo desejo possa ser realizado.

Recentemente, ele procurou ajuda indo à Direção de Assuntos Religiosos e pediu permissão para receber transplante de membro de um defunto. As autoridades religiosas se manifestaram contra, alegando ser inaceitável que isso ocorra, exceto se o órgão genital a ser colocado em seu corpo seja o mesmo que ele pediu para retirar.

Enquanto DK nâo recebe apoio religioso, abriu limitar para alcançar seu objetivo. Oksan Öztok, dirigente da Fundação de Apoio Humano, uma organização conservadora voltada para o envolvimento com os membros da comunidade LGBT, disse à imprensa local: "Há mais de 20 pessoas assim, temos guardado em nossos arquivos situações igual a essa. A operação é tão comum quanto um transplante de braço ou rosto.”

Fonte: Dogan, via Daily News
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Belverede pergunta: Transplante de rosto é coisa normal? Acontece, mas ainda são raros.

E.A.G.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A atuação dos gafanhotos

"O que deixou o gafanhoto cortador comeu-o o gafanhoto migrador; e o que deixou o gafanhoto migrador comeu-o o gafanhoto devorador; e o que comeu o gafanhoto devorador comeu-o o gafanhoto destruidor" - Joel 1.4.

A lagarta (em hebraico, gāzām), o gafanhoto (‘arbeh), a locusta (yeleq) e o pulgão (hāsīl) provavelmente não são quatro tipos diferentes de insetos, mas quatro estágios no crescimento do gafanhoto:

• Gāzām: de uma raiz desusada que significa devorar; tipo de gafanhoto peregrino, locusta: lagarta, gafanhoto cortador.

• ‘Arbet/rābhāh : termo usado para gafanhoto no sentido de seu crescimento rápido.

• Rābhāh: raiz primitiva, aumentar (em qualquer aspecto); trazer, muito; em abundância; abundantemente; mais em número; multiplicar.

• Yeleq: de uma raiz desusada que significa lamber, um devorador, especificamente o gafanhoto.

• Hāsīl/hāsal: assolador, isto é, o gafanhoto pulgão, larva, lagarta, destruidor.

Os gafanhotos se reproduzem aos milhares. Alimentam-se exclusivamente de vegetais. A densidade do enxame alcança determinado nível que é capaz de devorar qualquer planta que esteja em seu caminho. Onde uma nuvem desses insetos pousa tudo é devastado em poucas horas.

Quando esses bichos voadores aparecem, provocam pavor nos agricultores, pois quase nada se pode fazer contra eles. Os gafanhotos são responsáveis por prejuízos incalculáveis, a presença deles traz a miséria. Quando consomem uma lavoura, voam para outra plantação.

Quando uma invasão de gafanhotos devastou a terra de Judá, o profeta Joel meditou sobre a calamidade, e a Palavra do Senhor veio a ele. Em sua profecia, descreveu a praga como se fosse um exército humano, assemelhou-o a uma nação inimiga, compreendendo a situação como o agir divino através do exército do Senhor (Joel 1.6; 2.11). Supõe-se que fossem gafanhotos do deserto, um tipo de inseto ortóptero que destruiu a Palestina em 1915 d.C.

Da mesma maneira como a praga de gafanhotos zombou do orgulho que o Egito tinha da fertilidade da sua terra, também a invasão de gafanhotos serviu de repreensão ao povo de Deus, que se esqueceu de que a sua prosperidade vem do Senhor (Êxodo 10.1-19; Deuteronômio 6.10-12; 8.10-14, 17-20).

O profeta Joel enfatizou que os gafanhotos consumiram completamente tudo o que era comestível na terra . Ele escreveu dizendo que os dentes desses insetos são como dentes de leões, seus queixos são fortes como de leões, descreveu a ação deles como incançáveis soldados de guerra (1.6-9). Essa comparação é usada também em Apocalipse 9.8.

Assunto paralelo: Joel e o derramento do Espírito Santo.

E.A.G.

Consultas:

Bíblia de Estudo Palavra-Chave Hebraico e Grego, edição 2011 (CPAD);
Bíblia Sheed, edição , 2011, (Edições Vida Nova);
Bíblia Thompson, edição 2007 (Editora Vida);
O Novo Dicionário da Bíblia, Volume II, edição 1.981 (Edições Vida Nova).

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Paz e harmonia


"Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz" - Tiago 3.11.

Analise comigo. A criação de Deus possui contrastes: homem e mulher; escuro e claro, preto e amarelo... Então, nada mais aceitável do que conviver em harmonia com quem pensa diferente da gente.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

CPAD - EDB 2012 - 4º trimestre - Obadias: o princípio da retribuição

Obadias é nome hebraico que significa "servo de Deus", nome comum na época do profeta.  Pouco se sabe da vida desse escritor nas páginas bíblicas. Ele foi o quarto dos Profetas Menores da Bíblia Hebraica, e o quinto na ordem apresentada pela Septuaginta.

Dos homônimos do escritor que agora tratamos, com certeza o mais célebre foi o mordomo do palácio do rei Acabe (1 Reis 18.3-16). Desde a juventude ele era temente a Deus, durante a perseguição de Jezabel aos profetas, ele escondeu 100 deles em duas cavernas. Durante a seca, saiu a procurar pasto para os cavalos e mulas de Acabe e encontrou-se com o profeta Elias, e então arranjou o encontro que provocaria a competição entre os profetas de Baal e o único Deus verdadeiro, Criador de todas as coisas.

A tradição babilônica alega que Obadias, escritor do livro, seria o hebreu que trabalhou para o rei Acabe ou o terceiro capitão dos cinquenta (2 Reis 1.13). Mas, cronologicamente, é impossível identificá-lo assim, pois os fatos históricos apontam à existência de um século inteiro separando essas duas pessoas.

O escritor era contemporâneo de Jeremias. 

Obadias e o livro

Obadias usou linguagem poética cheia de vivacidade e contundência ao escrever o livro que tem seu nome, o menor entre os livros do Antigo Testamento - um capítulo com vinte e um versículos. Ele escreveu procedendo do particular para o geral, do julgamento de Edom para o julgamento universal, da restauração de Israel para ao estabelecimento do Reino de Deus.

Embora o livro seja pequeno, a obra possui o mesmo valor espiritual dos demais livros e cartas contidas na Bíblia Sagrada, pois é parte da Palavra de Deus.. A data em em que o livro foi escrito deve estar relacionada com a época da tomada de Jerusalém, à qual se faz referência no versículo 11. Pelas circunstâncias indicadas, o profeta deveria estar presente em Jerusalém quando ocorreu a investida babilônica, e a conquista da Cidade Santa, durante o reinado de Nabucodonosor.

O livro de Obadias contém a mesma profecia do livro de Jeremias, encontrada no capítulo 49. As mensagens são dirigidas contra os edomitas, antigos inimigos de Israel, aos quais o profeta acusa de ofensas graves.

O perfil dos edomitas

Os mais antigos e maiores inimigos dos israelitas eram os edomitas (Números 20.14.21). Eles eram descendentes de Esaú e dos heteus, que por sua vez foram descendentes de Cão, um dos três filhos de Noé, aquele filho que foi amaldiçoado por ver a nudez do pai e não cobri-la, mas sair e contar aos outros irmãos (Gênesis 9.22-27; 26.34-35).

Edom era povo soberbo. Estava situado em uma região de montanhas rochosas. Vivia em cidades com irrigação farta e pastos mais que suficientes para o rebanho e manadas, a localidade era inexpugnável. Os edomitas sentiam uma falsa segurança por morar ali porque o local era de fácil defesa e de difícil ataque por parte dos inimigos. Por causa disso eram orgulhosos, ao invés de serem gratos a Deus por receber o benefício de viver em local de segurança geográfica (versículos 3 e 8).

Edom versus Israel

Para entender o livro de Obadias é preciso olhar para o contexto em que o profeta estava inserido. Ele trata das relações de duas nações, mas se refere a ambas usando o nome de seus antepassados.

Edom (Esaú) era ancestral do edomitas. Esaú era irmão gêmeo de Israel. A luta começou antes do nascimento deles. Gênesis 25.21-22 relata que “Rebeca (...) concebeu, e os filhos lutavam no ventre dela”. Anos depois, houve entre os irmãos o caso da troca da primogenitura de Esaú por um prato de lentilhas. Esaú após negociar com Jacó seu direito à primogenitura, desprezou não apenas a herança, mas a boa convivência com seu irmão, que foi obrigado a fugir para longe da família (Gênesis 25.24-34).

Séculos antes de Obadias nascer, Israel e Esaú, os dois filhos de Isaque, tiveram descendentes que formaram as nações de Judá e Edom (os edomitas). E Deus ordenou a Israel que não aborrecesse seu irmão, o edomita (Deuternonômio 23.7).

Apesar do parentesco, ambos os povos guerrearam entre si.

Os edomitas tinham ânimo pronto para ajudar todos os inimigos de Israel a destruí-los: 2 Crônicas 21; 25, 28, 36.

Quando os edomitas souberam que Nabucodonosor atacaria Jerusalém, alegraram-se, e viram o ataque como oportunidade de vingança e auxiliaram o exército babilônico. Com o objetivo de humilhar seus adversários históricos, eles incitaram Nabucodonosor a exterminar os israelitas e participaram de um ataque bem-sucedido contra Israel, que destruiu a Cidade Santa. Atuaram cruelmente nos massacres e depois ajuntaram despojos (Salmos 137.7; Obadias 11).

O profeta deve ter sido testemunha ocular das atrocidades cometidas pelos babilônicos e edomitas contra Israel, testemunhou o momento em que os "irmãos" dos israelitas aproveitaram-se da vulnerabilidade deles, viu os maus tratos cometidos, as armadilhas montadas, e ajudou os sobreviventes.

Cumprimento profético

O cálice de iniquidades dos descendentes de Esaú transbordou e Deus sentenciou por meio de Obadias a nação a ser aniquilada para sempre. Cinco anos depois de Nabucodonosor atacar Jerusalém, o próprio Nabucodonosor colocou o exército babilônico contra os edomitas e os expulsou de suas terras. O dia da retribuição chegou para eles: “como tu fizeste, assim se fará contigo”, escreveu Obadias (verso 15).

As predições com respeito a Edom foram completamente cumpridas, provavelmente esse processo começou entre 588 a 586 a.C.. Quanto aos israelitas, a nação foi restaurada, teve suas terras de volta e possuíram as terras de seus inimigos também. O caráter completo da restauração de Israel é expresso pela especificação de sua expansão nas quatro direções cardeias (versículos 19 e 20).

Depois da restauração de Israel, Ciro massacrou milhares de edomitas. Eles também foram esmagados pelos judeus nos tempos dos Macabeus. E séculos depois, após a crucificação de Cristo, eles desapareceram para sempre, cumprindo-se o que disse Obadias: “ninguém mais restará da casa de Esaú” (versículo 18).

Herodes, contemporâneo de Cristo, era da linhagem dos edomitas.

O profeta declarou que os edomitas seriam um povo como se nunca tivessem existido, desaparecerim completamente. Esta profecia se cumpriu à risca. Após a destruição de Jerusalém, no ano 70 d.C., o povo edomita desapareceu da história mundial. 

Conclusão

Obadias é um livro pequeno, mas que apresenta uma grande verdade. Deus retribui as ações desumanas e arrogantes dos homens em seu devido tempo. Não importa quanto tempo se passe, a pessoa que agir de maneira perversa contra o próximo, seus atos não ficarão impunes diante de Deus.

As linhas escritas por Obadias assinalam que na vitória de Israel o Reino de Deus seria estabelecido, caracterizado pelo livramento e santidade (versículos 17 e 21). Essa ideia é ampliada no Novo Testamento. 

E.A.G.

Veja artigo paralelo: Você sabe quem foram os edomitas?

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Compilações:

Dicionário Bíblico Universal ; A. R. Buckland e Lukyn Willians, edição 2007 (Editora Vida); 
Ensinador Cristão; ano 13; nº 52 (CPAD);
Lições Bíblicas; 4º trimestre 2012; Esequias Soares (CPAD);
O Novo Dicionário da Bíblia; volume II; edição 1.981 (Edições Vida Nova);
Os Doze Profetas Menores; Alexandre Coelho e Silas Daniel; 1º edição 2012 (CPAD);
Pequena Enciclopédia Bíblica; O.S. Boyer; edição 1.992 (Editora Vida).

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Qualidade do Haddad

Imagem: Cecília Arbolave | Trilhos Urbanos

Enquanto petistas comemoram, criança descansa
sentada ao meio-fio da Avenida Paulista

Fernando Haddad eleito Prefeito da cidade de São Paulo, agora cabe ao cristão orar em favor dele e dos munícipes paulistanos, seja eleitor dele ou não, para que tenhamos vida quieta e sossegada nos próximos quatro anos. Essa é a orientação do apóstolo Paulo em 1 Timóteo 2.1-3, informando que tal procedimento é agradável a Deus.

Como cristãos, eu entendo que o nosso posicionamento deve ser o mesmo da Bíblia Sagrada. Isso é o que Paulo definia como ter a mente de Cristo (1 Coríntios 2.10-16).

Como evangélico e cidadão nascido e morador da Capital de São Paulo, eu espero que o Haddad não crie barreiras burocráticos contra as igrejas em atividades na cidade. Essa era minha preocupação, ao ficar contra a candidatura dele. E, espero que os Vereadores evangélicos eleitos, fiquem em estado de alerta quanto a isso, também.

Esperemos para ver a conduta de Haddad na posição de gestor da cidade de São Paulo. Quais serão as decisões dele com referência à Parada Gay e Marcha Para Jesus? Ele autorizará eventos religiosos no Vale do Anhangabaú ou proibirá? E quanto aos novos templos em fase de projetos e em construção?  Que ele seja justo com todas as manifestações públicas, sejam elas religiosas ou não.

Não devemos esquecer que Haddad realmente é o criador do Kit Gay. Não afirmamos isso nas semanas anteriores apenas por causa do calor das eleições. De fato ele tentou espalhar material grosseiro, infiltrado no currículo escolar da criançada de seis anos de idade e dos estudantes adolescentes, com ares de peças didáticas, quando na verdade tudo era uma estratégia de propaganda em favor do comportamento homossexual. E feita ao toque de caixa caríssimo, dinheiro público.

Enfim, que mantenhamos a consciência que pastores têm todo o direito de tomarem posições políticas e ideológicas. Eles são cidadãos dentro de um país com liberdade de expressão. Prezemos pela liberdade, mesmo quando esta estiver falando algo que não estamos de pleno acordo. 

A vida segue.

E.A.G.