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Arquivo | 14 anos de postagens

quinta-feira, 25 de junho de 2015

O convite é "Vinde a mim"

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e meu fardo é leve."   Mateus 11:28-30



                                        _______ por Warren Berkley _______

Durante centenas de anos e para milhões de pessoas estas palavras têm sido uma bênção. Não há uma palavra ou sentença aqui que não contenha um tesouro de pensamento para qualquer um que queira ouvir e aprender.

O convite feito aqui é captado por três palavras: "Vinde a mim"

Quando ouvimos o evangelho, quando lemos a Bíblia e estudamos o Novo Testamento e aprendemos sobre o Salvador o que somos chamados a fazer não é apenas mudar de religião! É certamente verdadeiro, se temos estado envolvidos em erro religioso, precisamos arrepender disso e seguir os ensinamentos dos apóstolos de Cristo. Mas isso pode ser apenas parte do que precisamos fazer. Não é exigida apenas uma mudança para a conversão. É uma decisão especial de deixar o pecado, confiar em Cristo e começar a segui-lo.

O convite é Vinde a mim, e isto significa que uma decisão deve ser feita de deixar o pecado, afastar-se do erro e vir a Jesus Cristo. E não se pode ler sobre Jesus com um coração honesto sem ser motivado para vir a ele. Ora, pode-se ler sobre ele meramente por certos interesses acadêmicos, ou curiosidade intelectual. 

O conhecimento que se ganha deste tipo de estudo pode jamais resultar em qualquer conversão ou salvação. 

Mas, quando abrimos nossa mente -- quando nosso coração é bom -- quando sabemos que precisamos de alguma coisa melhor na vida e lemos sobre Cristo, somos motivados a mudar nossa direção, abandonar o pecado em nossa vida e vir a ele.

Ele diz: "Sou manso e humilde de coração." Como isso é verdade! E se tivermos lido sobre Jesus saberemos que isto é verdade.

Lemos sobre ele na casa de Maria e Marta, em Betânia, consideramos sua atitude para com Pedro, antes e depois da queda de Pedro. Na história de sua vida e sua obra experimentamos a brandura e mansidão de Cristo. Jamais esqueça disso.


quarta-feira, 24 de junho de 2015

A ressurreição de Jesus

Por Eliseu Antonio Gomes

A doutrina da ressurreição

"Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em nome desse é que este está são diante de vós. Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" - Atos 4.10-12.

A doutrina da ressurreição é maravilhosa, confortante e enche o cristão autêntico de esperança. Esperança para o presente, esperança para o futuro, e, acima de tudo, a suficiente certeza de que nosso Senhor estará conosco para sempre.

A ressurreição nos contextos do Antigo e Novo Testamento

A doutrina da ressurreição do corpo está presente tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
O filho da viúva de Sarepta.
1 Reis 17.17-24 narra a primeira ocasião de ressurreição dentre os mortos registrada nas Escrituras Sagradas. É notável que uma pessoa não-israelita, original de Sarepta de Sidom, recebeu a suprema bênção antes do povo judeu: a dádiva da vida resgatada do poder da morte.
Uma viúva fenícia, recebera em sua casa o profeta Elias e o sustentou com seus poucos recursos e circunstâncias limitadas, agindo pela fé, segundo a Palavra e providência do Senhor, através da multiplicação da farinha na panela (1 Reis 17.8-16).  Jesus Cristo fez menção deste episódio em seu ministério (Lucas 4.25-26).
A bênção da ressurreição veio na pessoa de seu filho, a única esperança para uma viúva naquela sociedade antiga. Na mente da mãe do menino falecido havia um senso de culpa, ela concluía que a morte de seu filho era a expressão do castigo divino por seus pecados (versículo 18). Diante da situação, o profeta Elias deitou-se sobre o cadáver e orou para que voltasse a viver, a fim de que através do milagre fosse demonstrado que o Deus de Israel é mais poderoso que o falso deus Baal, e assim ficassem esclarecidas a veracidade e fidedignidade da Palavra de Deus entre todos os povos (versículo 24).
O filho da viúva de Naim
Lucas 7.11-17 narra a primeira das três vezes em que Jesus Cristo fez alguém tornar a viver, as outras situações são a filha de Jairo e Lázaro (8.40-56; João 11.38-44).
Próximo da porta de Naim, um pequeno povoado situado próximo de Nazaré, Jesus Cristo era seguido por uma grande multidão e encontrou outra multidão que seguia um enterro. A pessoa morta era transportada em um esquife -  uma espécie de maca ou caixão aberto. Era o filho único de uma viúva. A narrativa nos faz entender que a motivação de Jesus para realizar o milagre é a compaixão que sentiu pela mãe que perdera o filho. O texto nos faz pensar que o corpo estava à vista e envolto em lençóis, conforme o costume judaico e o fato de o defunto sentar-se e passar a conversar após receber a ordem de Jesus: "Jovem, eu te mando, levanta-te" (versículo 14 - ARA).

A natureza literal e corporal da ressurreição de Cristo

Após o sepultamento de Jesus, algumas mulheres foram ao túmulo de Jesus: Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Jesus (Lucas 24.10). Chegando lá, acharam a pedra do túmulo removida, mas o corpo do Senhor não estava mais lá. De modo que ouviram de dois homens vestidos com roupas brilhantes: "Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia, dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite" (Lucas 24.6, 7). Aqui, estamos diante de um versículo que afirma com clareza que Jesus foi crucificado, mas ressuscitou ao terceiro dia, isto é, no domingo pela manhã bem cedo.

As evidências diretas e indiretas da ressurreição de Jesus

O túmulo vazio
A ressurreição destaca a Cristo das demais religiões. Os lençóis que envolviam o corpo não estavam desarranjados e ilesos, mantinham a forma que tinham quando cobriam Jesus, a parte superior tendo caído sobre a inferior devido ao peso das especiarias, e o envoltório da cabeça separado do resto através do cumprimento do pescoço. Aparentemente, o corpo tinha simplesmente passado pelo sudário do enterro.
Entre discípulos e apóstolos
A Bíblia declara que a ressurreição de Jesus e o seu posterior aparecimento aos discípulos foi corporal e literal, eventos dignos de notas meticulosas dos apóstolos. (1 Coríntios 15.5-8). 
O encontro dos discípulos com Jesus ressurreto no caminho de Emaús é um exemplo de evidência direta, enquanto que o ambiente do Pentecoste demonstra os discípulos mais fortes e maduros na fé.
No capítulo 24 do Evangelho escrito por Lucas, encontramos a passagem dos dois seguidores de Jesus, entristecidos devido a crucificação e morte do Senhor, sendo que um deles é identificado como Cleopas, que segundo uma tradição antiga seria irmão de José, marido de Maria, a mãe de Jesus (versículo 18).
Os dois discípulos estavam espiritualmente cegos em seus entendimentos quanto aos acontecimentos trágicos, cegueira provocada talvez pela intervenção divina ou pelo fato de terem considerado Jesus apenas como mais um profeta comum entre tantos outros que viveram em Israel, e não como o Unigênito Filho de Deus, cujas profecias prediziam a necessidade do sofrimento do Messias. Ambos não faziam parte do grupo dos doze apóstolos, caminhavam conversando e Jesus passou a andar com eles, apresentou-lhes conteúdos da Escrituras que falavam a seu respeito. Convidado por eles para pernoitar em suas casas, aceitou sentar-se à mesa, abençoou e partiu o pão e o distribuiu. Neste instante os dois perceberam que estavam diante do Cristo ressuscitado. Então Jesus desapareceu daquele ambiente e os dois discípulos foram encontrarem-se com os onze apóstolos para relatar-lhes o que havia ocorrido. Após o relato, Jesus apareceu aos onze apóstolos e aos que estavam com eles. Todos estavam perplexos e ficaram alegres com sua aparição, quando mostrou-lhes cicatrizes nos pés, mãos, ao lado de seu corpo, e comeu com eles. O impacto da aparência de Cristo - uma pessoa de carne e ossos - ajudou os apóstolos a entenderem as Escrituras no que tange a crucificação e ressurreição, tornou-os capazes de interpretar as profecias a esse respeito à luz do seu cumprimento.
"Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus... E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir" - Atos 1.3, 9-11. 

O propósito da ressurreição de Jesus

"A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" - Romanos 10.9.

Embora todo o Novo Testamento descreva benefícios abrangentes que a ressurreição de Cristo nos traz, o apóstolo Paulo, no texto capitulado em Romanos 4.25, especifica que a ressurreição nos declara justos perante os olhos de Deus. O propósito da ressurreição de Jesus é salvar, justificar e redimir o corpo de todo aquele que crer e se arrepender de seus maus caminhos.

Ao ressuscitar Cristo dos mortos, Deus declarou tanto a sua aprovação por Cristo ter completado a obra da redenção quanto sua aprovação em relação a todos os que crêem e são assim unidos a Cristo em sua ressurreição.

Conclusão

Jesus ressuscitado é a razão da fé cristã. Ele é a certeza para vivermos o presente e esperança para aguardarmos a nossa plena redenção. A ressurreição de Cristo significa que, igualmente a Ele, ressuscitaremos da morte para a vida eterna; que passamos do pecado para a salvação; da injustiça para a justiça eterna. A ressurreição de Jesus é a garantia da realidade da vida vindoura, nos assegura que todos os que morreram em Cristo se levantarão do pó da terra para estar com o Criador para todo o sempre no céu.

Cristo está vivo, assentado à direita do Pai, intercedendo por nós como um verdadeiro advogado fiel (1 Timóteo 2.5).

As Escrituras não anunciam apenas a morte e ressurreição de Jesus, também ordenam que a mensagem da salvação deve ser oferecida a todas as nações (Lucas 24.47).

E.A.G.

Compilações
Bíblia de Estudo NVI, páginas 565, 1739, 1ª edição, 2003, São Paulo (Editora Vida).
Bíblia de Estudo Plenitude, páginas 374, 1065, 1156, 1098, edição 2001, Barueri-SP (Sociedade Bíblica do Brasil).
Lições Bíblicas - Professor, José Gonçalves, 2º trimestre 2015, páginas 90-95, Rio de Janeiro (CPAD).

terça-feira, 23 de junho de 2015

Introdução à etimologia da palavra hebraica promessa

Daladier Lima

Há, em hebraico, ao menos duas palavras cuja raiz expressa diretamente uma promessa ou juramento. Abaixo as colocamos em hebraico, com sua transliteração:

A primeira é alah, e diz respeito ao compromisso objetivo, à descrição do que é acertado. Alah é da mesma raiz de Elohim, daí não ser novidade que Deus é um Deus que se compromete e cumpre (Jr 1:12).  E a segunda, dabhar, diz respeito ao ato e à palavra empenhada para a consecução do compromisso. Davar se refere ao emprego de palavras onde se promete alguma coisa, tenha o promitente consciência de suas implicações ou não. O substantivo alah ocorre muito mais vezes que o verbo no texto original, apesar de terem o mesmo formato. Uma conotação paralela vem da palavra berith, que significa aliança. De modo que quando alguém faz uma aliança (berith) com alguém, jura (alah) através de sua palavra (davar).

Nos relatos mais antigos de juramentos e alianças não existem documentos escritos, assinaturas reconhecidas em cartório, ou coisas semelhantes, para que alguém cumpra o que prometeu. Apenas a palavra é suficiente, muitas vezes assumida publicamente, à porta das cidades, na presença dos mais velhos, como recomendavam as tradições mais arcaicas. Expressa tanto juramentos entre homens, como Abraão fez com Eliezer em Gn 24, como entre Deus e os homens em Gn 6:18. Promessas do ponto de vista de Deus não precisam de assinaturas de qualquer natureza, afinal ele não é o homem para que minta (Nm 23:19)! Do ponto de vista do homem há vários exemplos de juramentos escritos, alguns dos quais do homem para com Deus, como alguns dos Salmos. O Salmo 119, por exemplo, é um juramento para seguir a Lei do Senhor.

A palavra é, portanto, a verbalização do contrato assinado mentalmente (intencionalmente) entre as partes. Documentos antigos mostram que quando o juramento tinha vulto, os contratantes imolavam e dividiam os pedaços de alguns animais. Em seguida, passavam por entre aquelas partes como a testemunhar que assim deveria ser feito a quem falhasse. É exatamente o que acontece em Gn 15:17, quando Deus se apropria de um simbolismo humano, para mostrar a Abraão seu empenho no acerto. Ainda que no caso em apreço Abraão tenha falhado, Deus permaneceu cumprindo sua parte, inclusive, exigindo em Jesus a morte que não recaíra sobre Abraão.

Há promessas de vitória (Êx 3:8) e de derrota (Dt 28:20). Deus é justo o suficiente para zelar por ambas (Na 1:2). O mesmo empenho que Ele teve para fazer com que Abraão gerasse filhos na velhice apesar de seu sorriso zombeteiro (Gn 17:17), teve para espalhar Israel pelas nações por causa da idolatria (Compare Dt 4:27 com Ne 1:8), inclusive, uma parte das tribos que foi para a Assíria não voltou do cativeiro até os dias modernos. Como dizíamos é um compromisso, para o bem ou para o mal, para a morte ou para a vida. Às vezes, um compromisso de derrota, gera uma maldição, porque se repete através de diversas gerações (Dt 5:9), o mesmo ocorre com a benção que é perpetuada nos filhos (II Rs 15:12). Curiosamente, nós só esperamos de Deus promessas de vitória, mas não é isso apenas o que a Bíblia mostra.

Como os seres humanos se especializaram na arte de falhar com os compromissos assumidos, com outros e com Deus, as promessas divinas tomaram uma relevância importante, a ponto de um salmista desiludido afirmar: É melhor confiar no Senhor do que confiar no homem (Sl 118:8), nem mesmo os príncipes são confiáveis (Sl 118:9). Quando adicionamos o ingrediente da morte, que fez com que muitas pessoas falhassem nas suas promessas, dada a finitude da vida, então restou somente Deus. E Ele não foge à sua responsabilidade quando, por exemplo, prometeu a Abraão que seus filhos voltariam para Canaã, após a quarta geração (Gn 15:16), e mesmo estando este homem ilustre morto há muitos anos, cumpriu!

Às vezes, a promessa é um objetivo a ser alcançado com a ajuda de Deus. É o que aconteceu a Israel. Embora a terra que mana leite e mel estivesse prometida, Deus estaria subordinado à disposição do povo para conquistá-la. Quando eles lutavam adequadamente a vitória era certa, caso contrário eram entregues nas mãos dos inimigos (Jz 2:14). Isto acontece para que não pensemos que fomos nós que conseguimos a vitória (Jz 7:2), para que toda a honra, a glória e o louvor sejam dados a Deus. E para que nossa vigilância não dê lugar ao comodismo. Em outras palavras, pensaríamos: se Deus prometeu, então Ele que cumpra.

Exceto, naquelas situações em que as forças humanas se acabam, quase sempre Deus usa o homem como instrumento do cumprimento de suas promessas. Até mesmo quando cumpre uma maldição. É o caso de Nabucodonosor, que Deus usou para cumprir seus juízos sobre várias nações (Ez 29:18,19). Foi a liderança de Josué, por outro lado, tonificada pela ordenança divina, que possibilitou a entrada em Canaã (Js 1:9).

Deus não está atrelado aos anos para cumprir suas promessas, basta-nos ver Gn 3:15. Do ponto de vista do homem, temos sempre pressa. Uma pressa que acaba personalizando nossa necessidade. Do ponto de vista de Deus, as coisas acontecem em pararelo umas com as outras, de maneira que situações diversas estão interconectadas. Deus promete a Abraão (Gn 15:16) que seu povo desceria ao Egito, somente para que não pereça na fome em Canaã. Uma atitude que soa desconcertante, mas que José capta bem (Gn 45:5-7). Jacó poderia pensar ser penoso que Deus não tenha o abençoado ali mesmo onde morava, mas a benção precisava repercutir. Quatrocentos e trinta anos depois é que houve o regresso. Logo, o abrangente relógio kairológico de Deus nem sempre se enquadra no restrito relógio cronológico humano (Is 55:8). Assim se expressa o salmista: Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite (Sl 90:4).

Em alguns casos um posicionamento errado do homem pode anular uma aliança de Deus. Foi o que aconteceu a Saul, em I Sm 15. A ordem que foi-lhe dada era para destruir tudo dos amalequitas. Mas não foi cumprida. Então Deus anulou a escolha que havia feito (I Sm 10:24) e pôs outro em seu lugar (I Sm 28:17). O que nos leva a concluir que escolhas erradas possam mudar o curso de uma promessa de Deus em nossa vida. De fato, ações erradas de nossa parte podem, conforme diz a Palavra de Deus, até mesmo abreviar a vida (II Cr 35:21). Por outro lado, promessas de morte podem se tornar em promessas de vida, quando alguém ora ao Senhor, foi o que aconteceu a Ezequias (Is 38:21).

Que tenhamos paciência para aguardar o cumprimento das promessas de Deus em nossa vida. Ele não falhará!

A voz devocional da jovem poesia evangélica

A poesia de três jovens e talentosos autores evangélicos.



HYGGE


Tu és o meu conforto quando me deito
O meu prazer perfeito    
Em ti está o meu bem-estar
O meu clarear
A boa-nova que vem a galope
Ou pelo vento que sopra nas folhas

Tu és a roda de violão com os amigos
Sobre a relva fresca no fim da tarde
Tu és cada sorriso decorado
Com sonhos a se preservar
E cada riso incontido
Do que jaz nos corações

Tu és o alívio, o remédio
O bálsamo que refresca e refrigera
Aquele bom momento que nem toda língua traduz
O som doce que a clarineta produz
À meia-luz, na penumbra da alma necessitada
Aquela resposta há muito esperada

Tu és o piquenique, o luau e o sarau
A confluência das artes
A união das partes
Meu natural transmigrado para o sobrenatural
O pranto e o perdão
A celebração da união

Tu és alguma coisa que nessas fracas palavras
Da minha humilde linguagem
Ecoa na língua do amor, a língua da verdade
Que se traduz no calor do abraço teu
Meu Deus




Dádiva

Patrícia Costa    

No convidativo tapete verdejante
deleito  pensamentos
enquanto a brisa acaricia os meus cabelos          
e a minha pele.

Silente
não arrisco nenhuma palavra acostumada
que acelere o tempo
ou  desfaça a inteireza
do plácido momento.

Deixo-me
nesse terno acontecimento
de sorver o milagre da esperança
em cada particularidade 
presenteada pelo GRANDE TAPECEIRO.




Sonhos de amor

Luciano dos Anjos

Sigo pelas ruas

Com a cabeça nas nuvens

Escalando estrelas

E plagiando o voo dos pássaros



As pedras que me ofertam

Transformo em poesia
Na foz do meu silêncio
Nasce sempre um novo salmo
Meu coração é um menino 

Só quer falar de amor. 


*Em breve estes e outros autores estarão presentes no volume 4 da Antologia Poética Águas Vivas.