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Arquivo | 14 anos de postagens

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Um retrato de Jesus

Por Jeff Van Vonderen

Quando Erin estava com dois anos, certo dia veio para mim toda orgulhosa e me apresentou um desenho. Notei que a figura retratada era de um homem calvo, e o nome escrito iniciava-se com as letras J e E. 

Como não estivesse prestando muita atenção, erroneamente achei que o retrato fosse eu. Contudo, não entendi por que minha filha me fizera com três olhos. Logo em seguida, porém, compreendi que, quando uma criança de dois anos está olhando debaixo para cima, para um homem calvo, tem a impressão de que o nariz se encontra encontra entre os olhos. 

Olhei outra vez para o nome escrito: Jesus. Quase perdi o fôlego. A sensação que tive foi a de ter levado um soco na boca do estômago. Então, era assim que ela imaginava Jesus - igual a mim!

Não. Não tenho que assumir o lugar de Deus na vida de meus filhos! Entretanto, como Jesus, tenho de transmitir a graça do Senhor à minha família. Que tipo de Jesus estou sendo para meus filhos? No desempenho de meu papel de pai, será que sou um tipo de Cristo que lhes comunica mensagens (verbais ou não), dizendo-lhes:

- Ainda não estou satisfeito!

- Você tem algum problema!

- Precisa esforçar-se mais!

Ou será que estou refletindo para eles um Jesus cuja atitude é de amor incondicional, que sempre lhes lembra de que têm muito valor e que lhes proporciona o apoio moral de que precisam para viver?

O amor que Deus tem por nós é do tipo que vai até a cruz. Será bom, vez por outra, parar para pensar nisso.

Fonte: Mensagem da Cruz, nº 112, março-abril de 1997, página 24, Venda Nova - Minas Gerais (Editora Betânia). Trecho extraído do livro Vida Familiar Transformada Pela Graça, publicado pela Editora Betânia.  

Não se preocupe


Por George Foster

Não se preocupe! É fácil dizer isso aos outros, mas e a nós mesmos? Como vencer o estresse e a ansiedade?

Cansado de ficar preocupado? É um problema comum, poucos são os que não têm preocupações. Ficamos inquietos e angustiados sem querer e, às vezes, sem saber o motivo. Alguns parecem ter nascido ansiosos. Outros, ao longo dos anos, aprendem a se preocupar excessivamente.

Preocupação é o estado de espírito de quem se atormenta com pensamentos dolorosos. Ansiedade, palavra usada praticamente como um sinônimo de preocupação, é um mal estar psicológico causado pela incerteza quanto a possíveis prejuízos.

Não temos prazer na ansiedade, mas é uma aflição que invade o nosso coração com tanta frequência que dificilmente a percebemos nem quando entra e nem quando sai. A ansiedade faz parte da nossa vida, apesar de a Palavra de Deus nos advertir: "Não andeis ansiosos de cousa alguma..." (Filipenses 4.6).

A ansiedade pode ter relação com o futuro ou com o passado. O futuro quando se trata de algo que poderá acontecer e o passado quando tem a ver com as possíveis consequências de algo que já aconteceu.

Não estamos falando da prudência que devemos usar para precaver-nos contra sinistros. Referimo-nos ao medo irracional de coisas que poderão acontecer ou que não serão tão prejudiciais como imaginamos. 

Vamos pensar na situação de Paulo, autor do versículo citado acima. Responsável por várias igrejas que passavam dificuldades, ele permanecia encarcerado em Roma pelo crime de pregar o Evangelho. Dessa forma, nada podia fazer senão escrever cartas e orar pelas igrejas. Mesmo assim, ele não ficava aflito, pois acreditava que Deus respondia suas orações e usava suas cartas. Além disso, ele confiava nos líderes que havia preparado para cuidar das igrejas e ficava firme na sua decisão de ver o lado positivo em todas as situações. Até quando alguns pregavam o Evangelho por motivos errados, Paulo se alegrava porque, ao menos, a mensagem estava sendo anunciada.

Paulo e Jesus pregavam igual a respeito da ansiedade: "Não andeis ansiosos":
- pela comida,
- pela bebida,
- pelo vestuário,
- pelo que vai dizer,
- pela vida,
- por coisa alguma.

Jesus assegurava aos seus seguidores que o Pai celeste sabia que necessitavam dessas coisas e que bastava buscarem o reino de Deus em primeiro lugar para que elas lhes fossem acrescentadas (Mateus 6.32-33). Paulo afirmava: "E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus cada uma de vossas necessidades" (Filipenses 4.19).

Por reconhecermos que a ansiedade é um receio irracional, em situações que a provocam devemos cogitar:
- Posso fazer algo?
- O que pode dar errado?
- Qual será a consequência se der certo?
- E se não fizer nada?
- Posso deixar isso nas mãos de Deus?

O que resolvermos fazer, deveremos fazer com bastante determinação. O que não podemos é protelar, porque a procrastinação não revolve nada e só aumenta o nosso estresse. Devemos agir, mesmo que a única ação seja pedir a ação de Deus.

O oposto da ansiedade é a confiança em Deus. É sempre bom lembrar: "Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todo os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas" (Provérbios 3.5, 6).

E não podemos esquecer os motivos para confiar em Deus:
- Deus é bom, quer o melhor para nós.
- Deus é sábio, sabe o que é melhor para nós.
- Deus é poderoso, pode fazer o melhor para nós.
- Deus é fiel, promete o melhor para nós e cumpre suas promessas.
- Deus é paciente, espera o momento em que nós estaremos prontos para receber o melhor.
- Deus é justo, trata-nos com equidade.

Por esses motivos e muito mais, entreguemos a Deus as nossas preocupações e deixemos que ele cuide de nossas ansiedades. "Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós" (1 Pedro 5.7).

Fonte: Revista Betânia, ano 1, nº 4, página 12,  maio-agosto de 1999 (Venda Nova, Minas Gerais).

Uma bola, quatro copos e um gato esperto


sexta-feira, 7 de novembro de 2014

A queda do império balilônico

Por Eliseu Antonio Gomes

No relato do capítulo 5 do livro de Daniel aprendemos que ninguém zomba de Deus e encontra impunidade. Tal registro bíblico mostra que os grandes impérios mundias e seus representantes estão sujeitos ao Deus dos exilados de Judá, que se havia dado a conhecer fora da terra prometida assim como dentro dela. Aprendemos que Deus é soberano e sua soberania jamais poderá ser questionada por seres mortais, sejam eles governantes ou governados, reis ou súditos.

Os fatos futuros, presentes e passados são todos conhecidos do Criador, que é onipotente, onipresente e onisciente. Cerca de 150 anos antes, Isaías (14.3-5; 47.1, 5) profetizou a queda do Império Babilônico; Jeremias (50.2; 51; 53; 58) também anunciou antecipadamente as invasões de Jerusalém e Judá, como também a destruição da Babilônia.

Belzasar: o rei imoral, arrogante e cruel

Sem nenhuma explicação ou indicação de data, a narrativa do capítulo salta do reino de Nabucodonosor para o fim do império babilônico, a noite em que Belsazar, último governante da Babilônia, caiu nas mãos dos medos e persas.

Apesar de documentos babilônicos o mencionarem, pouco se sabe além da narrativa encontrada neste livro É sabido que Nabucodonosor foi o mais importante dos reis da Babilônia, Seus feitos arquitetônicos construindo cidades e palácios e sua ousadia política, além de demonstrar uma inteligência espetacular apresentam sua história. Ao morrer em 562 a.C., Evil Menodaque o sucedeu no trono e dois anos depois foi assassinado por Neriglissar, seu cunhado, porém, quem se assentou no trono real foi Nabonido, genro de Nabucodonosor, o qual gerou Belzasar. Belzasar reinou com muita crueldade, total falta de clemência com seus súditos e muita devassidão. 

O banquete sacrílego

O banquete de Belzasar foi pura bravata. Nebonido, seu pai havia abandonado a capital e existia o rumor de que rei Ciro se aproximava para tomar o poder. Era o último ruído agonizante de um rei apavorado que fazia cena para esconder seus temores,

"O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus senhores, e bebeu vinho na presença dos mil' (...) 'e beberam neles o rei, os seus príncipes, as suas mulheres e concubinas" - Daniel 5.1, 3. E por ocasião do banquete sob a influência do vinho, "deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira, e de pedra" (versículo 4)

Todos os utensílios sagrados que seu avô, Nabucodonosor, havia roubado do templo em Jerusalém e trazido para a Babilônia eram consagrados ao altar (Números 4.7). Lá no templo estava a Lei, outorgada a Israel, ou seja, Os Dez Mandamentos, que têm validade para o mundo todo. O rei Belzasar profanou esses utensílios sagrados e usou-os para colocar neles  elementos de seu paganismo cometendo abominação ao Senhor ao realizar sua festa promíscua.

Belzasar procedeu levianamente em relação ao pecado ao beber usando os utensílios santos e oferecê-los para que outros bebessem também, pois conhecia as consequências das transgressões do Nabucodonosor, sabia do grande livramento de Daniel e seus amigos na fornalha ardente. Conscientemente, quis afastar da Babilônia a influência do Deus de Israel. Então, enquanto Bezasar vivia seus momentos festivos, Deus agia através do rei Ciro da Pérsia, que tomava as províncias e cercava com seus exércitos a capital babilônica. A festa foi interrompida quando, "apareceram uns dedos de mão de homem, e escreviam, defronte do castiçal, na caiadura da parede do palácio real; e o rei via a parte da mão que estava escrevendo. Mudou-se então o semblante do rei, e os seus pensamentos o turbaram; as juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos batiam um no outro" (versículos 5 e 6). Os termos escritos Menen, Tequel e Parsim (Ufarsim na Almeida Revista e Corrigida) eram perfeitamente compreensível para quem conhecia o hebraico. Possivelmente, Belzasar conhecesse o idioma e sua dificuldade era entender o que a mensagem estava dizendo para ele. É interessante observar que o candeeiro do próprio palácio real jogava luz sobre o que era escrito na caiadura da parede.

Na angústia e pânico, Belzasar procurou a ajuda de sábios e encantadores, mas todos eles, reunidos numa força-tarefa, não puderam socorrê-lo. O profeta Daniel foi chamado para esclarecer a mensagem. Nos versículos 25 ao 28 encontramos a explicação do profeta Daniel para Belzasar: "Este, pois, é o escrito que se escreveu: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSIM. Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino, e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança, e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino, e dado aos medos e aos persas".

A humanidade de hoje pressente e percebe que há uma "escrita na parede" reprovando sua vida em pecado e procura ajuda, quase sempre no lugar errado. Talvez, haja gente humilde e gente importante, pobre e rico, lendo este artigo e tenha buscado orientação em mapa astrológico e descobriram que não há resposta sincera em prognósticos da Astrologia. Existe apenas uma fonte verdadeira que responde corretamente ao ser humano as perguntas de ordem pessoal e que a alma pode se guiar: Jesus Cristo.

Tal escritura divina está nas paredes dos corações dos homens espalhados em todos os povos, e é um mistério que não conseguem decifrar porque não dão liberdade ao clamor do Espírito Santo.

Conclusão

Através da Bíblia, temos discernimento que nosso mundo se encontra em profunda imoralidade, tolerada e estimulada por líderanças políticas e religiosas que zombam de Deus e tentam afastar a influência da Palavra de Deus da vida do povo, sabemos que este espírito babilônico, anticristão, rebelde e orgulhoso, permeia os corações ao longo da história mundial, e só deixará de agir quando se cumprir a profecia de Apocalipse 17-18, ao enfrentar e ser derrotado pelo Senhor dos senhores e Rei dos reis.

Tal qual Belzasar, todas as pessoas serão julgadas pelo padrão de justiça divina, devidamente exposta na sua Palavra, a Bíblia, se não se arrependerem de seus pecados serão condenadas. Vivemos na última hora, e cada vida humana sem Jesus Cristo é achada em falta diante de Deus. De nada vale as normas de medidas criadas pelo homem, porque o caráter moral e espiritual do ser humano não se ajusta por conta própria à justiça do Senhor, que é santo.

É interessante notar que na parede de Belzasar estivesse escrito duas vezes MENE, MENE (contado, contado). Quando Deus conta uma vez já é o suficiente, mas Ele repete a contagem por misericórdia, para dar ênfase na sentença que poderá ser motivo de arrependimento do homem, o seu perdão e livramento da condenação eterna.

E.A.G.

Compilações:
As profecias de Daniel - Perspectivas de futuro, Norbert Lieth, páginas 97, 99-102, edição 2014, porto Alegre  (Actual Edições)
Daniel - introdução e comentário, Joyce G. Baldwin, páginas 125, 126, 131 edição 1983, reimpressão 2008, São Paulo (Vida Nova).
Integridade Moral e Espiritual - O legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje, Elienai Cabral, página 78, edição 2014, Rio de Janeiro (CPAD).