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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Davi desejou a mulher de Uzias ou de Urias?

O reinado de Davi



Davi, além de estabelecer-se como rei das doze tribos, foi guerreiro, músico e poeta. E foi um dos antepassados de Jesus. Seu nome significa “amado”. Ele foi o segundo rei de Israel. Governou durante os anos de 1010 a 970 a.C., período em que o país estava unido. Em sua monarquia, conquistou Jerusalém e a transformou na capital religiosa do reino, levou a arca para lá e organizou os serviços de adoração. Aumentou a extensão do território do reino vencendo todas as batalhas em que se empenhou e ajuntou material para a construção do templo (Mateus 1.1; 2º Samuel 6; 1º Crônicas 15-16; 2º Samuel 8;10;12 ;1º Crônicas 22).



Na geração de Davi, o território de Israel era composto de doze tribos, que representavam cada um dos doze grupos de descendentes dos doze patriarcas, os filhos de Jacó, em que se dividia o povo de Israel. Judá era uma dessas doze tribos israelenses, formada pelos descendentes de Judá. Na divisão da terra, essa tribo recebeu a maior parte, localizada no sul da Palestina (Josué 15.1-12, 20-63).



A união entre as tribos do sul e do norte era apenas artificial, e foi mantida apenas enquanto governantes com personalidade forte como Davi e Salomão estiveram no trono. Quando um rei mais fraco ocupou o trono após a morte de Salomão, as tribos do norte separaram-se definitivamente de Judá. Com a exceção da tribo sacerdotal de Levi, que aparentemente na sua maioria se mudou para o território de Judá (2º Crônicas 11.5-14), apenas a tribo de Benjamim ficou no reino do sul. A partir daí durante cerca de 345 anos (931 a 586 a.C.), a história da tribo de Judá é, na sua maior parte, a história do reino de Judá. Durante esse período dezenove reis, todos descendentes de Davi, e uma rainha, a cruel Atália (filha de Acabe), reinaram sobre o reino do sul, que consistia nos territórios de Judá e Benjamim,e, por algum tempo, o de Edom.


O reinado de Uzias


O território de Judá emancipou-se quando as dez tribos do norte se revoltaram contra Roboão e formaram o Reino de Israel, sob o governo de Jeroboão em 931 a.C. E, Uzias foi o décimo rei de Judá, ele reinou de 781 a 740 a.C., depois de Amazias, seu pai. Uzias (O Senhor é a minha força) também ficou conhecido como Azarias, que significa “Javé ajuda”. É um nome comum entre os israelitas, dado a 28 personagens bíblicos, o principal a receber esse nome foi Uzias. (1º Reis 12; 2º Reis 14.21; 15.1-7; 2º Crônicas 26.1).

Uzias não foi um contemoorâneo do rei Davi, eles viveram em gerações distintas, como podemos observar claramente na exposição das datas.


A tragédia na vida de Urias


Além de Urias, o soldado que teve a união matrimonial e a vida terminadas tragicamente, a Bíblia também informa que existiram um sacerdote e um profeta, assassinado por ordem de Jeoaquim, chamados Urias (2º Reis 16.10-16; Jeremias 26.20-24).

Sobre Urias, o soldado: Enquanto guerreiros lutavam contra os amonitas, da sacada de seu palácio Davi avistou e ficou impressionado com a beleza de Bate-Seba ao vê-la banhar-se e a seduziu. Esta sedução era considerada uma transgressão perante a lei mosaica e pecado segundo os olhos do Senhor, o Deus de Israel. Bate-Seba era esposa do soldado Urias. Para tentar encobrir o adultério, Davi chegou a cometer outro pecado, expondo Urias à morte na guerra, reduzindo suas chances de sobrevivência na batalha (2º Samuel 11).

Sobre Bate-Seba

De acordo com a Bíblia, Bate-Seba (em hebraico, filha do juramento), esposa de Urias, era filha de Eliã ou Amiel.

Bate-Seba engravidou em sua relação extra-conjugal. Após a morte de seu marido Urias, ela tornou-se uma das esposas de Davi.

Devido ao fato, Davi foi repreendido por Deus através do profeta Natã e veio a se arrepender. A criança que nasceu da gravidez transgressora morreu por juízo divino (2º Samuel 12.15-18), o que deixou Davi profundamente abatido. No entanto, Davi teve com Bate-Seba mais quatro filhos, incluindo Salomão, que sucedeu ao trono de Israel (1º Crônicas 3.5) e cumpriu a promessa de construir um templo para Deus.

Quando Davi estava quase morrendo, Adonias reivindicou para si a sucessão ao trono de Israel, mas Bate-Seba e o profeta Natã convenceram Davi a instalar Salomão, o filho dela, como rei (1º Reis 1.5-40). Ela é mencionada na genealogia de Jesus Cristo, em Mateus 1.6.


Conclusão:

Davi, apesar desses erros graves cometidos durante o seu reinado, tomou sempre o caminho do arrependimento e o registro dos seus salmos demonstram a devoção que faziam dele um servo de Deus.

Esta breve e superficial informação, sobre a história, geografia e política, da nação de Israel, apenas serve para mostrar que quem viveu na mesma época de Davi foi Urias, o militar heteu, marido da bela mulher Bete-Seba, com quem Davi adulterou (2º Samuel 11-12).

Pode parecer estranho chamar a atenção para este detalhe, mas eu já encontrei quem confunda os nomes Uzias e Urias, talvez o motivo seja a semelhança fonética. Eu creio que não custa nada lançar luz sobre este detalhe.

E.A.G.

O artigo está liberado para cópias, desde que citados o nome do autor e o link (HTML) do blog Belverede.
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Veja mais neste blog: Sobre a heterossexualidade do rei Davi.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Profecia e misticismo - A necessidade de buscar conhecimento de Deus para não ser destruído

Certa vez, nos idos da década de 1990, quando muitas cédulas falsas do dinheiro brasileiro haviam sido espalhadas por alguns estados do Brasil, assisti uma pessoa da polícia federal dando uma entrevista sobre o caso. Ele disse que a melhor maneira de reconhecer um produto falsificado é conhecendo muito bem o produto verdadeiro.

Esta técnica também é válida no mundo espiritual. É preciso conhecer para adquirir discernimento, ter a capacidade de distinguir entre o que é autêntico e o que é falsificado.
O profeta Oséias, no capítulo 4, repreende os filhos de Israel, porque eles rejeitavam o conhecimento. Naquela sociedade, permanecia as práticas do jurar com falsidade, do mentir, do matar, do furtar e do adulterar; os israelitas praticavam a violência, atos sanguinários um após o outro. Entregavam-se à luxúria e ao vinho. E passaram a consultar deuses falsos, ao invés de servir ao Senhor.
“O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos” - Oséias 4.6.
A Igreja do Senhor, para não ser levada pelos ventos das doutrinas falsas, não ser enganada com as falsas profecias, não confundir os dons espirituais com o misticismo, necessita conhecer a Palavra de Deus com bastante profundidade. É só dessa maneira que terá a capacidade de discernir corretamente a origem de tudo que permeia a religiosidade.
"Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” - Mateus 22.29.
Os cristãos têm a Bíblia, o Senhor Jesus Cristo e o Espírito Santo para nortear sua vida espiritual. Quando mantêm-se consagrados, são capazes de reconhecer a diferença entre as ações místicas enganosas e a autenticidade da profecia divina, e então só aceitam as experiências que passam pelo escrutínio das Escrituras Sagradas.
Os cristãos precisam estar sempre conscientes que as profecias, e todos os dons espirituais, são úteis para que juntos, todos os cristãos, possam trabalhar para servir a Deus e uns aos outros, a finalidade é o bem coletivo da Igreja, jamais servir ao portador dos dons, fazê-lo o único ou maior beneficiário.
O objetivo dos adivinhadores em todas as suas formas de adivinhação é fazer frente à vontade de Deus e ao Evangelho de Cristo, beneficiarem-se. Os embusteiros não encontram guarida entre quem persiste em conhecer a Deus, suas ações divinatórias fracassam e a enganação dos magos é frustrada, porque a luz sempre dissipará as trevas (Salmos 4.6).
Os cristãos precisam persistir em buscar o conhecimento da Palavra de Deus, para assim ter sua mente ativa, reconhecendo a profecia verdadeira e sabendo se o profeta fala da parte do Senhor ou não. E por conseguinte sempre considerar que nenhum milagre ou prodígio garante a origem divina do ministério, seja quem for o profeta ou ministro. E apenas dar valor, reconhecer como divinas, apenas as mensagens cujo conteúdo seja cristocêntrica.
Os cristãos precisam ter em mente que o conteúdo das ações do misticismo têm relação íntima com seres espirituais tenebrosos, estão em desacordo com os ensinamentos do cristianismo. E que a prognosticação, bruxaria, necromancia, feitiçaria, são repulsivas aos olhos de Deus, pois estas práticas representam a idolatria e satanismo.
"Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” - Oséias 6.3.

E.A.G.
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Artigo escrito com o objetivo de servir de subsídio à revista Lição Bíblica - O Ministério Profético na Bíblia; lição 4 – Profecia e Misticismo; comentadas pelo Pr. Esequias Soares (CPAD).

O texto está liberado para cópias, desde que o nome do autor e o link (HTML) do blog Belverede sejam divulgados.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Isaías 46.10 dá base aos calvinistas para refutar o livre-arbítrio?


“Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade" – Isaías 46.10.

Esta epígrafe não vai contra a soberania de Deus, como alguns demonstram entender. Aliás, o versículo endossa exatamente o contrário. É o que procuraremos mostrar mais abaixo, pontuando dentro do capítulo 46 do livro de Isaías.

Antes, é preciso deixar claro que levamos em alta consideração o fato de o Criador ser soberano, que a todos nós como criaturas Ele dispensa aos seres humanos duas situações. Estamos debaixo da vontade e da permissão dEle. Dentro da soberania divina, Deus.

Sob a vontade divina, não temos condições de deixar de responder pelas consequências de nossas escolhas. Ao fazer uso do livre-arbítrio são geradas consequências espirituais. É a lei da semeadura, colhemos o que plantamos! O resultado final de tudo é o céu ou o inferno. Estes dois destinos é a estipulação da vontade absoluta de Deus para toda a humanidade, não há como ir para outro lugar diferente destes, ou é um ou é outro.

Sob a permissão divina, nós vivemos fazendo escolhas dentro da condição de liberdade concedida por Ele. Somos livres para escolher fazer o bem ou o mal, e Deus sabe o que escolheremos amanhã, daqui um ano... Ele nos deixa seguir a direção que queremos ir. Essa situação não significa que Ele determinou que assim acontecesse conosco (não é a vontade absoluta dEle, é a nossa vontade em ação).

Entendemos que o livre-arbítrio não toca na autoridade do Criador, pois a liberdade de escolha que todo ser humano tem foi criada liberalmente por Ele. Deus quis nos dar o direito de escolhas. A liberdade de iniciativas que temos é a vontade dEle para nós!

Se o ser humano opta por não fazer o bem, a não adorar a Deus, e rouba, assalta, mata, estupra, mente, dissimula, trai, e comete outros pecados, faz tudo isso debaixo da permissão divina. A soberania dEle continua intacta, porque Ele concedeu liberdade de escolhas para todos. Mas, que fique claro que a vontade dEle não é que pequemos, quer que O amemos acima de tudo e todos e ao semelhante como a nós mesmos.

Nos treze versículos do capítulo 46, do livro de Isaías, duas vezes há um pedido de Deus ao homem: ouve-me! (versos 3 e 12) Isto denota que o ser humano tem liberdade para não ouvi-lo. O capítulo 46 trata do caso de judeus que ESCOLHERAM fazer ídolos ao invés de adorar ao Senhor, e Ele apela para que se convertam desse grande erro. Caso passem a ouvir, serão abençoados.

E.A.G.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Crônica sobre a oração desesperada de um ateu

Conta-se que um farmacêutico se dizia ateu e vangloriava-se de seu ateísmo. Segundo ele, com toda certeza, Deus deveria ser uma quimera, uma dessas fantasias para enganar todas as pessoas incautas e menos letradas. Talvez alguns mais desesperados que necessitassem de consolo e esperança.

Um dia, no quase crepúsculo, uma garotinha adentrou sua farmácia. Era loira, de tranças e trazia um semblante preocupado. Estendeu uma receita médica e pediu que a preparasse.
O farmacêutico, embora ateu, era homem sensível e emocionou-se ao verificar o sofrimento daquela pequena, que, enquanto ele se dispunha a preparar a fórmula, assim se expressava:
- Prepare logo, moço, o médico disse que minha mãe precisa com urgência dessa medicação.
Com habilidade, pois era muito bom em seu ofício, o farmacêutico preparou a fórmula, recebeu o pagamento e entregou o embrulho para a menina, que saiu apressada, quase a correr.
Retornou o profissional para as suas prateleiras e preparou-se para recolocar nos seus lugares os vidros dos quais retirara os ingredientes para aviar a receita. É quando se dá conta, estarrecido, que cometera um terrível engano. Em vez de usar uma certa substância medicamentosa, usara a dosagem de um violento veneno, capaz de causar a morte a qualquer pessoa.
As pernas bambearam. O coração bateu descompassado. Foi até a rua e olhou. Nem sinal da pequena. Onde procurá-la? O que fazer?
De repente, como se fosse tomado de uma força misteriosa, o farmacêutico se indaga:
- E se Deus existir?
Coloca a mão na fronte e em desespero clama:
- Deus, se existes, me perdoa. Faze com que aconteça alguma coisa, qualquer coisa para que ninguém beba daquela droga que preparei. Salva-me, Deus, de cometer um assassinato involuntário.
Ainda se encontrava em oração, quando alguém aciona a campainha do balcão. Pálido, preocupado, ele vai atender. Era a menina das tranças douradas, com os olhos cheios de lágrimas e uns cacos de vidro na mão.
- Moço, pode preparar de novo, por favor? Tropecei, caí e derrubei o vidro. Perdi todo o remédio. Pode fazer de novo, pode?
O farmacêutico se reanima. Prepara novamente a fórmula, com todo cuidado e a entrega, dizendo que não custa nada. Ainda formula votos de saúde para a mãe da garota.
Desse dia em diante, o farmacêutico reformulou suas idéias. Decidiu ler e estudar a respeito do que dizia não crer e brincava. Porque embora a sua descrença, Deus que é Pai , atendeu a sua oração e lhe estendeu a Sua misericórdia.
No desdobramento de nossas experiências acabamos todos reconhecendo a presença divina. É algo muito forte em nós. Mesmo entre pessoas consideradas de má vida, e criminosos, encontraremos vigente o conceito.
"Cremos em Deus, que Ele nos dá segurança. Caminhar com Ele, para Ele e ter a certeza de que somos filhos d'Ele é algo que somente àqueles que o são podem saber a grande diferença que isso faz".
É muito bom saber que, desde sempre, antes mesmo que O conhecêssemos, Deus já cuidava de nós e sempre quis nos mostrar que para obter esta filiação e a Vida Eterna , seria somente através de Jesus Cristo, Seu Filho, o Messias, que morreu por nós e venceu a tudo e a todos para que por amor a todos nós fossemos perdoados de nossos pecados e salvos, para estarmos com Ele na Eternidade .
Lembre-se disto sempre que: Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo estão próximos para ouvir a sua voz, mas se voce for filho, Eles estarão sempre ao seu lado.

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Autoria indefinida.