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terça-feira, 3 de junho de 2014

O ministério de mestre ou doutor

Por Eliseu Antonio Gomes

Encontramos no Novo Testamento a palavra mestre em referência a João Batista (Lucas 3.12); a Jesus (Mateus 8.19; 12.38; 17.24; Marcos 5.35; 14.14; João 11.28); ao apóstolo Paulo (1 Timóteo 2.7); e a outros cristãos do primeiro século (1 Corintios 12.28-29).

Nas Escrituras, a palavra mestre geralmente é uma indicação para uma pessoa que é superior a outras, em autoridade, conhecimento, poder ou em algum outro aspecto. O termo hebraico mais frequente para mestre é "'adon", que significa soberano ou senhor. No idioma grego encontramos "didaskalos"/instrutor (Mateus 10.24); "epistates"/professor ou superior (João 4.31); "rhabbi"/meu mestre ou meu professor e "kathegetes"/líder (Mateus 23.8-10).

Existe também a definição negativa: "despotes"/tirano, aquele que abusa de autoridade (1 Pedro 2.18),

O exemplo e a determinação de Jesus

Jesus era o mestre por excelência, o mestre da Galileia, reconhecido  tanto como o Mestre Divino quanto como o Mestre da humildade. Para ensinar acerca da humildade, "levantou-se da ceia, tirou as vestes e, tomando uma toalha, cingiu-se. Depois, pôs água em uma bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido" (Mateus 4.23-25; João 13. 4, 5).

O ensino de Jesus não era mero discurso, mas "espírito e vida". E assim, resta-nos fazer o mesmo, pois entre suas orientações ensinou que é importante aos adoradores de Deus que o adorem em espírito e em verdade (João 4.24).

As últimas palavras de Jesus aos discípulos antes de ascender ao céu apontam que é essencial o ministério de mestre (Mateus 28.19, 20; Marcos 16.15, 16; Lucas 24.46-48; João 20.21-23). Ele ordenou aos seus discípulos que "ensinassem todas as nações (...) a guardar todas as coisas" que Ele tinha ordenado.

O discípulo autêntico

O alvo supremo de toda instrução ministrada na igreja não é o conhecimento bíblico em si mesmo, mas uma transformação moral interior da pessoa, que se expressa no amor, na singeleza de coração, numa consciência pura e numa fé sem hipocrisia. A evidência da aprendizagem cristã não é apenas aquilo que a pessoa sabe, mas como ela vive, se há a manifestação da prática da caridade, da pureza e da piedade sincera.

A importância do aprendizado

Paulo apresentou a lista de dons ministeriais, e entre eles há o ministério do ensino (Romanos 12.6-8; 1 Corintios 12.28-29; Efésios 4.11-13).

Os vocacionados para o ministério de ensino são essenciais ao propósito de Deus, são chamados para edificar a Igreja de Cristo. A igreja que rejeita ou descuida do ensino dos mestres e teólogos consagrados e fiéis à revelação bíblica não se preocupará com a autenticidade e qualidade da mensagem bíblica e nem pela interpretação correta da doutrina de Cristo.

Sempre será necessário a igreja investir na figura do mestre cristão. Quando o cristão é ensinado a estudar a Bíblia para compreender o mundo e a cultura bíblica, relacioná-la com o mundo do século 21 e aplicá-la à vida das pessoas de maneira competente, o risco de sofrer o engano é reduzido.

Aprendendo de Jesus

O mestre cristão pode produzir condições ideais para uma decisão sincera de fé através do exemplo de técnicas de ensinamentos do Mestre dos mestres. O princípio do ensino de Cristo se pautava na busca das pessoas pelo amor, interesse de ser compreendido, preocupações do cotidiano (Marcos 13.11; Lucas 12.6, 7; 12.24).

Na sociedade de Israel, Jesus, profundo conhecedor das Escrituras Sagradas, ensinava citando o Antigo Testamento. Frequentemente, mencionava as profecias, salmos e provérbios, conteúdos que constituía o fundamento da cultura dos judeus.  Nos dias de hoje se o ouvinte não tiver algum conhecimento bíblico terá dificuldade em entender as passagens veterotestamentárias. Assim sendo, além de observar o nível dos esquemas e das estruturas nas técnicas de ensinamentos de Jesus, é importante analisar o que estava por trás de suas ações e palavras.

Jesus era bem informado sobre as circunstâncias sociais, políticas e espirituais de sua época. Empregando bem as palavras, ensinou sobre a política, as prevenções contra o materialismo e confrontou os discípulos a respeito do verdadeiro sentido da vida humana. Ele não ensinava uma doutrina abstrata, teórica e distante do cotidiano das pessoas com quem se comunicava, era específico e interpelava os ouvintes de forma extremamente direta com instruções claras.

Não podemos forçar ninguém a ouvir e querer aprender e crer, não temos condições de convencer ninguém e de modo logicamente inatacável a necessidade de seguir a doutrina de Cristo. Porém, assim como Jesus, o mestre cristão do século 21 pode ensinar com amor em benefício do outro, adotar em suas correlações sociais o ensino bíblico eficaz, sem visar interesses próprios, atingindo urgências existenciais do dias contemporâneos.

A matéria de ensino é a Palavra de Deus, poderosa em si mesma, totalmente capaz de produzir resultados benéficos em quem queira recebê-la (Jeremias 23.29; Hebreus 4.12-13).

Doutores na Igreja 

Na Igreja Primitiva, os apóstolos ensinavam e se mantinham em jejum e oração (Atos 13.1).

Os doutores ou mestres são aqueles que têm de Deus um dom especial para esclarecer, expor e proclamar a Palavra de Deus, com a finalidade de edificar o corpo de Cristo, produzir crescimento integral aos novos crentes. (Efésios 4.12).

Em 1 Timóteo 1.5 lemos que o alvo da instrução cristã é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência e de uma fé não fingida.

Nos dias atuais, muitos pastores, dirigentes de igreja, missionários, pregadores da Palavra, e qualquer pessoa dedicada e disposta a ensinar as Escrituras Sagradas são portadores do ministério de mestre.

A responsabilidade do mestre 

A doutrina dos apóstolos tratava-se do conjunto de ensinos de Cristo ministrados por eles, eficazmente.

A missão dos mestres é defender e preservar, mediante a ajuda do Espírito Santo, o evangelho que lhes foi confiado. Têm o dever de fielmente conduzir a igreja à revelação bíblica e a mensagem original de Cristo e dos apóstolos e nisto perseverar (2 Timóteo 1.11-14). No juízo, os mestres cristãos serão julgados com maior rigor e mais exigência do que os demais crentes. Quem ensina, precisa compreender que ninguém na igreja tem uma responsabilidade maior do que quem leciona sobre a Palavra de Deus ((Tiago 3.1). 

Doutores sem entendimento (1 Timóteo 1.6, 7) 

O mestre na Palavra de Deus deve ser uma pessoa cuja vida seja uma demonstração de perseverança na verdade, na fé, e na santidade (1 Timóteo 3.1-13). Nem todos são doutores da Palavra e alguns são falsos doutores cristãos, pois seus ensinamentos não são os de Cristo (Efésios 4.11-13; 2 Timóteo 4.3).

Conclusão

Para quem pensa ser prejudicial à vida espiritual estudar a Bíblia com seriedade deveria pensar na elaboração das traduções bíblicas, por exemplo, disponíveis no Brasil. Se não houvessem homens e mulheres levantados por Deus e versados na erudição (línguas hebraica, grega, aramaica, egípcia e outras; a cultura oriental; a arqueologia para se achar manuscritos dos mais antigos possíveis), por certo, nã
o teríamos a Bíblia traduzida em nosso idioma. Por isso, valorize quem se esmera por conhecer mais as Escrituras.

E.A.G.

Compilações:
Bíblia de Estudo Pentecostal, páginas 1816, 1864, 1929, impressão 1996, Flórida / USA (CPAD).
Conquistando como o Mestre, Dr. Gerhard Scheibel, página 85, 86, edição 2000, Curitiba, (EFE- Editora Evangélica Esperança). 
Ensinador Cristão, ano 15, nº 58, página 41, abril-junho de 2014, Rio de Janeiro (CPAD)
Lições Bíblicas-professor, Elinaldo Renovato, 2º trimestre de 2014, páginas 69-76, Rio de Janeiro (CPAD). 
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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Para ouvir a voz de Deus



O mundo, sistema de rebelião contra Deus, tem seu estilo próprio de conduta. Portanto, não é possível amar ao Senhor de verdade e ao mesmo tempo ser parte do estilo de vida mundano.

 A ação de ouvir ao Pai Eterno não se consiste em fazer uso do aparelho auditivo. É ter a disposição de conhecer o que Ele deseja e atender ao que propõe. Sua vontade está registrada nas Escrituras Sagradas. Dar ouvidos, é o mesmo que abrir a Bíblia Sagrada para ler com a intenção de conhecer e obedecer ao conteúdo escrito.

Para ser agradável a Deus não basta ser religioso, e preciso ser espiritual

E.A.G.

Então e assim - reflexão no livro de Jó, capítulo 42.10-12

Ao conversar ontem pela manhã com uma pessoa muito estimada, senti a necessidade de mostrar textos bíblicos referentes a relação de dar e receber. Citei Jó e Jesus Cristo.

"E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou, em dobro, a tudo quanto Jó antes possuía. Então vieram a ele todos os seus irmãos, e todas as suas irmãs, e todos quantos dantes o conheceram, e comeram com ele pão em sua casa, e se condoeram dele, e o consolaram acerca de todo o mal que o Senhor lhe havia enviado; e cada um deles lhe deu uma peça de dinheiro, e um pendente de ouro. E assim abençoou o Senhor o último estado de Jó, mais do que o primeiro; pois teve catorze mil ovelhas, e seis mil camelos, e mil juntas de bois, e mil jumentas" - Jó 42.10-12.

O cativeiro

Por cativeiro, podemos considerar um lugar ou o tempo que uma pessoa permanece sem liberdade. Esta é a descrição que o escritor do Livro de Jó faz da situação em que Jó se encontrava.

No primeiro capítulo, o escritor do livro escreveu: "Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal. E nasceram-lhe sete filhos e três filhas. E o seu gado era de sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; eram também muitíssimos os servos a seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do oriente" - Jó 1.1-3.

Sobre cativos, temos a seguinte profecia: "Assim diz Deus, o Senhor, que criou os céus, e os estendeu, e espraiou a terra, e a tudo quanto produz; que dá a respiração ao povo que nela está, e o espírito aos que andam nela. Eu, o Senhor, te chamei em justiça, e te tomarei pela mão, e te guardarei, e te darei por aliança do povo, e para luz dos gentios. Para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão os presos, e do cárcere os que jazem em trevas" - Isaías 42.5-7.

Jesus Cristo identificou-se com esta profecia: "E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, a pregar liberdade aos cativos, e restauração da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos" - Lucas 4.17-21.

Todos os dias restantes de Jó

"Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando" - Salmos 90.10.

Notamos que o termo cativeiro é usado em Jó 42.5-7 de maneira figurada. O patriarca não estava dentro de uma cela, sofria com grave doença, pela perda da família e perda da condição financeira privilegiada. Mesmo nestas condições, tinha forças para orar em favor dos amigos. Depois da oração, todas as amizades que o conheciam antes do seu sofrimento foram visitá-lo em sua casa, e em sinal de comunhão todos comeram pão juntos. Após a refeição, os visitantes sentiram compaixão de Jó e tomaram a decisão de agir para ajudá-lo, e essa ajuda aconteceu através de compartilhamento de bens ao ponto dele ficar em condição financeira melhor do que antes das aflições que o acometeram e o empobreceram.

A narrativa bíblica não revela como Jó recuperou-se da doença, mas mostra que experimentou novo vigor físico, pois voltou a casar-se e teve dez filhos, sendo que três eram mulheres muito bonitas e faleceu em idade avançada, aos  cento e quarenta anos, tempo de longevidade em dobro de anos considerados normais ao ser humano. Em sua velhice, teve plenas condições de ver o crescimento de sua família até os tataranetos. E o livro termina com essas palavras: "Então morreu Jó, velho e farto de dias."

As bênçãos que Deus te dá

Não cabe ao cristão ter a esperança de ser abençoado apenas no plano desta vida, como também desprezar as bênçãos de ordem material.

Para instruir sobre as bênçãos que Deus nos dá, Jesus Cristo usou como ilustração as figuras do agricultor e do cesto de sementes usado como forma de medir porções no mercado. O agricultor generoso, no momento da compra de grãos recebe o produto de maneira extremamente generosa. "Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo" - Lucas 6.38.

As bem-aventuranças em dar e receber

"Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber" - Atos 20.35. Lucas, relatou uma exortação do apóstolo Paulo, em que ele discursa sobre coisas da esfera material, e nesta exortação relembra as palavras de Cristo sobre bem-aventurança. E fica claro que são felizes tanto quem dá quanto quem recebe.

Escrevendo aos crentes da cidade de Filipos, 4.13, Paulo afirmou ter condições de viver bem, espiritualmente, tanto passando necessidade quanto tendo sobras, ser alguém pobre ou rico. Nós também devemos ter a mesma estrutura espiritual dele. São muitas as vezes na vida em que podemos servir de instrumento de Deus para abençoar outros, tal qual fizeram as amizades de Jó. E poderá existir vezes em que estaremos em posição parecida com a do patriarca, em que será preciso ter o coração humilde para receber a bênção que o Senhor quer nos entregar por intermédio de pessoas perto de nós. Assim sendo, estejamos prontos para dar e também para receber. Na primeira e na segunda condição somos pessoas bem-aventuradas.

Ninguém, mesmo que esteja longe do estado de extrema necessidade, deve dizer "eu não preciso", porque o Senhor é bondoso e muitas vezes não se satisfaz com o nosso cesto cheio, quer que seja recalcado (espremer o produto para baixo e colocar mais), sacudí-lo, e fazê-lo transbordar.

E.A.G.

sábado, 31 de maio de 2014

Nova Jerusalém - Quarteto Gileade


Jabes Rosa (barítono); Nivaldo Silva (2º tenor); Marcos Simei Rosa Cardoso (1º Tenor);
 Aluísio Joaquim dos Santos Júnior (baixo).
Site oficial: http://www.quartetogileade.com.br/site/

A pornografia pode ser danosa ao cérebro, segundo pesquisa do Instituto Max Planck feita por Simone Külhn

Homens que relatam assistir com frequência material pornográfico têm a propensão a possuir menos volume e atividade em regiões do cérebro ligadas à recompensa e motivação, afirma um novo estudo alemão.

O estudo, publicado no JAMA Psychiatry, todavia, não pode assegurar que assistir pornografia causa a diminuição de massa e atividade cerebral. Não está esclarecido, por exemplo, se assistir pornografia provoca alterações no cérebro ou se as pessoas que nascem com determinadas características cerebrais assistem mais pornografia, disse Simone Kühn, principal autora da pesquisa efetuada no Instituto Max Planck para o Desenvolvimento Humano em Berlim, em um e-mail.

"Infelizmente não podemos responder a essa pergunta com base nos resultados do presente estudo", disse Kühn.

Porém, observou ela, que os resultados fornecem a primeira evidência de uma ligação entre o consumo de pornografia e reduções no tamanho do cérebro e menor atividade cerebral em resposta a estímulos sexuais.

Para o estudo, ela e seu colega Jurgen Gallinat da Universidade Charité, também em Berlim, recrutaram 64 homens saudáveis, com idades entre 21 e 45 anos e formularam perguntas a eles sobre o comportamento repetido de assistir pornografia. Eles também fizeram imagens dos cérebros dos homens para medir o volume e observar como seus cérebros reagiram a fotos pornográficas.

"Averiguou-se que o volume da camada estriada, a parte do cérebro que está ligada com o processamento de recompensa e procedimentos motivados era inferior em relação ao maior número de pornografia que os participantes diziam utilizar", revelou Kuhn.

"Igualmente, descobrimos que outra região do cérebro, que também faz parte do núcleo estriado, que é ativado quando as pessoas vêem estímulos sexuais, mostra menos atividade em participantes que consumiam mais pornografia", acrescentou.

Além disso, os pesquisadores descobriram que existe elo entre o corpo estriado e o córtex pré-frontal, que é a camada mais externa do cérebro associada ao comportamento e ação de decidir, agravava com o aumento de pornografia assistida.

Pelo fato de o estudo não provar que o material pornográfico causa mudanças no cérebro, Kühn alega que não é possível dizer se assistir pornografia é realmente um hábito nocivo.

"Tudo será ruim em exagero e provavelmente não será temível de maneira moderada", disse o Dr. Gregory Tau do Instituto Psiquiátrico do Estado de Columbia University / New York em Nova York.

Tau, que não estava envolvido com o estudo, concorda que mais pesquisas devem ser realizadas nesta área e que pesquisas mais extensas são necessárias para descobrir se a pornografia leva às alterações cerebrais.

"É possível que existam pessoas com um certo tipo de cérebro que são mais propensos a esses modos comportamentais", disse ele. "Ou, é possível que o uso excessivo (de pornografia), possa criar mudanças permanentes no cérebro. Ou, poderiam ser ambas as situações simultaneamente."

Kühn afirma que outras formas de agir, como dirigir um táxi, estão ligadas às alterações no tamanho e funcionamento do cérebro. "Basicamente, tudo o que as pessoas fazem frequentemente é capaz de produzir novos moldes na estrutura e função cerebral", disse ela.

Fonte:  JAMA Psychiatry via Fox News/ReutersDuoling (com a colaboração de Wallison Sousa na tradução).

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Comentário Belverede: 

O Salmista escreveu: "Não porei coisa má diante dos meus olhos" (Salmos 101.3a), que nos faz ponderar sobre o fator negativo do uso de pornografia, espiritualmente. Agora, o trabalho dos pesquisadores da Alemanha abre nova perspectiva: além de causar os malefícios para a alma e o espírito, a devassidão também pode ser considerada prejudicial neurológica e  fisicamente. 

quinta-feira, 29 de maio de 2014

O Livro de Deuteronômio: quinto livro da Bíblia Sagrada

Deuteronômio é o nome do quinto livro das obras de Moisés, que é essencialmente idêntico ao livro que os sacerdotes acharam no reinado de Josias, 621 a.C. (2 Reis 22; 2 Crônicas 34), descoberta esta que trouxe grande reforma religiosa ao reino de Judá. 

Por todo o livro, Moisés é mencionado como autor dos discursos que compõem a maior parte da obra, escrevendo de próprio punho ou ditando partes a seu amanuense ou secretário, conforme o costume em sua época e cultura (Deuteronômio 1.5; 31.9, 22, 24; 1 Reis 2.3; 8.53; 2 Reis 14.6; 18.12). Ele estava com 120 anos quando o escreveu. É óbvio que o relato de sua morte, que aparece no capítulo 34, é obra de outro escritor, muito provavelmente Josué, que seguiu a tradição de acrescentar à obra de um grande escritor seu obituário, para homenageá-lo.

Na época em que foi escrito, o povo de Israel estava acampado junto às fronteiras de Canaã. Depois de terem caminhado pelo deserto por quarenta anos, estavam prontos para atravessar o Jordão entrar na Terra Prometida.

O título do livro em português, tradicionalmente utilizado nas versões correntes da Bíblia, deriva de uma tradução da Septuaginta, LXX (a tradução grega mais antiga do Antigo Testamento, publicada por volta de 285 a.C.), em relação a uma passagem em Deuteronômio 17.18, que em hebraico significa "uma cópia desta lei", ou "segunda lei". O livro contém ensinamentos que Moisés considerava necessário repetir, repete Os Dez Mandamentos e muitas leis contidas em Êxodo, Levíticos e Números.

Moisés relembra do que  Deus havia feito em favor dos israelitas nos quarenta anos de peregrinação, como os havia livrado da escravidão no Egito e os havia levado pelo deserto. Mostra que o amor fez com que Deus escolhesse Israel como nação predileta. Exorta os israelitas para que cumpram a sua parte da aliança que Deus havia feito com eles, para que continuassem a receber as bênçãos na terra onde vão morar. Enfatiza o relacionamento de amor e zelo entre Deus e os israelitas, e o povo do Senhor (cristãos de todas as nacionalidades), com o propósito de esclarecer que é preciso considerar que as leis foram feitas baseadas no amor divino, levando em consideração as necessidades dos israelitas e gentios.

Jesus Cristo confirma a autoria mosaica (Mateus 19.7, 8; Marcos 10.3-5; João 5.46-47). Citou Deuteronômio por três vezes quando foi tentado por Satanás, referindo-se a ele como Palavra de Deus (Mateus 4.4, 7, 10). Mencionou a passagem-chave do livro, 6.4-6, afirmando que "Amarás, pois o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de toda a tua força" é o mais importante de todos os mandamentos.

Deuteronômio, citado perto de 80 vezes no Novo Testamento, relata que Moisés escolhe Josué para ficar no seu lugar e, obedecendo à ordem de Deus, sobe o monte Pisga, de onde vê a terra de Canaã, ali no monte morre Moisés, o maior de todos os profetas de Israel.

E.A.G.

Compilações:
Bíblia Sagrada com Dicionário de Concordância, apêndice: Conciso Dicionário Bíblico - Ilustrado, D. Ana e Dr. S. L. Watson, página 252, edição 2013, Santo André (Casa Publicadora Batista / Geográfica editora). 
Bíblia Almeida Século 21, página 194, edição 2008, São Paulo (Edições Vida Nova).
Bíblia Jovem, página 36, edição 2001, São Paulo (Editora Vida). 
Bíblia Sagrada King James - Edição de Estudo, página 256, edição de julho de 2013, Abba Press Editora e Divulgadora Cultural Ltda / Sociedade Bíblica Íbero-Americana. 
Bíblia de Estudo de Avivamento e Renovação Espiritual, página 183, edição 2009, Barueri, (Sociedade Bíblica do Brasil).


quarta-feira, 28 de maio de 2014

Família, projeto de Deus para você


Natureza. O ser humano está e é parte da natureza. Assim como a noite se contrasta ao dia, o macho difere da fêmea, mas as doze horas diurnas e as doze horas noturnas se entrelaçam dentro das mesmas 24 horas. 


Amor. O macho e a fêmea se encontram com olhares enamorados, e o sentimento de amor faz com que se sintam incompletos. E conhecem-se por inteiros. Aliança de ideias, de planos, de vida, abrinhantados no casamento que se coroa na prole! 


Nosso Criador! Deus não quer que o ser humano esteja solitário e criou a família. A célula-mãe da sociedade é mais do que pessoas reunidas debaixo de um teto. São homem e mulher felizes querendo o bem do outro, sorrindo o riso do outro, chorando a tristeza do outro. O casal em plena concordância alimentado, protegendo, educando os filhos. É a instituição que pulsa vida, gera vida, faz com que quem vive viva bem, mais e melhor!


Ser parte de uma família é ter um lugar para voltar posteriormente ao trabalho árduo, após a prova da escola, depois que o passeio ganha peso de enfado. É ter quem aguarde nosso retorno. É saber que a nossa ausência produz o sentimento de falta!


Uma geração vai e outra vem. A vida segue feliz no colo das famílias, embalada no amor de homem e mulher dispostos a envelhecerem juntos, conceberem filhos e criarem suas crianças juntos. Honrando a Deus juntos.

É natural que sejamos entes familiares

E.A.G.


terça-feira, 27 de maio de 2014

O ministério de pastor

Por Eliseu Antonio Gomes

O apóstolo Paulo afirmou: "Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja" - 1 Timóteo 3.1. Episcopado é a função pastoral.

No original do Novo Testamento, o vocábulo pastor é "poimen", que significa boiadeiro, pastor de ovelhas, alguém que cuida com carinho, alimenta, protege um rebanho. Nas páginas neotestamentárias, a palavra é aplicada com referência a Cristo (João 10.11,14, 16; Hebreus 13.20; 1 Pedro 2.25). Também, como referência a um pastor cristão a cujo carinho e liderança outras pessoas são confiadas por Jesus Cristo (Efésios 4.11).

Entre os cinco dons ministeriais, talvez o dom de pastor é o mais difícil de ser exercitado e também o mais desejado por aqueles que almejam exercer o ministério com fidelidade. O pastor necessita ser extremamente dedicado e ao mesmo tempo ter graça e unção de Deus para ser um obreiro considerado apto ao ministério cristão.

Sem dúvida, para alcançar o patamar de excelência pastoral, é indispensável que a pessoa esteja disposta a aprender os métodos de comunicação de Jesus, imitar a Jesus e ser o exemplo entre os fiéis.

A pregação de Jesus e as teorias modernas do cérebro

"Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" - 2 Timóteo 2.15.

Uma pergunta importante que os pregadores precisam conhecer a resposta: Qual era o método de Jesus Cristo para atingir o público-alvo ao pregar?

Nos últimos anos houve grandes avanços na pesquisa do cérebro, os quais levaram a uma multiplicidade de teorias sobre o modo de funcionamento desse órgão.

São duas as linguagens de que os terapeutas precisam para chegar à pessoa como um todo: a linguagem do hemisfério esquerdo e a do direito.

Formas de linguagem relativas ao hemisfério esquerdo são todas aquelas que operam com o exercício do raciocínio, análises. As argumentações lógicas e objetivas, demonstrações, deduções e pensamento consequente, inferências.

O iluminismo, o racionalismo, o progresso da técnica e a matemática, o historismo, a desmistificação, o pensamento sóbrio, a "razão" e a "lógica" conduziram, nos últimos séculos, a uma ênfase demasiada sobre as realizações do hemisfério esquerdo do cérebro. Teorias e arcabouços doutrinários recorrem, em grande medida, ao universo de linguagem do hemisfério esquerdo.

O lado direito do cérebro está fixado mais intensamente em elementos ilustrativos e descritos, na captação de sentimentos e sensações, bem como no enfoque de contemplação mais integral. Pensamento analítico, sequências claras, conclusões finais e estruturações temporais e lógicas são alheias ao modo de pensar do hemisfério direito. São familiares ao hemisfério direito as coisas verbais, ilógicas, plásticas. Seu ponto forte é a compreensão integral, que entra menos nos detalhes, porque conhece a pluralidade. Formas de linguagem relativas ao hemisfério direito constroem uma ponte para o que vários psicólogos chamam de subconsciente.

Quando analisamos as formas de linguagem referentes ao hemisfério direito, encontramos paralelos muito interessantes com a pregação de Jesus: parábolas, figuras de linguagem, jogos de palavras, adensamentos, afirmações paradoxas, tudo isto faz "vibrar" o lado direito do cérebro. Poucas vezes Jesus expressou formulações teológicas abstratas - que seriam dirigidas predominantemente ao lado esquerdo do cérebro. Nessa sua maneira Jesus não apenas se comunicava com eficácia, Ele também comunicava algo qualitativamente diferente do que poderiam fazê-lo grossos compêndios teológicos. [1]

Humildade: necessidade pastoral

O dicionário Michaelis descreve o substantivo feminino "humildade" como uma virtude pela qual manifestamos o sentimento de fraqueza, modéstia, pobreza. Diz que é demonstração de respeito, de submissão. É inferioridade.

Sem dúvida, Jesus Cristo é o modelo de ser humano portador de perfeita humildade. Em seu exemplo, vemos que era humilde porque tinha autoconhecimento. Por conhecer-se bem, não quis ser mais ou menos importante do que realmente era. Sem duvidar, Ele declarou que era o Filho de Deus e recitou os textos do Antigo Testamento que se referiam a Ele, tal qual quem se apresenta entregando um cartão de visitas. [2] 

Para uma pessoa exercer o pastorado com eficiência, deve conhecer-se muito bem. Jesus Cristo apontou para os traços da estrutura do homem, para que este examine-se e esteja apto a servi-lo de maneira correta:

Fraqueza humana. "Sem mim nada podeis fazer" (João 15.5). Assim como os ramos se não estiverem ligados à videira morrem, o ser humano separado de Jesus Cristo não é capaz de manter-se, espiritualmente, vivo sozinho. 
Carência humana. "Simples como uma pomba" (Mateus 16.15). Este texto remete à necessidade de agir com compostura, decência, desambição. Porém, também, para a condição de ser uma pessoa inofensiva, não dada a ofender e praticar maldades. Haja vista que o pombo é a ave que simboliza o Espírito Santo (Mateus 3.16)! 
Pobreza da natureza humana. Em Mateus 5.3, Jesus Cristo enalteceu a pobreza de espírito, afirmando que os pobres de espírito são bem-aventurados. É preciso entender que neste caso "espírito" tem a conotação de intenção. Cabe ao pastor estar sempre intencionado a agir com um objetivo só: realizar, única e exclusivamente, o propósito de Deus. Não existe no ser humano nenhum valor agregado que o faça capaz de edificar a alma para alcançar a vida eterna por esforço próprio. É preciso aceitar e viver segundo a pobreza de espírito, isto é, aceitar o sacrifício vicário de Cristo como meio de salvação. Cabe ao pastor, e a todo cristão, pregar e praticar esta realidade.
Inferioridade humana. Jesus é Deus. Todos os fundadores de religiões morreram, seus restos mortais jazem em túmulos ou já se deterioraram inteiramente. O pastor evangélico deve reconhecer ser inferior a Cristo e reduzir-se a sua insignificância como reles pó, usar o ministério para anunciar a Palavra de Deus, que é eterna e prepara o espírito humano à eternidade com Deus. Afinal, só Jesus é a porta, o caminho, a verdade e a vida (João 13.4; 14.6), o Bom Pastor que deu a vida pelas ovelhas (João 10.11, 14), e o Sumo Pastor das ovelhas, a quem o pastor deve usar como modelo de servo de Deus  (Hebreus 13.20; 1 Pedro 5.4).   [3]

Delegação de autoridade

"Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros" - 2 Timóteo 2.1-2.

Deus trabalha com os homens como quem trabalha com as árvores. Ele planta para o futuro. Ele nunca sacrifica o futuro de um homem por um mero prazer ou alívio passageiro. Um jovem encontrou um homem já de bastante idade plantando um pé de nogueira num campo, na Suiça, e, ficando surpreso, disse: - "O senhor não sabe que este pé só dará frutos daqui a sessenta ou setenta anos?" - "Sei", foi a resposta, "mas estou colhendo o fruto de muitas árvores que homens de bom-senso plantaram a setenta e mais anos para mim". Os discípulos de Jesus adquiriram tal confiança nEle que deixaram tudo para segui-lo; mas Ele mesmo disse a Pedro: "O que Eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois" (João 13.7). Com o plano todo diante de nós, entendemos muitas coisas bem melhor, e muitas coisas que não entendemos agora, os nossos descendentes entenderão. [4]

Se o pastor pretende construir um ministério significativo para o reino de Deus, o primeiro passo é reunir um grupo e distribuir tarefas. A chave para alcançar os objetivos é estabelecer acordos, como fez o Filho de Deus ao chamar para perto de Si os discípulos que quisessem estar com Ele voluntariamente, para treiná-los à Obra e depois enviá-los a pregar por todo o mundo. Infelizmente, muitos pastores acreditam que podem realizar tudo sozinhos, consideram que é manifestação de fraqueza aceitar auxílio. [2]

O traço mais importante de um pastor é não ser um homem individualista. O ministério de uma pessoa com esse tipo de comportamento não chegará muito longe. A verdade é que boas intenções, nobres ideias, não levam a lugar algum, a menos que o líder forme uma equipe e  consiga envolvê-la em seu planejamento pastoral. Ao criar uma equipe, tal qual Jesus e os discípulos, fará com que a Palavra de Deus seja transmitida em maior proporção em sua geração e às gerações futuras.

Requisitos que o pastor deve apresentar

A pessoa que possui chamado para pastorear precisa possuir características de verdadeiro pastor, pois sua função é servir de guia ao rebanho de Cristo:

• Deve ter irrepreensibilidade moral, não escandalizar ou envergonhar a igreja;
• Ter vida conjugal exemplar, praticando a monogamia (Efésios 5.25);
• Vigilante. Sempre atento, zelando pelo seu bem-estar, de sua família e de todas as famílias da igreja local (1 Timóteo 4.12, 16; 1 Pedro 5.3, 7);
• Honesto (Mateus 5.37; 1 Pedro 1.15; Tiago 2.12);
• Hospitaleiro. O termo vem de hospital, e tem o sentido de acolher aos necessitados, providenciar repouso aos cansados; socorro aos enfermos e comida aos famintos (Deuteronômio 16.19; Malaquias 2.9; Lucas 10.34-35; 1 Timóteo 2.11; e Tiago 2.9).
• Não propenso às bebidas embriagantes.
• Mantenedor da boa ordem, não espancador. Aqui vale dizer da violência verbal, não apenas da violência física, pois quem possui língua descontrolada pratica a religião em vão, o poder da palavra mal empregada é descrito como agente capaz de incendiar um grande bosque, destruir o curso natural das coisas, e seu fogo destruidor é aceso no próprio inferno (Tiago 1.26; 3.5-7);
• Moderado. Uma pessoa gentil, emocionalmente controlada, fácil de se gostar (Tiago 3.17).
• Não contencioso. O Salmo 133 nos adverte que Deus ordena que haja bênção apenas aonde existe a comunhão entre os irmãos.
• Não avarento;
• Que governe bem a sua casa. Ser capaz de educar os filhos exemplarmente, tornando-os exemplos para as crianças da igreja. Esta capacitação ao pastoreio vem do alto, para Deus tudo é possível! (1 Timóteo 3.4; Tito 1.6);
• Experiente. O antônimo deste vocábulo na tradução Almeida Revista e Corrigida é "neófito". Para pastorear, é preciso que haja a experiência de vida para que possa oferecer lições úteis e aplicáveis segundo a sabedoria de Deus.
• Tenha condição de dar bom testemunho aos descrentes. O pastor deve ser o cidadão que proclama a mensagem de Cristo por palavras e atos, jamais ser contradizente em seu discurso através de sua conduta. Antes, durante e após  falar sobre paz, agir como o pacificador; antes, durante e após pregar sobre evangelismo, ser um propagador das boas novas e ganhador de almas.

A responsabilidade do pastor na igreja local e no lar

As duas principais instituições criadas por Deus é a família e a Igreja de Cristo.

O pastor deve ter claro em sua mente que Cristo é o Cabeça da Igreja, e de maneira alguma, quem pastoreia deve assenhorar-se da comunidade cristã como se todos os membros fossem seus subordinados. (João 21.15-17; Efésios 1.22; Tito 2.7-8).

Quando Jesus percorria pregando as boas novas do reino de Deus em sinagogas, aldeias, curava enfermos e se compadecia das multidões, olhava para cada ser humano como ovelhas cansadas e sem pastor (Mateus 9.35-36). Ao subir ao céu, Ele instituiu o singular ministério de pastor, com o objetivo de que existam pessoas habilitadas a apascentar, nutrir, cuidar de seu rebanho.

A igreja local é formada por famílias e o pastor deve agir como o pai, irmão e filho amoroso desta família. Instruindo Timóteo em seu pastorado, Paulo recomendou que ele ensinasse aos mais velhos como se fossem seus pais e aos mais novos como se fossem seus irmãos (1 Timóteo 5.1-2). O pastor deve estar preparado para apresentar a postura adequada para todas as situações. Sempre saber lidar com todas as espécies de problemas dentro da comunidade cristã, tal qual problemas dentro da estrutura de um lar: providenciando socorro aos problemas financeiros, a disciplina em amor aos neófitos em rebeldia, etc.

O pastor deve ser a figura mais presente no cotidiano da igreja local, ao apascentar os cordeirinhos com a Palavra de Deus, o rebanho cresce e atinge a plena maturidade espiritual. O pastor deve estar sempre disposto a ministrar ao membro doente em sua casa ou no hospital; realizar os casamentos e ajudar na manutenção do matrimônio em tempos de crises e perdas de entes queridos; o pastor deve ser o garçom em prontidão a servir o alimento espiritual de acordo com a dieta celestial balanceada e equilibrada no tempo certo.

Conclusão

Deus deu pastores para a Igreja de Cristo, e não a Igreja de Cristo aos pastores. O pastor que é verdadeiramente vocacionado, exerce seu pastorado sem jamais esquecer-se que não cuida de ovelhas que são suas, mas de ovelhas que Cristo lhe confiou os cuidados. Através das sete cartas no livro de Apocalipse, notamos que o Senhor observa como cada pastor se comporta e um dia cada pastor, de todos as regiões do planeta e épocas distintas, terão que prestar contas sobre a qualidade de trato que dispensou a cada uma das pequeninas ovelhas do Senhor.

Consultas:
1. Conquistando como o Mestre, Dr. Gerhard Scheibel, páginas 85 e 86, edição 2000, Curitiba (Editora Evangélica Esperança).
2. Jesus, o maior líder que já existiu, Laurie Beth Jones, páginas 21 e 35, edição 2006, Rio de Janeiro (Sextante).
3. Dons Espirituais e Ministeriais, Elinaldo Renovato, página 107, 111 e 112, edição 2014, Rio de Janeiro (CPAD).
4. Os amigos de Jesus, E. Percy Ellis, página 161, edição 1996, Rio de Janeiro (CPAD).

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Quando a vitória não vale nada!

Por Silmar Coelho

"Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?" - Marcos 8.36.

Competição é crucial no mundo de hoje. O problema surge quando a disputa passa do limite, deixa de ser saudável e começa a prejudicar um colega, a família, a organização e a própria saúde. Decepai Malhotra, professor de Harvard, estuda o assunto e diz o seguinte: "O desejo de ganhar a qualquer custo tornou-se normal".

Há, hoje, uma sede de vitória sem medida. Tomados pela gana de vencer, muitos adotam estratégias duvidosas, antiéticas e desonestas. 

Esse estado de coisas pode acontecer até mesmo entre os casados. Por isso, devemos ter muito cuidado. Afinal, vencer a qualquer custo, ainda que leve o concorrente à derrota, acaba destruindo tanto o vencido quanto o vencedor. O desejo descontrolado de sucesso desperta toda sorte de comportamento. Promessas não são cumpridas. Amizades são destruídas. A desconfiança cresce no ambiente de trabalho e familiar. A saúde fica comprometida. Em alguns casos, leva até ao suicídio.

O rei Davi nunca desejou a vitória a qualquer custo. Quando teve a oportunidade de matar Saul, que o perseguia sem piedade, qual foi a sua atitude? Vejamos: "Disse Abisai a Davi: Deus te entregou, hoje, nas tuas mãos o teu inimigo; deixa-me, agora, encravá-lo com a lança, ao chão, de um só golpe? Não será preciso segundo! Davi, porém, respondeu a Abisai: Não o mate, pois quem há que estenda a mão contra o ungido do Senhor e fique inocente?" (1 Samuel 26.8, 9).

Melhor do que competir de maneira excessiva, fazendo que a competição descambe para a deslealdade, é ter a consciência limpa. Aquele que assume um papel destrutivo destrói a si mesmo (Marcos 8.36).

"Ai do ímpio! Mal lhe irá, porque a recompensa das suas mãos se lhe dará" (Isaías 3.11). 

No casamento, a luta pela vitória ou o desejo de sempre ter a razão causa males ainda maiores. Quando o casal briga, não há vencedores, somente vencidos. Não vale a pena vencer à custa do amor e respeito dos filhos ou do cônjuge. 

Se a nossa vitória não for honesta, não vale nada! A nossa felicidade não pode ser construída sobre o alicerce da infelicidade dos outros. final, disse Jesus: "Qualquer que procurar salvar a sua vida perdê-la-á; qualquer que a perder salvá-la-á" (Lucas 17.33).

Sejamos vitoriosos, mas de forma justa e honesta, contando sempre com a ajuda do Senhor. Aí, sim, a nossa vitória valerá a pena!

Fonte: Renovação da Fé, ano 15, nº 58, páginas 30 e 31, abril-junho de 2014, (Igreja Metodista Renovada).

A conduta cristã segundo Filipenses 4.8


Viva sem fingir; ame sem exigir nada em troca; escute sem atacar o opinante opositor; fale sem ofender ninguém. Esta é a filosofia de quem caminha neste mundo em observância aos ensinamentos bíblicos. Se nos comportamentos diferente, temos um Advogado em prontidão para pleitear a nossa causa: Jesus Cristo (1 Timóteo 2.5; 1 João 1.9).

domingo, 25 de maio de 2014

Regeneração - O Novo Nascimento



Por Rev. G. Hamstra

"Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" - João 3.3.

Há muitos reinos nesta terra, mas há somente um reino de Deus. Em nosso texto, o reino de Deus deve ser entendido como o reino de Deus em contraste com o reino de Satã. O contraste é impressionante. O reino de Deus é o reino da retidão, da alegria e da paz. O reino de Satã é o reino da escuridão, do pecado e da desesperança.

Esta distinção interessa a todos, porque ou pertencemos ao reino de Deus e estamos no mais abençoado relacionamento com nosso Criador, ou pertencemos ao reino de Satã e estamos alienados de nosso Criador e, por causa do pecado e da descrença, Sua ira e aborrecimento ainda permanecem sobre nós.

Nas palavras de nosso texto, o Senhor Jesus Cristo fala sobre uma única maneira pela qual alguém pode se tornar um cidadão daquele glorioso reino de luz e liberdade. A bondade do Senhor é grande, tanto que nos deu o precioso conhecimento da única maneira eficaz de entrar em Seu reino, que é através da regeneração ou do novo nascimento.

Esta verdade pode ser conhecida, mas poucos realmente entendem seu significado e percebem a importância de terem-na no coração. Vamos considerar esta grande verdade enquanto formulamos e respondemos algumas questões básicas.

A necessidade do novo nascimento

Primeiramente, por quê é necessária uma mudança tão grande e radical para entrar no reino de Deus?

A necessidade desta mudança significativa aponta para  terrível condição do homem natural. Muitos negligenciam o sério caráter deste ponto e se refugiam numa mudança menos  radical, feita pelo homem. Porém - que infelicidade! - ela não ocorrerá! Precisamos ter uma visão verdadeira e realista da profunda necessidade do homem.

Em Gênesis 1 aprendemos que o homem foi criado à imagem de Deus, de forma que era dotado de conhecimento, retidão e santidade. Em Gênesis 3, lemos como o homem perdeu o que possuía e usufruía no Jardim do Éden. Ele não está mais num estado de amizade e comunhão com seu Criador. Na Queda, o homem perdeu essa característica abençoada.

De acordo com a Palavra de Deus, o coração do homem, agora, é enganoso sobre todas as coisas e desesperadamente corrupto. A mente carnal é inimiga de Deus. Isto é verdade a respeito de todos os membros da raça decaída de Adão, a menos que, pelo novo nascimento, ele ou ela entrem na luz do reino de Deus.

O pecado é tão radical em seu caráter que o coração inteiro é corrupto e se rebela contra Deus! Nunca o homem será capaz de alterar esta situação. Mais uma vez, aqui está o testemunho da Escritura: Porventura pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Então podereis vós fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal?" (Jeremias 13.23). É impossível para o homem corrigir e purificar seu próprio coração pecador. É absolutamente necessário perceber esta verdade humilhante.

Para que o homem veja e entre no reino de Deus, o próprio Deus precisa intervir sobrenaturalmente na situação humana. Somente Ele é capaz de realizar essa tão necessária mudança. Esta é a grande verdade que Cristo estabelece em nosso texto: o que é impossível ao homem, é possível para Deus. Jamais poderemos apreciar demasiadamente esta verdade tão importante. Ela é indispensável para a salvação. 

A natureza do novo nascimento

A segunda questão que devemos levantar e tentar responder é: qual é a natureza desta mudança significativa? É ser nascido do alto. Este novo nascimento tem sua origem no céu. Ser nascido do alto é ser nascido de Deus. A linguagem figurativa, aqui, ilustra a natureza do novo nascimento. Quando nasce um bebê, ele é totalmente passivo no processo do nascimento. Assim é a regeneração. Nem mesmo a menor parte é obra do homem. É exclusiva e totalmente obra de Deus. É exclusiva e totalmente de Deus. Toda a glória pertence a Ele.

Cristo interpreta no contexto: é "nascer da água e do Espírito". A água refere-se à grande obra de limpeza do coração, a lavagem da regeneração. "E do Espírito" - esta regeneração é a do Espírito Santo.

Esta obra graciosa de Deus é muito mais excelente que qualquer empreendimento humano. É a maravilha do evangelho, que Deus desceu à mais baixa depravação das iniquidades humanas com a graça da purificação. Deus Espírito Santo cria um coração limpo e renova um espírito reto.

O Senhor executa uma obra radical e total nos corações dos que são objeto de Sua graça. Não é uma parte do coração humano que é renovado, é o coração inteiro que fica envolvido nesse propósito de renovação. Há uma transformação completa. Se um homem é nascido de Deus, ele é uma nova criatura. Esta obra de purificação é obra da eficaz graça de Deus.

O autor do novo nascimento

Em terceiro lugar, deve-se perguntar: Quem é esta grande e abençoada Pessoa que renova e purifica o coração?

O Autor desta obra é o próprio Deus e, mais especialmente, Deus Espírito Santo. Somente Ele renova o coração humano de acordo com Sua soberana boa vontade. Depois que Cristo adquiriu a redenção, o Espírito de graça e de súplicas foi derramado. É este o Espírito que renova o coração.

Somente Ele é qualificado para realizar esta grande obra. Não há coração tão endurecido que o Espírito Santo não possa quebrar, nenhum tão orgulhoso que Ele não possa humilhar, nenhum tão iníquo que Ele não possa tornar santo. O Espírito Santo demonstra grande beleza na natureza, mas tão maior é a maravilha de Sua extraordinária graça quando Ele renova e santifica um coração depravado.

Que o Senhor abra os olhos de muitos para que percebam esta grande verdade que testifica tanto a necessidade do homem como o grande poder de Deus de supri-la!

O efeito do novo nascimento

Quarto: Qual é o efeito ou resultado do novo nascimento?

É este: um coração renovado pela graça de Deus, habitado, controlado e dirigido pelo mesmo Espírito que o renovou. O pecador, pela natureza morto em pecados e ofensas, ressuscitou em Cristo Jesus. Tornou-se pobre de espírito, lamenta pelo pecado e tem fome e sede de justiça. Uma vez ele pertenceu ao reino de Satã mas, pela graça, tornou-se um cidadão do reino de Deus. Agora, ele se alegra no clemente amor de Deus. Seu coração clama pelo Deus vivo, por Sua graça em Cristo. Ele anda nos caminhos de Deus e ama Seus mandamentos.

Conclusão

A entrada no reino de Deus se dá exclusivamente pelo novo nascimento. Quão apropriada, então, em conclusão, é a pergunta: Já experimentamos esta graça regeneradora de Deus?

Se, pela graça, já experimentamos esse abençoado poder purificador, podemos nos regozijar com temor e tremor naquEle que Se lembrou de nós em nossa condição mais baixa e nos alçou com as cordas de Seu amor, transportando-nos do reino de trevas para o reino de Sua maravilhosa luz. Vivamos, então, para Sua glória e louvor!

Porém, se você nunca percebeu a necessidade e valor desta mudança salvadora, quão necessário é, então, refletir seriamente sobre seu destino eterno e não adiar este assunto tão importante! Sem este nascimento do alto não pode haver comunhão e amizade com seu Criador nesta vida aqui, e isto é muito pior, nenhuma comunhão com Ele na eternidade. Sem o novo nascimento, uma eternidade de aflição será sua herança.

Nosso papel é passivo na regeneração, mas não devemos ser passivos ou descuidados e indiferentes sobre uma eternidade de bênção ou de aflição! Não devemos descansar até que, pela graça, saibamos que Deus realizou esta grande obra de purificação em nossos corações.

Fonte:
Informativo SBTB, outubro-dezembro de 2013, www.biblias.com.br.
https://frcna.org/ | https://frcna.org/psalter/item/8625-/8625- 

G Hamstra é Vice Presidente da Trinitarian Bible Society. Foi ordenado ao pastorado em 2 de janeiro de 1963, na igreja Bloor Street East Presbyterian em Toronto. Em 11 agosto de 1972, entrou para a Igreja Reformada Livre (FRC) onde deu continuidade a carreira pastoral, sendo empossado como pastor da congregação Dundas. Em 25 de outubro de 1977, assumiu  uma chamada para a Christelijke Gereformeerde Kerk em Alphen aan de Rijn, Holanda. Em 4 de agosto de 1981, aceitou convite da congregação de Elburg. Em 25 de janeiro de 1985, assumiu  a congregação New Jersey, território norte-americano e, em 23 de outubro de 1992, retornou à congregação de Toronto, Canadá.

sábado, 24 de maio de 2014

Psicóloga Marisa Lobo tem direito de exercer profissão cassado por ser evangélica

“Ninguém pode ser cassado sem denuncia de paciente, mas eu posso porque sou cristã."

“Mesmo admitindo no relatório que eu não curei gay, ou ofereci tratamento, mesmo o relator afirmando que não foram encontradas provas de tal ato, ainda assim, me cassaram por eu dizer na mídia que conheço ex gay.”

Marisa Lobo, psicóloga e pré-candidata a deputada federal pelo Partido Social Cristão, em entrevista ao portal Gospel Prime.

O Conselho Regional de Psicologia (CRP) do Paraná, na sexta-feira de 16 de maio, cassou o registro profissional de Marisa Lobo, que revelou estar disposta a recorrer da decisão da entidade.

E.A.G 

sexta-feira, 23 de maio de 2014

A surpresa da morte realça o brilho da vida

A surpresa da morte realça o brilho da vida. https://belverede.blogspot.com.br Eliseu Antonio Gomes Belverede
Por Cícero Manoel Bezerra

"Deixem que eu seja sepultado em algum lugar quieto; onde folhas caiam, e os pássaros brinquem enquanto o orvalho brilha à luz do Sol" - C. H. Spurgeon.

A beleza da vida

A adolescência é uma fase da vida que dificilmente esquecemos. Nesse período desenvolvemos amizades, criamos valores. Aprontamos muito; aventuras, adrenalina, fantasias, sonhos, imaginações sem fim, noites sem dormir, refrigerante, televisão, filmes, brigas com irmãos, paixões, namoros (que só existem em nossa imaginação). Enfim, tudo o que faz parte das janelas da vida. É um tempo que fazemos coisas das quais jamais nos esqueceremos. Aprontamos "poucas e boas" nessa fase. (Nossos pais que o digam!)

Dor e sofrimento

Mas não foi bem isso o que aconteceu com Rebeca, uma "guria" que, na adolescência, teve de passar o que a maioria de nós jamais poderia imaginar.

Num período de aproximadamente cinquenta dias, Rebeca se deparou com uma tragédia inigualável para uma garota de pouco mais de dezessete anos. Dores foram surgindo em seu corpo, dando início a uma  luta sem precedentes, na tentativa de descobrir o que estava se passando. Teve que viajar para uma outra cidade, e começar a familiarizar-se com o ambiente hospitalar, o cheiro do éter, horários, a impaciência por parte de alguns médicos, consultas com especialistas, exames e mais exames, e os imprevistos. Mas também pôde contar com a ajuda de irmãos e conhecidos da comunidade, que se mobilizaram na tentativa de ajudar a solucionar o problema.

Quando finalmente chegou-se a um diagnóstico, a doença já havia se enraizado em seu organismo - um câncer fatal. Seus órgãos internos estavam totalmente tomados. Em questão de dias esse mal horrendo ceifou a vida da jovem Rebeca.

A diferença que a família faz

Vamos analisar um pouco a vida de Rebeca. Ela foi adotada por uma família de irmãos em Cristo, que se dispuseram a amá-la como a uma filha, dando-lhe tudo o que podiam para que se sentisse aceita e amada. Toninho, o pai, sempre preocupado em lhe proporcionar uma boa educação, e sempre zeloso pelo seu bem estar. Solange, a mãe, sempre carinhosa, atenciosa, conselheira, e amiga acima de tudo. Na maioria das vezes uma mãe adotiva é mãe duas vezes: por escolha e pelo apego natural, comum a todas as mães.

Nesse episódio de dor que essa família se viu envolvida, cabe salientar alguns pontos. A atitude que tiveram serviu de testemunho para toda a comunidade, e muitos se chegaram a Cristo. Por intermédio dessa triste eventualidade, pessoas no hospital foram impactadas; o colégio onde Rebeca estudava se mobilizou totalmente para o funeral. As pessoas estavam estarrecidas com a morte trágica e prematura daquela estudante.

A morte nos assusta, confronta, nos leva a questionamentos. Por incrível que pareça, ela nos faz pensar sobre a vida e nos estimula a refletir a respeito do fato de que todos, um dia, teremos de enfrentá-la.

O ser humano tenta fugir da morte, mas não há escapatória. Iremos nos deparar com ela de um jeito ou de outro. Nessas horas, as pessoas passam a pensar mais um pouco em seus ideais e valores. A sociedade moderna tenta por diversos meios ignorar a morte. Atividades sem fim, fortes emoções, uso de drogas, etc, são as alternativas atuais para vencer o impacto da morte.

Como no caso de Rebeca, de repente e de uma forma assustadora, nos deparamos com o que vamos passar um dia e isso nos leva a refletir, a considerar a respeito de nossas escolhas. O cidadão moderno não leva em conta os valores espirituais, age e reage de acordo com aquilo que vê, sendo que todos os dias, um dia, prestaremos contas diante de Deus por todas as nossas escolhas. Nossas decisões não fogem à regra da lei da causa e efeito. Diante do que aconteceu com essa menina, muitos que estavam afastados do Senhor consertaram sua vida com Deus.

A presença real do Senhor

Em todo o tempo Deus esteve com a família. Sobre a situação, o pai de Rebeca disse: "Foi uma atuação milagrosa de Deus em nosso favor." Não se pode imaginar o conforto de Deus numa situação assim. Nesses momentos o que conta é a nossa confiança na imensa graça do Senhor, em seu conforto inexplicável, e na sua presença forte e significativa. São situações que jamais imaginamos passar.

Por mais que nos esforcemos, não podemos medir o que essa família passou. Podemos sim, testemunhar que Deus esteve sempre com eles. Podemos também tirar lições da conduta que tiveram perante tamanha dor, da luta na tentativa de solucionar as questões e encontrar respostas. Somente Deus poderia ter dado tamanha assistência.

Somos um corpo

Em momentos como esse vale destacar o amor e o cuidado dos irmãos, todos tentando ajudar. Pessoas com as quais nunca haviam se relacionado, de repente e prontamente, se colocaram à disposição para servir e para cooperar de alguma forma. É em circunstâncias assim que percebemos que somos um corpo: uma palavra amiga, um gesto solidário, e mesmo aquela presença silenciosa de alguém que gostaria muito de ajudar, mas não sabe como. Tudo isso é muito significativo. A presença da igreja, o apoio da comunidade, dos parentes, nos faz sentir que amamos e somos amados.

Rebeca agora está nos braços de Deus, debaixo dos cuidados do Senhor. Quando ainda estava consciente, havia demonstrado que realmente entregara a vida a Jesus. Uma detalhe marcante de seu testemunho foi que, já com o organismo todo tomado pela doença, mas ainda consciente, ela fazia sinais com os dedos como se ainda estivesse tocando órgão eletrônico, instrumento que ela gostava de tocar, e com o qual também louvava a Deus.

Os pais Toninho e Solange, pela graça de Deus têm suportado a dor. Não tem sido fácil: momentos de saudade, lembranças inesquecíveis, o perfume que usava, as roupas, a comida que mais gostava, tudo que fazia parte da convivência com Rebeca... precisam encarar de outra forma. Agora ela está com Deus!

A Ele seja a glória!

Mensagem da Cruz, nº 117, página 16, abril-junho de 2002 (Editora Betânia).

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Blog Belverede

"Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos" - Salmos 116.15.

A esperança do cristão é viver a eternidade com Deus. Deus não considera momento de baixo valor o falecimento de um justo. A morte de seus seguidores é um cuidado para o Senhor, que sente a dor e a tristeza do luto das famílias, atribui extremo valor à alma de qualquer de seus servos fiéis. Ele exerce o máximo zelo por todos os envolvidos na separação de um ente querido. Para nós, a despedida é uma tragédia, mas para Ele é uma promoção para a glória eterna, e se alegra ao receber quem O ama no Céu, que é lugar de paz para todo o sempre (João 14; Filipenses 1.21).

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Marco Feliciano inocentado por STF com unanimidade em acusação de estelionato

"Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) absolveu nesta quinta-feira (22) o deputado federal e pastor evangélico Marco Feliciano (PSC-SP) de uma acusação de estelionato por não ter realizado dois cultos religiosos pelos quais havia sido contratado." [1]

"O parlamentar (...) foi acusado de firmar contrato para ministrar um culto religioso e não comparecer. Os ministros do Supremo entenderam que não ficou configurado o cometimento de crime e, caso seja necessária punição, deverá ser discutida na área cível e não na área criminal." [2]

"O parlamentar foi denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul por não ter comparecido a um evento religioso no Estado, mesmo depois de ter recebido um cachê de R$ 8 mil. A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu a absolvição de Feliciano, defendendo que não há provas do crime. O relator do processo, ministro Ricardo Lewandowski, acolheu os argumentos da defesa de Feliciano, entendendo que o caso não se caracteriza como uma infração penal." [3]

1. No UOL, Fernanda Calgaro, às 14h51: Por unanimidade, STF absolve Feliciano de acusação de estelionato. http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2014/05/22/por-unanimidade-stf-absolve-feliciano-de-acusacao-de-estelionato.html 
2. No G1, Mariana Oliveira. às 14h48: Supremo absolve deputado Marco Feliciano do crime de estelionato. |http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/05/supremo-absolve-deputado-marco-feliciano-do-crime-de-estelionato.html 
3. No R7, Carolina Martins, às 15h15: STF absolve Marco Feliciano por unanimidade da acusação de estelionato. http://noticias.r7.com/brasil/stf-absolve-marco-feliciano-por-unanimidade-da-acusacao-de-estelionato-22052014

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Secretário de Comunicação de Alckimin afirma que Deputado ligado a Jilmar Tatto foi flagrado em reunião com bando que incendia ônibus

No programa Brasil Urgente de 21 de maio (Band), Márcio Airth, secretário de comunicação do Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckimin, acusa um Deputado Estadual paulista, ligado a Gilmar Tatto, sem revelar o nome de quem é (logo abaixo, veja o nome e de que partido político é), foi flagrado em uma reunião com grupo de perueiros, sendo um dos presentes o ladrão de bancos Carlos Roberto Maia, conhecido como Carlinhos Alfaiate.

Airth ainda acusou Tatto de dificultar investigações.

Na sequência, Tatto ligou ao programa, apresentado por José Luiz Datena, para trazer sua versão e afirmou não ter conhecimento dos fatos. Datena demonstrou estranheza a situação de a polícia não trazer à público o ocorrido.

Fortes indícios de investigação levam a afirmar que perueiros têm ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), a quadrilha usa as empresas de veículos para lavagem de dinheiro, e é responsável por queimas de ônibus.

22 de maio: Reinaldo Azevedo, colunista da Veja, em postagem desta data, noticia que a pessoa do meio político flagrado em reunião com criminosos é o Deputado Estadual é Luiz Moura, petista e ex-presidiário.

"No dia 17 de março, no auge dos incêndios a ônibus em São Paulo, a 6ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Facções Criminosas e Lavagem de Dinheiro havia estourado uma reunião na sede da Cooperativa Transcooper, em Itaquera, na Zona Leste, em que membros do PCC planejavam as ações criminosas. Sabem quem estava presente ao encontro? Ninguém menos do que o deputado estadual petista Luiz Moura (PT-SP), que estaria lá na condição de “convidado”.

"Terei eu de lembrar que Jilmar Tatto tem dois aliados importantes que são, digamos assim, ligados à área de transporte? Um é o deputado estadual Luiz Moura, um ex-presidiário que não cumpriu os 12 anos a que estava condenado porque se tornou um fugitivo. Hoje, é deputado petista. Outro é Senival Moura, vereador, também do partido, irmão de Luiz. O agora deputado estadual se fez líder dos perueiros, uma área que a família Tatto conhece muito bem.” 

E.A.G.

Atualização: 22/05/2014. às 11h26.

O ministério de evangelista

Por Eliseu Antonio Gomes

Jesus Cristo declarou aos seus seguidores: "Vós sois a luz do mundo" - Mateus 5.14.

Paulo, abordando o testemunho de fé que devemos transmitir, declarou que exalamos o bom cheiro de Cristo: "E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento. Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes certamente cheiro de morte para morte; mas para aqueles cheiro de vida para vida" -  2 Coríntios 2:14-16 a.

No idioma grego, o termo evangelista é "ziw", palavra que significa proeminência e brilho, remete figurativamente ao mês de Ijar (ou Maio), que é o mês das flores. A raiz aramaica tem o sentido de esplendor, resplendor e satisfação. Assim sendo, podemos afirmar com certeza que o autêntico evangelista é todo aquele que reluz a luz de Jesus na escuridão e possui em si o perfume celestial sobressaindo no ambiente fétido do pecado.

Embora o Senhor nosso Deus separe uns para evangelista e os dê a sua Igreja, o privilégio de anunciar o Evangelho ao mundo é de todo aquele que se considera um verdadeiro discípulo de Jesus. Todo cristão deve iluminar e exalar o aroma divino, através da tarefa de evangelização apresentar a graça e o amor de Deus aos que vivem em trevas e impregnado pelo odor da morte. Evangelizar é agir como quem dá de comer a criancinhas que passam necessidade, demonstrar amor pelos famintos a ponto de se sensibilizar e levar-lhes alimento.

A distribuição do dom de evangelista nos faz entender o quanto o Senhor leva a sério a nobre tarefa do evangelismo. Assim como a multiforme graça divina nos revela que Deus cuida de nós por todos ângulos de nossas vidas, capacitando vidas a abençoar vidas por intermédio dos cinco dons ministeriais, registrados em Efésios 4.11.

Entre uma denominação evangélica e outra, existe diferença estrutural quanto à hierarquia de liderança. Via de regra, a pessoa com o ministério pastoral se estabelece no topo da tabela, enquanto profetas, evangelistas, mestres e apóstolos (missionários) mais abaixo.

Os dons ministeriais diferem uns dos outros, mas todos são úteis ao Reino de Deus: o apóstolo é capaz de fundar congregações, o local de culto; o mestre racionaliza todas as situações segundo o parecer bíblico, enquanto o pastor apega-se aos detalhes da alma humana; o profeta fala da parte de Deus a todos em circunstâncias específicas. Enquanto quatro dons ministeriais funcionam para a edificação espiritual, o dom de evangelista visa o crescimento numérico, seu objetivo é ampliar os limites da pregação além do aprisco das ovelhas.

A característica ministerial de quem lidera exerce grande influência sobre os liderados, o líder formata o coração e o foco da entidade sob sua responsabilidade. Desse modo, a igreja que tiver como líder uma pessoa dotada a ser evangelista, será mais forte no papel de propagação da Palavra de Deus centralizada na cruz de Cristo e ganhará pessoas para o Reino de Deus e será menos propensa a aplicar ações de discipulado. Por outro lado, se o líder for alguém que exerça o ministério de mestre, haverá maior aplicação, por parte de quem fizer parte da organização, ao ensino.

O ideal é que haja intercâmbio entre os membros do Corpo de Cristo, que haja estreito relacionamento entre os irmãos, com objetivo de empreender esforço para "preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz", pois "há um corpo e um Espírito", fomos "chamados numa só esperança" (Efésios 4.1-6).

A missão do evangelista é anunciar o ministério da reconciliação de Deus com o mundo, porque foi para isso que o Senhor enviou o Filho: "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação" - 2 Corintios 5.19.

Os evangelistas sentem dor na própria alma ao ver pessoas gastarem tempo naquilo que não traz a felicidade verdadeira. Choram em favor das vidas que ainda não conhecem o Salvador, angustiam-se pelas pessoas perdidas em pecados, oprimidas por enfermidades, cativas por possessões malignas. E, além de entregar-lhes o recado das Boas Novas de salvação, intercedem em oração por elas e são usadas sobrenaturalmente por intermédios de dons de curas e operações de maravilhas, conforme o exemplo de Filipe (Atos 2.14-41; 8.6-17; 21.8).

Evangelismo pode ser chamado de exercício de amor. Uma das mais importantes características de um evangelista é a sua paixão por pregar às pessoas que existe o plano da salvação, viabilizado pelo sacrifício vicário de Jesus. O que importa é anunciar isso, sem se importar com o número de ouvintes ou recompensas financeiras e status.

E.A.G.

Consultas:
Bíblia de Estudo Pentecostal, página 1815, impressão 1996, Flórida / USA (CPAD).
Bíblia Evangelismo em Ação, Ray Comfort, página 1199, edição 2005, São Paulo (Editora Vida).
Ensinador Cristão, nº 58, abril-junho de 2014, página 40, Rio de Janeiro (CPAD).

segunda-feira, 19 de maio de 2014

O livro de Números, o quarto livro da Bíblia Sagrada


Números parece ser um título tão empolgante quanto Catálogo Telefônico ou Dicionário. Poderia ser chamado de "O Livro dos Censos", pois é como começa e termina. O nome deriva em nossas versões portuguesas, bem como nas versões latina e grega, dos dois recensementos relatados dentro da narrativa maior. Entre os escribas judeus era conhecido como "No Deserto", que no hebraico se registra com a palavra "Bemidbar", título extraído do primeiro versículo.

Tanto os judeus quanto os cristãos tradicionalmente consideram que Moisés é o autor do livro de Números, visto que a época de Moisés é 1.300 anos antes da de Cristo. A tese da autoria e data tem sustentação em descobertas arqueológicas, que apontam para a antiguidade das leis, das instituições e das condições de vida descritas no livro. Foi escrito para contar sobre os anos dos israelitas no deserto e mostrar o juízo de Deus em contraste com sua fidelidade e paciência para com o amado povo de Israel.

O livro de Números está repleto de histórias intensas. De modo vívido e impactante, revela um Deus de ira esmagadora o qual, porém, escancara os braços e acolhe os que se arrependem e se voltam para Ele. Deus é apresentado em Números como o soberano, severo, que exige obediência absoluta à sua santa vontade, mas que também é gentil, oferece esperança, e mostra misericórdia aos arrependidos. É o livro da disciplina divina, mostra que o povo precisa aprender que pode prosseguir somente enquanto confia e depende dEle, apresenta as consequências dolorosas de decisões irresponsáveis da parte do povo escolhido e os crentes.

Números começa com a nação de Israel no Monte Sinai pronta para iniciar uma marcha à Canaã. Deus manda Moisés quantificar os homens guerreiros e os levitas. Um projeto detalhado é dado parra arranjar o povo tanto em marcha quanto no acampamento. Nos 430 anos, desde José no Egito (Êxodo 12-40), a força de combate da nação de crescera até 603-550, sugerindo uma população de vários milhões. 

O livro começa com a velha geração (1-12), move-se através de um trágico período de transição (13-20), e termina com uma nova geração (21-36) às portas da terra de Canaã. Contém os registros de duas gerações, dois censos, e dois conjuntos de instruções para usufruto da terra da promessa.

Do ponto de vista histórico, o livro de Números começa onde termina o livro de Êxodo, com o espaço necessário, naturalmente, para as seções históricas dispersas. Cobre um período de aproximadamente quarentas anos de história da caminhada de Israel em direção à Palestina. Apesar de comumente chamarem esses anos de peregrinação, fica claro que o povo viveu 37 anos ao sul da própria terra de Canaã, em parte na área conhecida como Neguebe, não muito distante de Cades-Barnéia.

No Novo Testamento podem-se encontrar várias referências ao livro, nas quais o livramento da escravidão dos judeus no Egito é considerada um modelo terreno da redenção eterna. As experiências dos israelitas no deserto são histórias registradas para advertir os membros que fazem parte da Igreja do Senhor (1 Corintios 10.11). Devemos extrair uma grande lição ao ver em Números repetidos pecados, condenação e arrependimentos, ao ver o fracasso humano, mas também como Deus reage com paciência e misericórdia.

Jesus Cristo mencionou o episódio da serpente de bronze,  para ilustrar  o modo que Ele mesmo haveria de ser levantado na cruz afim de que todos aqueles que nEle confiassem não padecessem mas tivessem a vida eterna (Números 21.5-9; João 3.14-17).

E.A.G.

Compilações:
Bíblia de Estudo Vida, página 201, edição 1998, São Paulo (Editora Vida).
Bíblia Sagrada Almeida Século 21, página 144, 2008, São Paulo, (Edições Vida Nova).

domingo, 18 de maio de 2014

2014: Ano de mudança eleitoral

Para o bem do Brasil e preservação da Democracia brasileira, está na hora de transição. Não convém manter no Poder um partido só por muito tempo.


Tchau, Dilma. Vá com Deus!