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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Cumprindo as obrigações diante de Deus


Por Eliseu Antonio Gomes

Em todas as áreas da vida temos direitos e deveres. Temos responsabilidades a cumprir em família como pai/mãe ou filho (a), em trânsito como motorista ou pedestre, na escola como professor ou aluno, na indústria como empregador ou empregado, no comércio vendendo ou comprando.

Em nosso relacionamento com Deus também existe um senso de responsabilidade a ser cumprido, seja como líder ministerial ou o mais simples membro na congregação. Nosso compromisso com Deus é prestar-lhe culto sincero. O idioma grego oferece duas palavras para culto: latreia e proskuneo. A primeira refere a adoração e a segunda significa reverenciar.

É obrigação de todo cristão esforçar-se para conhecer a Deus.

Nosso Deus é Santo, Amoroso, Misericordioso. É necessário ao ser humano, em sua totalidade, apresentar-se diante dEle santificado; o corpo, a alma e o espírito irrepreensíveis para render-lhe glórias (1 Tessalonicenses 5.23). Como fazer isso? É nossa obrigação imitar quem Ele é em nosso jeito de viver, nos afastando do estilo de vida pecadora, amando o próximo, e agindo com misericórdia para com todos em nossa volta. Agir conforme as explicações em Marcos 12.33 e Tiago 1,27: amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios"; "a religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo". 

Nosso Deus é transcendente: um Ser cuja Pessoa Divina ultrapassa o senso comum dos seres humanos - sabemos sobre Ele apenas aquilo que nos permite saber (Deuteronômio 29.29). Nosso Deus também é imanente: tem o atributo da onisciência, onipresença e onipotente - está em todos os lugares; sabe tudo; e pode tudo (Salmo 33.6-11; 135.6;  Jeremias 23.24; Efésios 4.6).

É obrigação do cristão respeitar o ambiente de culto.

Salomão escreveu o capítulo 5 do livro Eclesiastes, exortando sobre o perigo de pela força do hábito o crente praticar adoração vaidosa, indiferente.

"Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus; porque chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal" (versículo 1).  "Guarda o teu pé" é uma exortação a tomar cuidado, prestar atenção e ouvir com intenção a obedecer, jamais substituir o propósito da reunião de culto a Deus por intenções ligadas às coisas materiais dessa vida.

"Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma... sejam poucas as tuas palavras" (versículo 2). A presença do crente no culto a Deus deve ser humilde, com o coração devotado a tributar reverência com os lábios, estar disposto a calar e ouvir pois a exposição da Palavra é alimento para a alma.

Certa vez Jesus Cristo foi ao templo judaico e ficou indignado com o comportamento das pessoas presentes. O louvor não era perfeito, a adoração era negligenciada. Havia comércio de pombinhos, usados nos sacrifícios. Acontecia a atuação de cambistas, eles trocavam a moeda de circulação comum pela de Israel, ofereciam aos judeus siclos tírios ou hebreus, que possuíam peso padronizado, eram perfeitos, e depositados no gazofilácio como ofertas (Mateus 21.12).

Na Antiga Aliança, os israelitas eram instruídos a reverenciarem o sábado como dia santo e o santuário do Senhor desde sua infância, o judeu adorador era representado por um sacerdote e entregava sacrifícios durante o culto (Levítico 19.19.30; 26.2); na Aliança atual o adorador cristão tem a figura essencial de Jesus Cristo como seu único mediador diante de Deus, então é capaz de estar na presença do Pai, adorando-o, sem a necessidade de fazer sacrifícios (Efésios 2.18; 1 Timóteo 2.5).

A falta de reconhecimento do valor do culto reverente é fator para tornar vão o tempo que o crente se ocupa durante as liturgias praticadas nas reuniões no templo (Jó 15.4). O crente precisa aplicar-se eficientemente em sua função de adorador. Deve frequentar as reuniões no templo para usar dons espirituais e talentos natos com o único objetivo de reverenciar a grandeza de Deus, prestar homenagem a divindade do Criador, orar, pregar, profetizar, cantar, tocar instrumentos para edificação coletiva.

É obrigação de todo cristão adorar a Deus, mas como ato obrigatório mas por amor.

Deus procura adoradores que O adorem em espírito e em verdade, pessoas dispostas a amá-lo além de discursos e teorias (João 4.24; Mateus 22.37). "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" - Romanos 12.1.

Será que os filhos de cristãos são ensinados desde pequeninos a adorar a Deus no templo de maneira correta? Muitos crentes confundem cultuar ao Senhor com ir à igreja. Sem ater-se em propósitos espirituais, fazem uso da liberdade do tempo na participação de culto desordenadamente. Muitos vão ao templo mas não sabem cultuar a Deus de maneira santa e agradável. Desperdiçam o tempo ali, durante hinos envolvem-se em atividades frívolas, durante a mensagem bíblica o pensamento vagueia bem longe dali.

"Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação" -  1 Coríntios 14.26.

O verdadeiro culto ao Senhor é adorá-lo conscientemente. É importante ao cristão saber a significância de adorar a Deus, ter claro em sua mente o motivo de ser reverente; entender que a devoção genuína é reconhecer que Ele é único e digno de receber toda honra, toda glória e todo louvor e dedicar-se com a máxima capacidade humana a fazer isso através da música, ensino das Escrituras e exposição da Palavra de Deus.

E.A.G.

Artigo baseado em comentários de:
A Bíblia Anotada Expandida, Charles C. Ryrie, 2007, São Paulo, (Editora Mundo Cristão).
Bíblia Sheed, 2011, São Paulo, (Edições Vida Nova);
Ensinador Cristão, página 41, Rio de Janeiro (CPAD)
Lições Bíblicas, José Gonçalves, 4º trimestre de 2013, Rio de Janeiro (CPAD).

Seres racionais - charge

O ser humano foi criado dotado de inteligência. Por quê? Para usar a razão, o bom senso, escolher o diálogo ao invés da truculência, violência.   

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Duas estatísticas falsas sobre crentes - a fé de cientistas e o divórcio


Imagem: KK Mustafah


Os dados negam a ideia de que “os cientistas não acreditam em Deus” e que “os cristãos se divorciam na mesma proporção que o resto da sociedade”.

Como você costuma ver o nível social dos cristãos? A escritora Dargan Thompson, explica em um artigo na revista “Relevant” como alguns dos estereótipos não têm muito a ver com a realidade. Em seguida, lista dois deles. “Muitas vezes são as próprias igrejas que reforçam os estereótipos que existem sobre os cristãos ao tentar combatê-los“, acredita Thompson.

Embora algumas dessas imagens sociais sobre os crentes não são facilmente quantificáveis, sim, há casos em que os dados desmentem o que se acredita.

Os cientistas não acreditam em Deus

Uma estatística bem utilizada é baseada em um estudo de 1998 focada em membros da Academia Nacional de Ciências dos EUA. De acordo com as respostas de cerca de 300 entrevistados, apenas 7% desses “cientistas de elite” afirmava acreditar na existência de Deus.

Um estudo mais recente de 2009, realizado pelo Instituto Pew Forum, concentrando-se neste caso nos cientistas membros da Associação Americana para o Avanço da Ciência (“American Association for the Advancement of Science”}, chegou a conclusão de 33% dos cientistas americanos creem em um Deus pessoal, e outro 18% acreditam em algum tipo de “espírito universal ou força superior”.

Estes dados são significativamente abaixo da média dos cidadãos americanos como um todo (socialmente, 83% acreditam em um Deus pessoal e 12% em uma força superior indefinida). Mas ainda assim, o número de cientistas crentes do novo estudo quadruplicou ao do estudo de 1998.

O divórcio é igual entre cristãos e não cristãos?

Outra ideia que se repete habitualmente, tanto fora como dentro de muitas igrejas, é que diz que os casados cristãos se divorciam em proporção igual às pessoas sem nenhum tipo de crença.

Um estudo publicado pela revista “Journal of Reglion and Society”, explicava em 2012 que os cristãos nos EUA tinham uma porcentagem de divórcio de 37% menos que a média geral da sociedade, que estava em 44% (segundo dados realizados entre 1980 a 2009).

Os divórcios são muito reduzidos quando a diferença entre os crentes “praticantes” (que participam pelo menos uma vez por semana de um culto ou celebração na igreja) e os “não praticantes”. Enquanto aqueles protestantes não praticantes tinham uma porcentagem de divorcio de 39%, os que se consideravam praticantes se divorciavam muito menos, em cerca de 26% dos casos. De fato, o menor impacto do divórcio foi entre os entrevistados que se definiam como católicos ativos. Sua porcentagem de ruptura conjugal era de 21%. Por outro lado, as pessoas não religiosas sofrem divorcio em 50% dos casos, segundo o estudo.

A autora do artigo recorda em sua conclusão que “como qualquer outro grupo da sociedade, os estereótipos sobre os cristãos muitas vezes tem alguma razão de ser, e ao mesmo tempo como as pessoas provavelmente não têm a capacidade de mudar as percepções de todas as pessoas, podemos tentar viver uma vida que desafia os estereótipos.”

Fonte: Portal Padom via e-mail Wallace Sousa