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Arquivo | 14 anos de postagens

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Opinião pessoal e apologia bíblica

Por Eliseu Antonio Gomes

Não há nada de errado em expressar opinião, mas ao menos um cristão deveria expressar-se com conhecimento absoluto sobre o que, ou quem, se expressa.

Às vezes eu paro e observo algumas atitudes. Existe quem opine como se tivesse o atributo de onisciência, ser detentor de um senso apuradíssimo sobre tudo e todos, como se fosse realmente capaz de sondar os corações muito bem! Os tais se comportam como se pudessem de fato enxergar o interior do coração das pessoas que vivem distantes delas, como se vivessem dentro do cérebro delas. E fazem isso para reprovar a conduta alheia baseado em critérios próprios sobre o que é agir de maneira correta ou equivocada.

Uma pessoa cristã, emissora de expressões analíticas sobre a cristandade, antes de fazer sua análise conhecida precisa ser profunda conhecedora das Escrituras Sagradas. Ler a Palavra de Deus habitualmente dia após dia. O leitor que tem contato com as Escrituras Sagradas da maneira e intenção certas encontra na leitura o sustento absoluto que o conduz à vida eterna, a instrução divinamente inspirada para que se aperfeiçoe plenamente e esteja sempre preparado para todas as boas ações nesta vida (2 Timóteo 3.16-17).

É fácil classificar pessoas desconhecidas como "lobo", "cambada de lobos", "executivo da fé", "mentiroso", corruptível, rendido ao dinheiro. É fácil classificar pessoas, com quem não convivemos e não conhecemos, como marionetes e incautos. Difícil é ser justo ao emitir essas classificações sobre elas.

Ao opinar, a opinião pessoal do cristão deve ficar em segundo plano e a Palavra de Deus em primeiro, porque é dever cristão proclamar o reino de Deus e não os próprios pensamentos como regras de comportamento, seja isso feito em defesa de interesses pessoais ou não.

A exposição de opiniões de um cristão deve estar acompanhada pela vontade de analisar a situação pelo crivo do conteúdo bíblico. Jamais ser apenas um canal para aflorar a catarse devido antipatia ou disputas de interesses.

Se apresentando como cristão, quem gosta de criticar o meio evangélico deveria pesquisar mais o conteúdo do Evangelho e se pautar nele para formular opiniões sobre a cristandade e a sociedade em geral. A opinião meramente humana não produz edificação espiritual.

Uma pessoa cristã precisa ser justa, porque só os justos entrarão no céu (1 Corintios 6.9).

E.A.G.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

EBD 1º Trimestre de 2013: Elias e a longa seca sobre Israel

Por Eliseu Antonio Gomes

Nomenclaturas

Existe uma diferença entre os fenômenos climáticos seca e estiagem. Ambas provocam a insuficiência de chuvas. Porém, há um conceito metereológico que define a seca como um fenômeno permanente, enquanto a estiagem acontece por determinado intervalo de tempo.

Baal e Aserá

Baal era a principal divindade masculina dos fenícios e dos cananeus, era considerado o deus do trovão, do raio e da fertilidade, simbolizava as forças da natureza e supostamente possuía poder sobre os fenômenos naturais.

A deusa Aserá era a esposa de Baal, adorada entre os sidônios e  na mitologia cananéia.

Fidelidade, infidelidade, escassez e fome

A Escritura revela que a fome era extrema em Samaria. O grande período sem chover provava que Baal era um deus falso. A passagem bíblica de 1 Reis 18.5 revela que inclusive os cavalos de montaria do rei sofriam com sede e fome.

Até mesmo em uma grande escassez Deus nunca se esquece dos seus servos fiéis. Enquanto os idólatras padeciam durante o tempo que não chovia, o Senhor revelava-se de maneira maravilhosa ao enviar provisão aos que não dobraram seus joelhos a Baal. Não faltou água e comida para Elias durante a estiagem, como também não falou provisão aos muitos outros profetas do Senhor (1 Reis 17.1-7; 18.4; 19.18).  

O apóstolo Paulo nos deu um depoimento sobre sua fé em Deus independente das condições em que se encontrava, que todo cristão precisa estar disposto a imitar: "Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece" -  Filipenses 4.12-13.

O monte Carmelo

O monte Carmelo era o pico de uma cordilheira, as cadeias de montanhas que ele fazia parte se estendiam do sudeste de Israel até o Mediterrâneo. O local era o mais famoso centro religioso de adoração a Baal, onde havia santuários pagãos nos quais prestava-se culto ao falso deus pedindo o retorno das chuvas e boas colheitas.

O longo período em que não chovia sobre o reino do norte criou as condições para que Elias desafiasse os profetas de Baal e de Aserá, provasse que tais divindades não passavam de deuses falsos.

O teste da verdade

No monte Carmelo, Elias resolveu realizar o teste da verdade e mostrar a superioridade de Jeová contra Baal. Era o ambiente mais que propício ao desafio, pois haviam novecentos sacerdotes pagãos e grande aglomeração de corações israelitas idólatras. Conferir: 1 Reis 17.1, 2; 18.1, 2, 19. 21, 39.

Com firmeza de fé, Elias convidou o rei Acabe e os sacerdotes de Baal ao cume do monte para realizarem uma prova de fogo, com a finalidade de determinar quem adorava ao Deus verdadeiro. O teste que o profeta estabeleceu colocava a sua vida em risco: o Deus verdadeiro responderia à oração do seu adorador com fogo para queimar a oferta de sacrifício. Se Baal enviasse fogo, Elias seria morto. Mas Elias se sentiu tranquilo porque tinha convicção que Baal sequer existia e que era servo do Deus vivo. Em reação à ação de Elias, Deus enviou uma das respostas de oração mais espetaculares registradas na Bíblia Sagrada, capitulada em 1 Reis 18.22-40.

Fé e coragem

Elias era um homem  perseguido por causa de sua religião, era ilegal ser um profeta do Senhor durante o reinado de Acabe e rainha Jezabel. Com coragem ele se opunha a religião idólatra financiada pelo Estado, requerida por lei.

Elias era uma mero cidadão entre o povo simples que seguia com o coração dividido, idolatrando Baal, Aserá, e ao mesmo tempo a Jeová. A clássica pergunta (até quando coxeareis entre dois pensamento?) revela o coração infiel dos judeus, que deveriam adorar apenas ao Senhor, mas sob pressão curvavam os joelhos a Baal. José Gonçalves, comentarista da revista Lições Bíblicas, ao abordar essa interrogação, escreveu: "A palavra hebraica "as'iph", traduzida como pensamentos, mantém  o sentido de ambivalência ou opinião dividida. A idolatria havia dividido o coração do povo."

Pela perspectiva humana, a proporção desigual de pessoas, quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e quatrocentos e cinquenta profetas de Aserá contra um profeta do Senhor, revela a fé e coragem de Elias. Ele sabia que estava na condição de alguém desprotegido apenas aparentemente. Deus estava presente naquele momento e em todos os outros (1 Reis 17.1; 18.19).

Elias fez uso do ato profético para revelar aos israelitas a soberania de Deus, não somente sobre a história, mas sobre os fenômenos naturais. Ao final da prova de fogo, ordenou que matassem os profetas de Baal e Aserá seguindo a ordenança que constava na Lei de Moisés: 1 Reis 18.40; Deuteronômio 18.20.

Ao corajosamente usar a fé, não ceder à pressão estatal, o profeta serviu de instrumento de Deus para que os propósitos divinos fossem alcançados. Embora o coração de Acabe não tenha se convertido ao ver o resultado do confronto realizado no monte Carmelo, o povo se arrependeu diante da evidência que Jeová é o único Deus verdadeiro, a fonte de vida e bênção, e o perigo da apostasia total foi afastado.

A lição contida na persistente oração de Elias

Apesar de Deus avisar a Elias que iria chover, o profeta prostrou com rosto em terra e orou por sete vezes pedindo ao Senhor que abrisse as janelas do céu, acreditou que haveria resposta positiva da sua oração mesmo antes de qualquer evidência (1 Reis 18.1; 42-45). O apóstolo Tiago esclarece que a oração de um cristão pode ser tão eficaz quanto a de Elias (Tiago 5.17-18).

O escárnio de Elias e o clamor dos profetas de Baal

Eias era um homem sujeito às mesmas paixões carnais que qualquer um de nós. A situação de animosidade entre ele, Acabe, Jezabel e os sacerdotes de Baal, era intensa, algo grande e capaz de abalar seu lado emocional (1 Reis 18.17-18; Tiago 5.17).

No cume do Carmelo, enquanto os sacerdotes de Baal prepararam o altar e clamaram por mais de seis horas, e ao mesmo tempo se retaliaram, sem obter nenhum tipo de resposta, Elias caçoava de todos eles. Com certeza os sacerdotes pagãos ridicularizaram Elias e sua fé. Vivendo na Dispensação da Lei, que imperava o revide "olho por olho e dente por dente", o profeta deve ter replicado às zombarias que ouviu (Êxodo 21.24; 1 Reis 18.26-29).

A reação zombeteira de Elias é apresentada apenas como um relato, não há nas Escrituras uma posição afirmando que a atitude de escárnio era da vontade divina. Entretanto, encontramos entre os cristãos quem admire a postura irônica de Elias, e até o imite fazendo ironias também.

Zombar é escarnecer, aborrecer, comportar-se dando vazão aos sentimentos de ira e inimizade e ao mesmo tempo provocá-los no próximo. O Salmo 1 recomenda ao servo de Deus não assentar-se na roda de escarnecedores, quanto mais proceder igual a eles. Nenhum cristão deve comportar-se como um escarnecedor.

Conclusão

Estamos na Dispensação da Graça, o tempo das zombarias de Elias passou, é tempo de amar os semelhantes.

O cristão precisa dominar o ambiente em que está com atitude de mansidão. Ser manso não é ser fraco, é ser forte espiritualmente, é saber reagir com a firmeza de uma rocha, a pedra imóvel e inabalável diante de todas as intempéries."Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar." - Tiago 1.19.

Ame a todos. É preciso amar, porque a prática do amor se consiste no cumprimento do mandamento de Cristo.

Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes"
- Mateus 5.38-42.

“Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos”
-  Mateus 5.43-45.

Ore em favor de quem não merece ser amado por você, peça a Deus que crie situações em que poderá praticar o bem para quem se comporta como seu inimigo. O amor é o vínculo da perfeição, quem pratica o amor vive em santidade, está distante do pecado como Deus orienta que esteja (Colossenses 3.14).

 E.A.G.

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Consultas:

A Rocha - A Bíblia que conduz às escolhas certas; Josh McDowell; 2002, São Paulo (Editora Candeia);
Bíblia de Estudo Plenitude; Barueri, 2001 (Sociedade Bíblica do Brasil);
Lições Bíblicas, José Gonçalves, 1º trimestre de 2013, Rio de Janeiro (CPAD).

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Ninguém merece, mesmo!

Ninguém merece! Não é difícil encontrar alguém usando essa frase em tom de reprovação de alguma situação chata, contra uma pessoa que fez algo que não é bem aceito.

Mas você já pensou nesta frase fazendo um paralelo com o Evangelho? A palavra "graça" é karis em grego. Ela significa "favor não merecido".

 "Graça" tem a sua raiz etimológica associada com as palavras "alegria" e "regozijo". Isto é: graça é uma situação que nos leva a estar alegres, alegrar-se muitas vezes.

Quando Deus disse para Paulo "a minha graça te basta" (2 Coríntios 12.9) não estava passando uma reprimenda nele. Animava-o. O Senhor incentivava o apóstolo lembrando que ele tinha muitos motivos para estar contente, porque o poder divino se aperfeiçoava na fraqueza humana dele.

Quais seus pontos fracos? Alegre-se, porque o favor divino, que ninguém merece, está ao seu alcance. Use-o!

E.A.G.

A conversão cristã e a prosperidade

A leitura bíblica  

Como ler, estudar  e usar a Bíblia Sagrada corretamente? Ler com a mente aberta e vazia, sem pensamentos preconcebidos, desejando receber a informação bíblica e a edificação espiritual. Com a intenção de usar o conteúdo lido de maneira imparcial. Para conferir se a pregação que recebe está ou não de acordo com a Palavra de Deus.

O leitor que tem contato com as Escrituras Sagradas da maneira e intenção certas encontra na leitura o sustento absoluto que o conduz à vida eterna, a instrução divinamente inspirada para que ele se aperfeiçoe plenamente e esteja sempre preparado para todas as boas ações nesta vida (2 Timóteo 3.16-17).

Deus e o ser humano (em carne e ossos)

"Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais." Jeremias 29.11.

Há quem esteja acostumado a espiritualizar passagens bíblicas a ponto de esquecer que o Espírito pairava sobre as águas quando Deus criava a matéria (Genesis 1.2). E neste esquecimento considera que tudo que esteja ligado ao mundo material é oposto ao lado espiritual. 

É um equívoco pensar assim. Deus quer o nosso bem estar em todos os sentidos: espiritual, físico e psicológico. É uma pena que exista quem pense que o Criador fez o homem (tricotômico: corpo, alma e espírito) e que Ele enviou Jesus só com a missão de salvar o espírito. 

Passagens bíblicas neotestamentárias sobre o interesse divino em nosso bem-estar físico

 "E aconteceu que, no sábado segundo-primeiro, passou pelas searas, e os seus discípulos iam arrancando espigas e, esfregando-as com as mãos, as comiam. E alguns dos fariseus lhes disseram: Por que fazeis o que não é lícito fazer nos sábados? E Jesus, respondendo-lhes, disse: Nunca lestes o que fez Davi quando teve fome, ele e os que com ele estavam? Como entrou na casa de Deus, e tomou os pães da proposição, e os comeu, e deu também aos que estavam com ele, os quais não é lícito comer senão só aos sacerdotes?" - Lucas 6.1-4.

"Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo."
- Lucas 6.38.  A figura dessa passagem é o cesto de sementes. Cheio, mas não apenas cheio. É cheio e sacudido para que as sementes se descoloquem e se fixem uma perto das outras e não sobre espaço vazio dentro do cesto. Depois de sacudir o cesto o volume de sementes abaixa e é posto mais sementes sobre tudo. Nova sacudida e outra vez o volume desce. Quando não resta mais espaço vazio entre as sementes, a nova porção post sobre elas transborda... Essa bela ilustração é uma promessa divina para quem ama a Deus e ao próximo, doa aquilo que tem, faz ofertas patrocinando ações de evangelismo e missões da igreja.

"E dizia-lhes uma parábola..."
- Lucas 6.39. Seguem as parábolas do O Cego e o Argueiro, O Mestre e os Discípulos, A Casa Edificada na Rocha.

As coisas materiais servem às espirituais. Aquele que ganha o salário mínimo não tem condições de financiar uma família em missões, mas quem goza de bens em fartura, sim... Tira de suas finanças o suficiente que possa sustentar não apenas uma família, mas várias famílias em campo missionário.

Durante a leitura bíblica, a prática da boa homilética nos recomenda ir ao contexto abrangente. Sobre a relação de Deus conosco, enquanto ainda estamos neste corpo composto de  matéria, não existe sustentação exegética nenhuma para pensar que o verso 38 do capítulo 6 do Evangelho de Lucas contenha conotação espiritualizada. Vemos que o escritor Lucas fez uma compilação de relatos agrupados de maneira ordenada, separando as seções por temas. Note que o contexto da ilustração do cesto não é uma parábola, o capítulo é iniciado com o tema fome, aborda a necessidade física do corpo, fala da necessidade que o nosso corpo tem de comer

O reino de Deus e seus súditos

Buscai o Reino de Deus e a sua justiça e todas as demais coisas vos serão acrescentadas" - Mateus 6.33.

O apóstolo Paulo descreveu o reino de Deus: não é comida e nem bebida, é justiça, paz e alegria no Espírito (Romanos 14.17). Mas, há quem tenha radicalizado e deixado de beber e comer regularmente pensando que assim seria mais espiritualizado. Qual o resultado? Gastrite, úlcera, anemia, raquitismo, e cemitério nos casos mais graves.

Buscar o reino de Deus significa aceitar a Jesus Cristo no coração como o único Rei, o único Senhor. Esta prática se consiste em cumprir os mandamentos de amar a Deus e ao próximo, mesmo que esse próximo seja o pior inimigo (1 Timóteo 6.15; Lucas 6.46; Mateus 5.43-44). Viver como um autêntico cidadão do Reino de Deus implica em negar servir aos desejos da carne e seguir a caminhada cristã segundo o fruto do Espírito (Mateus 16.24; Gálatas 5.16-23).

Quando procedemos exatamente da maneira que Jesus quer que procedamos, continuamos a viver neste mundo com suas leis civis, que precisam ser acatadas por nós, e ao mesmo tempo vivenciamos plenamente  o reinado de Deus em nossas vidas cristãs.

O reino de Deus e a justiça divina

No Antigo Testamento, o Salmo 15 contém a descrição mais clara do que significa ser justo. É ser uma pessoa que ama a Deus, e demonstra esse amor fazendo o bem ao próximo.  

O Novo Testamento também segue este princípio: 

"Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma." - Tiago 2.15-17.

"Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, não pode amar a Deus, a quem não viu." -  1 João 4.20.  

O apóstolo Paulo ao comentar sobre Jesus, deescreve-O como o Deus que se fez homem (2 Timóteo 2.5). Ao falar sobre a justiça de Deus, descreve o justo como alguém que crê que Cristo esteve entre nós em pessoa de carne e sangue, morreu e no coração crê que Ele ressuscitou, e confessa que Ele é o seu Senhor. "Mas a justiça que vem da fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? {isto é, a trazer do alto a Cristo;} ou: Quem descerá ao abismo? {isto é, a fazer subir a Cristo dentre os mortos}. Mas que diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé, que pregamos. Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo; pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação - Romanos 10.6-10. 

O reino de Deus e a promessa de acrescimento 

"E Jesus, respondendo, disse: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no século futuro a vida eterna" - Marcos 10.29-30.

Ame a Jesus Cristo em seu coração, acima de seu amor pela família e amigos, sem deixar de amá-los (1 Timóteo 5.8), e Deus honrará sua atitude com bênçãos de multiplicação. Ame a Deus acima das posses terrestres, sirva ao Senhor através delas e com elas e creia na promessa de bênção terrestre (Lucas 16.13)

Mateus 6.33 recomenda que busquemos em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça e declara a consequência de quem faz isso. Quem assim faz não precisa ficar ansioso com seu futuro, quanto às roupas e a comida necessárias. A segunda parte do texto fala em  "acréscimos". O que isto significa? Prosperar é ter acrescimento. Aquele que considera a Jesus Cristo como único Senhor, confessa sua consideração sobre Ele a todos em sua volta, recebe acréscimos de tudo o que tem. O cidadão cristão pobre melhora, o rico melhora, o bilionário melhora.

Doutrinas estranhas


Como é o nome dessa teologia que apresenta Deus como um Ser que não se importa com o bem-estar do ser humano, só deseja beneficiar o espirito do homem que Ele criou e despreza a psiquê e o corpo, que Ele também criou?

A Bíblia Sagrada é repleta de simbologias. Um símbolo negativo jamais representa algo positivo. E vice versa. Como o céu é representado na Escrituras? Lugar de sofrimento ou de alegria? De miséria ou de regalo? O céu é descrito como um lugar cujas ruas são de ouro e cristais, em que não existe nenhum motivo para derramar lágrimas. Se é assim, por qual motivo o "irmão espiritual", que critica tanto quem deseja bênçãos de prosperidade, também não recusa andar nas pavimentações luxuosas lá do céu? Sugiro que os tais orem: "Dispenso entrar no céu porque lá existe 'carnalidade celestial'."

Conclusão


A vida de todas as pessoas é o resultado do que elas acreditam. Isto vale enquanto vivemos como cidadãos na Terra e também refere-se aos posicionamos na esfera espiritual. Quem não acredita que seja capaz de dirigir um automóvel jamais será um bom motorista. E quem não acredita que Deus está interessado em seu bem-estar material, jamais será beneficiado com bênçãos desta ordem, porque tudo que não é por fé é pecado, a descrença é desagradável ao Senhor (Romanos 14.23; Hebreus 11.6).

E.A.G.