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quinta-feira, 30 de abril de 2009

A Bíblia de Gutemberg - a escrita fica e as palavras voam

Numa bela tarde de 1455, há 554 anos atrás, Johannes Gensfleish (1400-1468) hoje considerado o pai da imprensa, mais conhecido como Gutemberg, inventou a tipografia, os sistemas de caracteres móveis. A invenção serviu de base para a evolução das técnicas de impressão no mundo. .
Usado por Deus, Gutemberg deu oportunidade para que a Humanidade, de forma massissa, passasse a deixar as palavras registradas . E teve o privilégio, também, de imprimir a primeira Bíblia impressa tipograficamente. E assim entrou para os anais da História. .
A palavra oral é importante, mas a escrita deve ser muito mais importante ainda, afinal, o próprio Criador entregou a Moisés os mandamentos escritos nas tábuas da lei.
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E.A.G.
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Imagem: página de Gênesis. Exposição do Centro Cultural Banco do Brasil.

MISSÕES - NÃO ESPERE UMA EXPERIÊNCIA SOBRENATURAL PARA IR PREGAR O EVANGELHO

Paira em alguns meios evangélicos a falsa idéia de que se não recebermos um chamado específico de Deus para fazer missões, então, estamos sem a obrigação de fazê-las.

Jim Stier, que por anos foi presidente da JOCUM (Jovens Com Uma Missão), certa vez escreveu sobre uma pessoa que acreditava assim. O rapaz lhe disse: "Tenho muito amor à obra missionária, mas não recebi um chamado de Deus para isso, e não quero fazer nada por meio da energia da carne". Então, Stier respondeu-lhe: "Engraçado, lendo a lista das obras da carne, citada no Novo Testamento, não encontrei ali 'obra missionária' ".

Apesar do apóstolo Paulo ter recebido experiências pessoais com Deus, observando cuidadosamente Romanos 15.8-12 e Atos 13.47, percebemos que o seu profundo senso do dever e a autoridade que ele tinha para levar as Boas Novas aos gentios vieram das Escrituras Sagradas.

E.A.G.

A água nossa de cada dia

Que o consumo de água é essencial ao ser humano não é nenhuma novidade. Sem ela vive-se muito menos tempo do que sem comida, pois o líquido é indispensável a inúmeras funções vitais humanas. Basta dizer que cada orgão e cada célula do organismo humano dependem dela para o seu correto funcionamento. A água é a base para a formação da saliva, é quem forma os fluídos que envolvem as juntas, equilibra a temperatura do corpo por meio da transpiração, regula o metabolismo e ajuda o corpo a eliminar detritos tóxicos.
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Cada pessoa tem uma necessidade específica no consumo de líquidos.
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Veja os perfis, e analise se você e a sua família estão ou não bebendo a quantidade que o organismo precisa, para se manter bem e saudável.

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Bebês
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Até seis meses: 0,7 litro
De 7 a 12 meses: 0,8 litro
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Crianças
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De 1 a 3 anos: 1,3 litro
De 4 a 8 anos: 1,7 litros
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Homens
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De 9 a 13 anos: 2,4 litros
De 14 a 18 anos: 3,3 litros
De 19 a a 70 anos: 3,7 litros
Acima de 70 anos: 3,7 litros
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Mulheres
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De 9 a 13 anos: 2,1 litros
De 14 a 18 anos: 2,3 litros
De 19 a a 70 anos: 2,7 litros
Acima de 70 anos: 2,7 litros





Grávidas
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3 litros ao dia
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Mulheres que amamentam
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3,8 litros ao dia


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Atletas .

Corredores, nadadores, ciclistas, adeptos de academia. Todos aqueles que praticam alguma atividade física constante devem dar maior atenção à hidradatão. De acordo com o America College of Sports Medicine, orgão que reúne especialistas americanos e, Medicina Esportiva e que funciona como referência para profissionais em todo o mundo, devemos ingerir em torno de 250 ml a 500 ml de água antes de começar o treino. Durante o exercício: de 150 ml a 350 ml a cada 15 minutos.


Em muitos casos, principalmente para quem se exercita por mais de uma hora seguida (por exemplo, maratonista e corredores), é recomendável recorrer às bebidas preparadas especialmente para atletas, vendidas já prontas ou em pó, para ser adicionado à agua. Nesse caso, é necessário também ingerir bebidas com carboidratos, como os isôtonicos. Eles ajudam a repor os sais minerais que são perdidos durante a transpiração e, por terem carboidratos, fornecem energia para o organismo. Para otimizar o processo de recuperação após o exercício, deve-se repor 150% do peso perdido, ou seja, 1,5 litro para cada um quilo perdido.
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Crianças
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Bebês que ainda estão sendo amamentados nã oprecisam de mais nenhuma ingestão de líquido: a necessidade diária é suprida pelo leite materno. Quando encerra a amamentação, é hora de introduzir alimentos e de começar a beber água e outros líquidos, como sucos e chás. Até um ano de idade, bebês devem ingerir de 0,8 a 1 litro de água por dia.
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Entre 1 a 8 anos, essa quantidade aumenta para cerca de 1,3 a 1,8 litro / dia. Sempre que a criança apresentar diarréia, vômito ou febre, esse volume deve ser aumentado. Segundo nutricionistas, a desitratação é uma importante causa de internação em Pediatria, podendo levar a morte. Os bebês t~em maior necessidade de água em decorrência da limitada caoacidade dos rins em manejar a carga e de sua maior porcentagem de água corpórea, característica natural do desenvolvimento humano. Crianças brincando na piscina, ou mesmo em casa, podem facilmente se esquecer de beber água. Cabe aos pais, a cada uma ou duas horas, oferecer um copo de suco de frutas frescas ou mesmo de água pura.
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Terceira idade
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A partir dos 60 anos, a pessoa precisa tomar cuidados extras para garantir a reposição das perdas diárias normais de líquidos. Acontece que, durante o processo de envelhecimento, é normal haver uma perda progressiva na quantidade total de água no organismo. Além disso, o próprio corpo já não consegue mais terer tão bem os líquidos quanto na juventude.
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Isso pode ocorrer com pessoas que tomam remédios para problemas cardiovasculares, que atuam como diuréticos, ou seja, fazem com que o corpo perca ainda mais líquido. Por isso, não se deve esperar sentir sede ou vontade de beber alguma coisa - nessa idade é comum a redução de água por esquecimento ou por dificuldades motoras, características do envelhecimento. O importante na terceira idade é manter a igestão, sem esperar os sinais da sede.
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Fontes: Dietary reference intakes / Institute of Medicine; Vya Estelar; Ezguide; Free Drinking Water.

Lucas 19.10 - A missão de Jesus Cristo


Deus no deserto

Por Débora Kornfield 

Alguns cristãos negam o sofrimento como parte da experiência cristã aqui na Terra. Outros o encaram como uma virtude e se gloriam em seus sacrifícios, que lhes fazem merecedores do favor de Deus. A maioria, talvez, simplesmente aguenta, divulgando pedidos de oração para que o sofrimento passe o mais rápido possível.

Deus usa o sofrimento em nossa vida como uma ferramenta para nos transformar, curar, purificar e podar. Mas nem sempre discernimos a ação de Deus na vida de nosso irmão. A Palavra não nos instrui a criticar a espiritualidade ou caráter da pessoa que está sofrendo, mas, simplesmente, a chorar com os que choram. A igreja deve ser o lugar mais seguro do mundo, onde podemos trazer as nossas angústias e, junto com os nossos irmãos, deixá-las ao pé de cruz.

Foi esse tipo de apoio que nos ajudou suportar os vinte e cinco anos do sofrimento da nossa filha Karis (contados em Karis – A história de uma mãe e a luta de sua filha, Mundo Cristão). No período dos transplantes dela, Deus me chamou a atenção para o livro de Êxodo, e como Ele havia operado maravilhas para libertar o povo de Israel, escravizando o Egito.

Deus podia levar o povo de Israel direto para Canaã dentro do período de dias. Em vez disso, Ele os levou para o deserto. Por quê? E por que Deus não leva o crente diretamente para a nossa terra prometida, o céu, uma vez que nós ficamos libertos de nossa escravidão ao pecado? 

Na história do Êxodo, vejo sete tipos de deserto que me ajudaram a formar uma perspectiva sobre o sofrimento.

O primeiro desses desertos é o deserto da escravidão. Como o povo de Israel, lá nós somos vítimas. O dono desse deserto é o inimigo, aquele que só quer aproveitar de nós, roubando e estragando a nossa vida.

Certamente, não é a vontade de Deus que vivamos no deserto da escravidão. Deus sempre se opõe à opressão, abuso e miséria (veja Êxodo 3.7,8). Jesus sofreu na Cruz do Calvário para nos libertar desse deserto.

Mas precisamos escapar da maneira de Deus, não como o jovem Moisés, que matou um egípcio e teve que fugir. As condições precárias do deserto da fuga parecem mais viáveis do que ficar onde estávamos. Justa ou injustamente, alguém está atrás e quer acabar conosco.

Ao redor de nós, moças e rapazes fogem de lares disfuncionais para casamentos desastrosos. Crianças fogem da violência doméstica para as ruas; adolescentes, para o mundo das drogas e adultos se embriagam ou se viciam em novelas, compras ou até nos cultos da igreja. O deserto da fuga não é a solução. Ele gera tantos problemas próprios, que logo as pessoas precisam fugir novamente.

Moisés, o mimado príncipe do Egito, foi escolhido no deserto de Jetro, um homem que sabia viver bem neste lugar. Assim, Moisés adentrou o deserto da acomodação (no sentido de pôr ordem, alojar, hospedar, adaptar, adequar). Moisés aprendeu de Jetro como aceitar as condições difíceis de sua vida e criou ali o seu lar, um oásis no meio da sequidão.

Moisés, pelo que parece, pensou apenas em pastorear os rebanhos do sogro Jetro pelo resto de sua vida. Deus, porém, propôs o pastoreio de uma nação. Assim, o deserto da acomodação transformou-se no deserto de preparo para o ministério que Deus escolheu para ele. Além de inúmeras lições práticas de sobrevivência em um ambiente hostil, Deus, pouco a pouco, transformou o caráter de Moisés, tal que o príncipe arrogante mais tarde seria descrito como o homem mais humilde da Terra.

No tempo próprio, através de Moisés, Deus levou o seu povo a atravessar o Mar Vermelho para o deserto do resgate. Que contraste com o deserto da fuga! Pois o deserto do resgate é um lugar de vitória e celebração da derrota do inimigo. Não existe lugar igual. Ó, se pudéssemos ficar lá! Mas esse quinto deserto é só de passagem. Ainda não chegamos à Terra Prometida. Esse deserto é apenas uma fragrância daquele sonho futuro. Mas como ele nos motiva a perseverar!

O problema é que, recém-libertos da escravidão, não estamos preparados para a liberdade. Moisés, sob a liderança de Deus, levou o povo diretamente para o deserto da provação. E o povo ficou nesse deserto por quase dois anos! Por quê?

Foi nesse deserto que o povo aprendeu a cuidar de si, a deixar de lado sua identidade de vítima. Eles não sabiam fazer suas próprias decisões. Não tinham limites saudáveis. Na verdade, eram co-dependentes dos egípcios, que os escravizaram, mas também eram sua fonte de alimento e abrigo. O povo precisava aprender como lidar com a vida sem ter tudo na mão.

Sobreviver no deserto da provação não é fácil; ele nos leva até o fim de nossos próprios recursos, mexe com nossos valores e prioridades, confronta-nos com nossas fraquezas, limitações, defeitos e vulnerabilidades, com nossas mortalidade. Tem-nos a desistir, a voltar para a escravidão.

Mas também descobrimos que a nós mesmos cabe escolher: Vou, ou não, confiar em Deus (o Deus que tanto glorifiquei no deserto do resgate)? Vou, ou não vou, adorá-lo no deserto? 

Após dois anos no deserto da provação, Deus, finalmente, levou o povo para a fronteira da Terra Prometida e mandou Moisés enviar doze homens, um de cada tribo, para a missão de reconhecimento de Canaã. O resultado da falta de fé da maioria foi desastroso: o povo teve que rondar no deserto mais 38 anos, até que morressem todos daquela geração desobediente.

O deserto da provação virou um deserto de disciplina, o qual Deus usou para formar um povo diferente, um povo de fé e coragem, temido pelos habitantes da Terra Prometida. 

Deus teve um plano maravilhoso para Seu povo e investiu para que esse plano se cumprisse. Mas, por causa de sua desobediência e falta de confiança, o povo de Israel perdeu o “Plano A” e teve que partir para o “Plano B”.

Nós também podemos perder o Plano A da nossa vida. Talvez você pense que seja o seu caso, por causa de decisões erradas que tomou. O que me consola é que, mesmo no Plano B, Deus não abandonou o Seu povo; continuou a cuidar dele. E mais: Deus fez do deserto da disciplina lugar de preparo para a próxima geração. Deus cumpriu a sua promessa de dar ao Seu povo a Terra Prometida, transformando-o pela aprendizagem ao adorá-lo no deserto. 

Debora Kornfield é formada em letras pela faculdade Wheaton (EUA), enfermagem pela faculdade Rush (EUA) e fez pós-graduação em em aconselhamento familiar no seminário ESTE. Integrante da EQUIPE SEPAL, atuou no GAVS (Grupo de Apoio para Vítimas e Sobreviventes) até 2004. É casada com David Kornfield com quem tem quatro filhos. Escreveu o livro Karis - Adorando a Deus no deserto (Editora Mundo Cristão), onde narra sua experiência ao ter que enfrentar uma doença crônica que acometeu uma de suas flihas.

Fonte: Revista Seu Mundo, ano IV, nº 15.