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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

CPAD - EBD Juvenís: O arrebatamento da Igreja: esperança do salvo em Cristo

"Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” - 1 Tessalonicenses 4.16-17. 

“Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz que, como de trombeta, ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer.” - Apocalipse 4.1. 

A Segunda Vinda de Cristo é uma realidade, abrange os israelitas, os gentios e a Igreja. Jesus virá como o Messias, será o Libertador dos judeus e para eles estabelecerá o Milênio. Para os gentios, todos os povos que não reconhecem o Filho de Deus como Senhor e Salvador, agirá como Juiz. E, para a Igreja, Jesus virá como o Noivo, e levará a Igreja como sua Noiva, para casar-se com ela no céu.

A palavra “arrebatamento” (em grego, harpazo, e em latim rapere) significa ser pego com firmeza ou levado embora de repente. O arrebatamento refere-se à súbita remoção de todo o povo de Deus sobre a terra. 

O termo é encontrado na versão Vulgata Latina, no texto da primeira carta de Paulo aos tessalonicenses, capítulo 4 e verso 17, é traduzido por “rapto”. 

Hoje em dia não é muito comum os cristãos abordarem o evento arrebatamento da Igreja. 

O arrebatamento da igreja será o evento mais surpreendente que acontecerá em toda a história humana, apesar da Palavra de Deus anuncia-la com muita antecedência. Jesus descerá nos ares, ressuscitará os cristãos mortos, e atrairá para si servos mortos e os vivos (1 Tessalonicenses 4.16-17; 1 Coríntios 15.51, 52). Milhões de pessoas irão desaparecer da Terra em "um piscar de olhos." O sumiço dos salvos provocará grande confusão, a perplexidade assaltará as mentes daqueles que ficarão para trás. 

A Igreja, composta de salvos, cristãos ainda vivos e outros já falecidos, será apanhada num abrir e fechar dos olhos por Jesus Cristo e levada aos ares e em seguida até o Tribunal de Cristo, quando todos os salvos “verão a sua face” e receberão o galardão (prêmio) que merecem, serão recompensados justamente por cada serviço prestado aqui na Terra e para sempre ficarão com o Senhor (2 Coríntios 5.10; Apocalipse 22.4). O tema provoca emoção. 

O momento do arrebatamento é descrito por Paulo como bendita esperança (Tito 2.13). Será um momento de muita alegria, pois será momento de reencontro com os entes queridos que faleceram. 

1 Coríntios 15.51-53 diz: “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade” - 1 Coríntios 15.51-53.

Haverá um grito de comando, vindo com o Senhor do céu, os salvos ouvirão a voz do arcanjo, e atenderão ao chamado divino. De repente, os corpos das pessoas arrebatadas, os cristãos nascidos de novo, da condição de carne e sangue, condição mortal, serão transformados, passarão a ser corpos incorruptíveis, imortais. A condição humana dos corpos humanos sumirá, todos terão qualidade melhor. A mudança não impedirá que uns reconheçam aos outros, assim como aconteceu com Jesus Cristo ao sair do túmulo (1 Coríntios 15.35-50). 

No dia do arrebatamento, num piscar de olhos, os salvos subirão ao ar para unirem-se a Jesus Cristo. Quando o arrebatamento ocorrer, bilhões de pessoas serão deixadas para trás cheio de surpresa e choque com o desaparecimento de seus entes queridos, amigos e conhecidos. Aparecerão muitas notas dos governos de praticamente todos os países, com explicações sobre o ocorrido, mas todos serão incapazes de dizer a realidade do fato.

O arrebatamento é a primeira etapa da vinda de Cristo, quando Ele virá apenas para sua Igreja. Tal evento precede o período de Grande Tribulação, quando acontecerá a segunda fase da volta, momento em Jesus será visto pelos habitantes da Terra, “todo o olho o verá (1 João 3.1-3). 

Enfim, Não é possível saber a data e nem o momento do rapto. Marcar dia e hora é fazer especulação. É importante considerar o que Jesus Cristo disse aos discípulos sobre o calendário "Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai” - Mateus 24.36. 

O Senhor virá buscar sua Igreja, isso ocorrerá num momento em que menos esperamos. Por esta razão, a Palavra de Deus nos instrui a estar prontos, sempre preparados esperando este momento. Paulo escreveu: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente. Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo" - Tito 2:11-13.

Segundo as Escrituras Sagradas, o arrebatamento poderá acontecer em qualquer instante. Quem faleceu sem Cristo no coração, ressuscitará para enfrentar o Dia do Julgamento Final. E não será para um futuro feliz (João 5.29b; Hebreus 9.27; Apocalipse 20.13).

E.A.G.

Compromisso de Eleitores Evangélicos


Muitas cidades brasileiras voltarão às urnas para escolher o Prefeito em decisão de seundo turno.

Como cristãos evangélicos, não devemos nos esquecer que Deus nos fez seres sociais, e nesta condição é preciso marcar presença na sociedade de maneira efetiva. Portanto, e importante o Eleitor Evangélico tomar posição política. Como? Posicionando-se politicamente, votando de maneira consciente, descartando políticos que não representam os interesses da cristandade. 

Vivemos tempos de Democracia, isso é permissão de Deus para nós. É preciso aproveitá-la bem e procurar melhorar o Brasil, empreender esforço para que nossos filhos e a descendência deles tenham um país bom para se viver. Votar é o caminho que temos para tentar isso.

E.A.G.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

CPAD - EDB 2012 - 4º trimestre - Joel e o derramamento do Espírito Santo

Joel, segundo dos chamados profetas menores, profetizou em Judá, seu pai se chamava Petuel (1.1). Seu nome significa "Jeová é Deus", o que pode indicar ter nascido em uma família de fervorosos adoradores de Jeová, apesar deste nome hebraico ser bastante comum nos tempos do Antigo Testamento.

Há quem afirme que Joel tenha sido contemporâneo do profeta Amós, pois ambos apresentam os mesmos julgamentos - tendo Amós exercido seu ministério em Israel.

Características do livro

A autenticidade do livro sempre foi aceita pelos judeus e tem a confirmação no Novo Testamento (Joel 2.32; Atos 2.16-20; Romanos 10.13).

Não há no livro nenhuma indicação da época em que o profeta entregou a mensagem. O mais provável, e aceito por biblistas, é que tenha sido nos primeiros anos do reinado do jovem Joás, que subiu ao trono aos 7 anos (1 Reis 11.21). As evidências apontam para 835 a.C. a 830 a.C.. A mensagem  do livro não está na dependência de sua data, e continua altamente relevante para os dias atuais.

O livro de Joel pode ser dividido em suas partes. A primeira descreve a terrível devastação nas terras de Judá ocasionada por uma grande praga de gafanhotos e um período de seca. E a segunda, a promessa de Deus que enviará o seu Espírito, a resposta de Deus para Israel e às nações.

A profecia de Joel fala da aparição de sinais em cima no céu e embaixo da terra, sangue, fogo, colunas de fumaça, do sol convertendo-se em trevas e da lua convertendo-se em sangue (2.30-31). Interpreta-se esse texto como teofanias (formas de aparições do Senhor), objetivando executar juízo sobre os pecadores (Êxodo 19.18; Apocalipse 8.7). Pedro ratificou isso, no dia em que o Espírito Santo desceu sobre os seguidores de Jesus reunidos em Jerusalém (Atos 2.17-21). 

Observamos que os sinais cósmicos acompanhados de fogo, coluna de fumaça, entre outros, não ocorreram no dia de Pentecostes, porque estão reservados para os "últimos dias", dizem respeito ao período da Grande Tribulação, "antes que venha o grande e terrível dia do Senhor" (Joel .31; Atos 2.20).

O apóstolo Pedro conclui sua citação do profeta com as palavras "Todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo.  Na Bíblia Hebraica SENHOR em consoantes maiúsculas indica o tetragrama YHWH (remete à Jeová, Yahweh, Javé). Por sua vez, o apóstolo Paulo menciona o mesmo texto de Joel, e explica que o SENHOR é Jesus Cristo (Romanos 10.13).

Notamos que o Espírito Santo reveste o crente em Jesus com poder e convence o pecador de que ele precisa arrepender-se de seus pecados (João 16.7-11; Atos 1.8). Arrependimento significa abandonar o pecado, derramar lágrimas pelas faltas cometidas, voltar para Deus e permitir que Ele assuma o comando de nossa vida.

A escatologia do profeta Joel

O livro de Joel é escatológico, onde encontramos advertências e promessas divinas. Ele aborda questões sobre o fim dos tempos a partir do derramamento do Espírito Santo no últimos dias.

Encontramos no livro o juízo imediato (Joel 1); o juízo iminente (Joel 2.1-27); e o juízo futuro (Joel 2.28 - 3.21). O profeta predisse o futuro à luz do tempo presente, considerando um acontecimento presente e iminente como símbolo de um acontecimento futuro.

Ao citar o profeta Joel, aludindo à escatologia do livro, o apóstolo Pedro empregou apropriadamente o termo "nos últimos dias" (Atos 2.17) no lugar de "depois" (Joel 2.28 a).

Apesar de Joel ser conhecido como o "profeta pentecostal", o livro não fala apenas do batismo com o Espírito Santo, contém ameaças e promessas. Anuncia mais do que o derramamento do Espírito Santo, aborta as pragas de gafanhotos (1.1 - 2.27) e o julgamento das nações no fim dos tempos (2.38 - 3.21).

A mensagem principal de Joel é que Deus julga

Joel descreveu a destruição causada pelos gafanhotos: primeiro o cortador; em seguida o migrador; depois, o devorador; e, por fim, o destruidor. O profeta compara o ataque de insetos ao grande e terrível Dia do Senhor, pedindo que tal fato não caia em esquecimento (Joel 1.3).

Os gafanhotos são apresentados na Bíblia como insetos usados como instrumentos do juízo divino, conforme visto no Egito (Êxodo 10.12-20) e mencionado por Moisés e  Salomão (Deuteronômio 28.38, 39; 1 Reis 8.37).

Através dos gafanhotos, Deus convidou o povo a uma transformação. A calamidade ocorreu porque o povo deu as costas ao Todo Poderoso, dormiram na fé, entregaram-se ao vinho e a todo tipo de pecado. Deus deixou de protegê-los, permitiu que os gafanhotos atacassem a agricultura e assim os despertassem espiritualmente, para que arrependessem de suas faltas. O arrependimento permite que o Senhor mude a condenação em bênçãos amorosas.

Sobre os gafanhotos

Acerca da manifestação da praga sobre Judá, descritos em Joel 1.4, alguns expositores bíblicos acreditam que não eram quatro tipos diferentes de insetos, apenas quatro estágios do crescimento do mesmo. Já outros, acreditam que sejam insetos de espécie diferentes. Sabe-se que a locusta é um gafanhoto de antenas curtas, o pulgão um inseto menor e parecido com o gafanhoto, e a lagarta o estágio larval do gafanhoto.

Veja mais sobre a ação do gafanhoto.

O Espírito Santo

O Espírito Santo é um ser divino, chamado de Deus de Israel (2 Samuel 23.2, 3), objeto da nossa fé e adoração. Ele é o que Deus é (1 Corintios 2.10, 11). Sua personalidade está presente em toda a Bíblia, que o apresenta como uma pessoa e não como uma mera influência. Possui inteligência (Romanos 8.27), emociona-se (Efésios 4.30), tem vontade própria (Atos 16.6; 1 Corintios 12.11).

Por duas vezes Joel profetizou "derramarei o meu Espírito" (2.28, 29), cujo texto é usado pelo apóstolo Pedro (Atos 2.17, 18). O verbo derramar remete ao revestimento do poder divino, expressão de uma metáfora que simboliza as múltiplas funções do Espírito, que nos lava e refrigera (Isaías 44.3; João 7.37-39; Tito 3.5).

O derramamento do Espírito Santo inaugura a dispensação da Igreja, que acompanhado de grandes sinais, faz do cristianismo uma religião ímpar.

O batismo no Espírito

Em que pese o fato de Joel ter profetizado sobre o derramamento do Espírito de Deus no futuro, com manifestações específicas, a tônica de sua profecia aborda a destruição de plantações através de um enorme enxame de gafanhotos e a falta de água.

Deus advertiu, condenou e castigou o povo de Israel. Mas assim que o povo se arrependeu e retornou para o Senhor, Ele voltou a abençoá-lo grandiosamente. Não apenas restituiu o que havia perdido com  o ataque de gafanhotos e falta de chuva, como concedeu a eles comida em abundância. Além disso, apontou para uma bênção futura; o derramamento do Espírito.

A promessa de Deus de que enviaria o seu Espírito sobre todo o seu povo é citada pelo apóstolo Pedro no dia de Pentecostes, quando a profecia de Joel começou a ser cumprida. A efusão do Espírito começou com os apóstolos, está presente nos dias atuais e continuará até a volta de Jesus (Atos 2.16). 

Pedro evocou a profecia de Joel a respeito do derramamento do Espírito Santo: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar" - Atos 2.15-21.

Deus disponibilizou recursos espirituais para manter a comunicação com o seu povo por meio de sonhos, visões e profecias, independente da idade, sexo e posição social (Joel 2.28 a, 29). Sonhos, visões, profecias, são concedidos para a edificação individual, não podem ser usados para fundamentar doutrinas. A Bíblia Sagrada é a regra de fé e conduta do cristão.

Nenhum rei é mencionado em seu livro, dificultando a contextualização histórica. Ele é anterior a todos os profetas literários, tem-se como certo que escreveu suas profecias em 835 a.C.. Trata-se da época em que Judá estava sob a regência de Joiada, durante a infância de Joás (2 Crônicas 23.16-21). Isso explica a presença significativa dos sacerdotes no governo de Judá (Joel 1.9, 13; 2.17). O templo estava em pleno funcionamento (Joel 1.9, 13, 14).

Conclusão

Diante dos desastres naturais que ocorrem no mundo, Deus nos adverte a estarmos sempre atentos, mantermos o coração arrependido e submetermos nossas vontades à vontade dEle.

A descrição do cenário do julgamento divino por meio dos gafanhotos é literal. O profeta usa o acontecimento como gancho e símbolo para um castigo divino que acontecerá ainda mais à frente sobre Judá, e por extensão, também como símbolo do Dia do Juízo de Deus no fim dos tempos. O profeta nos apresenta o Vale da Decisão, local em que Deus há de apresentar suas decisões contra a humanidade rebelde (não é um local onde as pessoas decidirão o que farão).

É muito provável que os cristãos não experimentarão as pragas literais de gafanhotos, mas com certeza as congregações de crentes desobedientes são devastadas por aflições, pecados, doenças desgastantes. A orientação bíblica para resolver tais situações terrificantes é reconhecer com a máxima urgência a necessidade de voltar-se ao Senhor com sinceridade, arrependimento, querer e pedir ajuda e a bênção de Deus (Joel 1.13, 14; 2.12-17).

Joel profetizou abordando o ataque de insetos contra as lavouras e a grande seca, contudo, apesar da terrível calamidade, escreveu nos lembrando que isso tudo não é nada quando comparado com o que Deus permite acontecer com aqueles que estão em desobediência. Ele alerta ao povo para que se voltem para Deus antes que seja tarde demais.

O amor de Deus não se limita ao presente. Ele sempre cumpre suas promessas, une o presente e o futuro. Cumpriu a promessa feita através do ministério profético de Joel, e continuará cumprindo o que nos promete, pois sua justiça, fidelidade e seu amor não têm fim.

E.A.G.

Compilações:

Bíblia de Estudo de Avivamento e Renovação Espiritual, edição 2009 (SBB);
A Bíblia Sheed, reimpessão 2011 (Edições Vida Nova);
Lições Bíblicas, 4º trimestre 2012, Os Doze Profetas Menores - Mestre, Esequias Soares (CPAD);
Os Doze Profetas Menores, 1ª edição, 2012, Alexandre Coelho e Silas Daniel (CPAD).

Atualização: 14h47