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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

O Evangelho no mundo acadêmico e político

Por Eliseu Antonio Gomes

Por muitos séculos, no Ocidente, as igrejas, as escolas, as artes, e os livros afirmaram que Deus era o único responsável pela criação do homem e de todo o Universo. Contudo, na década de 1860, Charles Darwin, com a teoria da seleção natural e da evolução das espécies, confrontou essa assertiva bíblica (Gênesis 1-2; Efésios 3.9; Apocalipse 4.11). Desde então, muitos outros pesquisadores passaram a defender a ideia de que, para obtermos explicações objetivas a respeito de fenômenos naturais, seria necessário abandonar paulatinamente as respostas da religião e adentrar um campo pouco explorado: o da ciência.

Nenhum ser humano existe sem algum tipo de fé. Todos nós adquirimos a maior parte de nosso conhecimento por meio da fé, ou seja, por crermos no que outras pessoas nos dizem: pais, amigos, escritores, professores. De modo geral, o cristão acredita em diversas coisas, como, por exemplo, na meteorologia, nas notícias dos jornais ou no caráter de determinada pessoa, mas não necessariamente está disposto a viver em funções de tais crenças, tampouco cogita a ideia de morrer por elas. Em um meio diferente, a fé religiosa tanto pode levar alguém a morrer em sua defesa, como pode levar esse alguém a vivê-la a cada instante (Filipenses 1.21). Em síntese, a fé religiosa transcende ao ato da simples crença.

Peter Kreeft e Ronald Tacelli afirmam que é possível classificar hierarquicamente pelo menos quatro dimensões da fé religiosa:

• Fé Emocional (Isaías 26.3; Salmos 3.5)
Está relacionada à sensação de confiança em uma pessoa. É influenciada pela emoção, inclui esperança (mais forte que o simples desejo) e a paz (muito mais intensa do que a simples tranquilidade no íntimo).
• Fé intelectual / racional (Hebreus 3.17, 18; Jó 19.25)
Mais intensa que a Fé Emocional, por ser estável e imutável, a mente humana crê, mesmo que de alguma maneira esteja abalada. Fazendo uso da razão, e tomando apenas relatos da História, é possível afirmar que Jesus realmente existiu, que nasceu em Belém e que exerceu grande influência em Israel. Todavia, não é possível compreender, apenas por meio da razão, que esse Homem foi enviado ao mundo para morrer em nosso lugar, porque Deus nos amou intensamente (João 3.16).
Aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação (1 Coríntios 1.21). 
• Fé Volitiva (Josué 24.15)
Diz respeito ao compromisso, ao desejo, a decisão de obedecer à vontade de Deus.
• Fé no íntimo (Mateus 22.37)
Tem origem no que as Escrituras chamam de coração, ou seja, no centro absoluto da alma.
Ensinos acadêmicos da pós-modernidade

A palavra "academia provém do vocábulo grego "akadémeia" que, por sua vez, lembra a escola de filosofia que Platão fundou em Atena, em 387 a.C., junto a um jardim dedicado a Academo, uma das muitas divindades da Grécia. Naquele local, o pensador grego reunia os pupilos para ensiná-los a pensar de maneira metódica e produtiva.

No século 15, Pompônio Leto fundou a Academia Romana, que, além da filosofia, dedicava-se ao estudo das ciências, das artes, da arqueologia e da gramática. Sua palavra era suficiente para esclarecer dúvidas, fundamentar certezas e iluminar os que iam e vinham em busca do verdadeiro saber. Hoje as academias são mais específicas. Enquanto uma se dedica à História, outra, às Artes, e ainda outras às Letras, à Filosofia. E todas consagram-se à preservação de uma determina área do conhecimento humano.

A academia pós-moderna é um edifício majestoso e bonito, mas construído a partir da incerteza. Desorientada e, meio a tantas monografias e teses, ninguém, ali, logra afirmar alguma coisa. Ela abre a boca às perguntas, mas fecha os ouvidos às respostas. Seus membros abominam fechar questões mais comezinhas e tolas. Altivos e arrogantes, alegam que ninguém pode ter certeza de nada. Tal alegação, porém, é autodestrutiva, pois, se ninguém pode ter certeza de nada, como eles podem ter certeza de que a incerteza é tudo?

Embora a academia pós-moderna tenha assumido um papel referencial na definição do conhecimento humano, infelizmente, ela nenhum valor dá à ética e à moral. Eis porque o nosso Brasil encontra-se numa situação tão caótica. Apesar disso, a tarefa do cristão não é destruí-la, mas usá-la como instrumento à expansão do Reino de Deus.

Quando nos refugiamos no Evangelho de Cristo, colocamo-nos a trilhar o caminho da fé. Vendo já o invisível, ela gera convicções e demonstra cabalmente, que existe, sim, verdades absolutas. Eis porque há um grande abismo entre a incerteza acadêmica e a certeza evangélica. Tão largo e profundo é esse abismo que só pode ser transposto pela cruz do Cordeiro de Deus.

Daniel, o acadêmico e político por excelência

Após a destruição de Nínive, sete anos antes, o Império Babilônico começou a crescer rapidamente e neste crescimento rápido não dispunha de número suficiente de babilônios cultos para a cúpula governamental. Por volta de 606 a.C., Nabucodonosor  sitiou Jerusalém, levou cativo à Babilônia a elite da sociedade judaica, jovens de boa aparência e de bom nível cultural a fim de ensinar-lhes a cultura da Caldeia. Entre os prisioneiros, achavam-se os jovens Daniel, Hananias, Misael e Azarias, notáveis por sua educação, cultura e distinção pessoal - pelo que se depreende do texto bíblico, já tinham cursado a academia de Jerusalém, onde haviam sido instruídos na Palavra de Deus. Em Babilônia, Daniel e seus companheiros foram reeducados no idioma e cultura dos caldeus (Daniel 1.4, 6). O testemunho deles não ficou restrito à conduta pessoal exemplar, destacaram-se ainda nas atividades acadêmicas, ao término do curso e foram aprovados com louvor máximo, segundo o registro encontrado em Daniel 1.17-20.

Daniel e seus três companheiros foram inseridos na elite cultural e científica de Babilônia. E Daniel tornou-se um oficial do alto escalão nos governos dos impérios babilônicos e medo-persa, além de atuar como profeta. Em seu exílio, que durou mais de 70 anos, Daniel viveu em plena fidelidade a Deus.

A vida de Daniel e seus amigos serve de exemplo aos acadêmicos e políticos cristãos que lutam por levar a supremacia de Deus às mais altas esferas do conhecimento e do poder, pois, longe sa presença de seus pais para orientá-los nas suas decisões, ao estarem a serviço de um governante que desconhecia por completo a soberania divina, jamais renunciaram o seu temor ao Senhor.

Eles tiveram uma vida pública, política e acadêmica de sucesso, exaltando e glorificando o nome do Senhor, não se deixarem contaminar pela cultura babilônica, e assim influenciaram a classe política do Império. Os universitários da atualidade precisam seguir o exemplo desses hebreus.

Que os universitários cristãos iniciem o seu testemunho público por meio de uma vida santa e irrepreensível, a evangelizar seus colegas e mestres, evidenciando atitudes cristãs em todas as instâncias do campus. O universitário evangélico não deve se entregar às filosofias mundanas, ao ativismo inconsequente e anticristão, ao sexo fora do casamento e às drogas. Que o jovem cristão evangelize também com suas notas e conquistas acadêmicas. Nas monografias e teses, seja verdadeiro, redija com excelência cada trabalho; pesquise com esmero; evite o plágio e não abandone sua fé. Sua oração deve permear todas as suas atividades acadêmicas.

Muito pode realizar um acadêmico nas mãos de Deus. Por meio de seu trabalho sincero, levará o testemunho de Jesus Cristo aos escalões mais altos da sociedade e do governo. Afinal, somos instados pelo Senhor a proclamar o Evangelho a todas as criaturas, inclusive aos ricos e poderosos. Assim sendo, que os pais instruam seus filhos e netos a servirem a Cristo no campus universitário. O desafio não é pequeno, mas os resultados hão de ser grandes e compensadores ao Reino de Deus. Que eles demonstrem aos sábios deste mundo que somente a mensagem da cruz é capaz de redimir o indivíduo quanto a sociedade.

Conclusão

Na universidade, diante do politicamente correto, o cristão não precisa ter medo de optar pela vontade de Deus. Deve evitar o jogo dos professores que, aprisionados pelas políticas partidárias de esquerda e ateus, posicionam-se contra Deus e a sua Palavra. A eloquência de um testemunho não se encontra na força ou na beleza de uma construção sintática bem elaborada; acha-se na formosura de um viver que, mesmo emudecido, fala a convence pela santíssima fé ressaltada em obras boas e meritórias.

Cabe aos líderes evangélicos preparar aqueles que entram em cursos universitários. Do universo acadêmico saem os cientistas, educadores, formadores de opinião e boa parte dos governantes e legisladores.

À semelhança de Daniel e seus companheiros, que desenvolveram uma vida testemunhal e carreira universitária, o cristão deve fazer uma grande diferença no mundo acadêmico e na esfera política. O Senhor Jesus espera a presença de crentes em todas as camadas sociais, evangelizando as pessoas que ainda não o reconhecem como Salvador e Senhor.

E.A.G.

Complicação
Lições Bíblicas - Professor; O Desafio da Evangelização: obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura - Professor - Claudionor de Andrade, páginas 49-52; 3º trimestre de 2016, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
Lições da Palavra de Deus - Professor; Os Desafios da Igreja no Século 21; Geziel Gomes, página 68, 70-72, ano 12, nº 47; Rio de Janeiro / RJ, (Central Gospel).                                                                                                    
O Desafio da Evangelização - Obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura; Claudionor Gonçalves; páginas 79-80, 83, 85-88; edição 2016; Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
Quem é quem na Bíblia Sagrada - A história de Todas as Personagens da Bíblia; editado por Paul Gardner; página 123; 1ª impressão 2005 - 19ª reimpressão 2015; São Paulo (Editora Vida). 

domingo, 7 de agosto de 2016

Objetivos espirituais, olhos espirituais



"Os olhos são a lâmpada do corpo. Portanto, se teus olhos forem bons, teu corpo será pleno de luz" - Mateus 6.22, na tradução da Bíblia King James Atualizada ao idioma Português.

Em Mateus 6.22 b, podemos trocar "olhos" por "intenções". Se tuas intenções forem boas...

Por que?

Porque a palavra "olhos" é usado em sentido figurado, aponta aos objetivos do coração humano.

Então, raciocinemos: se os meus propósitos forem bons, todo o meu corpo terá luz. Quem se apresentou como a "luz do mundo"? Jesus (João 8.12).

Outras reflexões em Belverede:

Olhos verdes e a beleza negra

Desvenda os meus olhos!

John Denver - Sunshine on my shoulders

Cristo, a luz do mundo

Sete pedras de tropeço à pureza sexual das mulheres

sábado, 6 de agosto de 2016

A evangelização dos grupos desafiadores

EBD - Terceiro trimestre de 2016. CPAD. O Desafio da evangelização: Obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura. Comentarista: Claudionor de Andrade. Lição 6: A evangelização de grupos desafiadores - homossexuais, viciados, prostitutas e outros.
Por Eliseu Antonio Gomes

No mundo inteiro, uma agenda progressista e revolucionária nos costumes invade a cultural ocidental, de modo a causar graves confrontos de ideias, até mesmo físicos. Há uma proposta hegemônica em curso para fazer uma revolução, não com uso de armas e de violência física, mas pela via cultural. Uma revolução que ganhe a consciência, o sentimento e a alma do indivíduo ao ponto de ele começar a pensar sem discernir a origem daquele pensamento, onde sua individualidade e consciência fossem dissolvidos no "mar das lutas coletivas".

Assim sendo, assistimos a intensificação da agenda ideológica da defesa do aborto, da ideologia de gênero, do homossexualismo como doutrinação, da legalização e naturalização da prostituição, do controle do Estado sobre o indivíduo, do enfraquecimento do controle de propriedade privada e etc.

A Igreja do século 21 tem um enorme trabalho pela frente: evangelizar os grupos desafiadores, dentre muitos destacamos os viciados em drogas, os homossexuais e as prostitutas. Sob o ponto de vista moral, a Igreja deve se declarar a favor da vida, do modelo de família estabelecido por Deus, da dignidade da pessoa humana, se posicionando claramente contra a ideia da prostituição e outras filosofias antibíblicas, evitando se envolver em guerras abertas sobre temas periféricos, em que em nada contribui para a ação evangelizadora. A Igreja precisa agir com o cuidado de não transformar a propagação das Boas-Novas numa guerra contra pessoas por intermédio da política partidária, pois a natureza primária da evangelização é alcançar todos os povos e, principalmente, as pessoas mais excluídas da sociedade (Lucas 4.18-19).

Para quem não tem a esperança em Cristo, o quadro é de caos no mundo. Por isso, uma vez portadora dessa consciência histórica, a Igreja deve exercer um papel profético, se dirigindo aos meandros de uma sociedade sem Deus. É necessário transmitir o conhecimento da Palavra de Deus além do interior das quatro paredes dos templos, os cristãos devem ir aos locais em que os pecadores estão e falar de Cristo para eles, pois alguns deles irão para o inferno neste dia.

Dentre seus muitos efeitos, a evangelização tem a propriedade de constranger o cristão. Afinal, ela é o nosso maior compromisso com Deus, a principal das nossas obrigações, o mais elevado dos nossos deveres. Evangelizar é o chamado, a grande comissão das nossas vidas. Falar de Jesus ao pecador é a tarefa pessoal e intransferível que recebemos do próprio Cristo, e, impulsionados pelo Espírito Santo, é o que o cristão autêntico fará.

A característica do Evangelho de Cristo

O Evangelho de Cristo é inclusivo. O Salvador veio para todos. Jesus pregou para as mulheres em um cultura onde elas não eram valorizadas. Ele evangelizou senhoras de bem, mas também evangelizou algumas, como a samaritana, cuja reputação não era boa. Ele acolheu cegos, aleijados, os publicanos e os pobres. Sua atitude de amor foi duramente criticada pelos líderes religiosos de sua época.

Jesus nunca aprovou a prática do pecado mas sempre se mostrou acessível ao pecador e as suas necessidades. O Salvador não excluiu ninguém.

Na passagem bíblica de Lucas 7.39, observamos que um fariseu julgava-se bom, justo e repleto de boas obras. Por este motivo, achava-se no direito de excluir uma prostituta, condenando-a ao fogo do inferno. Diante desta cena, nós cristãos precisamos realizar uma auto-análise, perguntando a nós mesmos se não agimos da mesma maneira frente aos que necessitam ouvir o Evangelho amoroso e inclusivo de Cristo.

Embora Jesus seja amigo dos desterrados e pecadores, seu ministério  às pessoas menosprezadas não exclui interesse nos membros respeitáveis da sociedade, pessoas de todas classes sociais precisam do Evangelho.

Os viciados

As bebidas alcoólicas e outras drogas não somente são prejudiciais à saúde, como também afetam  o comportamento do viciado. Não é por acaso que encontramos o alerta de Cristo em Lucas 21.34, conselho para manter a vida digna e evitar a embriaguez e outros os excessos - como a glutonaria e os cuidados dessa vida - e preso nessas coisas sejamos pegos de surpresa no dia da volta do Senhor. O entorpecimento mental é considerado pecado suficiente para deixar de herdar o reino de Deus. O desejo de Deus é que ninguém perca a participação no belo plano que Ele tem para nós, e por isso somos exortados à vida sóbria (Gálatas 5.21).

Deus tem imenso interesse na alma dos viciados. Como Noiva do Cordeiro, o verdadeiro cristão precisa reconhecer o valor da alma dos viciados e empreender ações evangelísticas para que eles sejam salvos, seja evangelizando através de iniciativa pessoal ou acompanhando a ação do departamento de evangelismo da congregação que está inserido como membro.

Nas casas de desintoxicação particulares e estatais, os internos são tratados apenas clinicamente; espiritualmente, não recebem qualquer assistência. Dessa maneira, igualam o Evangelho de Cristo ao espiritismo, ao islamismo ou a outra manifestação religiosa. Então, o cristão não pode ausentar-se das clínicas onde são tratados os viciados em drogas.

É necessário lembrar do óbvio: o viciado tem alma. Nas casas de recuperação, os dependentes passam dias e noites entre crises de abstinências e recreações. Ali, o Criador enxerga a fragilidade deles, e o cristão precisa encontrá-los e atingir seus corações falando de Cristo. Não basta recuperar o corpo, a alma e o espírito, atormentados pelo pecado, também precisam da ação sanadora da Palavra de Deus.

Os homossexuais

Partindo da referência bíblica 1 Coríntios 6.10, 11, acreditamos que possivelmente houvesse ex-homossexuais que, arrependeram-se de seus pecados, deixaram para trás as velhas práticas, e estavam acolhidos entre os membros héteros da igreja situada na cidade de Corinto. Cristo também liberta e salva os homossexuais e lésbicas. Este grupo necessita ser incluído em nossas ações evangelísticas e momentos de orações.

Os militantes da pós-modernidade teimam em taxar o homossexualismo como homossexualidade. O comportamento homossexual possui longa data, haja vista as cidades de Sodoma e Gomorra. Homossexuais são contados entre filósofos e soldados da civilização greco-romana.

A prática homossexual nunca foi considerada elevada ao nível de ser comparada com a relação matrimonial, pois ninguém jamais duvidou  de que o casamento tem a ver com espécie, gênero, número. Procriação da espécie. Só se forma casal através da união de homem e mulher (gênero). O casamento é formado por um macho e uma fêmea. Basta dizer "casal" para que, instintivamente, nosso cérebro pense e imediatamente visualize as figuras masculina e feminina.

A ideologia gay é contrária ao casamento instituído pelo Criador, apesar disso a Igreja de Cristo não ficará impassível ante o desafio da evangelização dos homossexuais, porque Jesus também morreu por eles. Em vez de os olharmos com ódio e rancor, devemos expor-lhes o plano da salvação, porque eles não são piores e nem melhores do que os pecadores heterossexuais. Deus os ama e quer trazê-los ao seu Reino, libertando-os da escravidão do pecado.

Muitos cristão acreditam que os homossexuais capitaneiam uma perseguição sistemática contra a Igreja, realizando ações que visam impedir a ação evangelizadora da Igreja. Se fazem assim, com certeza é porque reconhecem que o Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê na mensagem de Cristo, sabem que a Verdade liberta o ser humano de todo e qualquer pecado.

Não há desculpa para que o crente deixe de se comprometer com a restauração daquele que está em pecado. Deus nos ordena que os amemos e que oremos por eles. Devemos ter compaixão e humildade ao tratar com o pecado dos demais, ainda que sem mudar a Verdade que está estabelecida na Palavra de Deus. Em muitas ocasiões, o homossexual é vítima de zombaria e de exclusão social, portanto, dediquemos-lhe confiança para que se aproxime e tenha a oportunidade de receber de nós amor e a doutrina de Cristo. (Zacarias 7.9; Romanos 14.1; Gálatas 6.1-2).

A solução para ganhar os homossexuais para Cristo é uma só: o amor de Deus em nós e por meio de nós. O cristão não é inimigo de gays. Eles, todavia, nos veem como seus adversários. Por este motivo, devemos mostrar-lhes nosso amor, falando-lhes aberta e francamente do Evangelho de Cristo. Eles precisam saber que Jesus Cristo também morreu em favor deles.

As prostitutas

Você já deve ter ouvido alguém dizer que a prostituição é o ofício mais antigo do mundo. Encontra-se nesta sentença duas mentiras. A primeira é factual: o trabalho mais antigo do mundo é a agropecuária, seguida pela indústria da transformação. O segundo erro, pior que o primeiro, é conceitual: prostituição não é profissão.

Nos tempos bíblicos, o meretrício era praticado com finalidades religiosa e de interesse financeiro. A prostituta religiosa era uma mulher pertencente a uma classe especial de indivíduos religiosamente consagrados. Tanto na época do Antigo Testamento como do Novo Testamento, era muito comum que os sistemas religiosos pagãos empregassem regularmente prostitutas em seus rituais religiosos nos santuários de seus ídolos. Era um sistema que endeusava os órgãos e as forças reprodutoras na suposição de que a reprodução e a fertilidade da natureza eram controladas pelas relações sexuais entre deusas e deuses. Nesses santuários, os adoradores dessas seitas participavam de relações sexuais com as prostitutas religiosas (do sexo feminino e masculino) do santuário acreditando que através da prostituição alcançariam fertilidade e produtividade, aos campos e aos rebanhos.

Não foi ao acaso que os servos de Deus entraram na casa da prostituta Raabe. Ela entendeu que Jeová é o único Deus verdadeiro, creu nEle, e ao invés de continuar em rebeldia, deu um passo de fé ao se aliar aos servos de Deus protegendo-os em sua residência. Não há trabalho, nem estilo de vida, nem pecado que faça que Deus se negue a dar oportunidade de salvação a alguém. Todas as pessoas são valiosas aos olhos do Senhor. Ele tem um plano grandioso para cada indivíduo, e isso inclui meretrizes e exploradores sexuais. A situação atual de uma pessoa não tem porque determinar seu futuro. Deus muda a vida daqueles que confiam nEle! (Josué 2.1-19).

O desconforto de falar de Cristo aos que se prostituem é patente e até compreensível, porque nem todos estão aptos a levar adiante tal ministério. Há, porém, várias associações dedicadas a evangelizar prostitutas e prostitutos. As organizações cristãs procuram marcar presença nas regiões em que eles se prostituem, com apoio médico, psicológico e também espiritual. Trata-se de um trabalho evangelístico difícil e que exige amor e muita coragem.

A Bíblia defende consistentemente a pureza moral e mantém uma posição firme contra toda espécie de libertinagem. Várias vetos podem ser encontrados na lei mosaica (Levíticos 21.7, 14; Deuteronômio 22.2).

Conquanto nada impossibilite que um cristão anuncie o Evangelho para uma meretriz, aconselha-se, quando disponível, que a ação evangelística seja complementada por um grupo de trabalho de mulheres. Seja de uma ou outra forma, as prostitutas devem ouvir o Evangelho de Cristo.

Conclusão

Os cristãos que evangelizam os grupos desafiadores de almas embrenhadas nos pecados de vícios, homossexualismo e prostituição são acusados de agir com preconceito. Tal acusação jamais deverá ser recebida como motivo para recusar a falar de Cristo aos drogados, gays e aos que se prostituem. Tais pessoas não podem ser ignoradas em nossas ações evangelísticas, não devemos excluir os que Deus quer incluir em seu Reino. O cristão não é portador de preconceito contra essa gente; sabe separar o pecado do pecador; tem um conceito muito bem estabelecido do que é certo e do que é errado, do que não é pecado e do que é pecado.

Jesus nunca deixou um marginalizado sem consolo e alívio. Seu convite generoso ainda continua aberto a todos que se sentem rejeitados, exausto e afrontado. Ele disse: "Vinde a mim, todos os que estais cansados, oprimidos, e eu vos aliviarei" - Mateus 11.28.

E.A.G.

Compilações: 
Bíblia do Pescador,  páginas 246, 692, 971, 1105, 1266,  1221, 1267; edição 2014, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Ensinador Cristão, página 39; ano 17, nº 67, julho-setembro de 2016, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
Lições Bíblicas - O Desafio da Evangelização: obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura - Professor - Claudionor de Andrade, páginas 39-46; 3º trimestre de 2016, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
O Desafio da Evangelização - Obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura; Claudionor Gonçalves; páginas 72-79; edição 2016; Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).