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quarta-feira, 24 de junho de 2015

A ressurreição de Jesus

Por Eliseu Antonio Gomes

A doutrina da ressurreição

"Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em nome desse é que este está são diante de vós. Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" - Atos 4.10-12.

A doutrina da ressurreição é maravilhosa, confortante e enche o cristão autêntico de esperança. Esperança para o presente, esperança para o futuro, e, acima de tudo, a suficiente certeza de que nosso Senhor estará conosco para sempre.

A ressurreição nos contextos do Antigo e Novo Testamento

A doutrina da ressurreição do corpo está presente tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
O filho da viúva de Sarepta.
1 Reis 17.17-24 narra a primeira ocasião de ressurreição dentre os mortos registrada nas Escrituras Sagradas. É notável que uma pessoa não-israelita, original de Sarepta de Sidom, recebeu a suprema bênção antes do povo judeu: a dádiva da vida resgatada do poder da morte.
Uma viúva fenícia, recebera em sua casa o profeta Elias e o sustentou com seus poucos recursos e circunstâncias limitadas, agindo pela fé, segundo a Palavra e providência do Senhor, através da multiplicação da farinha na panela (1 Reis 17.8-16).  Jesus Cristo fez menção deste episódio em seu ministério (Lucas 4.25-26).
A bênção da ressurreição veio na pessoa de seu filho, a única esperança para uma viúva naquela sociedade antiga. Na mente da mãe do menino falecido havia um senso de culpa, ela concluía que a morte de seu filho era a expressão do castigo divino por seus pecados (versículo 18). Diante da situação, o profeta Elias deitou-se sobre o cadáver e orou para que voltasse a viver, a fim de que através do milagre fosse demonstrado que o Deus de Israel é mais poderoso que o falso deus Baal, e assim ficassem esclarecidas a veracidade e fidedignidade da Palavra de Deus entre todos os povos (versículo 24).
O filho da viúva de Naim
Lucas 7.11-17 narra a primeira das três vezes em que Jesus Cristo fez alguém tornar a viver, as outras situações são a filha de Jairo e Lázaro (8.40-56; João 11.38-44).
Próximo da porta de Naim, um pequeno povoado situado próximo de Nazaré, Jesus Cristo era seguido por uma grande multidão e encontrou outra multidão que seguia um enterro. A pessoa morta era transportada em um esquife -  uma espécie de maca ou caixão aberto. Era o filho único de uma viúva. A narrativa nos faz entender que a motivação de Jesus para realizar o milagre é a compaixão que sentiu pela mãe que perdera o filho. O texto nos faz pensar que o corpo estava à vista e envolto em lençóis, conforme o costume judaico e o fato de o defunto sentar-se e passar a conversar após receber a ordem de Jesus: "Jovem, eu te mando, levanta-te" (versículo 14 - ARA).

A natureza literal e corporal da ressurreição de Cristo

Após o sepultamento de Jesus, algumas mulheres foram ao túmulo de Jesus: Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Jesus (Lucas 24.10). Chegando lá, acharam a pedra do túmulo removida, mas o corpo do Senhor não estava mais lá. De modo que ouviram de dois homens vestidos com roupas brilhantes: "Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia, dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite" (Lucas 24.6, 7). Aqui, estamos diante de um versículo que afirma com clareza que Jesus foi crucificado, mas ressuscitou ao terceiro dia, isto é, no domingo pela manhã bem cedo.

As evidências diretas e indiretas da ressurreição de Jesus

O túmulo vazio
A ressurreição destaca a Cristo das demais religiões. Os lençóis que envolviam o corpo não estavam desarranjados e ilesos, mantinham a forma que tinham quando cobriam Jesus, a parte superior tendo caído sobre a inferior devido ao peso das especiarias, e o envoltório da cabeça separado do resto através do cumprimento do pescoço. Aparentemente, o corpo tinha simplesmente passado pelo sudário do enterro.
Entre discípulos e apóstolos
A Bíblia declara que a ressurreição de Jesus e o seu posterior aparecimento aos discípulos foi corporal e literal, eventos dignos de notas meticulosas dos apóstolos. (1 Coríntios 15.5-8). 
O encontro dos discípulos com Jesus ressurreto no caminho de Emaús é um exemplo de evidência direta, enquanto que o ambiente do Pentecoste demonstra os discípulos mais fortes e maduros na fé.
No capítulo 24 do Evangelho escrito por Lucas, encontramos a passagem dos dois seguidores de Jesus, entristecidos devido a crucificação e morte do Senhor, sendo que um deles é identificado como Cleopas, que segundo uma tradição antiga seria irmão de José, marido de Maria, a mãe de Jesus (versículo 18).
Os dois discípulos estavam espiritualmente cegos em seus entendimentos quanto aos acontecimentos trágicos, cegueira provocada talvez pela intervenção divina ou pelo fato de terem considerado Jesus apenas como mais um profeta comum entre tantos outros que viveram em Israel, e não como o Unigênito Filho de Deus, cujas profecias prediziam a necessidade do sofrimento do Messias. Ambos não faziam parte do grupo dos doze apóstolos, caminhavam conversando e Jesus passou a andar com eles, apresentou-lhes conteúdos da Escrituras que falavam a seu respeito. Convidado por eles para pernoitar em suas casas, aceitou sentar-se à mesa, abençoou e partiu o pão e o distribuiu. Neste instante os dois perceberam que estavam diante do Cristo ressuscitado. Então Jesus desapareceu daquele ambiente e os dois discípulos foram encontrarem-se com os onze apóstolos para relatar-lhes o que havia ocorrido. Após o relato, Jesus apareceu aos onze apóstolos e aos que estavam com eles. Todos estavam perplexos e ficaram alegres com sua aparição, quando mostrou-lhes cicatrizes nos pés, mãos, ao lado de seu corpo, e comeu com eles. O impacto da aparência de Cristo - uma pessoa de carne e ossos - ajudou os apóstolos a entenderem as Escrituras no que tange a crucificação e ressurreição, tornou-os capazes de interpretar as profecias a esse respeito à luz do seu cumprimento.
"Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus... E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir" - Atos 1.3, 9-11. 

O propósito da ressurreição de Jesus

"A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" - Romanos 10.9.

Embora todo o Novo Testamento descreva benefícios abrangentes que a ressurreição de Cristo nos traz, o apóstolo Paulo, no texto capitulado em Romanos 4.25, especifica que a ressurreição nos declara justos perante os olhos de Deus. O propósito da ressurreição de Jesus é salvar, justificar e redimir o corpo de todo aquele que crer e se arrepender de seus maus caminhos.

Ao ressuscitar Cristo dos mortos, Deus declarou tanto a sua aprovação por Cristo ter completado a obra da redenção quanto sua aprovação em relação a todos os que crêem e são assim unidos a Cristo em sua ressurreição.

Conclusão

Jesus ressuscitado é a razão da fé cristã. Ele é a certeza para vivermos o presente e esperança para aguardarmos a nossa plena redenção. A ressurreição de Cristo significa que, igualmente a Ele, ressuscitaremos da morte para a vida eterna; que passamos do pecado para a salvação; da injustiça para a justiça eterna. A ressurreição de Jesus é a garantia da realidade da vida vindoura, nos assegura que todos os que morreram em Cristo se levantarão do pó da terra para estar com o Criador para todo o sempre no céu.

Cristo está vivo, assentado à direita do Pai, intercedendo por nós como um verdadeiro advogado fiel (1 Timóteo 2.5).

As Escrituras não anunciam apenas a morte e ressurreição de Jesus, também ordenam que a mensagem da salvação deve ser oferecida a todas as nações (Lucas 24.47).

E.A.G.

Compilações
Bíblia de Estudo NVI, páginas 565, 1739, 1ª edição, 2003, São Paulo (Editora Vida).
Bíblia de Estudo Plenitude, páginas 374, 1065, 1156, 1098, edição 2001, Barueri-SP (Sociedade Bíblica do Brasil).
Lições Bíblicas - Professor, José Gonçalves, 2º trimestre 2015, páginas 90-95, Rio de Janeiro (CPAD).

terça-feira, 23 de junho de 2015

Introdução à etimologia da palavra hebraica promessa

Daladier Lima

Há, em hebraico, ao menos duas palavras cuja raiz expressa diretamente uma promessa ou juramento. Abaixo as colocamos em hebraico, com sua transliteração:

A primeira é alah, e diz respeito ao compromisso objetivo, à descrição do que é acertado. Alah é da mesma raiz de Elohim, daí não ser novidade que Deus é um Deus que se compromete e cumpre (Jr 1:12).  E a segunda, dabhar, diz respeito ao ato e à palavra empenhada para a consecução do compromisso. Davar se refere ao emprego de palavras onde se promete alguma coisa, tenha o promitente consciência de suas implicações ou não. O substantivo alah ocorre muito mais vezes que o verbo no texto original, apesar de terem o mesmo formato. Uma conotação paralela vem da palavra berith, que significa aliança. De modo que quando alguém faz uma aliança (berith) com alguém, jura (alah) através de sua palavra (davar).

Nos relatos mais antigos de juramentos e alianças não existem documentos escritos, assinaturas reconhecidas em cartório, ou coisas semelhantes, para que alguém cumpra o que prometeu. Apenas a palavra é suficiente, muitas vezes assumida publicamente, à porta das cidades, na presença dos mais velhos, como recomendavam as tradições mais arcaicas. Expressa tanto juramentos entre homens, como Abraão fez com Eliezer em Gn 24, como entre Deus e os homens em Gn 6:18. Promessas do ponto de vista de Deus não precisam de assinaturas de qualquer natureza, afinal ele não é o homem para que minta (Nm 23:19)! Do ponto de vista do homem há vários exemplos de juramentos escritos, alguns dos quais do homem para com Deus, como alguns dos Salmos. O Salmo 119, por exemplo, é um juramento para seguir a Lei do Senhor.

A palavra é, portanto, a verbalização do contrato assinado mentalmente (intencionalmente) entre as partes. Documentos antigos mostram que quando o juramento tinha vulto, os contratantes imolavam e dividiam os pedaços de alguns animais. Em seguida, passavam por entre aquelas partes como a testemunhar que assim deveria ser feito a quem falhasse. É exatamente o que acontece em Gn 15:17, quando Deus se apropria de um simbolismo humano, para mostrar a Abraão seu empenho no acerto. Ainda que no caso em apreço Abraão tenha falhado, Deus permaneceu cumprindo sua parte, inclusive, exigindo em Jesus a morte que não recaíra sobre Abraão.

Há promessas de vitória (Êx 3:8) e de derrota (Dt 28:20). Deus é justo o suficiente para zelar por ambas (Na 1:2). O mesmo empenho que Ele teve para fazer com que Abraão gerasse filhos na velhice apesar de seu sorriso zombeteiro (Gn 17:17), teve para espalhar Israel pelas nações por causa da idolatria (Compare Dt 4:27 com Ne 1:8), inclusive, uma parte das tribos que foi para a Assíria não voltou do cativeiro até os dias modernos. Como dizíamos é um compromisso, para o bem ou para o mal, para a morte ou para a vida. Às vezes, um compromisso de derrota, gera uma maldição, porque se repete através de diversas gerações (Dt 5:9), o mesmo ocorre com a benção que é perpetuada nos filhos (II Rs 15:12). Curiosamente, nós só esperamos de Deus promessas de vitória, mas não é isso apenas o que a Bíblia mostra.

Como os seres humanos se especializaram na arte de falhar com os compromissos assumidos, com outros e com Deus, as promessas divinas tomaram uma relevância importante, a ponto de um salmista desiludido afirmar: É melhor confiar no Senhor do que confiar no homem (Sl 118:8), nem mesmo os príncipes são confiáveis (Sl 118:9). Quando adicionamos o ingrediente da morte, que fez com que muitas pessoas falhassem nas suas promessas, dada a finitude da vida, então restou somente Deus. E Ele não foge à sua responsabilidade quando, por exemplo, prometeu a Abraão que seus filhos voltariam para Canaã, após a quarta geração (Gn 15:16), e mesmo estando este homem ilustre morto há muitos anos, cumpriu!

Às vezes, a promessa é um objetivo a ser alcançado com a ajuda de Deus. É o que aconteceu a Israel. Embora a terra que mana leite e mel estivesse prometida, Deus estaria subordinado à disposição do povo para conquistá-la. Quando eles lutavam adequadamente a vitória era certa, caso contrário eram entregues nas mãos dos inimigos (Jz 2:14). Isto acontece para que não pensemos que fomos nós que conseguimos a vitória (Jz 7:2), para que toda a honra, a glória e o louvor sejam dados a Deus. E para que nossa vigilância não dê lugar ao comodismo. Em outras palavras, pensaríamos: se Deus prometeu, então Ele que cumpra.

Exceto, naquelas situações em que as forças humanas se acabam, quase sempre Deus usa o homem como instrumento do cumprimento de suas promessas. Até mesmo quando cumpre uma maldição. É o caso de Nabucodonosor, que Deus usou para cumprir seus juízos sobre várias nações (Ez 29:18,19). Foi a liderança de Josué, por outro lado, tonificada pela ordenança divina, que possibilitou a entrada em Canaã (Js 1:9).

Deus não está atrelado aos anos para cumprir suas promessas, basta-nos ver Gn 3:15. Do ponto de vista do homem, temos sempre pressa. Uma pressa que acaba personalizando nossa necessidade. Do ponto de vista de Deus, as coisas acontecem em pararelo umas com as outras, de maneira que situações diversas estão interconectadas. Deus promete a Abraão (Gn 15:16) que seu povo desceria ao Egito, somente para que não pereça na fome em Canaã. Uma atitude que soa desconcertante, mas que José capta bem (Gn 45:5-7). Jacó poderia pensar ser penoso que Deus não tenha o abençoado ali mesmo onde morava, mas a benção precisava repercutir. Quatrocentos e trinta anos depois é que houve o regresso. Logo, o abrangente relógio kairológico de Deus nem sempre se enquadra no restrito relógio cronológico humano (Is 55:8). Assim se expressa o salmista: Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite (Sl 90:4).

Em alguns casos um posicionamento errado do homem pode anular uma aliança de Deus. Foi o que aconteceu a Saul, em I Sm 15. A ordem que foi-lhe dada era para destruir tudo dos amalequitas. Mas não foi cumprida. Então Deus anulou a escolha que havia feito (I Sm 10:24) e pôs outro em seu lugar (I Sm 28:17). O que nos leva a concluir que escolhas erradas possam mudar o curso de uma promessa de Deus em nossa vida. De fato, ações erradas de nossa parte podem, conforme diz a Palavra de Deus, até mesmo abreviar a vida (II Cr 35:21). Por outro lado, promessas de morte podem se tornar em promessas de vida, quando alguém ora ao Senhor, foi o que aconteceu a Ezequias (Is 38:21).

Que tenhamos paciência para aguardar o cumprimento das promessas de Deus em nossa vida. Ele não falhará!

A voz devocional da jovem poesia evangélica

A poesia de três jovens e talentosos autores evangélicos.



HYGGE


Tu és o meu conforto quando me deito
O meu prazer perfeito    
Em ti está o meu bem-estar
O meu clarear
A boa-nova que vem a galope
Ou pelo vento que sopra nas folhas

Tu és a roda de violão com os amigos
Sobre a relva fresca no fim da tarde
Tu és cada sorriso decorado
Com sonhos a se preservar
E cada riso incontido
Do que jaz nos corações

Tu és o alívio, o remédio
O bálsamo que refresca e refrigera
Aquele bom momento que nem toda língua traduz
O som doce que a clarineta produz
À meia-luz, na penumbra da alma necessitada
Aquela resposta há muito esperada

Tu és o piquenique, o luau e o sarau
A confluência das artes
A união das partes
Meu natural transmigrado para o sobrenatural
O pranto e o perdão
A celebração da união

Tu és alguma coisa que nessas fracas palavras
Da minha humilde linguagem
Ecoa na língua do amor, a língua da verdade
Que se traduz no calor do abraço teu
Meu Deus




Dádiva

Patrícia Costa    

No convidativo tapete verdejante
deleito  pensamentos
enquanto a brisa acaricia os meus cabelos          
e a minha pele.

Silente
não arrisco nenhuma palavra acostumada
que acelere o tempo
ou  desfaça a inteireza
do plácido momento.

Deixo-me
nesse terno acontecimento
de sorver o milagre da esperança
em cada particularidade 
presenteada pelo GRANDE TAPECEIRO.




Sonhos de amor

Luciano dos Anjos

Sigo pelas ruas

Com a cabeça nas nuvens

Escalando estrelas

E plagiando o voo dos pássaros



As pedras que me ofertam

Transformo em poesia
Na foz do meu silêncio
Nasce sempre um novo salmo
Meu coração é um menino 

Só quer falar de amor. 


*Em breve estes e outros autores estarão presentes no volume 4 da Antologia Poética Águas Vivas.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

6 Diferentes Tipos de Oração




Por: Frederick K.C. Price
Tradução e versão: Carla Ribas

A oração pode tornar-se frustrante se não entendermos a Palavra de Deus e Seus caminhos.

A maioria dos cristãos não estão cientes de que há vários tipos de orações discutidas na Palavra de Deus, e se você usar um tipo quando deveria estar usando outro, ela não será eficaz. 

Você estaria aplicando a ferramenta espiritual errada para suas necessidades ou pedidos. Deus diferencia cada uma das seis formas de oração mencionadas na bíblia que têm funções diferentes, como descrito abaixo.

1. A Oração de Concordância

Em Mateus 18:19, Jesus introduziu a oração de concordância quando Ele disse: "Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu."

Logo de inicio, você pode notar que, para que a oração de concordância seja eficaz, as pessoas envolvidas na oração precisam concordar! Você não pode saber o que outra pessoa quer - no que ela anseia - e Deus não pode responder a sua oração por alguém contra a sua vontade. Para usar a oração de concordância, você deve ter certeza de que a pessoa com quem você está concordando está alinhada com o que você está pedindo.

Se alguém me pede para orar em concordância com ele, eu pergunto: "Pelo que especificamente você quer que eu ore?" É absolutamente necessário certificar-se de que você está em perfeito acordo com o que o seu pedido de oração antes de juntar-se a outro crente na oração de concordância.

2. A Oração da Fé

A oração da fé, também conhecida como oração de petição, é a oração que a maioria das pessoas pensa quando usa o termo "oração". Oração de petição é entre você e Deus. É você pedindo a Deus um resultado determinado.

O versículo chave para a oração da fé é Marcos 11:24, onde Jesus diz: "Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis.”
A regra a considerar aqui é quando você orar, não depois de orar, não quando você sentir alguma coisa, não quando você vir algo. Quando orardes (no momento em que ora) você deve acreditar que recebe o que pediu.

Hebreus 11: 1 diz: "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e”a prova das coisas que se não vêem." Sua fé é a substância é algo real, algo tangível. É a prova das coisas que você não pode ver.

Observe que Marcos 11:24 não diz quando você realmente verá o resultado da sua oração. Não fala quanto tempo vai demorar para que o resultado da oração apareça, e é ai que muitos cristãos se complicam.

Deus vive em um eterno agora. Não há passado ou presente para Ele. Mas nós somos seres temporais que vivemos no contexto do tempo.
Quando você ora com fé, Deus imediatamente concede o seu pedido - no reino espiritual. Mas, no mundo natural, devido a uma série de fatores, pode levar algum tempo para a resposta se manifestar.

Deus responde às orações, e Ele vai responder a sua oração específica de acordo com a Sua Palavra, mas é sua fé que traz a resposta do mundo espiritual para o mundo físico. Quantas vezes nas Escrituras que Jesus diz a alguém, "segundo a vossa fé"?
Ele se referiu a fé dos povos constantemente, e apesar de ter sido o Seu poder que os curou, Ele sempre creditou sua fé como sendo o catalisador. De fato, quando Jesus foi à sua cidade natal, somos informados de que Ele "não fez ali muitas maravilhas, por causa da incredulidade deles" (Mat. 13:58).

Será que Jesus de repente perde seu poder durante essa visita a Nazaré? Não!
Seu poder nunca mudou. O que mudou? Foi nível de fé do povo misturado com Seu poder
Há uma explicação espiritual simples para isso. Deus não vai fazer algo contra sua vontade. Deus não pode violar o seu livre-arbítrio. Se você não tem fé para fazer algo, Ele não vai arbitrariamente substituir a sua falta de fé.

3. A Oração de Consagração e Dedicação

Em Lucas 22: 41-42, vemos delineada a oração da consagração e dedicação: "E [Jesus]  apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava, Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.”
Ele estava orando, na verdade, "Se há alguma outra maneira de fazer isso, vamos fazê-la." 

Mas a chave para Jesus, e para nós, é: "Todavia não a minha vontade, mas a Tua, seja feita".
Você ora para que a vontade de Deus seja feita quando você não conhece a Sua vontade e nem  um caminho alternativo que aparece é igualmente "correto" ou da "vontade de Deus”. Na ausência de instruções diretas, a oração de consagração e dedicação diz que você permitirá que Deus defina sua direção ou tome as suas decisões.

A oração de consagração e dedicação funciona quando você tem duas (ou mais) alternativas certas à sua frente, e você não está recebendo uma direção clara, nesse momento sobre qual opção Deus quer que você escolha. Quando a direção não é clara, mas qualquer uma das opções parecem ser legítimas, corretas - esse é o momento perfeito para dizer: "Senhor, se for da Tua vontade, eu estou escolhendo a opção A."
Acredite em mim, Ele irá alertá-lo se você estiver tomando a direção errada na estrada.

4. A Oração de Louvor e Adoração

Nesta oração, você não está pedindo que Deus faça algo por você ou para dar-lhe alguma coisa. Você não está mesmo pedindo direção e dedicando sua vida a alguma coisa que Deus o tenha chamado para fazer. Ao invés disso, você só quer louvar o Senhor, para agradecer a Ele por Suas muitas bênçãos e misericórdia. Você quer dizer a ele o quanto você O ama.

Um bom exemplo deste tipo de oração está em Lucas 2:20, que descreve a reação dos pastores que tinham visto o bebê Jesus: "Então voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes havia sido dito.

Em Lucas 18:43, o homem cego curado foi descrito como "glorificando a Deus." O versículo também diz que todo o povo que testemunhou o milagre "deu louvores a Deus." Eles oraram orações de agradecimento.

Veja como Jesus orou em João 11:41: "Pai, graças te dou por me haveres ouvido", referindo-se a sua oração anterior sobre Lázaro. Na oração do Senhor, Jesus disse aos discípulos: "Quando orardes, dizei: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o teu nome" (Lucas 11: 2).
Paulo escreveu aos Filipenses: "Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.(Filipenses 4:6) Isto quer dizer que, mesmo quando oramos a oração da fé, devemos sempre intercalar adoração e louvor.

5. A Oração de Intercessão

Intercessão significa que você está intercedendo  - agindo em oração - em favor de outra pessoa. A pessoa pode ser incapaz de orar por si própria. Talvez ela esteja nas drogas ou mentalmente confusa por doutrinas demoníacas. Talvez a pessoa esteja tão doente que não seja capaz de reunir a energia para se manter alerta, muito menos para orar.

A intercessão envolve orar pelos outros. Ela pode envolver orar de uma maneira geral por coisas tais como a igreja ou o governo, ou oferecer orações mais específicas com base em seu conhecimento sobre a necessidade de uma pessoa.

Em Efésios 1: 15-18, Paulo escreveu: "Por isso, ouvindo eu também a fé que entre vós há no Senhor Jesus, e o vosso amor para com todos os santos, não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações: Para que o Deus de nosso Senhor Jesus
Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação; Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos."

Aqui, Paulo deixa claro que ele orou regularmente para a igreja em Éfeso e para que as pessoas de lá recebessem estas bênçãos. Ele não se pôs de acordo com qualquer um, de modo que este parece ser um bom exemplo de oração de intercessão.

Da mesma forma, em sua saudação aos Filipenses, ele escreveu: "Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, fazendo sempre com alegria oração por vós em todas as minhas súplicas" (Filipenses 1: 3-4.). O fato de Paulo dizer que fez pedidos por eles sugere que este também foi um exemplo de oração de intercessão.

6. A Oração de Ligar e Desligar

Esta oração é encontrada em Mateus 18: 18-19. Jesus diz: "Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus."

Existem vários pontos importantes nas declarações de Jesus aqui, sendo o primeiro que temos autoridade aqui nesta terra pela virtude de nossos direitos por meio do pacto que temos através de Jesus. A segunda coisa que notamos é a direção da ação. As coisas não começam no céu e vem para a Terra, ao contrário, a ação começa aqui na Terra. Observe que ele diz: "Tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra será desligado no céu."

Como todas as coisas no sistema de Deus, este tipo de oração funciona apenas alinhada com a Palavra de Deus e Suas leis. Você não pode vincular as coisas à toa. 

Você pode, no entanto, vincular os espíritos imundos que estão agindo na vida das pessoas ou espíritos angelicais trabalhando em seu favor, por ordem de Deus, nas áreas em que Deus já prometeu-lhe resultados. Quando você ora dessa maneira, Deus afirma que no céu Ele coloca seu selo de aprovação em sua oração. Ligar e desligar tem que estar baseado na autoridade que Deus lhe concedeu na Escritura, não em algum desejo que você tenha.

Deus providenciou cada tipo de oração para uma finalidade específica. Embora você possa usar mais do que um em determinado momento, é importante ser claro sobre qual tipo você está usando e porquê, e estar ciente de suas limitações. Se você seguir os exemplos na Bíblia, certamente os usará corretamente.


Fonte: Charismamag.com
Trechos Biblicos: bíbliaonline.com

sábado, 20 de junho de 2015

Convertendo-se ao modo das crianças


Quando alguns adultos, que se consideravam os mais experientes para liderar outros adultos, brigaram entre si para ser o líder da turma que andava seguindo Jesus, então Jesus deu-lhes uma aula de humildade. Ele colocou no centro da roda de conversa uma criança - uma alma sem pretensões de ser mais importante que qualquer outra pessoa - e disse-lhes:

"Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus"
Mateus 18.3 


Salmos 148.1-14.


Louvai ao SENHOR. Louvai ao SENHOR desde os céus, louvai-o nas alturas.

Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos.

Louvai-o, sol e lua; louvai-o, todas as estrelas luzentes.

Louvai-o, céus dos céus, e as águas que estão sobre os céus.

Louvem o nome do Senhor, pois mandou, e logo foram criados.
E os confirmou eternamente para sempre, e lhes deu um decreto que não ultrapassarão.

Louvai ao Senhor desde a terra: vós, baleias, e todos os abismos; fogo e saraiva, neve e vapores, e vento tempestuoso que executa a sua palavra; montes e todos os outeiros, árvores frutíferas e todos os cedros; as feras e todos os gados, répteis e aves voadoras; reis da terra e todos os povos, príncipes e todos os juízes da terra;

moços
e
  moças
,
  velhos
e
  crianças.

Louvem o nome do Senhor, pois só o seu nome é exaltado; a sua glória está sobre a terra e o céu. Ele também exalta o poder do seu povo, o louvor de todos os seus santos, dos filhos de Israel, um povo que lhe é chegado. Louvai ao Senhor.