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segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Os Atributos do Ser Humano

Claudionor de Andrade

O homem é um ser espiritual.

"Então Paulo, levantando-se no meio do Areópago, disse: Senhores atenienses! Percebo que em tudo vocês são bastante religiosos (Atos 17.22).

O homem é um ser racional.

"Não sejam como o cavalo ou a mula, que não têm entendimento, que são dominados com freios e cabrestos; do contrário não obedecem a você" (Salmos 32.9).

O homem é um ser livre.

"Mas, se vocês não quiserem servir o SENHOR, escolham hoje a quem vão servir: se os deuses a quem os pais de vocês serviram do outro lado do Eufrates ou os deuses dos amorreus em cuja terra vocês estão morando. Eu e a minha casa serviremos o SENHOR" (Josué 24.15).

O homem é um ser inventivo.

"Portanto, visto que somos geração de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem (Atos 17.29).

O homem é um ser cultural.

"O SENHOR Deus tomou o homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar" (Gênesis 2.15).

 O homem é um se social.

"O SENHOR Deus disse ainda: Não é bom que o homem esteja só; farei para ele uma auxiliadora que seja semelhante a ele" (Gênesis 2.28). 


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terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Por que bons casamentos tropeçam em coisas ruins?


Josué Gonçalves

Outro dia, depois de ministrar para centenas de casais, quando voltava para casa perguntei para a minha esposa no final: "Quantos dentre aqueles casais que participaram hoje da palestra são realmente felizes no casamento? Quantos estão vivendo de acordo com o que foi planejado por Deus?" 

Se você é casado ou casada, que nota daria para o seu casamento? Você é feliz no seu casamento?

Há um texto na Bíblia, no livro de Eclesiastes, que revela o desejo do coração de Deus para cada casal: Goza a vida com a mulher que amas..." (Eclesiastes 9.9).

Quando Deus planejou o casamento, Ele pensou em um relacionamento que proporcionasse ao casal alegria, felicidade, cumplicidade, prazer e paz. Infelizmente, com a Queda (Gênesis 3), o homem passou a viver as consequências do pecado também no casamento. Mas Jesus se manifestou para trazer cura e restauração (Lucas 19.10). Hoje é possível ser feliz no casamento, basta praticar os princípios estabelecidos na Palavra do Senhor, que é o nosso manual de instrução (Salmos 119.105).

Quando é que bom casamentos tropeçam em coisas ruins? Quando as expectativas não são cumpridas.

Quando você se casou, o que você esperava de seu cônjuge? Todos os jovens que estão se preparando para casar, nutrem expectativas em relação ao futuro cônjuge. A jovem desenha na mente tudo o que ela espera daquele que será seu marido.

Muitas dizem: meu futuro marido será sensível às minhas necessidades, romântico, gentil, afetuoso, generoso, bom amante, companheiro de todas as horas, trabalhador, bom genro etc. Não é diferente com o rapaz, que pensa: Minha futura esposa será romântica, generosa, mansa, carinhosa, boa amante, sensível às minhas necessidades, amiga, companheira e boa nora.

Aí eles se casam, mas com um ano, os dois se frustram, porque nada daquilo que foi esperado acontece. Por quê? Uma das razões é que na maioria das vezes os casais não praticam a arte da comunicação construtiva. Um não sabe qual é a real necessidade do outro.

Quando não há diálogo, as necessidades não são conhecidas e por isso não são supridas. Bons casamentos, em que os casais evitam tropeçar em coisas ruins, são aqueles aonde ambos se preocupam em manter os canais de comunicação sempre abertos.

Nunca deixe o seu marido/esposa ficar tentando adivinhar quais são as suas carências, necessidades ou anseios, converse, dialogue, explique, se abra. Não existe outro caminho para superar este problema, a não ser através da comunicação.

Lembre-se: não basta escutar, é preciso ouvir com o coração o coração do outro. Ouvir com sensibilidade é se importar com aquilo que é importante para o outro. Que bom se você acordasse amanhã perguntando para si mesmo: "O que eu posso fazer hoje para suprir uma carência ou necessidade do meu cônjuge? 

Esse é um  dos segredos de uma vida a dois que vale a pena ser vivida. Reflita sobre isso e compartilhe com seu cônjuge essa ideia.


Fonte: https://amofamilia.com.br

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Os benefícios do aprendizado de música durante a infância

Arte: Katty Fincher.
No decorrer dos primeiros anos de formação das crianças, as oportunidades de cursos e de diferentes aprendizagens são notoriamente sem-fim. A instrução musical é capaz de produzir uma enorme diferença em muitas áreas da vida dos pequeninos. Um dado interessantíssimo é que a música tem extraordinário potencial para melhorar as habilidades matemáticas na escola.

As áreas cerebrais responsáveis pela música e pela matemática são as mesmas. O ensino musical abrange contas, frações e bases comparativas. Seja qual for a escolha, todos os instrumentos irão melhorar o raciocínio de cálculos matemáticos da criançada.

Outras vantagens estão relacionadas à disciplina, à paciência e, inclusive, ao comportamento social. Alguns instrumentos, como o violino e o piano, requerem aplicação e perseverança durante o ano inteiro, sempre focando o núcleo mental. Por outro lado, os instrumentos de grupo, quando exercitados em uma classe, aprimoram as habilidades sociais das crianças, pois o convívio com professores e com colegas é necessário.

Como resultado do preparo musical, os jovens têm a confiança em suas qualidades e satisfação pessoal aumentadas, porque atingem suas metas numa classe. Também, lições de música inserem a juventude às inumeráveis e melhores expressões da cultura artística de civilizações remotas.

E.A.G.

Fonte: Jornal Viva Cidade, edição 1380, dezembro de 2019, www.vivacidade.com.br

domingo, 5 de janeiro de 2020

A Natureza do Ser Humano


Por Eliseu Antonio Gomes

Introdução

Jamais existiria vida na Terra se não fosse uma série de detalhes importantes, alguns dos quais desconhecidos até a metade do século passado. A localização da órbita da Terra na Via Láctea e no sistema solar, sua velocidade de rotação, ângulo de inclinação; os ciclos naturais da água e a purificação do ar; e a translação da Lua, satélite natural, exercendo sua pressão sobre a atmosfera terrestre. Estes dados reforçam a crença dos cristãos na existência do Criador.

A Bíblia Sagrada não tem a proposta de mostrar uma Antropologia elaborada sobre a origem do ser humano do ponto de vista científico, o foco principal é o religioso. Suas páginas apresentam o testemunho histórico das relações do homem com Deus, porém, faz isso mostrando diversos traços antropológicos.

No Antigo Testamento e na Nova Aliança, a Bíblia apresenta passagens que pressupõem a natureza do ser humano como a de uma pessoa tricotômica. O corpo, a alma e o espírito constituem esta natureza tríplice. Alma e corpo aparecem como dois elementos inseparáveis enquanto dura a vida, sendo o corpo comparado com vaso de barro, casa e tenda, que se desfazem com a morte (Jó 4.19-21; 2 Coríntios 4.4-11; 5.1-9; Filipenses 1.20-24). Vejamos os parágrafos abaixo a esse respeito.

1. O corpo humano veio da terra (Gênesis 2.7). 

Adão é a figura de quem se originou toda a raça humana. Além de ser um nome próprio ('adam), que significa "homem",  também tem o sentido de, "humanidade" (Gênesis 3.17,18; Romanos 5.12-21).  O Novo Testamento relaciona o início da prática do pecado à primeira transgressão de Adão e apresenta-o como  representante da humanidade de modo geral.

No sexto dia da criação, Deus criou o primeiro 'adam (Gênesis 1.27). Como o oleiro dá forma ao vaso, Deus formou-o do pó da terra ('adamah) à sua própria imagem. Ao soprar-lhe nas narinas o sopro da vida, o homem passou a viver e morar no jardim do Éden, local que o Criador o colocou em companha de Eva.

A falta de evidências arqueológicas do jardim do Éden não significa que o lugar tenha existido somente em mito. Apesar nos avanços na arqueologia, o que sabemos sobre o antigo Oriente Médio é apenas uma pequena porcentagem do que um dia será descoberto. Os dois rios, Tigre e Eufrates, existem hoje no Iraque da atualidade. As identidades de Giom e Pison são incertas, é provável que houvessem correntezas ou canais locais. Variações climáticas e inundações podem ter provocado alterações na topografia da região (Gênesis 2.10-14).

É evidente que o substantivo " 'adamah" (terra) e "adam" (homem) é intencional. As duas palavras hebraicas, quase idênticas, relacionam o ser humano e o solo e reforçam a sentença que o homem é pó e ao pó retornará (3.19).

2. A alma humana veio de Deus (Jó 27.3).

Alma é “nephesh” no idioma do Antigo Testamento. Em muitas passagens, o termo tem equivalência de sentido com “vida”, “ego” e “coração”. Nas passagens narrativas ou históricas do Antigo Testamento, nephesh é traduzido por “alma” ou “vida”, como em Levítico 17.11 Estudiosos alegam que há mais de 780 ocorrências veterotestamentárias, sendo que o maior número encontra-se nas passagens poéticas. O sistema hebraico de pensamento não inclui a combinação ou oposição dos termos “corpo” e “alma”, que na verdade são de origem grega e latina.

O hebraico contrasta dois conceitos: “o eu interior” e “a aparência exterior” em contextos diferentes: “o que a pessoa é para si mesma” em oposição a “o que a pessoa parece ser aos que a observam”. A pessoa interior é nephesh, ao passo que a pessoa exterior, ou reputação, é mais comumente traduzido pelo “nome”.

Deus ama justiça e a retidão (Salmos 33.5) e reina em justiça (Salmo 97.2). Portanto, nossos sentimentos precisam estar voltados ao Criador, é preciso viver em conformidade com a posição das Escrituras quanto ao caráter justo e reto do Senhor (Deuteronômio 32.4; Isaías 30.18; Sofonias 3.5). Ele espera que todos nós amemos a justiça a fim de que Ele possa derramar sobre nós as suas bênçãos (Miqueias 6.8).

3. O espírito humano veio de Deus (Provérbios 20.27 - ARA). 

Temos um espírito, que veio de Deus e é o “espírito” do homem que volta para Deus (Eclesiastes 12.7). Em sua natureza divina Deus é espírito (João 4.24).

O termo “espírito” (hebraico: rüah) possui a conotação “respiração, ar, força, vento, brisa, espírito, ânimo, humor, Espírito”. A Bíblia fala sobre o espírito do homem como estando “nele” (1 Coríntios 2.11). O ser humano abriga um espírito dado por Deus, é o aspecto de nossa pessoa que se relaciona com o mundo espiritual, seja este mau ou bom. Paulo descreveu o estado dos não-regenerados como estando mortos em “delitos e pecados” (Efésios 2.1-10). Os não-regenerados têm corpo, tal qual os crentes, desfrutam da capacidade psicológica de raciocinar, demonstrar vontade, manifestar sentimentos, porém estão espiritualmente “mortos”. Somente quando a pessoa não regenerada abre seu coração ao Senhor, recebe a Cristo como Salvador, o Espírito Santo produz neles uma vida nova, capacita-os a relacionar-se com Deus.

A Bíblia fala sobre o espírito do homem como estando “nele” (1 Coríntios 2.11). O ser humano abriga um espírito dado por Deus, é o aspecto de nossa pessoa que se relaciona com o mundo espiritual, seja este mau ou bom. Paulo descreveu o estado dos não-regenerados como estando mortos em “delitos e pecados” (Efésios 2.1-10). Os não-regenerados têm corpo, tal qual os crentes, desfrutam da capacidade psicológica de raciocinar, demonstrar vontade, manifestar sentimentos, porém estão espiritualmente “mortos”. Somente quando a pessoa não regenerada abre seu coração ao Senhor, recebe a Cristo como Salvador, o Espírito Santo produz neles uma vida nova, capacita-os a relacionar-se com Deus.

Estudiosos da Bíblia dizem que esta palavra aparece em tomo de 378 vezes no Antigo Testamento. Em muitas citações significa a respiração ou o ar que é respirado, como podemos verificar em Juízes 15.9 e Jeremias 14.6. O vocábulo é usado para falar sobre o que é intangível e passageiro (Jó 7.7) e o nada (Provérbios 11.29; Eclesiastes 5.15,16).

No Livro de Gênesis, capítulo 7.21,22, “rüah” é usado para descrever a vida no homem, o seu espirito natural. Porém, em Provérbios 16.2, seu significado é mais que apenas o elemento de vida, refere-se à “alma”, referindo-se aos desejos e motivações: “Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos, mas o SENHOR pesa os espíritos”. O profeta Isaías põe nephesh (alma) e rüah como termos sinônimos: “Com minha alma te desejei de noite e, com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te” (Is 26.9).

4. Espírito e alma são inseparáveis (Hebreus 4.12). 

No Livro de Gênesis, capítulo 7.21,22, “rüah” é usado para descrever a vida no homem, o seu espirito natural. Porém, em Provérbios 16.2, seu significado é mais que apenas o elemento de vida, refere-se à “alma”, referindo-se aos desejos e motivações: “Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos, mas o SENHOR pesa os espíritos”. O profeta Isaías põe nephesh (alma) e rüah como termos sinônimos: “Com minha alma te desejei de noite e, com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te” (Isaías 26.9).

Hebreus 4.12-13 informa que a Palavra de Deus é capaz de chegar ao ponto de dividir a alma do espírito, as juntas das medulas e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração humano. Este texto, no idioma grego, tem  o vocábulo "krikiros" (discernir), mostrando que a voz do Altíssimo  alcança o mais profundo do ser humano, percorre todas  as nossas maiores necessidades,  é penetrante, nada impede o raio de ação do Criador na criatura quando Ele deseja comunicar-se e exercer sua justiça sobre cada um de nós. 

Por todas as Escrituras a expressão "espírito" é escrita com letra maiúscula. para referir-se ao Espírito de Deus, ou com letra minúscula, para indicar o espírito humano. Devido ao fato de que os manuscritos antigos não usavam letras maiúsculas, os tradutores e editores da Bíblia às vezes têm dificuldade para determinar se o escritor tinha a intenção de referir-se ao Espírito de Deus ou o humano. Um exemplo dessa dificuldade está em Atos 19.21.   

5. A morte é a separação entre corpo e alma (Gênesis 35.18).

A primeira menção bíblica à morte no Antigo Testamento está em Gênesis 2.17. Nesta passagem, ela é punição para o pecado. Quando Adão e Eva pecaram, perderam a comunhão com Deus e também o acesso à Arvore da Vida que poderia impedir suas mortes (3.22,23). Foram expulsos do Éden, condenados, terminaram seus dias em dissolução física (3.16 19).

Na maior parte da narrativa do Antigo Testamento a morte é apresentada como inevitável para o homem, no seu estado decaído e pecador, mas nenhum dos escritores da Bíblia a registraram como se fosse "natural", pois ela não faz parte do plano perfeito de Deus para a Humanidade. Haja vista a maravilhosa exceção, Enoque andava com Deus e Deus o levou para si (Gênesis 5.24).

Alguns relatos no Antigo Testamento mostram que a morte prematura era temida (Salmos 6.1-5; 88.1-14; Isaías 38). Porém, também, encontramos a narrativa de Gênesis 25.8, que relata a morte em velhice como situação aceitável, um consenso afirmando que aquele que partia em idade avançada parecia ter cumprido completamente o seu papel neste mundo. Mesmo assim, percebemos que a morte é situação alheia ao plano do Criador, pois se a vida longa é prometida em troca de obediência (Êxodo 20.12) e é sinal do favor de Deus (Jó 5.26), então sua interrupção, por mais longa que seja, indica que a morte não é natural.

A teologia distingue entre morte física, morte espiritual e morte eterna:
• Morte física. Consequência da entrada do pecado no mundo por intermédio de Adão. É o destino de todos os homens (Hebreus 9.27).
• Morte espiritual. Todos os homens são, por natureza, espiritualmente mortos. Em consequência do pecado, os homens se tornaram alienados às coisas divinas, indiferentes às leis de Deus (Mateus 8.22; Lucas 15.32; Efésios 2.1-3; 4.17-19; Colossenses 2.13; Judas 12).
• Morte eterna. Aqueles que não creem no Filho de Deus, morrem em seus pecados (João 8.21,24), permanecem sob a ira de Deus e no Dia do Julgamento Final, serão sentenciados a um estado de eterna separação de Deus, condição que as Escrituras descrevem como segunda morte (João 3.36; 8.21,24; Apocalipse 21.8).
A experiência da morte é algo inevitável, atinge a todos, sua chegada retira do nosso lado pessoas queridas. Sabemos que estamos dentro de um espaço de tempo limitado, porém, o momento da separação de alguém que amamos sempre é um impacto psicologicamente violento. A morte está sujeita ao controle soberanos de Deus:
• O Senhor tem poder para conceder livramento (Salmo 68.20; Isaías 38.5; Jeremias 15.20);
• O Senhor restaura o falecido à vida (1 Reis 17.22; 2 Reis 4.34; 13.21);
• Mata, vivifica, faz descer e retornar do Seol (Deuteronômio 32.39; 1 Samuel 2.6).
• Não permitiu que Enoque e Elias conhecesse a morte (Gênesis 5.24; 2 Reis 2.11).
• Reduz a morte a nada, triunfa sobre ela, ressuscita mortos (Isaías 25.8; 26.19; Ezequiel 37.11,12; Daniel 12.2; Oseias 6.2; 13.14).
6. A glorificação da natureza humana (1 Coríntios 15.49-57).

No penúltimo capítulo da primeira carta de Paulo aos crentes de Corinto, o apóstolo aborda a questão da ressurreição da Igreja e fecha o assunto escrevendo advertência sobre a necessidade de vigiar. A vigilância se consiste em cuidar para agir sempre de acordo com as determinações da Palavra de Deus (1 Coríntios 15.35-58).

O remédio para o pecado é a prática da Palavra de Deus, que propõe a conversão. A conversão sincera ocorre no mais profundo do coração. Converter-se é trocar o que é transitório para ter Jesus Cristo como meta e fim. O ponto culminante dessa mudança implica sempre na vivência com Deus, que ama seu povo, oferece sua misericórdia e quer a reconciliação (Lamentações 5.21-22; Ezequiel 34.11-15; Jeremias 31.31). Então Ele transforma o coração humano que se reconhece pecador e arranca as algemas do pecado (Deuteronômio 30.3-6; Salmos 51.3).

O cristão que persevera em sua vigilância, caso não experimente o Arrebatamento da Igreja em vida, o experimentará após passar pelo estado da morte física. Este corpo que agora estamos, foi projetado para a vida nesse mundo, mas ele encontra-se perecível e inclinado à decadência, por causa da Queda de Adão e a inclinação individual à atividade das obras da carne. Se buscarmos a misericórdia divina, confessarmos nossos pecados e nos esforçamos constantemente para andar segundo o Espírito, este corpo será transformado para estar para sempre com Deus na eternidade.

Podemos considerar que o corpo físico um protótipo da versão final do seu corpo que viverá lá no Céu. Após ressuscitar, ou ser arrebatado, o estado do nosso corpo atual será transformado em corpo espiritual. Então, estará imune às doenças e quaisquer espécie de fraquezas e experimentará a plenitude da bênção do Criador.


A Raça Humana: Origem, Queda e Redenção. Lições Bíblicas CPAD 1º Trimestre de 2020 – Sumário dos subsídios
Adão, o Primeiro Homem
A Criação de Eva, a Primeira Mulher

Compilações:
A Enciclopédia da Bíblia. Organizador Merril C. Tenney. Volume 1. Edição 2008. Página 90 . Cambuci - São Paulo. Editora Cultura Cristã
Bíblia de Estudo Defesa da Fé. Edição 2010. Páginas 11, 851. Bangu. Rio de Janeiro - RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deis - CPAD).
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Volume 2. 2ª impressão 210. Página 178. Bangu. Rio de Janeiro - RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deis - CPAD).
Doutrinas Bíblicas – uma perspectiva pentecostal. William W. Menzies e Stanley M. Norton. 3ª edição 1999. Página 87. Rio de Janeiro – RJ. Casa Publicadora das Assembleias de Deus – CPAD.
Quem é Quem na Bíblia Sagrada - A história de todas as personagens da Bíblia. Editado por Paul Gardner. 19ª reimpressão 2015.  Páginas 187 e 188. Liberdade. São Paulo- SP (Editora Vida). 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

O Sopro de Vida

Por Eliseu Antonio Gomes

Que tipo de Deus você acredita? Existe no mundo três espécies de relacionamento com Deus: o teísmo, o ateísmo e o panteísmo.

O teísta, sem dificuldade alguma, diz: "Deus fez tudo". É a pessoa que crê no Deus pessoal, que é o Criador do Universo, mas não é parte do Universo. As principais religiões teístas são o cristianismo, o judaísmo e o islamismo.

O ateu é alguém que diz: "Não há Deus". Ele não acredita em nenhum tipo de Deus. Os humanistas pertencem a essa turma.

A pessoa panteísta diz: "Deus é tudo". Eles creem num Deus impessoal, que é o Universo. Afirmam que Deus é a árvore e o fruto, o alimento e o excremento, a fera predadora e o animal perseguido como caça; o fogo e a água, sou eu e é você etc. Neste grupo, estão os adeptos da Nova Era, budistas e hinduístas.

O apologista Norman Geisler, em coautoria com Frank Terek, no livro Não Tenho Fé para Ser Ateu (Editora Vida), fez uma analogia interessante sobre a origem do Universo. Deus é o pintor, e sua criação é a pintura. O artista fez a arte, e seus atributos estão minunciosamente detalhados em sua obra de arte.

Assim, o crente reconhece que o pintor fez a obra de arte; o panteísta, em vez de acreditar que o pintor fez a pintura, acredita que o pintor é a pintura; e, os ateus são categóricos em afirmar que não há nada além do mundo físico, não há pintor responsável pela pintura e mesmo assim a pintura sempre existiu sem que ninguém a tenha criado.

No Antigo Testamento encontramos o vocábulo hebraico "ruach", cuja equivalência em português é “espírito”. Significa, vento, sendo que em muitas passagens o termo define o sopro.

Nos dois primeiros capítulos do Livro de Gênesis, temos o relato da criação. Depois que o Criador traz à existência todo o Universo através do poder da sua palavra, faz Adão, porém, Adão só é descrito como ser vivente quando Deus sopra o fôlego de vida em suas narinas. A partir deste instante, Adão passa a andar segundo a orientação divina. Tempos depois, Adão troca a orientação do seu Criador pela iniciativa humana, própria.

A vontade humana está descrita pelo apóstolo Paulo como "obra da carne": "Ora, as obras da carne são conhecidas e são: imoralidade sexual, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçarias, inimizades, rixas, ciúmes, iras, discórdias, divisões, facções, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas. Declaro a vocês, como antes já os preveni, que os que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus" - Gálatas 5.16-23.

Ainda hoje temos diante de nós o Criador. Ele sopra vida, mas há em nosso íntimo a iniciativa pessoal. Fazemos a seguinte escolha: nos guiamos pela vontade do alto ou vivemos conforme a vontade pessoal.

Viver de acordo com o sopro vivificante é o mesmo que andar no Espírito: "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.  Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros" - Gálatas 5.22-25.

Tal qual um trompete, ilustração usada neste singelo artigo, somos nós: nas mãos do instrumentista profissional, tal instrumento de sopro pode apresentar melodias em uma excelente orquestra. Sem o Instrumentista, vivemos apenas como uma peça esquecida dentro da maleta ou encostada em algum canto escuro de um lugar qualquer.

Adão, o Primeiro Homem