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terça-feira, 13 de julho de 2010

O que a Bíblia fala sobre anjos, arcanjos, querubins e serafins

Não existe uma exposição bíblica específica sobre angeologia. Toda abordagem sobre este tema é em forma de estudo sistemático, com uso de paralelismo hermenêutico de tópicos, ou seja, através da interpretação de textos paralelos.

Na figura ao lado, o anjo anuncia aos pastores o nascimento de Jesus Cristo. Diferente do imaginário popular retratado nesta imagem, na Bíblia Sagrada não existe o relato da existência de anjos na faixa-etária infantil.

Os anjos seguem ordens hierárquicas (Colossenses 1.16)


Deus se mantém no céu, é o Soberano, o Criador de todas as coisas.

Na questão dos anjos, está revelado que eles foram criados antes do mundo que conhecemos e vivemos, eles são em número incontável e que existe entre eles uma hierarquia estabelecida por Deus (Jó 38.6-7; Hebreus 12.22).

As classes conhecidas de anjos seguem o plano divino de autoridade. A classificação é: arcanjos, querubins e serafins.

Segundo Colossenses 1.16 e 1ª Pedro 3.22, a organização angelical segue uma hierarquia distinta em cinco principais representações: tronos (thrónoi); domínios (kyrioótetes); principados (arkai); potestades (exousiai) e poderes (dynámeis). Essa classificação refere-se à esfera do governo, com a finalidade de distingui-los dos demais anjos que somam exércitos e atuam diante de Deus, do Universo e do ser humano, em particular.

Na organização dos anjos, a Bíblia fala mais: primeiros príncipes (Daniel 10.13); anjos da guarda de todos e de crianças (Hebreus 1.14; Mateus 18.10); e, anjos eleitos (1ª Timóteo 5.21).

O princípio de autoridade que Deus criou sofreu uma tentativa de rebelião, por parte de Satanás, diante do fracasso o mesmo foi precipitado do céu (Ezequiel 28.1).

• Os anjos Miguel e Gabriel

Entre os anjos, apenas dois são citados nominalmente, Gabriel e Miguel. O fato de haver a revelação apenas de dois nomes não dá margem para crer que os outros anjos não tenham os seus.

Os anjos têm intelecto, emoções e vontade, ou seja, uma personalidade, um indício de que cada um deles tenham nomes próprios (1ª Pedro 1.12; Lucas 2.13; Judas 6).

Gabriel significa poderoso, herói de Deus. E Miguel é uma variante de Miqueias e Micaías, e significa “quem é como Deus?”. Não nos é revelado o porquê deste significado, mas ponderamos que seja em oposição às disposições hostis de Satanás, que tentou ser igual a Deus (Isaías 14.14).

Miguel é descrito como arcanjo, o anjo patrono e guardião do povo de Israel, que lutou contra o diabo (Daniel 10.13, 21; 12.1; Judas 9; Apocalipse 12.7).

Na Bíblia, Gabriel não tem classificação definida. Não temos a informação que ele seja um arcanjo, querubim ou serafim. Foi portador de mensagens muito especiais (Daniel 8.16; 9.21; Lucas 1.19, 26). Porém, no livro de Tobias, um apócrifo, ele está arrolado como um dos sete arcanjos que estão na presença de Deus.

• Arcanjos

O termo “arch” quer dizer “sumo”, “chefe”. Trata-se de uma categoria de anjos que exercem função superior aos demais, a expressão designa algum poder altíssimo. Em todo o Novo Testamento, ele aparece apenas em Judas 9 e 1ª Tessalonicenses 4.16.

Existe uma corrente de estudiosos da Bíblia que alegam haver apenas um arcanjo, que é Miguel. Mas, embora haja apenas uma citação bíblica, o contexto das Escrituras dá a entender que hajam outros.

No dia do arrebatamento o Senhor será acompanhado dos arcanjos: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus” - 1ª Tessalonicenses 4.16. Se houvesse apenas um arcanjo, a preposição viria articulada “do” arcanjo, porém a preposição é “de”, passando a ideia que haja mais de um. Pode-se observar isso no idioma original.

Os “principados” (Colossenses 1.16), para os escritos pós bíblicos são tipos de arcanjos. As explicações judaicas dadas sobre este tema indicam que tais anjos têm sob suas ordens, vasto número de seres angelicais. Naturalmente, todos estão sujeitos a Deus.

No livro de Daniel, Miguel é citado como “um dos primeiros” e mencionado por Gabriel (10.13, 21). Na carta de Judas, ele é citado para disputar o corpo de Moisés (versículo 9), em Apocalipse ele aparece acompanhado de outros anjos lutando contra Satanás (12.7).

O livro de Enoque, apócrifo, dá o nome de sete arcanjos, a saber: Uriel, Rafael, Raquel, Saracael, Miguel, Gabriel e Remiel. Segundo é dito ali, a cada um deles Deus entregou uma província sobre a qual reina. Os livros apócrifos não são considerados inspirados pelo Espírito Santo.

• Os querubins

O vocábulo querubim ou querubins, acha-se pela primeira vez em Gênesis 3.24. Tem raiz no verbo “querub”, que significa “guardar”, “cobrir”, “proteger” e, também, “celestial”. A palavra “querubim” não ocorre no grego secular; é uma transliteração do hebraico, ou aramaico, e daí a variedade de terminação no plural.

Eles representam a classe dos adoradores, tanto pela função quanto pela aparência de animais. São associados ao trono de Deus e mencionados tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Cogita-se que o Criador honre a criação animal por intermédio deles.

No Salmo 18.6-10, Davi escreveu em seu cântico que angustiado clamou ao Senhor e Ele desceu cavalgando sobre um querubim e voou, deslizando sobre as asas do vento.

Os querubins constituem uma ordem muito elevada entre os anjos. Eles exercem a função de guardiões. Quando o homem pecou, o Senhor fechou o jardim do Éden, e, para protegê-lo, pôs um querubim e uma espada flamejante ao oriente e ocidente (Gênesis 3.24).

Sem nenhuma conotação com a idolatria, Deus ordenou que se pusessem na tampa da arca da aliança, o propiciatório, estátuas de dois querubins feitas em ouro, voltadas uma de frente para a outra (Êxodo 25.17-18; 2º Reis 19.15; Salmo 80.1). Não era para idolatrá-los, apenas o sumo sacerdote, uma vez ao ano, entrava no local onde a arca estava para fazer o cerimonial de expiação pelo povo.

Salomão também usou a figura de dois querubins de madeira, revestidos de ouro, como ornamento na construção do templo (1º Reis 6.23-28).

Os querubins têm definições de aspectos variados. Podem ter rosto de águia, de touro e de homem. Às vezes aparecem descritos como “cheios de olhos”, com quatro asas e em outras com seis (Ezequiel 10; 16; Apocalipse 4.8). Em outra situação, têm a aparência dos serafins (Ezequiel 1.10; Isaías 6.2; Apocalipse 4.7).

O profeta Ezequiel descreve as plantas dos pés dos querubins como de uma bezerra, têm quatro cabeças, sendo que seus pés seguem em direção para onde suas cabeças olham (1.7; 10.11-12). O profeta ainda revela que rodas são movidas pela força desses anjos (10.16-17).

A expressão “zoon”, encontrada no livro de Apocalipse (4.6-11) significa “o que vive”. Diferente de “therion”, que significa “uma fera”. Os querubins não devem ser considerados animais, e, sim, criaturas viventes.

Antes de sua queda, Satanás era um querubim ungido (Ezequiel 28.14,16). Andava no meio de pedras afogueadas (Ezequiel 28.13,14). Como os outros querubins, Satanás é representado na Bíblia pela figura de animais: a serpente no jardim do Éden, e nos livros de Isaías e Apocalipse como um mitológico grande lagarto, um dragão (Gênesis 3.1-6; Isaías 27.1; Apocalipse 12.9; 20.2).


Descobertas arqueológicas na Palestina têm trazido alguma luz às representações antigas dos querubins. Em Samaria, painéis de marfim apresentam uma figura composta com um rosto humano, corpo de animal quadrúpede, e duas asas elaboradas e vistosas.

• Os serafins

O vocábulo “serafim” deve vir da raiz hebraica “sarafh”, cuja raiz primitiva queria dizer “consumir com fogo”. Hebraístas a traduzem como “queimadores”, “ardentes”, “brilhantes”, “refulgentes”, “amor”, “nobres”.

Apenas na chamada ministerial de Isaías é que encontramos os serafins destacados. Segundo a visão do profeta, eles são agentes de purificação pelo fogo, têm forma humana, apesar de possuírem seis asas. Veja: Isaías 6.1-7.

Na classe dos anjos, os serafins desempenham função no coro celestial, entoando “Santo, Santo, Santo”, incessantemente. Intérpretes bíblicos afirmam que o louvor seja dirigido ao Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, à Trindade, considerando o “nós”, encontrado em Isaías 6.8.

Eles são a classe que menos está mencionada na Bíblia.


E.A.G.

A inspiração divina e a autoridade da Bíblia
A criação dos anjos e a doutrina da predestinação
Anjos, mensageiros de Deus
Aprendei a parábola da figueira
As setenta semanas de Daniel
Na hora da raiva a regressão ao baixo nível da carnalidade reaparece em sua reação?
Maria, mãe de Jesus: uma mulher humilde
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O texto está liberado para cópias, desde que citados o nome do autor e o link (URL) do blog Belverede.

Artigo escrito com a intenção de auxiliar nas lições da revista Lições da Palavra de Deus - Anjos; Mensageiros de Deus, cujo comentarista é o Pr. Walter Brunelli (Editora Central Gospel).


Consultas: Novo Dicionário da Bíblia (Edições Vida Nova); Os Anjos - Sua Natureza e Ofício (Severino Pedro da Silva - CPAD); Bíblia de Estudo Almeida (notas e dicionário - 1ª edição - SBB); A Bíblia Anotada Expandida, de Charles C. Ryrie (apêndice Um Resumo da Doutrina Bíblia, páginas 1287 e 1288, 1ª impressão - 2007 - Editora Mundo Cristão).

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A diferença entre crentes e ateus

Nós cristãos temos Cristo. Somos conhecidos como cristãos porque cremos que Jesus é o Cristo, profetizado que haveria de vir. Todos nós, cristãos, declaramos que Jesus Cristo é Deus, nosso único Salvador e único Senhor; nós cristãos não temos problemas em dizer que como Deus Ele se transformou em ser humano e habitou na terra sem jamais pecar, e que aos 33 anos morreu na cruz por todos os pecadores. Nós cristãos, cremos que Jesus ressuscitou após o terceiro dia sepultado e agora está à direita do Pai lá no céu como mediador de todos nós.

O apóstolo João afirmou que ter a capacidade de confessar isso é uma prova. Provamos com essa declaração, que temos Jesus conosco em nosso coração, e agimos da parte dEle.
"Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho" - 1ª João 2.22.
"Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo" - 2ª João 1.7.
"E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo" - 1ª João 4.3.
Esta confissão é a base da crença do cristianismo genuíno. Para nós, como cristãos, é uma grande lógica aceitá-la. Esta revelação é do Espírito Santo para nós. Confessamos isso crendo ser uma verdade incontestável. Muitos cristãos ao longo dos anos preferiram morrer ao invés de negá-la.
Os ateus riem dessa confissão de fé. Eles zombam porque o espírito do anticristo está neles e é quem move todos os atos deles.
Jesus afirmou: Tudo por meu Pai me foi entregue; e ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar (...) E digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus" - Lucas 10.22; 12.8.
O apóstolo Paulo fez uma síntese das palavras de Cristo, e falou em nossa salvação vinculada com esta confissão: "Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos, a saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu oração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação" - Romanos 10.8-10.
A grande maioria dos ateus acreditam que Jesus Cristo existiu. Eles, porém, negam sua origem divina. Dizem que Ele foi mais um homem, entre tantos homens comuns na raça humana, alguém que se notabilizou em sua geração e na história por ser um grande orador e revolucionário.
Em Mateus 16.13-14, vemos que certa vez, Jesus questionou os discípulos com a seguinte pergunta: "Quem diz o povo ser o Filho do Homem?". Eles disseram que uns o consideravam Jeremias, outros Elias, e outros, outros profetas.
Jesus continuou perguntando, e colocou à prova a fé dos discípulos. "Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus" - Mateus 16.13-17.
Nós, os que cremos em Cristo, somos bem-aventurados! Dentro dessa bem-aventurança, tenhamos paz entre nós.

E.A.G.

Este artigo está liberado para cópias, desde que citados nome do autor e link (HTML) do blog Belverede.

domingo, 11 de julho de 2010

Para ser agradável a Deus não basta ser religioso, é preciso ser espiritual

A religiosidade que me agrada: Eu gosto de cultuar a Deus em templos onde há reverência máxima, onde as pessoas fiquem em silêncio, não conversem com o irmão ou irmã ao lado, onde ninguém se movimente sem motivo ligado à liturgia.

Como manifestamos a espiritualidade que agrade a Deus? Não basta cantar e orar na congregação; e não basta abrir a Bíblia e ensinar o amor de Deus. É necessário amar também, precisamos praticar o amor. O amor espiritual é diferente do amor do mundo. É amar quem não merece ser amado.

As práticas da nossa religiosidade no passado e presente determinam nosso futuro espiritual. Devemos ser muito mais do que religiosos. Deus só perdoa quem é espiritual, Ele apenas perdoa quem perdoa o próximo, Ele só usa de misericórdia com quem é misericordioso.

Para viver de acordo com a proposta da caminhada no Espírito, temos que colocar o coração na inteira dependência de Deus. Temos que servi-lo sem amarras, sem corporativismos. Estar disposto a agir sem partidarismos religiosos e ideologias humanas.

É exatamente na escolha de querer ou não amar o próximo que definimos qual é o rumo que tomaremos na eternidade. Muitos clamarão a Deus por perdão e misericórdia e não as encontrarão porque não tiveram coração perdoador e misericordioso.

É muito famosa a passagem de Jesus condenando almas que o chamam de Senhor, e Ele dizendo: afastai-vos de mim malditos, não os conheço! Grande parte das pessoas religiosas que usam este texto bíblico não cogitam que Jesus só é Senhor de quem se dispõe a obedecer o mandamento do amor.

Viver de maneira religiosa não significa que tal pessoa será defendida por Cristo no Dia do Julgamento Final. Perguntemos a nós mesmos: estamos amando como Jesus manda ou estamos sendo apenas religiosos?

Mateus 7.22: "Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?"
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Profetizaram, expeliram demônios, fizeram milagres, mas não amaram a Deus em primeiro lugar e o próximo como a eles mesmos. Resultado final: Condenação eterna!
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Uma das definições de misericórdia é amar quem não merece ser amado: "Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo" - Tiago 2.13.

Da minha parte, eu me esforço para liberar o perdão, aos que surgem em minha vida com falta de capacidade de agir como cristãos autênticos. Não que eu seja mais santo do que eles, mas porque oro a Deus pedindo a capacidade de imitar ao Senhor.

O Advogado da pessoa que erra é Cristo (1ª João 1.8-9). Aliás, Cristo é o Advogado de todos nós, pecadores. Você já tinha pensado por esta perspectiva? Eu já... E por causa disso criei esta postagem falando do perdão e da misericórdia.

E.A.G.

O artigo está liberado para cópias, desde que sejam citados autor e link (HTML) deste blog.

Mauro de Oliveira - análise de vídeos no YouTube o acusando de falso profeta e falso pastor (parte 2)


Introdução

Você poderá perguntar: O que eu vi no vídeo? Eu respondo a você: Vi um homem que é identificado como pastor, cujo nome é Mauro de Oliveira. Não o conheço.

Eu creio que me faço entendido, não o apoio. Ele é visto no púlpito, aparentemente fazendo adivinhações. Para que serve fazer o que ele fez? Penso que isso não serve para edificação espiritual de ninguém, apenas ilude as pessoas despreparadas e dá margens para que a propagação do Evangelho seja ainda mais dificultada.

Se lerem o meu primeiro post encontrarão a seguinte frase: "Não pretendo fazer defesa de Mauro de Oliveira. Não o conheço. Minha análise é sem partidarismos, olho a situação pelo lado global, por todos os ângulos".

Há um momento que ele diz o nome de uma cidade e pergunta "é assim mesmo que se pronuncia?". Isto é fato. E em momento algum eu afirmo o contrário. Minha observação segue para o lado da edição de imagens. Seria interessante se todos nós pudéssemos assistir o conteúdo inteiro. Infelizmente nem tudo está disponível. Por que será que não?
Acho que pensei igual a todos ao assistirem pela primeira vez o vídeo. Em nada edifica demonstrar saber nomes, datas especiais na vida de pessoas e seus lugares de origem. Tal atitude não tem edificação espiritual nenhuma para a igreja. Em seguida eu pensei: existem cortes neste vídeo, o culto não tem só os poucos oito minutos que eu vejo, então, muito mais aconteceu naquele ambiente. O que será que aconteceu com as pessoas cujos nomes foram mencionados? Curas? o quê?

É necessário analisar a situação por todos os ângulos, não fazer julgamento sumário. Não devemos julgar as pessoas de maneira precipitada.

Cronometragem

A pergunta mais apropriada seria: o que não vimos neste vídeo?

E a resposta é: não vimos mais de 99 % do que ocorreu naquele ambiente. Não vimos porque houve UMA ENORME E DESAVERGONHADA edição, foi subtraído de todos nós praticamente imagens da reunião inteira e foi acrescentado imagens de páginas do Orkut.

Não é difícil entender essa situação. Basta-nos responder algumas pergunta básicas:

1 - Quanto tempo tem o vídeo? Quase oito minutos.

2 - Os cultos giram em torno de duas horas ou serão só pelo tempo de oito minutos do vídeo que estamos comentando? Qual é o tempo médio de uma reunião de culto? Aproximadamente duas horas. Então, fazendo as contas, faltam 112 minutos de registro.

3 - O que aconteceu neste período não registrado? Não sabemos...

O uso do bom senso cristão

Analisar todas as situações com prudência evita causar deturpação da realidade e cometer injustiças.

Você gostaria que a sua reputação fosse julgada por um espaço pequenino de tempo como este? Acho que não quereria nem se fossem pelas duas horas, porque 120 minutos não representam quem você tem sido ao longo da sua vida.

Se ocorresse algo parecido com você, uma situação qualquer levada ao YouTube, colocando a sua reputação em jogo, cenas editadas, como estamos tratando aqui no caso de Oliveira, pode ter certeza que o meu posicionamento seria o mesmo. Eu defenderia você sem pensar duas vezes, porque não é possível fazer um julgamento justo desse jeito para ninguém.

Sou contra a precipitação, a fé cega no YouTube. Eu acho triste ler considerações feitas com bases em meros vídeos, porque quem as faz não conhece quem são os internautas que postaram as imagens na Internet e nem se essas imagens estão adulteradas.

Com muita propriedade, certa propaganda de televisão afirma: não é porque algo está na Internet que é uma verdade!

Minhas observações sobre a situação é uma questão de uso do bom senso cristão. Entendo que é preciso checar sem pressa tudo antes de emitir juízos! Afinal, os salvos são chamados de JUSTOS.

Não é à toa que está escrito que o caminho para o céu é estreito, não é fácil praticar o cristianismo, mas é necessário praticá-lo durante todos os dias de nossas vidas! Como? Amamdo quem o ama e amando também quem o trata com indiferença ou o odeia. Fazendo o bem a todos, desinteressadamente.

Mesa de edição

A edição de imagens é uma das formas mais poderosas de gerar massas de manobra.

Minha observação a fazer é a seguinte: chamo a atenção ao vídeo pelo detalhe que trata-se de um conteúdo editado, não temos acesso às imagens de tudo o que aconteceu no ambiente, considerando que tenha havido um reunião de culto com duas horas, estão cortados 112 minutos. Assistimos imagens que não fazem parte do que está filmado no lugar onde Oliveira esteve. O vídeo possui edições de duas formas: cortes e imagens inseridas.

Uma pessoa com um pouco de noção de informática, mesa de edição de imagens, pode manipular de maneira engenhosa a realidade. Fazer o fato parecer o que não é.

A partir do que Oliveira falou, a posteriori, foram acrescentadas páginas de perfis do Orkut e juntadas ao vídeo. As páginas poderão ser verdadeiras ou falsas. E justamente neste detalhe eu chamo a atenção de todos, afirmo que poderá haver manipulação da realidade.

Talvez, a grande maioria aqui tenha dificuldade de entender o que digo porque nunca estiveram diante de uma mesa de edição. Não viram o que um operador é capaz de fazer com as manipulações de imagens. Na era analógica o operador fazia muito, e na digital ele pode fazer muito mais.

Quem lançou e quem divulga o vídeo no YouTube?

Não sabemos quem é o dono da filmagem.

Mas ao pesquisar as origens dos vídeos ridicularizando a cristandade, quase sempre aparecem os mesmos nomes por trás da coisa toda.

Acho algo pitoresco haver sempre os mesmos envolvidos.

E o que eu tenho analisado e constatado?

1. O vídeo está sendo divulgado por um suposto crente que tem a sua página no YouTube cheia de palavrões, o que me leva crer que ele não seja um crente realmente comprometido com Cristo, as suas motivações são estranhas ao Evangelho.

2. O vídeo também está sendo divulgado por ateu escarnecedor e um ateu escarnecedor. Ao rastrear, eu cheguei ao Tela Crente outra vez...o blogueiro do Tela Crente está nesta estória também. (Veja outro post sobre ele aqui).

Julgamentos precipitados

Eu creio que Deus é justo, não deixará que caluniadores entrem no céu. Nenhuma palavra frívola será esquecida, mesmo vindas daquelas pessoas que a pronunciam pensando que estão com razão ao pronunciá-las.

Penso que para de acusar alguém, antes devemos ter a certeza que seja necessário fazer a acusação e também ter a confirmação irrefutável da afirmação que faremos. Se eu disser: Beltrano é um mentiroso! E aí? Não é apenas porque eu afirmei isso que tal pessoa seja... É preciso cautela. É por causa disso que sou contra as precipitações.

Precisamos comparar nossas atitudes com a prática apologética que consta na Bíblia
Nós sabemos, o local filmado, que parece e deve ser mesmo uma congregação, tem um líder responsável pelos membros. E este líder é a pessoa que Deus pedirá contas ao julgar sua obra como pastor. Nem eu e nem você temos responsabilidade espiritual naquele lugar. O fato de alguém colocar imagens na Internet e internautas (que não pertecem àquele ambiente), se posicionarem contra o orador visitante, não produz nenhum fruto positivo aos envolvidos.

Toda apologética cristã, exercida pelo apóstolo Paulo, era bem diferente do comportamento que eu encontro hoje, inclusive neste assunto. Paulo "resistia na cara", como podemos ler sobre a ocasião que repreendeu Pedro ao se opor ao comportamento equivocado de apoio aos cristãos judaizantes. E em outros casos, Paulo deliberava na posição de líder, só julgava as pessoas que fizessem parte de seu ministério, pessoas que estavam em posição inferior na hierarquia criada por ele como homem de Deus em posição de liderança.


Conclusão:

Bem, agora eu tenho que reforçar o que já disse e a razão de tê-lo dito: a denúncia de que Mauro de Oliveira seja charlatão parte de uma fonte de vídeo com oito minutos, lançado no YouTube de forma editada escandalosamente, e cuja origem é bastante duvidosa.

Há amor cristão ao encampar a proposta deste vídeo? Existe misericórdia ao próximo ao fazer isso?

Repito: não conheço Mauro de Oliveira e nem estou fazendo apologia da sua atitude, ao citar no púlpito nomes de pessoas e detalhes de suas vidas, seja com ou sem o uso de informações do Orkut. Minha posição é de oposição aos internautas que lançaram o conteúdo no YouTube, principalmente porque o fez com o recurso da edição.

E.A.G.