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terça-feira, 26 de maio de 2009

O EPITÁFIO DA FÉ - UMA REFLEXÃO SOBRE TIAGO 1.22,25



"Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos... não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar" - Tiago 1.22,25.

É um grande equívoco do crente que se contenta apenas em tomar conhecimento da Bíblia Sagrada, tem prazer em lê-la, mas não se esforça para pôr em prática as coisas que aprende nela. Gente assim, que possui intelecto que se alegra quando adquire dados novos, encontra ilustrações novas e claras de passagens bíblicas e sente prazer nisso, mas não toma o segundo passo, que é praticar o conteúdo apreendido, não são bem-aventuradas.

Por quê? Porque a fonte de prazer delas não é a Escritura, é apenas o processo evolutivo do conhecimento. Então, vão às aulas das escolas dominicais, fazem parte do quadro de alunos em faculdades de teológia, são assíduas nas igrejas e fazem parte daqueles grupos de membros que prestam atenção máxima, demonstrando grande devoção ao Senhor na hora da exposição da Palavra. Porém, não possuem nenhuma disposição para aplicar as ordenanças que toma conhecimento ao seu dia-a-dia... A fé dessa gente é inerte, não possue as obras.

Existem muitas pessoas assim. Mas não é apenas dentro das igrejas. Há quem se submeta a cursos seculares também. Fazem curso de auto-mecânica, mas não querem se sujar de graxa. Possuem diploma de medicina, mas não desejam clinicar jamais...

A informação intelectual não possue proveito algum se vivermos apenas na rotina religiosa de ler a Bíblia Sagrada todos os dias. É importante ler, mas o que mais importa é obedecer o que Deus nos ordena.

Coloque-se na posição de um patrão. Se por acaso você emitir ordens e tiver no staff da sua empresa um funcionário que sabe das novas regras a serem implantadas na empresa, mas não deseja se submeter a elas, qual será a sua reação? É o mesmo caso entre Jesus Cristo, o Senhor, e os discípulos que se contentam em apenas serem conhecedores das regras do cristianismo.

A fé de pessoas assim é morta. Certa vez, alguém explanando sobre o exercício da fé afirmou que é melhor não ter fé do que possuir uma fé que está morta. O cadáver precisa ser enterrado, não é saudável carregar o corpo em estado de putrefação para todos os lugares que andar. Fede, junta moscas em volta, provoca a presença de urubús plainando em círculos lá no céu.

Tiago, no capítulo 2 e versiculo 6, comparou a fé com um corpo. Estando no chão sem movimento algum, a atitude esperada de quem o observa é socorrê-lo, e o primeiro passo é saber se ainda respira. "Porque, assim como o corpo sem espírito (literalmente sem a respiração) é morto, assim também a fé sem obras é morta".

É preciso examinar a nossa fé, checar se ela respira espiritualmente: você faz gentilezas sem interesses, dá palavras de elogios genuínos e encorajamento aos cristãos mais fracos, evangeliza aos que ainda não conhecem a Jesus Cristo, ou sua fé é apenas mental?

Caso não encontre as atividades de uma fé viva, saiba que tudo é possível para Deus. Tome uma atitude e passe a agir, assim sua fé tornará à vida e poderá escrever uma frase na lápide dela: aqui jazia a minha fé, ressuscitou pela misericórdia de Deus e agora trabalha promovendo a expansão do Reino dos Céus.

E.A.G.

O MESTRE DA PACIÊNCIA


Conta uma lenda que um velho sábio, tido como mestre da paciência, era capaz de derrotar qualquer adversário. Certa tarde, um homem conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu com a intenção de desafiá-lo.

O velho aceitou o desafio e o homem começou a insultá-lo. Chegou a jogar algumas pedras próximo dele para incomodá-lo, cuspiu em sua direção e gritou todos os tipos de insultos.

Durante horas fez todo tipo de provocação, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o provocador se deu por vencido e retirou-se.

Impressionados, os alunos quiseram saber do mestre como ele pudera suportar tanta indignidade.

O mestre perguntou:

- Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceitar, a quem pertence o presente?.

- A quem tentou entregá-lo. Respondeu um dos discípulos.

Explicou o mestre:

- O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos. Quando não aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma, a não ser que você permita.

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Autoria desconhecida.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

A GLÓRIA, O ORGULHO E A QUEDA DO REI UZIAS (FINAL)

Notas arqueológicas
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A fé é algo maravilhoso. Por meio dela os crentes em Jesus Cristo não possuem apenas um livro chamado Bíblia Sagrada. Têm, também, experiências sobrenaturais com Deus. Quem crê não vive apenas no campo das retóricas (Deus existe ou não existe?), possui comunhão com o Criador no dia-a-dia. 

Além disso, paralelamente à crença em Deus, ao longo do tempo as diversas histórias bíblicas têm recebido a comprovação da arqueologia, mesmo em face de tantas dificuldades que é escavar em lugares como Israel e Palestina, onde os conflitos de guerra estão sempre presentes dificultando o trabalho. Imagine se os arqueólogos trabalhassem em tempos de paz, com a colaboração plena dos dois países?!
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Descobertas arqueológicas têm comprovado a prosperidade de Judá sobre o reinado de Uzias. Torres e cisternas têm sido achadas em diversas escavações nas regiões de Qumran, Gileade e Berseba. Um sinete com o nome de Uzias foi achado numa cisterna de Tell Beit Mirsim.

Uma inscrição do rei Tiglate-Pileser III, rei da Assíria (747-727 a.C.) que atacou o reino do Norte e o levou ao cativeiro, Israel, provavelmente o cita quatro vezes: Azarias, Uzias, o judeu.
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Uma pedra tumular de Uzias foi descoberta no museu Arqueológico Russo do Monte das Oliveiras, pelo Dr E.L. Sukenik, da Universidade Hebraica de Jerusalém. Possui a seguinte incrição em caracteres aramaicos: "Para aqui vieram os ossos de Uzias , rei de Judá - não abram". Uzias foi sepultado na cidade de Davi, mas ao que parece o túmulo foi esvaziado e os restos mortais do rei foram levados para outro lugar.
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Consulta: Bíblia de Estudo NVI (Editora Vida); A Bíblia Vida Nova (Sociedade Religiosa Edições Vida Nova); Manual Bíblico de Halley (Sociedade Religiosa Edições Vida Nova).
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[atualizado: 11h30 / 26 de maio de 2009]

A GLÓRIA, O ORGULHO E A QUEDA DO REI UZIAS - PARTE 2

Aprendendo com os erros de Uzias
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Nossas conquistas não podem ser comparadas com a grandeza das realizações de Uzias, mas mesmo assim precisamos creditar ao Senhor todas os sucessos que conquistamos. Se o sucesso, as riquezas, as influências e o poder fazem parte das nossas vidas, sejamos gratos. Deus espera de nós a adoração, a honra e a obediência.
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Após o profeta Zacarias falecer, Uzias não buscou a Deus como deveria, e do ciclo de bênçãos passou a viver o período de castigo por seu descaso com as coisas santas na Casa do Senhor.
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Ele desprezou a autoridade sacerdotal e não reconheceu outras lideranças proféticas que estavam disponíveis. Era contemporâneo dos profetas Isaías, Amós e Oséias.
.Com os altos e baixos da vida de Uzias, aprendemos que precisamos respeitar o ministério que Deus designa a outros. Não nos esqueçamos que por mais importantes que venhamos a ser na sociedade, sempre haverão certas atividades que o Senhor confiou a outros e não a nós. Não podemos ultrapassar limites, não podemos desdenhar dos planos divinos para nossos semelhantes. Deus julgou Uzias, acometendo-o de lepra, por ele ter usurpado prerrogativas que cabiam só aos sacerdotes (confira: Êxodo 30.1-10).
.Deus ajudou Uzias a vencer três grandes inimigos. Ele derrotou filisteus, arábios e menunitas. Deus é também conosco e temos condições para vencer a carne, o mundo e o diabo. Depende única e exclusivamente de nós mesmos viver essa tripla vitória.
.A lição sobre prosperidade na vida de Uzias
.Buscar a Deus é garantia de prosperidade? Desprezar a Deus significa cair em miséria? Sim e não, se só definimos prosperidade como aquisição de riquezas, de prestígio e poder.
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O autor de Crônicas deixa claro que não devemos concentrar-nos apenas em buscar o sucesso, mas sim em buscar a conhecer a Deus e o que Ele deseja de nós. A fidelidade ao Senhor não garante que Ele nos fará prosperar com riquezas, apesar dEle nos abençoar com essas dádivas também, como vimos no exemplo de Uzias. O que Deus garante é que, sempre que o buscarmos, desfrutaremos da prosperidade de encontrá-la na perspectiva do amor e da paz e da razão da nossa esperança.
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Consultas: Bíblia de Estudo Vida (Editora Vida); Bíblia Vida Nova (Sociedade Religiosa Edições Vida Nova); Bíblia de Estudo NVI (Editora Vida).

A glória, o orgulho e a queda do rei Uzias - parte 1

A soberba precede a ruína – Provérbios 16.18.
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Uzias é chamado de Azarias no Livro de Reis. Cogita-se que Uzias fosse seu nome de entronização e Azarias o nome pessoal. Reinou por 52 anos em Judá, a partir dos 16 anos, entre 791 a 740 a.C.
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O nome Uzias significa “O Senhor é a minha força”, enquanto Azarias significa “A quem o Senhor ajudou”.
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Ele foi um rei notavelmente bem-sucedido em Jerusalém, guerreiro e administrador competente, hábil em organizar e delegar. Teve êxito na guerra e na paz, no planejamento e na execução de seus projetos em terra e mar; em edificar cidades e desenvolver a agricultura e pecuária. Suas realizações lhe trouxeram a grande fama, pois chegou a expandir as terras de seu reinado a ponto dela ser igualada ao tamanho geográfico do tempo em que Salomão reinava. Teve vitórias sobre as nações ao seu derredor, contando com a ajuda do ministério do profeta Zacarias e um exército altamente treinado e fiel portando equipamento bélico de ponta para a sua época.
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Depois da morte de Zacarias, demonstrou fraqueza ao dar lugar ao pecado do orgulho, superestimou sua importância ao considerar as grandes conquistas que obteve. Vendo todas as coisas que empreendeu e que deram certo, presunçoso, aos poucos deixou a soberba dominar seu coração e lhe cegar. Ao acumular os atributos do rei e dos sacerdotes ao mesmo tempo, que era proibido aos hebreus, daí por diante sofreu de uma contagiosa doença da pele. Como rei, segundo a Lei de Moisés não poderia adentrar no Templo e queimar incenso no altar de incenso, que ficava no Lugar Santo (Êxodo 30.1-8; Números 3.10).
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Falhou feio, pois Deus não lhe havia designado a função do sacerdócio. Além disso, deixou de remover muitos dos símbolos de idolatria na terra. (2 º Reis 15.4).
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Parte do orgulho de Uzias também veio da sua falta de gratidão. Os cronistas dos Livros de Reis, capítulo 15.1-7, e Livros de Crônicas, 26.1-23, não fizeram nenhum relato de que ele tenha mostrado algum apreço a Deus pelas maravilhosas dádivas que recebeu. Ele não reconheceu que seu sucesso proveio do favor de Deus, que lhe deu saúde e tino certo para governar, e através das pessoas que estavam em sua volta e o ajudaram (2 Crônicas 26.5, 8, 11-13).

Mesmo na morte e no sepultamento o rei Uzias permaneceu isolado. Em vida ele conheceu períodos de grande glória, mas por não dar crédito a Deus por suas vitórias, e com soberba profanar o Templo, passou ao ostracismo total e irreversível, se tornando leproso e morando em local isolado até morrer. Em geral, o corpo do rei era depositado no sepulcro real como última homenagem, mas ele ao ser enterrado não recebeu a honra de ser sepultado junto aos outros reis de Israel.

Isaías começou seu ministério no ano da morte de Uzias (Isaías 1.1)..