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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Nostalgia e gratidão a Deus

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Avenida Mutinga - Jardim Mangalot - São Paulo/SP



Nesta tarde, encontrei uma postagem do Pr. Geremias do Couto em meu perfil do Facebook. O título dela era Em Tudo Dai Graças. Ela relata momentos de sua infância. Coloquei meu comentário. E o conteúdo é compartilhado neste blog.

Tenho a teoria que o passado sempre aparece em nossa memória com sabor de nostalgia porque o tempo da infância antecede o ápice de nossas vidas. Experimentamos a curva crescente da força e da beleza e elas se vão com os anos, sem que tenhamos a noção de importância desse estágio da vida enquanto estamos nela. Penso assim me baseando nos belos versículos poéticos que encontramos em Eclesiastes 11.7-10; 12.1-7. 
Nasci em 1965. Vivi minha infância  num clima rural, o quintal do meu pai, presbítero assembleiano e professor de música na igreja, tinha árvores frutíferas, milharal, galinhas, coelhos. Os quintais da vizinhança também. Sempre houve energia elétrica em casa. A lâmpada de Thomas Edison chegou ao nosso vilarejo antes do meu pai comprar o lote de terra e construir a nossa residência, comigo ao lado fazendo vezes de servente de pedreiro para ele aos finais de semana e para pedreiros de profissão de segunda à sexta-feira (fazia isso eventualmente pelo prazer de ser útil e não como obrigação).
As ruas da região em que cresci  só receberam asfalto e luz elétrica quando já era bem grandinho. A criançada brincava solta por todos os lados, com pés no chão. Não havia preocupação com violência e banditismo. As casas ficavam de portas abertas. O leiteiro deixava o leite empilhado em caixas na esquina todas as manhãs e ia embora. Os moradores pegavam sua quota diária e pagava depois em dia predeterminado.
Havia um rádio embutido num móvel enorme de mogno em nossa casa. Ele era tão grande para meu corpo então pequenino que encontrava espaço para me esconder dentro durante as brincadeiras de esconde-esconde/pique-esconde. Fechava uma portinhola e me mantinha quieto dentro de um compartimento onde eram guardados discos de vinis do Feliciano Amaral!
Os dias atuais são diferentes. Quando visito meu pai, 70 e poucos anos, relembro o tempo em que era um homem forte. As forças dele se foram e a empatia com a vizinhança é a mesma. Não existem mais árvores, o espaço de quintal foi usado para aumentar o espaço residencial. Não há bichos, a Prefeitura proíbe a criação porque classificou a área como zona urbana. Não vejo mais tantos pardais e bem-te-vis como via antes. As casas dos vizinhos não possuem mais jardins e as cercas baixas de madeiras foram trocadas por cercas de ferros com pontas de lanças e muros altos. O empreendimento imobiliário avançou na região, derrubou bosques e matas, colocou velhas residências no chão e levantou prédios.
Olho os dias do passado com nostalgia. Dou graças a Deus por ter vivido o que vivi. Agradeço também pelo presente momento que vivo agora. Minha fase infantil era boa, minha fase de adulto é ótima!
E.A.G.

O legado de Elias

Blog Belverede. Eliseu Antonio Gomes. https://belverede.blogspot.com.br
Por Eliseu Antonio Gomes

A chamada ministerial é uma situação de especificidade, é uma característica única na vida das pessoas, algo impossível de ser copiado, repetido por outros. É uma relação entre o Senhor e a personalidade do servo.
Deus prepara o ser humano para a missão a ser desempenhada, coloca nas entranhas de sua alma talentos próprios, para cumprir sua função ministerial, dá-lhe situações na vida para aprimorar sua vocação.

Características distintas entre a vida de Elias e Eliseu

Qual a profissão do profeta Elias? Talvez não tivesse nenhuma ocupação especializada, pois a Bíblia Sagrada relata apenas seu local de origem e não sua atividade de trabalho secular. Por sua vez, Eliseu era boiadeiro e trocou o ofício terreno pelo sagrado.

A Bíblia não relata a morte de Elias, informa que ele foi arrebatado numa carruagem de fogo. Mas, informa a morte de Eliseu, e que seu cadáver continha virtude e foi capaz de ressuscitar um homem morto.

Imitadores de Eliseu?

Quando o profeta Elias encontrou o jovem Eliseu, ele arava a terra usando doze juntas de bois. Elias passou sobre ele o seu manto. Após o ato simbólico, Eliseu fez uma mesa de confraternização usando como alimento as carnes dos animais que usava para trabalhar na terra, para isso usou o jugo dos bois como madeira  de combustão para preparar o fogo. Isto é, deixou a sua profissão para exercer o ministério de profeta em tempo integral.

Alguns cristãos tomam a atitude como um exemplo para a carreira de obreiro. É preciso situar e contextualizar. Não é possível comparar sem fazer as devidas proporções. Eliseu era um profeta no Antigo Testamento, viveu na Dispensação da Lei, não conheceu Cristo e não pregou as Boas Novas do Calvário. Nós somos almas que estamos na Dispensação da Graça, conhecemos a Jesus e seu sacrifício vicário, temos a missão de anunciar ao Senhor como Salvador.

O legado cultural tem a ver com o idioma, costumes e tradições, que passam de uma a outra geração. Mas, para o cristão, a herança que é uma obrigação ser transmitida é apenas a fé em Cristo, como Senhor e Salvador. A missão do cristão é ensinar seu semelhante a imitar a Cristo (1 Coríntios 11.1).

E.A.G.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A ira, o discernimento e o perdão

Perdão

Após alguém próximo de nós demonstrar não merecer o afeto e a confiança que depositamos nela, agir com ingratidão em resposta ao nosso sentimento de afeição e ato de ajudá-la, ou ainda sofrer a agressão de um estranho, devemos ter a disposição de perdoar.

Mas não precisamos agir como se nada de ruim tivesse acontecido. Proteja-se. Siga adiante sem guardar mágoas, esforçando-se para viver a sua vida em paz e deixando o outro viver em paz também.

Quem perdoa tem a liberdade de continuar se relacionando com a pessoa perdoada, ou afastar-se dela quando os erros se repetirem de maneira proposital, prejudicando-a. Perto ou longe de quem erra contra nós intencionalmente, é importante conceder perdão, pois o perdão é bênção maior para quem perdoou e menor para quem está perdoado.

Perdoar nunca será sofrer com memória fraca, não é amnésia. Perdão é abrir mão da vingança, sempre será ter a lucidez para reconhecer que o outro não é perfeito. O perdão é uma chave para fechar todas as portas cujas aberturas representam riscos constante para a saúde física e espiritual de quem se dispõe a relevar. .

Ira

Algumas pessoas interpretam errado o que a Palavra de Deus diz sobre a ira. Eles dizem que a ira é pecado. Irar-se não é pecado (Confira: Efésios 4.26). A ira é um sentimento dado por Deus, que junto à adrenalina capacita o ser humano à autodefesa e defesa de terceiros. Compete a cada um usar a ira junto com o autocontrole. Ao controlar-se quem está irado não peca.

Outra turma de leitores da Bíblia, interpretam de maneira errada Tiago 1.19: "Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar." O texto bíblico diz que não convém ser precipitado em momentos que a raiva está aflorada. Mas muitos usam o versículo para protelar os compromissos de tomadas das decisões mais importantes, parecem usar Tiago 1.9 para não ir à luta, para permanecer em posição confortável, não parecer antipático aos malfeitores porque deles pode receber alguma espécie de benefício.

Discernimento

Muitas pessoas pensam que o exercício da mansidão é comportar-se como frouxo. Ledo engano. "Se te mostrares frouxo no dia da angústia, a tua força será pequena" - Provérbios 24.10. Ser manso é ter a sabedoria para agir ou parar de agir no momento ideal.

De fato, falar muito não é uma virtude. E do outro lado, silenciar quando é necessário marcar posição é um hábito a ser corrigido.

"Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo." - Provérbios 25.11.  A sabedoria divina nos recomenda discernir os momentos corretos de abrir e fechar a boca (Eclesiastes 3).

Acredito que o mundo está cheio de cristãos emudecidos, que se negam a se pronunciar em assuntos relavantes para a nossa geração. Deveria haver mais vozes de lideranças cristãs evangélicas se posicionando contra o aborto, por exemplo. Essas vozes, com certeza, teriam apoio nacional, não ficariam sozinhas.

E.A.G.