Esta postagem é resultado de uma troca de pensamentos entre eu e uma pessoa evangélica que faz parte do meu grupo de contatos no Facebook. Transfiro para cá a conversa, com o objetivo de ampliar a visualização daquilo que conversamos. Entendo que esse transporte levará muitos eleitores à conscientização, aqueles eleitores que ainda não construíram uma opinião sobre este assunto.
Este artigo é um tênue resumo e leve adaptação aos leitores do Belverede. Omitirei o nome do meu amigo, porque não pedi licença para apresentá-lo neste blog.
Só para constar, não pretendo debater contigo. Apenas apresentamos um ao outro conceitos, noções, informações, com o objetivo comum de fazer conhecido os meios que acreditamos ser possíveis ao combate de problemas que desejamos que tenham um fim.
Laico; laicista; laicidade. A raiz é a mesma para essas palavras, mas o sentido entre elas difere. Mais, para você pensar: estado; nação. Estas duas palavras tem conotação diferente mas se envolvem, intrinsecamente, em diversos assuntos. Isso gera confusão até em algumas "mentes brilhantes" que abordam questões sobre religiosidade e ateísmo no campo da política, e causa náusea em muita gente que os escuta. Misericórdia, Senhor!
A argumentação sobre o Estado estar desligado da religião não é algo que eu esteja contra. Não desejo que o Brasil se torne um país regido por doutrinas de uma determinada instituição religiosa. Os esquerdistas usam esse argumento dizendo que os cristãos, católicos e evangélicos, têm este objetivo. Não é verdade. A realidade é que os cristãos são cidadãos brasileiros e nessa condição possuem o direito a se candidatar e a votar em candidatos que estejam alinhados com os ideais do Cristianismo. É sabido que o Cristianismo não obriga a todos a serem crentes. Ser crente é ser portador da fé na existência do Criador e no poder de Jesus como Senhor e Salvador pessoal e nem todos possuem tamanha convicção.
Com todo respeito, considero ser uma ingenuidade haver cristãos que abracem essa argumentação de políticos filiados a partidos que professam abertamente defenderem a ideologia marxista de esquerda. Por quê? Porque o objetivo dessa posição é estabelecer a doutrina marxista no Brasil, tomar conta de tudo, e isso significa erradicar o cristianismo do nosso território brasileiro. Cristianismo e marxismo são como óleo e água, a luz e a escuridão, não cabem no mesmo espaço! Apoiar político de esquerda é o mesmo que abrir a porta de casa e deixar o inimigo passar regras de comportamento para nossa esposa, filhos e a nós mesmos. Quem usa a inteligência, só dá liberdade de ação aos amigos.
Sobre políticos que se apresentam como cristãos e têm nomes envolvidos com escândalos e crimes comprovados pela Justiça. Digo a você e a todos que não podemos partir para a generalização, tratar alguns como se fossem todos. Se uns erraram, não significa que todos são motivados por intenções erradas. Ora, não é apenas no campo político que aparece a fruta podre entre as frutas frescas; o sujeito desonesto entre pessoas decentes. Tenho como exemplo disso a experiência de Jesus, quando escolheu seus doze apóstolos.
Enfim, se os eleitores católicos e evangélicos em eleições passadas confiaram em candidatos que não mereceram sua confiança, a atitude correta é procurar outro candidato que apresente projetos que não se cocham com o ideal cristão. Preferencialmente, quem possua um passado de enfrentamento às organizações esquerdistas que pretendem implementar a liberação de drogas, liberação do aborto, impor a ideologia de gênero contra nossas crianças, criar leis que diminua a liberdade religiosa em território nacional.
Segunda postagem enviada a mim:
"Jesus falou que o mundo jaz do maligno. ´Só isso já basta para estar afastado do sistema eleitoral. Além disso, a Biblia nos mostra claramente que a missão da Igreja é ganhar almas para o Reino de Deus, não é mudar o mundo
Quem vai mudará o mundo é Cristo, quando estabelecer o governo teocrático durante o Milênio".
Respondi assim:
A sua citação bíblica é esta aqui: "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca.
Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno" - 1 João 5.18, 19 (ARC).
Em 1 João 5.18-19, temos a informação que o "mundo" se encontra no maligno. Esta palavra é a tradução do vocábulo grego. Mas antes de falar mais sobre os termos "mundo"" e "kosmos", abordaremos outras palavras gregas traduzidas como "mundo", para fazer um contraponto importante nesta reflexão.
Muitas vezes no Novo Testamento "mundo" está vertido do termo "aiõn". Originalmente a palavra "aion" é usada para indicar a duração da vida, para descrever a eternidade, falar de uma época, ou mesmo determinar intervalo de tempo. Aplica-se com o significado de ‘fim do mundo’ (Mateus 13.49); "este mundo" (idade), e o "século vindouro" (Mateus 12.32; Marcos 4.19; Lucas 18.30; Romanos 10.18).
Outra palavra traduzida ao português como "mundo" é "oikoumene". Está nas passagens de Hebreus, capítulo 1, versículo 2, capítulo 11 e versículo 3. O termo traz o significado de "o mundo criado pelo Filho e habitado pelos seres humanos", ocorre em Mateus 24.14; Lucas 2.1; Atos 17.6; Apocalipse 12.9.
Agora, pontuamos as palavras "jaz", "maligno" e "mundo", usadas em 1 João 5.18-19:
A palavra "jaz" tem ligação com "jazer", que significa estar deitado por conta de doença ou estar morto. Cristo se apresenta como o Pão da Vida e o apóstolo João escreveu que aquele que não tem o Filho não tem a vida (João 6.48; 1 João 5.12). Espiritualmente, o mundo sem Cristo está morto e se encontra sob o controle do maligno, que é Satanás.
Maligno: Em medicina, o termo descreve doenças que podem levar o paciente ao óbito. Em conversas informais, é usado para apontar o indivíduo propenso a praticar maldades. Na teologia, define a pessoa má e perversa que usa a espada como arma letal (Salmos 144.10) indivíduo assassino de seu próprio povo (Isaías 14.20); a doença que se manifesta em forma de tumor, chaga ou úlcera proveniente do diabo (Jó 2.7). E maligno é a definição do próprio diabo, aquele que um dia foi o querubim ungido e quis ser semelhante a Deus e em consequência disso foi precipitado do céu, acompanhado de um terço dos anjos que apoiaram seu intento contra o Criador. (1 João 5.19).
O termo "mundo", neste versículo que você citou e eu o transcrevi acima, é a tradução do vocábulo grego. "kosmos". Esta terminologia helênica possui o sentido de "arrumação, organização, colocar em ordem, decoração". E, considerando o contexto próximo em que esta palavra se encontra, entendemos que tal organização é voltada para a malignidade. Trata-se da "rebelião do diabo contra Deus" ( Ezequiel 28.14-19). Lançado para longe do Criador (Isaías 14.12-14), o diabo continua sua guerra, nunca parou, e desde o Éden continua a arregimentar almas para segui-lo em seu propósito confundindo-as (Gênesis 3.1-4).
O termo "kosmos" também é encontrado em João 3.16: Deus amou o mundo de tal maneira, que enviou Jesus. Nesta declaração, o mundo é uma referência às almas rebeladas. Toda pessoa que se arrepender, deixar de praticar a malignidade que o diabo quer que pratique, reconhecer a Jesus como Senhor (isto é, obedecer o mandamento do amor a Deus e ao próximo), será salvo.
No texto 1 João 5.18-19, "mundo" representa o sistema que o diabo trabalha induzindo as pessoas a se comportarem contra a vontade do Senhor. E o que o Senhor manda? O mandamento é amar a Deus acima de tudo e de todos, amar o inimigo, amar o próximo como a si mesmo. Quem não obedece tal mandamento está em rebelião contra o Criador e em obediência ao diabo.
"Kosmos" está redigido em Marcos 16.15 também. Jesus ordena aos crentes ir ao mundo pregar o Evangelho a toda criatura. É digno de nota que muitos usam o termo "mundo" ao fazer uso de Marcos 16.15, interpretando esta palavra como se significasse o planeta Terra. Não é isso que está no em grego koiné de Marcos 16. A palavra "terra", no sentido de planeta, solo é "gê" pode-se encontra-la em Mateus 13.5-8 com o sentido do solo fértil. Como país e sua população, "gê" aparece em Mateus 2.20-21, Apocalipse 13.3, Apocalipse 21.1.
Quando lemos o verbo "pregar" logo pensamos em discursos orais, anunciar o Evangelho a todos. Ora, quando temos a ordenança se realizar o anúncio das Boas Novas também temos que considerar o dever de viver em coerência com esta proclamação. Como dizer que é preciso levar em conta que somos o templo do Espírito Santo aos pecadores se damos o nosso voto para um candidato que deseja liberar o uso da maconha, que comprovadamente destrói o corpo do seu usuário? Então, que a nossa pregação tenha nexo com nossas atitudes ao exercer a cidadania perante à urna do voto eleitoral.
Veja bem, este estado de coisas se encaixa em nossa questão brasileira das eleições quando o cristão vota em político que é anticristão (contra o mandamento de Cristo), isto mesmo, em políticos que trabalham sem temor a Deus.
Votar em político que trabalha para estabelecer em nossa sociedade o conceito de família diferente do conceito estabelecido pelo Criador, é posicionar-se contra Deus e Cristo. Sinto muito ao dizer que não é atitude do cristão autêntico dar voto ao político que almeja estabelecer em nossa sociedade a ideologia de gênero nas escolas.
Votar no político que deseja fazer com que professores coloquem na cabeça das criancinhas que o menino pode se comportar como menina e a menina como menino, é agir como um cidadão anticristão. Por quê? Porque a Bíblia declara que Deus fez o ser humano macho e fêmea e designou a condição masculina e feminina para que os seres humanos possam se relacionar em conjunção carnal, e através desse relacionamento íntimo tenham a condição de procriar e experimentar o prazer sexual como casal heterossexual. Crer no objetivo divino sobre isso não é ser homofóbico, pois a homofobia é o sentimento incontrolável de querer matar a pessoa homossexual, e os crentes em Cristo não são ensinados a praticar assassinatos, ao contrário, o ensinamento de Jesus ordena ao crente a amar e proteger vidas - inclusive a amar as pessoas que se comportam como inimigas.
Jair Messias Bolsonaro é acusado pelos militantes da esquerda brasileira como um cidadão homofóbico, porque enquanto deputado federal se posicionou de maneira contundente contra o Kit Gay, projeto encampado pelo petista Fernando Haddad, quando este era Ministro da Educação no governos de Dilma Rousseff. Ora, como pode uma pessoa que se diz cristã declarar voto ao Haddad? Melhor dizer que é não é uma pessoa cristã, afastar-se para bem longe das igrejas, e chafundar-se de corpo e alma no lamaçal do pecado, pois o apóstolo João escreveu que "aquele que é sujo, suje mais" (Apocalipse 22.11).
Abraço.
E.A.G.