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segunda-feira, 7 de julho de 2014

O propósito da tentação

Por Eliseu Antonio Gomes

O que é uma tentação no sentido bíblico?

Tentar é provar. A ideia bíblica da tentação não é primariamente a de sedução, conforme o conceito moderno, mas a de pôr  uma pessoa em prova, de sujeitá-la a um teste, o que pode acontecer com o propósito benevolente de provar ou melhorar sua qualidade, ou então com o objetivo malicioso de mostrar a sua fraqueza ou levá-lo a cair na armadilha de fazer uma ação má. Somente mais recentemente é que a palavra carrega o sentido limitado de testar com má intenção.

Há dois aspectos da tentação: o sofrimento e a sedução: tanto a perseguição quanto o desejo de pecar são provações.

Os verbos hebraicos "mãsâ" (costumeiramente traduzido como "tentar") e "bãhan" (provar, testar) são usados na Bíblia como metáfora, baseada na refinação de metais. A Septuaginta e o Novo Testamento usam como equivalentes de "peirasmo", os verbos "(ek)  peirazo" e "dokimazo", este último correspondente a "bãhan".

O substantivo locativo, hebraico, "massá" transformou-se em um memorial permanente da tentação contra Deus, atitude considerada irreverência extrema, proibida por Deus (Deuteronômio 6.16; Mateus 4.7; 1 Coríntios 10.9 e versos seguintes).

O apóstolo Paulo recomenda que o homem teste ("dokimazõ) a si mesmo antes de participar da Santa Ceia, para não se iludir com seu estado espiritual (1 Corintios 11.28); e também testar o seu trabalho, a fim de que não se desvie e perca seu galardão (Gálatas 6.4).

A origem da tentação (má intenção)

Embora Tiago tenha escrito aos cristãos perseguidos, não aborda de maneira abrangente a tentação originada da perseguição religiosa, quando a própria vida é colocada em risco de ser ceifada e o cristão perseguido pode se sentir tentado a negar sua fé. Ao líder da igreja de Esmirna, Cristo afirmou o seguinte a esse respeito: "Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida" - Apocalipse 2.10.

Tiago 1.13-21 nos ensina que a tentação não vem de Deus, tampouco afirma que vem do diabo, mas dos desejos descontrolados (concupiscências) do ser humano. O aspecto da tentação abordado por Tiago tem origem no coração humano, vem de maus desejos interiores. Começa com um pensamento mau, e se torna pecado quando alimentado e permitimos que se transforme em ação.

Jesus Cristo descreveu as más ações de quem cede aos desejos desenfreados: crimes de morte; adultérios, imoralidades sexuais; roubos; mentiras e calúnias (Mateus 15.19, NTLH); e Paulo também mencionou a tentação transformada em pecado ao catalogar as obras da carne: imoralidade sexual, impureza, ações indecentes, adoração de ídolos, feitiçarias, inimizades, brigas, ciumeiras, acessos de raiva, ambição egoísta, desunião, divisões, invejas, bebedeiras, farras, e outras coisas parecidas (Gálatas 5.19-20, NTLH).

Deus testa as pessoas, mas jamais induzindo-as a pecar. Ele permite a Satanás tentar - a revelação mais clara é a experiência de Jó - com a finalidade de refinar a sua fé e ensiná-las a crescer em sua dependência a Cristo. Permite que aconteçam momentos de provas, colocando o seu povo em situações que revelam a qualidade de sua fé e devoção afim de que possam ver o que está em seus corações. Conferir: Gênesis 22.1; Êxodo 16.4; 20.20; Deuteronômio 8.2, 16; 13.3; Juízes 2.22; 2 Crônicas 32.31; Jó 1.6-12.

O propósito da tentação/provação

Tiago faz uma explanação competente no que que diz respeito às questões que envolvem o crente. No capítulo 1, além de destacar a importância da sabedoria, perseverança, fé, conduta em humildade, nos versículos 2-4; 12-15, leva o leitor a tomar consciência da necessidade de conviver com as provações de forma alegre, visto que todo crente deve saber que não vem sobre ele nenhuma provação sem que, primeiro, passe pelo crivo do Senhor, por mais que sejam ardentes.

Podemos observar que a provação muitas vezes traz proveito, se não material, ao menos moral. Quando as pessoas passam pelas provações com Deus, desenvolvem paciência, serenidade de espírito, coragem, resolução, habilidade. Por isso, podemos considerar a provação como uma situação vantajosa, sabendo que dela resultará benefício espiritual (versos 2-4).

Conclusão

É possível que o pobre possa ser provado com inesperada riqueza e o rico passar pela prova da pobreza inesperada. Orientações para vencer as provações: Mateus 4.1-11; 1 Corintios 10.13; 2 Timóteo 2.22.

Ao ser derrotado pela tentação, o caminho certo para se consertar é não usar desculpas, como: não foi possível evitar, alguém o induziu ao erro, todos fazem o mesmo, ninguém é perfeito, não sabia que era errado, a culpa é do diabo, a culpa é de Deus. No momento do fracasso, é preciso ser humilde e assumir a responsabilidade pelo ato falho cometido, confessá-lo e pedir perdão a Deus e não voltar a cometê-lo (Provérbios 28.13; 1 João 1.9). Misericordioso, o Senhor levanta o caído, o pecado é esquecido e ele pode seguir adiante de cabeça erguida (Salmos 34.18; 51.7, 17; Isaías 1.17-18).

A coroa da vida pode ser comparada com a coroa da vitória dada aos atletas vencedores (1 Corintios 9.25). Porém, a coroa celestial não é glória e honra aqui neste mundo, mas a recompensa irrevogável de receber a oportunidade de viver com Deus para sempre, a vida eterna.

Bem-aventurado aquele que experimenta e vence a provação, pois morará no céu (Tiago 1.12).

Podemos resistir à tentação de pecar. O melhor momento para deter uma tentação é antes que esta esteja demasiadamente forte ou se mova demasiadamente rápido e dificulte ser controlada.  A estratégia eficaz para vencer a tentação é amar a Deus e permanecer atento à Palavra, apenas desta maneira o crente tentado poderá fazer parte do feliz grupo de vencedores.

E.A.G.

Compilações de:
A Bíblia Explicada - S. E. McNair, 12ª edição em 1997, página 478, Rio de Janeiro (CPAD). 
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, página 1753, edição 2004, Rio de Janeiro (CPAD).
Ensinador Cristão, ano 15, nº 58, abril-junho de 2014, página 15, A Carta de Tiago - Eliezer de Lira e Silva, Rio de Janeiro (CPAD).
O Novo Dicionário da Bíblia, volume III, página 1580 e 1581, edição 1981, São Paulo (Edições Vida Nova).

Bruna Marquezine: fé e amor por Neymar?

A atriz Bruna Marquezine, namorada do jogagor Neymar Jr, usou o Instagram no sábado da semana passada para comentar sobre o infeliz ocorrido que tirou o atleta da Copa do Mundo.

Ela expressou sua fé postando a seguinte passagem bíblica:

"Respondeu-lhe Jesus: O que eu faço, tu não o sabes agora; mas depois o entenderás" - João 13.7.

Em seguida, extravasou sentimentos ao camisa 10 da Seleção Brasileira (ipsis letteris): 

"A ficha ainda não caiu! Mas eu não quero falar de sofrimento, nem da nossa dor, nem dessa injustiça toda! Quero só dizer que você é amado DEMAIS! Te lembrar que o Deus que nós servimos é milagroso e vai te curar de uma maneira inexplicável, que a palavra final é Dele, e não de médico nenhum! Não foi nada irreversível! Você é novo, ainda vai realizar todos os seus sonhos, alcançar muitos objetivos, porque é merecedor e sua luz nunca vai acabar, porque ela vem de Deus! Ele te ama muito! Agora vamos que vamos, você sempre diz que tudo passa, e é verdade ! Você é forte e Deus nunca dá uma cruz maior do a gente possa aguentar, Ele acredita que você pode passar por isso e Ele tem planos muito maiores pra você ! Eu creio nisso ! Estou orando por vc e por toda seleção que vai seguir forte! Você ajudou muito a seleção a chegar onde está hoje e se Ele quiser vamos ser campeões! Por você e pra Glória de Deus! O seu sonho vai ser realizado, não acabou! Foi só interrompido! Eu amo você meu preto e to com você até o fim! Beijos, sua Bru".

E.A.G.

Fonte: Bruna Marquezine via Veja Online

domingo, 6 de julho de 2014

Copa do Mundo de Futebol 2014: a alegria de pobre com a entrada da Seleção nas quartas de final


Grafite de Paulo Ito, paulista de 36 anos, ilustra bem qual será o benefício do campeonato mundial de futebol ao cidadão das classes mais baixas da população brasileira, caso conquiste o Hexa. Enquanto os ramos de hotelaria e cervejaria comemoram o aumento de lucros, ainda nas quartas de final, a mesa das classes C e D continua escassa, e a Educação e Saúde continuam deficientes.

O garoto com fome, atrofiado e a chorar, é uma arte de rua que contesta os altos gastos da Copa e a indiferença das autoridades pública em face das distorções na distribuição da renda.

A imagem circula na Internet entre os gringos. Confira a galeria virtual do artista: https://www.flickr.com/photos/pauloito/13998946669/

E.A.G.

O Bom Samaritano e a vida eterna

Por Eliseu Antonio Gomes

A parábola do Bom Samaritano, registrada em Lucas 10.25-35, é muito conhecida. Todos sabem que um homem samaritano socorreu um estranho. Mas o que podemos aprender com esta parábola, e que relação isso pode ter com a vida eterna?

Primeiro, vamos observar as partes contextuais, começando em Lucas 10.25-28. Um doutor da lei se aproximou de Jesus para provocá-lo, perguntou o que ele precisava fazer para herdar a vida eterna. Jesus, então perguntou-lhe o que estava escrito na Lei. A resposta: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo". E Jesus em seguida explicou "Respondeste bem; faze isso, e viverás".

No  versículo 29, tentando justificar a si mesmo, o doutor da lei perguntou: "quem é o meu próximo?" A partir desta pergunta, Jesus passou a narrar a parábola do Bom Samaritano.

A religiosidade carrega a indiferença

Um viajante, provavelmente de origem judaica, foi vítima de roubo e espancamento. Os ladrões fugiram do local do crime e ele ficou caído no chão, muito ferido, à beira da morte. Naquela rua, em profunda necessidade de socorro, ele foi visto ferido por um sacerdote e um levita, que se mostraram indiferentes, deliberadamente eles passaram  pelo homem morimbundo do outro lado da estrada, evitando a solicitação de ajuda, e seguiram seus destinos - provavelmente, indo em direção ao templo, ou retornando do templo para suas casas. Ambos eram religiosos e deveriam estar dispostos a ajudá-lo, mas se abstiveram de fazer o bem (Lucas 10.30-32).

Na continuação da parábola, um samaritano viu o homem que estava morrendo, caído na estrada, era um desconhecido para ele, mas mesmo assim de imediato resolveu socorrê-lo, interrompendo os afazeres do seu dia para ajudá-lo. Os atos que se seguiram foram baseados na compaixão: tratou as feridas daquele necessitado, colocou-o no lombo de seu animal e dirigiu-se caminhando até uma estalagem. Isto é, o samaritano cedeu sua montaria com disposição de ir à pé para beneficiar o viajante necessitado. (Lucas 10.33-34).

É interessante notar nesta situação que os judeus desprezavam os samaritanos, e exatamente um samaritano foi compassivo. Pense bem sobre isso: o socorro que o viajante ferido recebeu foi oferecido por alguém que era considerado desprezível por todos os israelitas.  Ao prestar assistência, ele deve ter perdido pelo menos um compromisso; ele fez alguma espécie de sacrifício por amor a quem não conhecia.

Jesus ensinou nesta parábola, com ênfase, que o nosso próximo é qualquer pessoa. Portanto, devemos tratar o outro como desejamos ser tratados, se agimos assim receberemos a vida eterna.

O exemplo e ordem de Cristo

A narrativa dos Evangelhos está repleta de eventos em que Cristo age movido por compaixão. Alguns milagres ocorreram devido a compaixão que havia em seu coração: a multiplicação dos pães; a ressurreição do filho de uma viúva, libertação de pessoas endemoninhadas, etc. Com certeza ocorreram inumeráveis ações compassivas por parte de Cristo que não foram registradas, pois o evangelista declarou que seria impossível relatar em livro tudo o que aconteceu (João 21.25).

Jesus ensinou que para ser filho do Pai Celestial é preciso dar a quem nos pede, não ignorar quem nos pede emprestado, amar nossos inimigos, bendizer nossos maldizentes, orar por quem nos trata mal e nos persegue (Mateus 5.42, 44).

Movidos de compaixão

O sentimento de dó é espontâneo. Ninguém planeja quando irá senti-lo, simplesmente acontece em nós. Mas o apóstolo Pedro escreveu o seguinte: "E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis" - 1 Pedro 3.8.

Deus mandou os israelitas amarem os estranhos: "Como um natural entre vós será o estrangeiro que peregrina convosco; amá-lo-ás como a ti mesmo, pois estrangeiros fostes na terra do Egito. Eu sou o Senhor vosso Deus" - Levítico 19.34.

Jesus disse em Lucas 6.35-36: "Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus. Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso". E, em Mateus 5.16: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus".

É fácil ajudar um amigo, quanto ao estranho é comum haver hesitação, quase sempre temos pouca vontade de dispor o nosso tempo e usar o nosso dinheiro com quem não conhecemos. Precisamos ir além do sentimento natural e agir pela fé em favor de desconhecidos e de quem não age conosco amigavelmente.

Como devemos nos relacionar com quem está em necessidade?

"Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade" - 1 João 3:17-18.

"Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?" - Tiago 2.14-16.

Nos grandes centros das metrópoles, sempre é preciso agir com cautela, pois grassa a criminalidade e a violência, mas jamais o perigo deverá ser uma desculpa para não socorrer aqueles que precisam da nossa ajuda. Na atualidade, a agenda sempre está cheia de compromissos, porém, esta situação não poderá ser a razão que nos fará  não ajudar o necessitado. É claro que nada disso significa que o cristão deixará de usar o bom senso e preservar-se.

Bons, sim... Bobos, não!

Nos anos da década de setenta, na minha minha ingenuidade de adolescente, durante meu expediente em um estabelecimento comercial, uma jovem me abordou com uma criança no colo e pediu dinheiro para comprar remédios ao bebê. De pronto, atendi e lhe dei alguns trocados. Passados trinta e poucos minutos, pude sair do meu posto para quinze minutos de descanso. Então fui à lanchonete que estava do outro lado do quarteirão, e me surpreendi reencontrando a pedinte tomando cerveja, sozinha, sem a criança. Descobri que aquela pessoa era uma exploradora.

Devemos ter cuidado com o quê e quem ajudar. Há pessoas que fingem ser necessitadas, pobres, são pedintes porque querem dinheiro sem precisar trabalhar, gastam o que ganham com álcool, drogas e coisas supérfluas.

Note as lições contidas na parábola do Bom Samaritano:

a. O Bom Samaritano encontrou o homem gravemente ferido. A pessoa necessitada estava totalmente impossibilitada de ajudar-se a si mesma. Tal exemplo nos faz entender que muitas pessoas pedem ajuda mas não estão em real situação de desespero, pois recusam-se a empreender os esforços necessários para mudar o péssimo estado de suas vidas. Preferem pedir esmolas porque são preguiçosas.
b. O Samaritano era uma pessoa forte, pegou o homem desacordado no colo e o colocou em seu animal. O cristão que se dispõe a socorrer quem está necessitado precisa observar sua condição, deve fazer apenas o que estiver em seu alcance, não convém tirar o pouco que tem e ficar sem nada. Se fosse um alguém fraco, certamente pediria auxílio de outra pessoa para carregar o homem desfalecido. A ajuda a ser oferecida não deve ir além das possibilidades que temos, não é correto dar aquilo que nos fará falta depois. Ame o próximo como ama a você mesmo.

Conclusão

Através da parábola do Bom Samaritano, podemos refletir o que há em nós de Bom Samaritano, extrair deste texto bíblico a análise de o quanto as atitudes do Bom Samaritano se encaixam em nosso modo de viver.

A parábola do Bom Samaritano fala sobre o estilo de vida ideal ao cristão. Precisamos amar todas as pessoas com quem entramos em contato, amigos e estranhos, tratá-los da maneira que desejamos receber tratamento. Para isso, às vezes é preciso lançar mão de nosso tempo e dinheiro. É preciso praticar o bem todos os dias.

O cristão como luz do mundo, não pode se recusar prestar socorro, pois através da ajuda providencial aos necessitados as pessoas em volta observam como nos comportamos e convém glorificar a Deus por intermédio de boas obras.

"E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé" - Gálatas 6.9-10.

Deus promete que não esquecerá o bem que oferecemos aos outros (Hebreus 6.10). 
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Fonte: Jornal United News, Janeiro 2006. Texto adaptado de http://www.sporeas.gr/?p=3728