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sábado, 24 de julho de 2010

PASTOR ANTÔNIO GILBERTO CONCEDE ENTREVISTA AO SITE CRISTIANISMO HOJE

Consultor teológico e doutrinário da maior igreja evangélica do Brasil, o pastor assembleiano Antônio Gilberto ressalta a essencialidade da Bíblia
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Por Carlos Fernandes

Enquanto aguardam a liberação de uma sala para a entrevista, Antônio Gilberto e o repórter conversam sobre a Igreja Evangélica e assuntos relativos à fé cristã no Brasil. O pastor folheia um exemplar de CRISTIANISMO HOJE. “Não há mais muito temor a Deus”, comenta, a respeito do conteúdo de uma reportagem. Ele dá uma olhada pela janela e balbucia, como se falasse consigo mesmo: “Quem de nós tem buscado ao Senhor em espírito e em verdade?”. Em dado momento, a secretária lhe traz as informações que solicitou sobre um evento. A procura não é tão grande como o esperado. “É impressionante, irmão”, diz. “Antigamente, eram comuns campanhas de oração de uma semana, cultos de consagração que duravam um dia inteiro. Agora, o pessoal não quer orar nem por cinco minutos.”

Não, Antônio Gilberto da Silva não vive do passado, embora admita que os tempos idos lhe trazem ótimas recordações. É um homem ativo e perspicaz, para quem a chegada dos 80 anos de idade parece ter trazido apenas mais experiência. Sobe com desenvoltura os três lances de escada na sede da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), no Rio. Ali, ele sente-se mesmo em casa. Respeitado por seu profundo conhecimento das Escrituras, é professor e consultor teológico e doutrinário não só da editora, mas da denominação. Integrante da Diretoria da Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB), é presença certa em seminários e congressos sobre Escola Bíblica Dominical, assunto em que é especialista. “O crente deve estudar, estudar e estudar a Palavra de Deus”, afirma. “Só quem está ao lado da Bíblia pode manter-se espiritualmente de pé.”

Ao longo desta entrevista, por diversas vezes Antônio Gilberto assumiu uma postura de contrição. “Glórias a Deus, irmão, glórias a Deus”, disse, erguendo os braços e fechando os olhos, todas as vezes que foi solicitado a falar acerca de suas realizações na obra do Senhor. Elas não têm sido poucas ao longo dos últimos 65 anos, desde que se converteu, ainda adolescente. Casado, com quatro filhos e oito netos, o pastor diz que quer servir ao Senhor enquanto lhe der graça e força. “Minha oração é para permanecer fiel. A fidelidade traz felicidade.”

CRISTIANISMO HOJE – Como está a Assembleia de Deus hoje, às portas do centenário?

ANTÔNIO GILBERTO – Eu digo que ela está caminhando bem, pela graça de Deus. O início de nossa igreja e seu crescimento são provas de que esta obra não pode ser dos homens. Como o trabalho daqueles dois obreiros estrangeiros [N.da Redação: os missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, oriundos dos Estados Unidos, fundaram a Assembleia de Deus no Pará, em 1911] poderia despertar espiritualmente o país se não fosse pela ação do Espírito Santo? Hoje, a Assembleia de Deus é querida e acatada, tem comunhão com as igrejas coirmãs e é uma referência em sentido geral.

Quantos membros tem a denominação?

É uma pergunta muito difícil de ser respondida, inclusive por causa de seu tamanho. Há mais de quinze anos, fizemos um levantamento amplo. Embora não tenha havido o retorno de todas as informações solicitadas, projetamos com segurança uma membresia da ordem de 11 milhões. O levantamento baseou-se apenas nos membros batizados, sem levar em conta as crianças e os frequentadores eventuais. Claro que não podemos afirmar este número com rigor científico, mas serve para dar uma noção da amplitude de nossa igreja.

Diversas igrejas independentes têm usado o nome “Assembleia de Deus”, mesmo sem qualquer ligação com a CGADB. A denominação cogita alguma medida contra isso?

Quem pode pronunciar-se sobre este ponto é a Direção nacional da igreja. Esses chamados “pentecostais” ou “neopentecostais” leem a Bíblia, mas não a estudam no sentido estrito deste termo. Eles só querem saber de manifestações humanas, como gritar, rolar, pular, expulsar demônio, praticar exorcismo. É um inominável erro cuidar só de manifestações e não do verdadeiro relacionamento com Deus, aquele que transforma a vida das pessoas. Primeiro, a predominância do Espírito Santo segundo as Escrituras; depois, os efeitos de sua manifestação. No início do movimento neopentecostal no Brasil, por volta dos anos 1960, várias igrejas que surgiram me convidavam para lhes ministrar sobre as doutrinas fundamentais da fé cristã. Esse interesse arrefeceu, como é fácil detectar nos seus escritos e programas de rádio e televisão. Esses grupos precisam despertar a tempo para, em primeiro lugar, dar espaço contínuo e amplo ao estudo sistemático da Palavra de Deus. A Assembleia de Deus está correndo o mesmo perigo; muito pouco estudo da Bíblia, priorizando suas doutrinas básicas.

Em 1989, a Assembleia de Deus dividiu-se em dois grandes segmentos, a CGADB e a Convenção de Madureira (Conamad). Passados vinte anos, os dois grupos estão mais próximos ou mais distantes?

Não chamaria o que aconteceu de divisão, e sim, de cisão administrativo-eclesiástica. Acompanhei bem de perto o processo e sei que havia desde algum tempo certas discordâncias, mas não desavenças espirituais, religiosas e doutrinárias. As igrejas Assembleias de Deus professam a mesma doutrina. Eu integro a CGADB e, regularmente, sou gentil e honrosamente convidado por colegas obreiros da Conamad para participar de eventos e ministrar a Palavra de Deus. Sinto-me honrado e também grato a esses companheiros de ministério por essas solicitações. Da mesma forma, temos regularmente pastores e outros líderes de Madureira em eventos da CGADB. Eu, pessoalmente, mantenho a expectativa de desaparecimento desta cisão.
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Nota do blog: a entrevista inteira possui dezessete perguntas, onde o Pr. Antônio Gilberto fala sobre a qualidade da música evangélica atual, liderança e pastorado, a importância do ensino sistematizado da Bíblia e alguns outros assuntos. Recomendamos a leitura em sua inteireza. Aqui: Pelo retorno à Palavra.

E..A.G.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

TÉCNICA DE PRIMEIRO SOCORRO DA ACUPUNTURA PARA QUEM SOFRE ATAQUE DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC)

Uma agulha pode salvar a vida de alguém que sofre o começo de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como Derrame.

O método para socorrer a vítima do AVC apresentado aqui não pertence à medicina convencional, faz parte da acupuntura, a operação terapêutica de origem chinesa, que consiste em introduzir uma ou várias agulhas metálicas finas em pontos vitais do corpo humano. A acupuntura é considerada uma terminologia para o tratamento complementar da saúde pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
As instruções a seguir é de uma professora chinesa chamada Irene Liu, que afirma ter aprendido o socorro por meio de um médico chamado Ha Bu Ting e ter usado-o com sucesso, salvando uma vida.

“Quando o derrame acontece, as veias capilares no cérebro gradualmente se rompem” - informa Irene.
Diz ela, no momento que um derrame estiver em curso, é muito importante manter a calma. E, independente de onde a vítima estiver, não removê-la do lugar, apenas ajudá-la a ficar em pé, cuidando para que não volte a cair.

Irene Liu recomenda guardar uma seringa ou uma agulha para fazer o socorro. Se no momento de um ataque de AVC não tiver no local uma seringa, a agulha de costura ou um alfinete pequeno poderá ser uma das peças substitutas.
Os passos do socorro são:

1 – Aqueça a seringa, ou agulha ou alfinete, para o esterilizar e depois fure todos os dedos das mãos do paciente;
2 – Não há pontos específicos, pode-se picar um milimetro perto de cada unha;

3 – Preste atenção, perfure até sangue sair;
4 – Caso o sangue não saia logo após o furo, pressione o dedo furado;

5 – Assim que todos os dedos sangrarem, espere poucos minutos e puxe as orelhas do paciente até ficarem vermelhas.
6 – Pique cada um dos lóbulos das orelhas até começar a sair gotas de sangue.

Após este processo, depois de alguns minutos a pessoa recuperará os sentidos. Aguarde ela recuperar o estado de consciência e a leve ao hospital.
Se a vítima é removida sem o cuidado preliminar, os capilares se romperão com maior intensidade.

Durante a ida, é importante evitar muitos atritos, porque a turbulência prejudica os vasos capilares fazendo-os se romperem. Em muitos casos, as vítimas do AVC sofrem danos irreparáveis nos capilares do cérebro durante o percurso ao hospital. Como resultado, elas nunca se recuperam. Por isso o derrame é a maior causa de morte, e os que sobrevivem ficam paralisados, total ou parcialmente, pelo restante de suas vidas.
Irene Liu conta que em 1979 era professora do colégio Fung Gaap em Tai Chung. Uma tarde, um colega veio correndo em sua sala: “Sra. Liu, venha rápido, o nosso supervisor teve um derrame!” Ela imediatamente foi ao andar. O sr. Cheng Fu Tien estava pálido, falava sussurrando e com a boca torta – sintomas do derrame. Imediatamente, ela pediu a um dos estudantes para ir à farmácia comprar uma seringa, que usou para picá-lo em todos os dedos. Quando todos os dedos dele sangravam, cada um com gotas de sangue do tamanho aproximado das ervilhas, o sr. Chen recuperou sua cor normal. Mas, a sua boca continuava torta. Então, ela puxou as orelhas dele para que elas enchessem de sangue. Assim que elas começaram a envermelhar, picou o lóbulo da orelha direita por duas vezes. Depois, o lóbulo da esquerda. Entre três e cinco minutos, o formato da boca voltou ao normal e a sua capacidade de falar claramente também. As pessoas presentes permitiram que o sr. Chen descansasse por um pouco de tempo e em seguida o levaram ao hospital. Ele ficou internado por apenas uma noite e recebeu alta. Não apareceram nenhuma sequela derivada do ataque de AVC e nem do primeiro socorro que lhe foi aplicado.

Fonte: newsletter
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Nota do blog: A orientação acima precisa ser avalisada por especialistas. Apesar de considerar interessante o conteúdo publicado, sei que todos nós devemos buscar a ajuda de profissionais da medicina. A melhor maneira de combater o AVC é a prevenção, controlando a pressão arterial. Controlada, não haverá crise alguma.

Davi desejou a mulher de Uzias ou de Urias?

O reinado de Davi



Davi, além de estabelecer-se como rei das doze tribos, foi guerreiro, músico e poeta. E foi um dos antepassados de Jesus. Seu nome significa “amado”. Ele foi o segundo rei de Israel. Governou durante os anos de 1010 a 970 a.C., período em que o país estava unido. Em sua monarquia, conquistou Jerusalém e a transformou na capital religiosa do reino, levou a arca para lá e organizou os serviços de adoração. Aumentou a extensão do território do reino vencendo todas as batalhas em que se empenhou e ajuntou material para a construção do templo (Mateus 1.1; 2º Samuel 6; 1º Crônicas 15-16; 2º Samuel 8;10;12 ;1º Crônicas 22).



Na geração de Davi, o território de Israel era composto de doze tribos, que representavam cada um dos doze grupos de descendentes dos doze patriarcas, os filhos de Jacó, em que se dividia o povo de Israel. Judá era uma dessas doze tribos israelenses, formada pelos descendentes de Judá. Na divisão da terra, essa tribo recebeu a maior parte, localizada no sul da Palestina (Josué 15.1-12, 20-63).



A união entre as tribos do sul e do norte era apenas artificial, e foi mantida apenas enquanto governantes com personalidade forte como Davi e Salomão estiveram no trono. Quando um rei mais fraco ocupou o trono após a morte de Salomão, as tribos do norte separaram-se definitivamente de Judá. Com a exceção da tribo sacerdotal de Levi, que aparentemente na sua maioria se mudou para o território de Judá (2º Crônicas 11.5-14), apenas a tribo de Benjamim ficou no reino do sul. A partir daí durante cerca de 345 anos (931 a 586 a.C.), a história da tribo de Judá é, na sua maior parte, a história do reino de Judá. Durante esse período dezenove reis, todos descendentes de Davi, e uma rainha, a cruel Atália (filha de Acabe), reinaram sobre o reino do sul, que consistia nos territórios de Judá e Benjamim,e, por algum tempo, o de Edom.


O reinado de Uzias


O território de Judá emancipou-se quando as dez tribos do norte se revoltaram contra Roboão e formaram o Reino de Israel, sob o governo de Jeroboão em 931 a.C. E, Uzias foi o décimo rei de Judá, ele reinou de 781 a 740 a.C., depois de Amazias, seu pai. Uzias (O Senhor é a minha força) também ficou conhecido como Azarias, que significa “Javé ajuda”. É um nome comum entre os israelitas, dado a 28 personagens bíblicos, o principal a receber esse nome foi Uzias. (1º Reis 12; 2º Reis 14.21; 15.1-7; 2º Crônicas 26.1).

Uzias não foi um contemoorâneo do rei Davi, eles viveram em gerações distintas, como podemos observar claramente na exposição das datas.


A tragédia na vida de Urias


Além de Urias, o soldado que teve a união matrimonial e a vida terminadas tragicamente, a Bíblia também informa que existiram um sacerdote e um profeta, assassinado por ordem de Jeoaquim, chamados Urias (2º Reis 16.10-16; Jeremias 26.20-24).

Sobre Urias, o soldado: Enquanto guerreiros lutavam contra os amonitas, da sacada de seu palácio Davi avistou e ficou impressionado com a beleza de Bate-Seba ao vê-la banhar-se e a seduziu. Esta sedução era considerada uma transgressão perante a lei mosaica e pecado segundo os olhos do Senhor, o Deus de Israel. Bate-Seba era esposa do soldado Urias. Para tentar encobrir o adultério, Davi chegou a cometer outro pecado, expondo Urias à morte na guerra, reduzindo suas chances de sobrevivência na batalha (2º Samuel 11).

Sobre Bate-Seba

De acordo com a Bíblia, Bate-Seba (em hebraico, filha do juramento), esposa de Urias, era filha de Eliã ou Amiel.

Bate-Seba engravidou em sua relação extra-conjugal. Após a morte de seu marido Urias, ela tornou-se uma das esposas de Davi.

Devido ao fato, Davi foi repreendido por Deus através do profeta Natã e veio a se arrepender. A criança que nasceu da gravidez transgressora morreu por juízo divino (2º Samuel 12.15-18), o que deixou Davi profundamente abatido. No entanto, Davi teve com Bate-Seba mais quatro filhos, incluindo Salomão, que sucedeu ao trono de Israel (1º Crônicas 3.5) e cumpriu a promessa de construir um templo para Deus.

Quando Davi estava quase morrendo, Adonias reivindicou para si a sucessão ao trono de Israel, mas Bate-Seba e o profeta Natã convenceram Davi a instalar Salomão, o filho dela, como rei (1º Reis 1.5-40). Ela é mencionada na genealogia de Jesus Cristo, em Mateus 1.6.


Conclusão:

Davi, apesar desses erros graves cometidos durante o seu reinado, tomou sempre o caminho do arrependimento e o registro dos seus salmos demonstram a devoção que faziam dele um servo de Deus.

Esta breve e superficial informação, sobre a história, geografia e política, da nação de Israel, apenas serve para mostrar que quem viveu na mesma época de Davi foi Urias, o militar heteu, marido da bela mulher Bete-Seba, com quem Davi adulterou (2º Samuel 11-12).

Pode parecer estranho chamar a atenção para este detalhe, mas eu já encontrei quem confunda os nomes Uzias e Urias, talvez o motivo seja a semelhança fonética. Eu creio que não custa nada lançar luz sobre este detalhe.

E.A.G.

O artigo está liberado para cópias, desde que citados o nome do autor e o link (HTML) do blog Belverede.
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Veja mais neste blog: Sobre a heterossexualidade do rei Davi.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Profecia e misticismo - A necessidade de buscar conhecimento de Deus para não ser destruído

Certa vez, nos idos da década de 1990, quando muitas cédulas falsas do dinheiro brasileiro haviam sido espalhadas por alguns estados do Brasil, assisti uma pessoa da polícia federal dando uma entrevista sobre o caso. Ele disse que a melhor maneira de reconhecer um produto falsificado é conhecendo muito bem o produto verdadeiro.

Esta técnica também é válida no mundo espiritual. É preciso conhecer para adquirir discernimento, ter a capacidade de distinguir entre o que é autêntico e o que é falsificado.
O profeta Oséias, no capítulo 4, repreende os filhos de Israel, porque eles rejeitavam o conhecimento. Naquela sociedade, permanecia as práticas do jurar com falsidade, do mentir, do matar, do furtar e do adulterar; os israelitas praticavam a violência, atos sanguinários um após o outro. Entregavam-se à luxúria e ao vinho. E passaram a consultar deuses falsos, ao invés de servir ao Senhor.
“O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos” - Oséias 4.6.
A Igreja do Senhor, para não ser levada pelos ventos das doutrinas falsas, não ser enganada com as falsas profecias, não confundir os dons espirituais com o misticismo, necessita conhecer a Palavra de Deus com bastante profundidade. É só dessa maneira que terá a capacidade de discernir corretamente a origem de tudo que permeia a religiosidade.
"Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” - Mateus 22.29.
Os cristãos têm a Bíblia, o Senhor Jesus Cristo e o Espírito Santo para nortear sua vida espiritual. Quando mantêm-se consagrados, são capazes de reconhecer a diferença entre as ações místicas enganosas e a autenticidade da profecia divina, e então só aceitam as experiências que passam pelo escrutínio das Escrituras Sagradas.
Os cristãos precisam estar sempre conscientes que as profecias, e todos os dons espirituais, são úteis para que juntos, todos os cristãos, possam trabalhar para servir a Deus e uns aos outros, a finalidade é o bem coletivo da Igreja, jamais servir ao portador dos dons, fazê-lo o único ou maior beneficiário.
O objetivo dos adivinhadores em todas as suas formas de adivinhação é fazer frente à vontade de Deus e ao Evangelho de Cristo, beneficiarem-se. Os embusteiros não encontram guarida entre quem persiste em conhecer a Deus, suas ações divinatórias fracassam e a enganação dos magos é frustrada, porque a luz sempre dissipará as trevas (Salmos 4.6).
Os cristãos precisam persistir em buscar o conhecimento da Palavra de Deus, para assim ter sua mente ativa, reconhecendo a profecia verdadeira e sabendo se o profeta fala da parte do Senhor ou não. E por conseguinte sempre considerar que nenhum milagre ou prodígio garante a origem divina do ministério, seja quem for o profeta ou ministro. E apenas dar valor, reconhecer como divinas, apenas as mensagens cujo conteúdo seja cristocêntrica.
Os cristãos precisam ter em mente que o conteúdo das ações do misticismo têm relação íntima com seres espirituais tenebrosos, estão em desacordo com os ensinamentos do cristianismo. E que a prognosticação, bruxaria, necromancia, feitiçaria, são repulsivas aos olhos de Deus, pois estas práticas representam a idolatria e satanismo.
"Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” - Oséias 6.3.

E.A.G.
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Artigo escrito com o objetivo de servir de subsídio à revista Lição Bíblica - O Ministério Profético na Bíblia; lição 4 – Profecia e Misticismo; comentadas pelo Pr. Esequias Soares (CPAD).

O texto está liberado para cópias, desde que o nome do autor e o link (HTML) do blog Belverede sejam divulgados.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Isaías 46.10 dá base aos calvinistas para refutar o livre-arbítrio?


“Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade" – Isaías 46.10.

Esta epígrafe não vai contra a soberania de Deus, como alguns demonstram entender. Aliás, o versículo endossa exatamente o contrário. É o que procuraremos mostrar mais abaixo, pontuando dentro do capítulo 46 do livro de Isaías.

Antes, é preciso deixar claro que levamos em alta consideração o fato de o Criador ser soberano, que a todos nós como criaturas Ele dispensa aos seres humanos duas situações. Estamos debaixo da vontade e da permissão dEle. Dentro da soberania divina, Deus.

Sob a vontade divina, não temos condições de deixar de responder pelas consequências de nossas escolhas. Ao fazer uso do livre-arbítrio são geradas consequências espirituais. É a lei da semeadura, colhemos o que plantamos! O resultado final de tudo é o céu ou o inferno. Estes dois destinos é a estipulação da vontade absoluta de Deus para toda a humanidade, não há como ir para outro lugar diferente destes, ou é um ou é outro.

Sob a permissão divina, nós vivemos fazendo escolhas dentro da condição de liberdade concedida por Ele. Somos livres para escolher fazer o bem ou o mal, e Deus sabe o que escolheremos amanhã, daqui um ano... Ele nos deixa seguir a direção que queremos ir. Essa situação não significa que Ele determinou que assim acontecesse conosco (não é a vontade absoluta dEle, é a nossa vontade em ação).

Entendemos que o livre-arbítrio não toca na autoridade do Criador, pois a liberdade de escolha que todo ser humano tem foi criada liberalmente por Ele. Deus quis nos dar o direito de escolhas. A liberdade de iniciativas que temos é a vontade dEle para nós!

Se o ser humano opta por não fazer o bem, a não adorar a Deus, e rouba, assalta, mata, estupra, mente, dissimula, trai, e comete outros pecados, faz tudo isso debaixo da permissão divina. A soberania dEle continua intacta, porque Ele concedeu liberdade de escolhas para todos. Mas, que fique claro que a vontade dEle não é que pequemos, quer que O amemos acima de tudo e todos e ao semelhante como a nós mesmos.

Nos treze versículos do capítulo 46, do livro de Isaías, duas vezes há um pedido de Deus ao homem: ouve-me! (versos 3 e 12) Isto denota que o ser humano tem liberdade para não ouvi-lo. O capítulo 46 trata do caso de judeus que ESCOLHERAM fazer ídolos ao invés de adorar ao Senhor, e Ele apela para que se convertam desse grande erro. Caso passem a ouvir, serão abençoados.

E.A.G.