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terça-feira, 10 de março de 2015

Ai dos espertalhões

Ser esperto é uma virtude. Mas esperteza em alguns casos é a descrição de quem quer levar vantagem em tudo e age como se os fins justificassem os meios, ignorando que todos são iguais perante à lei, ignorando o mandamento que nos ordena amar o próximo como amamos a nós mesmos.

Entre os seis "ais" do livro de Isaías, capítulo 5, encontramos um "ai" que é dirigido aos "sábios aos seus próprios olhos".

Quem seriam tais pessoas?

• vivendo em sinuosidade afirmam que estão em plenitude de retidão (Provérbios 12.15);
• acreditam que perdem tempo ao buscar os conselhos do Senhor (Mateus 18.15-17);
• se consideram mais espertas do que são (Romanos 1.22);
• vivem suas vidas segundo o que consideram procedimento certo e prazeroso, pensando que não é importante mudar seu estilo de vida, o modo de viver que está em desarmonia com as recomendações das Escrituras Sagradas (Lucas 12.20).

No momento da desobediência, o pecado é indolor, é motivo de festa sentir o gosto do pecado. Mas se a pessoa "sábia aos seus próprios olhos" continuar a viver pecando, poderá chegar ao momento em que terá que prestar contas com o Justo Juiz. Nenhuma dor é maior do que a dor de ser reprovado por Deus, para essa sensação não existe analgésico eficaz (Provérbios 29.1).

Sufoquemos nossa opinião humana quando ela entra em conflito com o Evangelho de Cristo, apresentemos os nossos planejamentos ao Senhor antes de coloca-los em prática, cultivemos a humildade diuturnamente.

E.A.G.

A gratidão dos corvos

Katy Sewall
de Seattle para a BBC News 

Gabi Mann alimenta as aves há anos. Em troca, eles trazem de volta pequenos objetos, como botões, clipes de papel e até brincos. Gabi guarda seus "presentes" cuidadosamente em uma caixa na sala de jantar da casa da família. "Você pode olhar de perto, mas não toque", avisa a menina, repetindo uma frase que diz ao irmão mais novo.

Dentro da caixa é possível ver os objetos embalados e até alguns com rótulos. "Guardamos na melhor condição que conseguimos", disse a menina segurando uma das embalagens. Entre os presentes, está uma bola prateada em miniatura, um botão preto, um clipe azul, uma miçanga amarela, um pedaço de espuma preta, desbotada, uma peça azul de Lego. Muitos deles estão sujos e arranhados, mas, para Gabi, este é um verdadeiro tesouro.

A amizade da menina com os corvos começou por acidente em 2011. Gabi estava com 4 anos e sempre deixava o que estava comendo cair no chão. Ela saía do carro da família, e um pedaço pequeno de frango empanado caía de seu colo. Um corvo vinha voando para pegá-lo. Logo, os corvos estavam observando Gabi, esperando por mais restos de comida. Quando ficou mais velha, a menina recompensou esta atenção das aves dividindo seu lanche a caminho do ponto de ônibus para ir para à escola. O irmão se juntou à brincadeira.

Depois disso, os corvos se reuniam na parte da tarde para receber Gabi, esperando por mais comida. A mãe de Gabi, Lisa Mann, não se importava com o fato de as aves devorarem a maior parte do lanche que ela preparava para a filha.

Em 2013, Gabi e Lisa começaram a oferecer os alimentos seguindo uma rotina diária, em vez de simplesmente derrubar alguns restos de vez em quando. Todas as manhãs, mãe e filha enchiam o bebedouro para aves do quintal com água fresca e cobriam as bandejas para alimentação das aves com amendoins. Gabi também espalhava comida para cachorro na grama. Enquanto elas terminavam este trabalho, os corvos já se reuniam nas linhas telefônicas e postes, piando alto para as duas. Depois que elas adotaram esta rotina, os presentes começaram a aparecer. Os corvos comiam todo o amendoim e deixavam os pequenos objetos nas bandejas vazias: um brinco, uma pedra polida, uma dobradiça. (...)

Gabi já recebeu alguns presentes diferentes. A mãe teve que jogar fora uma pata de caranguejo que estava apodrecendo. A menina também já recebeu um parafuso enferrujado que ela embalou e rotulou como seu "terceiro presente favorito", pois, para ela, o corvo poderia estar tentando "construir uma casa".

A mãe, Lisa, fotografa os corvos e registra o comportamento das aves. O presente mais incrível deixado por eles chegou há algumas semanas, quando Lisa perdeu uma tampa de uma lente da câmera em uma rua próxima e encontrou tempos depois no bebedouro das aves.

Lisa filmou o quintal e assistiu ao vídeo pelo computador. O corvo estava nas imagens. "Você pode vê-lo trazendo a tampa para o quintal. Indo até o bebedouro e até mesmo passando um tempo enxaguando a tampa da lente." "Tenho certeza de que foi intencional. Eles nos observam o tempo todo. Tenho certeza que eles sabiam que eu deixei cair. Sei que eles decidiram que queriam devolver", acrescentou.

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Artigos paralelos em Belverede:

A inteligência do corvo
Os corvos na Bíblia

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Comentário Belverede: 

"Cantai ao Senhor em ação de graças; cantai louvores ao nosso Deus sobre a harpa. Ele é o que cobre o céu de nuvens, o que prepara a chuva para a terra, e o que faz produzir erva sobre os montes; o que dá aos animais o seu sustento, e aos filhos dos corvos, quando clamam" - Salmos 147.7-9. Interpretação do texto bíblico: Deus usa pessoas bondosas como instrumentos de propagação de sua bondade.

Matéria apresentada neste blog em forma resumida. Acesse a fonte do artigo para encontrar fotos das aves e o parecer de um professor, especializado em vida selvagem, falando sobre a situação apresentada no artigo.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/02/150226_vert_menina_alimenta_corvos_fn.shtml?ocid=socialflow_facebook

segunda-feira, 9 de março de 2015

A pérola de Castro Alves sobre Democracia



"A praça é do povo."
 Castro Alves

Em face do discurso de Dilma Roussef via rádio e televisão, ontem, Dia Internacional da Mulher, quando usou a data comemorativa para defender o Partido dos Trabalhadores, envolvido na enorme corrupção investigada pela Polícia Federal, investigação apelidada de Lava-Jato, o povo brasileiro protestou em muitas partes do Brasil com panelaço e buzinaço. 

Esta situação política trouxe à lembrança a frase do poeta baiano, que louva e enfatiza a importância da Democracia.

A oposição pública contra o governo, que não satisfaz às necessidades do país, é legítima. 

E.A.G.

Lembre! (Reflexão bíblica em Lamentações de Jeremias 3.21-23)

Vanessa Weiler Ribas

"Disto me recordarei na minha mente; por isso esperarei. As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade" - Lamentações 3.21-23.

Não é Deus que nos desampara em momentos difíceis, nós é que não enxergamos a sua presença.

O terceiro capítulo do livro Lamentações de Jeremias registra uma situação de calamidade. O povo de Judá tinha abandonado o seu Deus e por isso foi levado ao exílio na Babilônia.

Os judeus sofreram muito durante o cerco de Jerusalém e ao ver sua amada capital destruída. Quando tiveram que deixar sua pátria desolada, sentiram-se abandonados pelo Senhor.

O escritor de Lamentações se lembra de todas as circunstâncias desfavoráveis que os cercam, de sua tristeza e dor. Ele sabia que aquele castigo terrível e a humilhação que seu povo sofria tinham sido causados pela desobediência - Deus não estava sendo injusto. Mesmo assim, o sofrimento o dominava. Até que ele para de pensar apenas nas circunstâncias e se lembra de algo que lhe dá esperança: o amor do Senhor é o que nos mantém, sua misericórdia se renova constantemente e sua fidelidade é grande!

Sua atitude nos ensina a também reagirmos positivamente diante do sofrimento. Todos enfrentamos dificuldades - elas se multiplicam e não nos dão descanso! Porém, o texto bíblico nos leva a pensar; quando estamos cercados de problemas e tudo parece perdido, de que lembramos? Do nosso Deus? Ou nos concentramos apenas nos problemas e esquecemos tudo o que o Senhor já fez por nós?

Quando sofremos, precisamos lembrar-nos do Senhor. Ele nos ama incondicionalmente e sua fidelidade não tem limites - então podemos confiar em que ele nunca vai nos desamparar. Além disso, podemos contar com sua misericórdia, que também não tem prazo de validade. Quando lembramos de tudo isso e buscamos a Deus, Ele nos ajuda a vencer nossas dificuldades - ou ao menos nos dá paciência para suportá-las. Portanto, não esqueça que Deus está sempre perto. Lembre-se dEle em todas as situações e peça a sua ajuda quando as circunstâncias levarem você a pensar que não há mais esperança.

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Comentário Belverede: A palavra em hebraico para "misericórdia", encontrada em Lm 3.22, refere-se ao amor incondicional sempre operante e que nunca acaba. Somos objeto desse amor inclusive quando estamos no erro, pois Deus refreia o juízo por causa do sacrifício vicário de Jesus em nosso favor. Se você sabe que colhe amarguras hoje porque plantou sementes erradas no passado, volte-se ao Pai, imediatamente, crendo que Ele ainda está perto de você e quer seu bem-estar. Medite em 1 João 1.9: "se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça".

Fonte: Presente Diário: O Livro de leituras devocionais diárias - nº 16, página referente ao dia 9 de março (Rádio Trans Mundial).