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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A conversão cristã e a prosperidade

A leitura bíblica  

Como ler, estudar  e usar a Bíblia Sagrada corretamente? Ler com a mente aberta e vazia, sem pensamentos preconcebidos, desejando receber a informação bíblica e a edificação espiritual. Com a intenção de usar o conteúdo lido de maneira imparcial. Para conferir se a pregação que recebe está ou não de acordo com a Palavra de Deus.

O leitor que tem contato com as Escrituras Sagradas da maneira e intenção certas encontra na leitura o sustento absoluto que o conduz à vida eterna, a instrução divinamente inspirada para que ele se aperfeiçoe plenamente e esteja sempre preparado para todas as boas ações nesta vida (2 Timóteo 3.16-17).

Deus e o ser humano (em carne e ossos)

"Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais." Jeremias 29.11.

Há quem esteja acostumado a espiritualizar passagens bíblicas a ponto de esquecer que o Espírito pairava sobre as águas quando Deus criava a matéria (Genesis 1.2). E neste esquecimento considera que tudo que esteja ligado ao mundo material é oposto ao lado espiritual. 

É um equívoco pensar assim. Deus quer o nosso bem estar em todos os sentidos: espiritual, físico e psicológico. É uma pena que exista quem pense que o Criador fez o homem (tricotômico: corpo, alma e espírito) e que Ele enviou Jesus só com a missão de salvar o espírito. 

Passagens bíblicas neotestamentárias sobre o interesse divino em nosso bem-estar físico

 "E aconteceu que, no sábado segundo-primeiro, passou pelas searas, e os seus discípulos iam arrancando espigas e, esfregando-as com as mãos, as comiam. E alguns dos fariseus lhes disseram: Por que fazeis o que não é lícito fazer nos sábados? E Jesus, respondendo-lhes, disse: Nunca lestes o que fez Davi quando teve fome, ele e os que com ele estavam? Como entrou na casa de Deus, e tomou os pães da proposição, e os comeu, e deu também aos que estavam com ele, os quais não é lícito comer senão só aos sacerdotes?" - Lucas 6.1-4.

"Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo."
- Lucas 6.38.  A figura dessa passagem é o cesto de sementes. Cheio, mas não apenas cheio. É cheio e sacudido para que as sementes se descoloquem e se fixem uma perto das outras e não sobre espaço vazio dentro do cesto. Depois de sacudir o cesto o volume de sementes abaixa e é posto mais sementes sobre tudo. Nova sacudida e outra vez o volume desce. Quando não resta mais espaço vazio entre as sementes, a nova porção post sobre elas transborda... Essa bela ilustração é uma promessa divina para quem ama a Deus e ao próximo, doa aquilo que tem, faz ofertas patrocinando ações de evangelismo e missões da igreja.

"E dizia-lhes uma parábola..."
- Lucas 6.39. Seguem as parábolas do O Cego e o Argueiro, O Mestre e os Discípulos, A Casa Edificada na Rocha.

As coisas materiais servem às espirituais. Aquele que ganha o salário mínimo não tem condições de financiar uma família em missões, mas quem goza de bens em fartura, sim... Tira de suas finanças o suficiente que possa sustentar não apenas uma família, mas várias famílias em campo missionário.

Durante a leitura bíblica, a prática da boa homilética nos recomenda ir ao contexto abrangente. Sobre a relação de Deus conosco, enquanto ainda estamos neste corpo composto de  matéria, não existe sustentação exegética nenhuma para pensar que o verso 38 do capítulo 6 do Evangelho de Lucas contenha conotação espiritualizada. Vemos que o escritor Lucas fez uma compilação de relatos agrupados de maneira ordenada, separando as seções por temas. Note que o contexto da ilustração do cesto não é uma parábola, o capítulo é iniciado com o tema fome, aborda a necessidade física do corpo, fala da necessidade que o nosso corpo tem de comer

O reino de Deus e seus súditos

Buscai o Reino de Deus e a sua justiça e todas as demais coisas vos serão acrescentadas" - Mateus 6.33.

O apóstolo Paulo descreveu o reino de Deus: não é comida e nem bebida, é justiça, paz e alegria no Espírito (Romanos 14.17). Mas, há quem tenha radicalizado e deixado de beber e comer regularmente pensando que assim seria mais espiritualizado. Qual o resultado? Gastrite, úlcera, anemia, raquitismo, e cemitério nos casos mais graves.

Buscar o reino de Deus significa aceitar a Jesus Cristo no coração como o único Rei, o único Senhor. Esta prática se consiste em cumprir os mandamentos de amar a Deus e ao próximo, mesmo que esse próximo seja o pior inimigo (1 Timóteo 6.15; Lucas 6.46; Mateus 5.43-44). Viver como um autêntico cidadão do Reino de Deus implica em negar servir aos desejos da carne e seguir a caminhada cristã segundo o fruto do Espírito (Mateus 16.24; Gálatas 5.16-23).

Quando procedemos exatamente da maneira que Jesus quer que procedamos, continuamos a viver neste mundo com suas leis civis, que precisam ser acatadas por nós, e ao mesmo tempo vivenciamos plenamente  o reinado de Deus em nossas vidas cristãs.

O reino de Deus e a justiça divina

No Antigo Testamento, o Salmo 15 contém a descrição mais clara do que significa ser justo. É ser uma pessoa que ama a Deus, e demonstra esse amor fazendo o bem ao próximo.  

O Novo Testamento também segue este princípio: 

"Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma." - Tiago 2.15-17.

"Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, não pode amar a Deus, a quem não viu." -  1 João 4.20.  

O apóstolo Paulo ao comentar sobre Jesus, deescreve-O como o Deus que se fez homem (2 Timóteo 2.5). Ao falar sobre a justiça de Deus, descreve o justo como alguém que crê que Cristo esteve entre nós em pessoa de carne e sangue, morreu e no coração crê que Ele ressuscitou, e confessa que Ele é o seu Senhor. "Mas a justiça que vem da fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? {isto é, a trazer do alto a Cristo;} ou: Quem descerá ao abismo? {isto é, a fazer subir a Cristo dentre os mortos}. Mas que diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé, que pregamos. Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo; pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação - Romanos 10.6-10. 

O reino de Deus e a promessa de acrescimento 

"E Jesus, respondendo, disse: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no século futuro a vida eterna" - Marcos 10.29-30.

Ame a Jesus Cristo em seu coração, acima de seu amor pela família e amigos, sem deixar de amá-los (1 Timóteo 5.8), e Deus honrará sua atitude com bênçãos de multiplicação. Ame a Deus acima das posses terrestres, sirva ao Senhor através delas e com elas e creia na promessa de bênção terrestre (Lucas 16.13)

Mateus 6.33 recomenda que busquemos em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça e declara a consequência de quem faz isso. Quem assim faz não precisa ficar ansioso com seu futuro, quanto às roupas e a comida necessárias. A segunda parte do texto fala em  "acréscimos". O que isto significa? Prosperar é ter acrescimento. Aquele que considera a Jesus Cristo como único Senhor, confessa sua consideração sobre Ele a todos em sua volta, recebe acréscimos de tudo o que tem. O cidadão cristão pobre melhora, o rico melhora, o bilionário melhora.

Doutrinas estranhas


Como é o nome dessa teologia que apresenta Deus como um Ser que não se importa com o bem-estar do ser humano, só deseja beneficiar o espirito do homem que Ele criou e despreza a psiquê e o corpo, que Ele também criou?

A Bíblia Sagrada é repleta de simbologias. Um símbolo negativo jamais representa algo positivo. E vice versa. Como o céu é representado na Escrituras? Lugar de sofrimento ou de alegria? De miséria ou de regalo? O céu é descrito como um lugar cujas ruas são de ouro e cristais, em que não existe nenhum motivo para derramar lágrimas. Se é assim, por qual motivo o "irmão espiritual", que critica tanto quem deseja bênçãos de prosperidade, também não recusa andar nas pavimentações luxuosas lá do céu? Sugiro que os tais orem: "Dispenso entrar no céu porque lá existe 'carnalidade celestial'."

Conclusão


A vida de todas as pessoas é o resultado do que elas acreditam. Isto vale enquanto vivemos como cidadãos na Terra e também refere-se aos posicionamos na esfera espiritual. Quem não acredita que seja capaz de dirigir um automóvel jamais será um bom motorista. E quem não acredita que Deus está interessado em seu bem-estar material, jamais será beneficiado com bênçãos desta ordem, porque tudo que não é por fé é pecado, a descrença é desagradável ao Senhor (Romanos 14.23; Hebreus 11.6).

E.A.G.

sábado, 12 de janeiro de 2013

A Neurolinguística - o pastor e o evangelista

 Neurolinguística 

Tem gente que pensa que pelo falar exaustivamente convence aos outros. 

Isso acontece muito em igrejas, a pessoa toma posse do microfone e fala por mais de 1 hora ininterruptamente. Está provado pela Ciência que o cérebro humano, na fase adulta, é capaz de assimilar um monólogo com 100% de atenção por apenas 20 minutos.

Quanto à escrita, o que vale para a mensagem ser entendida é usar o veículo certo e elaborar uma construção sintática que se encaixa ao leitor. 

A questão é assaz pertinente. Está ligada à neurolinguística: mensageiro, mensagem e público-alvo.

Qual é a dinâmica do conferencista competente? 

Não basta ao comunicador conhecer o conteúdo da mensagem, ele precisa conhecer quem a ouvirá. Por exemplo: Não é possível ensinar Matemática para um bebê, primeiro ele precisa aprender tudo sobre Algarismo Arábico. 

O conferencista tem o dever de fazer com que os ouvintes entendam a palestra, recai sobre ele cerca de 99, 999% do peso da responsabilidade de ser bem entendido. Ele precisa moldar-se aos seus ouvintes, palestrando em nível intelectual deles, com uso de jargões apropriados, termos técnicos que eles dominam, etc. 

Pastores e evangelistas

O papel do pastor (na essência do termo) é pastorear, fazer discipulado, ensinar a Palavra de Deus aos convertidos. E falar aos perdidos, às almas sem Cristo é função do evangelista. Evangelizar é anunciar as Boas Novas, falar sobre a salvação aos não salvos. 

O público-alvo que o conferencista tem são os cristãos presentes na igreja. Se quem prega é uma pessoa convidada, deve prezar pela ética Qual? Abordar temas segundo a orientação do pastor que o convida. Às vezes o tema do convidado é livre, mas nem sempre.

Como anfitrião, é importante o dirigente da igreja informar ao pregador visitante sobre quem o ouvirá. O pregador precisa saber algumas características de seus ouvintes.

Existem nos bancos da igrejas almas que ainda não se converteram ou apenas cristãos evangélicos? É contraproducente discorrer sobre João 3.16 e Atos 4.12 para quem já recebeu Jesus. 

É necessário otimizar o tempo durante o culto. 

E.A.G.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A importância do evangelista no plano divino da salvação de almas

Por Eliseu Antonio Gomes

A salvação é um processo que acontece quando a pessoa abre o coração ao Espírito Santo. Deus é sábio e só Ele está efetivamente eficaz de uma ponta até outra deste momento de transformação da alma. O pregador é NADA! Sinto dó de quem se acha importante neste assunto da salvação e desdenha do próximo. Só Jesus é eficaz nesta matéria

"Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um? Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. "Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho" 1 Coríntios 3.5-8.

O trabalho de Deus no plano da salvação é muito bonito, meticuloso, espetacular! Dá alegria só de pensar. Leia a listagem que encontramos na carta de Paulo aos cristãos da Igreja Primitiva:

"Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós" Efésios 4.4-6.

"Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo" - Efésios 4.10-13.

Deus é único e eficaz no processo da salvação. A mensagem é entregue por seres humanos, porém o processo que está nas mãos do homem não é atividade de uma só pessoa. O aperfeiçoamento das almas envolve apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres. Neste processo, o Espírito nos usa como membros de um corpo que se chama Igreja... O coração precisa dos pulmões, o pulmão do fígado, o fígado das mãos, e a mão esquerda da mão direita... O pulmão morre sem o restante dos órgãos... Todos os órgãos morrem sem o funcionamento dos pulmões... Somos dependentes uns dos outros para viver em Cristo.

O mensageiro que entrega a mensagem da salvação precisa entender que é apenas uma parte de um grande elo que só é vivo se houver envolvimento direto com o Espírito. Não é apenas o ministério de evangelista, nem o de apostolado, ou de pastor, mestre ou profeta, que levará uma pessoa ao aperfeiçoamento espiritual... E Deus faz com que seja um processo coletivo, nunca individual  para que ninguém queira se sentir mais importante que Jesus Cristo quando uma alma se converte.

Eu gosto do evangelismo do tipo olhos nos olhos. Gosto de falar sobre Jesus para quem quer ouvir falar dEle. Eu me esforço para continuar a evangelizar até quando a pessoa está bem firmada na fé. Se possível, levo a pessoa evangelizada e apresento ela ao pastor que a pastoreará. Não promovo placas de denominações evangélicas. Existem pessoas que estão por aí, pregando, pastoreando, que um dia Deus me deu o prazer de encontrar e falar a elas sobre o plano da salvação. Essa capacidade é dada pelo Espírito. Tenho plena consciência que não sou nada neste processo de evangelismo. Glórias ao Senhor por tudo isto.

Quer evangelizar e ver almas seguindo a Jesus por intermédio de você? Ore a Deus e aguarde. O Senhor responderá seu pedido. Fique com os olhos bem vigilantes, pois a resposta virá e deve aproveitá-la.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

SBB - Tradução Almeida Revista e Atualizada receberá novas revisões

A revista A Bíblia no Brasil, publicação oficial da Sociedade Bíblica do Brasil, editora que detém os direitos de publicação da tradução Almeida Revista e Atualizada (ARA), em sua edição referente ao primeiro trimestre de 2013, em matéria de capa, anunciou que prepara intervenções na obra.

Já no editorial, assinado por Erní Walter, o propósito de revisão é apresentado: "Um dos aspectos mais importantes do trabalho bíblico é a tradução. Entregar a Bíblia a todos, numa língua que possam entender e a um preço que possam pagar faz parte do DNA das Sociedades Bíblicas."

A matéria contém seis páginas com belas ilustrações e não informa quem a escreveu. Segundo o conteúdo, o que já era excelente ficará ainda melhor, e com a anuência e participação da igreja cristã.

Encontramos lideranças cristãs prestando depoimentos sobre o uso da ARA: Roberto Brasileiro (Igreja Presbiteriana do Brasil); Almir Marrone (Vice-Presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia); Roberto Moura Pinho (pastor e editor da Casa Publicadora Brasileira); Egon Koperck (pastor presidente da Igreja Evangélica Luterana no Brasil); e, Ernesto Ferreira Junior (Igreja do Nazareno).

O artigo menciona que a tradução seguiu o estilo da equivalência formal, respeita à forma das línguas-fontes (hebraico e grego), verbos por verbos, substantivos por substantivos, mantém a ordem das palavras de acordo como aparecem no original. Relembra que a primeira edição da ARA ocorreu entre 1943 e 1959, em plena era do rádio e que houve a preocupação por parte da equipe de ler em voz alta, para checar a legibilidade e sonoridade.

A ARA é considerada marca registrada da Sociedade Bíblica do Brasil. Ela surgiu da iniciativa da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, porém, o processo terminou nas mãos da SBB.

O artigo esclarece as diferenças existentes no processo de tradução da Almeida Revista e Corrigida (ARC) e ARA. O artigo afirma que em no século 17 João Ferreira de Almeida não tinha em mãos os melhores textos para servir de base ao Novo Testamento. Ele usou o "texto recebido" (textus receptus), editado por Erasmo de Roterdã, em 1516, e alguns poucos manuscritos copiados durante a Idade Média. Depois que a obra de João Ferreira de Almeida estava concluída, foram descobertos manuscritos gregos mais antigos, muitos deles remontam ao quarto século d.C, e até pertencentes aos séculos anteriores. Estes materiais mais aproximados ao tempo de Jesus e dos apóstolos deram origem ao Novo Testamento conhecido como "edições críticas". A ARA recebeu como base textual esse trabalho, a partir da 16ª edição do Novo Testamento Grego editado por Erwin Nestle.

Além dessa diferença, o artigo esclarece que existem distinção quanto aos cacófatos. Os revisores da ARA eliminaram cerca de 2000 sonoridades indesejáveis. Exemplos:

Tatu - "Volta tu também" (Rute 1.15);

Alice - "E todo Israel ali se achou" (Esdras 8.25);

De acordo com as diretrizes das Sociedades Bíblicas Unidas, a recomendação é de que a cada 25 anos seja feita uma revisão de texto. "Quanto mais se demora para dazer uma revisão, mais difícil ela se torna", explica Vilson Scholz, consultor de tradução da SBB.

Em 1993 houve a primeira revisão da ARA.

E.A.G.

Atualização: 7h41.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Misfits: adolescentes desajustados

A vida e a arte

The Misfits (Os Desajustados) é uma série britânica que estreou em 2009 no canal de televisão E4 (da emissora inglesa Channel 4), exibida no Brasil no Multishow. Nada tem a ver com o filme americano de 1960, com o mesmo nome, em que há a última atuação de Marylin Monroe.

A produção mistura doses de ficção científica com drama e comédia. Já está em sua quarta temporada. Existe rumores que possa migrar para o cinema, com elenco original. A síntese é: juventude fracassada vive o caos da desordem familiar, social, usa linguagem obscena e demonstra pouco interesse de mudança e quase nenhuma perspectiva de sucesso no futuro. Essa fórmula não é original, desde os filmes de James Dean ela é usada. Mas, apresentada em roteiro bem elaborado e com atores bem escolhidos e dirigidos, deu certo.

Misfits foi premiada em 2012 pela Academia Britânica de Cinema e Televisão com o BAFTA Television Award como melhor série de drama. Tal prêmio é concedido anualmente desde 1954 às produções realizadas no Reino Unido, é similar aos troféus Emmy Awards, entregues aos que fazem televisão no Estados Unidos.

A série foi bem recebida pelo público e pela crítica especializada além do telespectador inglês, encontrou sucesso na Austrália, Nova Zelândia e também nos Estados Unidos e aparece em curva ascendente relativamente promissora no Brasil.

O elenco 

Antonia Thomas; Robert Sheehan; Lauren Socha; Nathan Stewart-Jarrett; Iwan Rheon. Destaque para Alex Reid, que incorpora a supervisora da turma. 

Rebeldes sem causa

Os cinco adolescente se encontram em um centro comunitário. Eles erraram e devem pagar por seus erros prestando serviços gratuitos para a comunidade, como apagar pichações, varrer ruas e pintar bancos e paredes públicas. A delinquência deles: roubar; atear fogo numa casa; traficar drogas; dirigir automóvel após ingerir álcool.

Durante o cumprimento da pena são surpreendidos por uma tempestade misteriosa e após a agitação da natureza descobrem que foram afetados por ela e mudaram. Cada um ganha um poder sobrenatural diferente: telepatia, invisibilidade, controle do tempo, controle de feromônio, e uma característica a ser descoberta por um deles apenas no sexto e último episódio da primeira temporada.

Conotações e simbologias religiosas? 

A tempestade elétrica lembra remotamente a passagem bíblica da queda de Lúcifer. As contestações contra a justiça divina, repletas de escárnios, é uma constante nos seis primeiros episódios e termina com a chegada de um grupo de jovens religiosos cuja líder é capaz de fazer lavagem cerebral em seus adeptos para convertê-los.

Conclusão

Como cristão evangélico, afirmo que poderes sobrenaturais só são interessantes e benéficos quando a origem é o Espírito Santo. Só Deus é capaz de proporcionar o bem-estar do ser humano.

A minha avaliação da mensagem embutida nesta produção inglesa me leva a dizer que o ajuste da alma de cada um de nós, seja jovem ou alguém amadurecido, é ter um encontro real com Jesus Cristo. Isso é possível se a pessoa quiser que aconteça.

E.A.G.