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Arquivo | 14 anos de postagens

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O que é avivamento?

Com certeza o assunto mais importante para a Igreja de Cristo em todos os tempos seja o avivamento espiritual. Será que os crentes do século 21 o vivem? Muitas pessoas buscam respostas para essas perguntas.

Estar avivado é estar decidido a obedecer ao Senhor. Envolve o arrependimento e o abandonamento do pecado. O avivamento identifica, de maneira clara e explícita, o momento quando entendemos o sacrifício de Cristo na cruz e decidimos obedecer a Deus. Charles Finney, certa vez declarou: "O avivamento não é senão aquele momento quando iniciamos obedecer o que o Senhor nos mandou fazer."

Penso que todos os crentes devem se esforçar para viver o padrão espiritual que a Igreja Primitiva no primeiro século.

Quando o apóstolo Pedro deu lugar, o Espírito assumiu a vida dele. Então, ele se levantou e, numa única pregação, se converteram três mil almas. A cristandade precisa ansiar por experiência assim, então vivenciará o cumprimento de Atos 1.8: "Recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo."

O cristão verdadeiramente avivado procura viver em completa obediência a Deus, orando muito mais do que o religioso tradicional. Lê as Escrituras Sagradas e medita nela com prazer, pois é plenamente consciente que existe nela a orientação que o ensina a proceder conforme o padrão correto para tudo que precisa fazer. 

Quem deseja compreender o que é avivamente precisa ir ao livro de Atos dos Apóstolos, mais especificamente ao capítulo 19. Lá, há a definição do que é o verdadeiro avivamento. O apóstolo Paulo chega em Éfeso e encontra uma comunidade de crentes, que ainda não havia recebido o batismo no Espírito Santo, eles haviam sidos batizados nas águas, haviam se arrependido de seus pecados, porém não entendiam a obra do Espírito. Paulo os instruiu e impôs as mãos sobre eles, que passaram a ser cheios do Espírito, passaram a profetizar e falar em línguas.

Não é da vontade de Deus que o mover do Espírito, registrado em Atos 19 terminasse. "Enchei-vos do Espírito" - Efésios 5.18. Da mesma forma que os apóstolos foram capacitados para o serviço, no dia do Pentecoste, depois os crentes de Éfeso, nos dias atuais é necessário haver pessoas prepararadas espiritualmente para cumprir a vontade do Senhor.

Os cristãos obedientes ao Senhor estão sobre o mover do Espírito, tal qual os cristãos no século 1.

E.A.G.

terça-feira, 17 de abril de 2012

RR Soares: comércio e mentira no púlpito

Além da Nossa TV, o canal Fox Sports é transmitido pela Sky,
 Net TV, TVA e outras empresas de comunicação. 
Quero crer que a informação proferida no púlpito da Igreja Internacional da Graça de Deus seja um equívoco, apenas uma inverdade dita sem intenção de faltar com a verdade.

O Missionário RR Soares frequentemente insere propaganda de seus negócios aos cultos televisionados que faz. Nunca deixa de divulgar produtos de suas empresas. Livros da Graça Editorial; CDs e DVDs da Graça Music;  animação e filmes da Graça Filmes; e, o pacote de emissoras de televisão transmitidos por satélite através da Nossa TV.

É na propaganda do pacote de emissoras, transmitidas pela Nossa TV, que existe uma falta grave, uma propaganda enganosa. RR Soares anuncia o canal Fox Sports como sendo exclusivo aos assinantes da Nossa TV. Assisti ao anúncio recentemente, na segunda-feira, 16 de Abril, provável gravação feita na sexta-feira, 13. Ele diz que é exclusividade, mas não é. O canal, além de fazer parte da Nossa TV, também é sintonizado pelos usuários da Net TV, Sky, Claro TV, GVT, Telefonica, TVA, Oi TV, Neo TV, RCA TV.

Talvez, por pouco tempo o canal tenha sido restrito aos assintantes da Nossa TV, e se foi assim as empresas concorrentes não deixaram que a situação perdurasse.

A Fox Sports apresenta os campenonatos de futebol Copa Santander Libertadores e o Paulistão, as corridas Nascar, a Liga Mundial de Volei, entre outros esportes.

E.A.G.

Os pecados do preconceito

Rio Isère. Lyon - França.

Reflexão no livro de Jonas sobre os sentimentos que abrigamos e o que Deus espera de cada um de nós como agentes no plano divino da salvação.

Não devemos permitir que o prejulgamento nos impeça de pregar aos perdidos.

"Na verdade reconheço que Deus não fez acepção de pessoas, mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo" - Atos 10.34-35.

Em seu livro, Refúgio Secreto, Corrie Ten Boom relata como começou a viajar e a ministrar depois de sua terrível experiência num campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Um dos seus temas principais era o perdão, e a capacidade de proclamar que perdoara os nazistas dava convicção às suas apresentações. Mas um dia Corrie foi posta à prova. Um senhor se aproximou dela, e, para sua surpresa, ela o reconheceu como sendo um dos guardas do campo. Ele lhe disse que havia aceitado a Cristo, e lhe estendeu a mão. Somente após grande esforço e uma oração foi que Corrie conseguiu estender a mão e tomar a do senhor. A experiência lhe deu um vislumbre do verdadeiro significado do perdão de Deus.

O preconceito é uma feia realidade em toda a sociedade humana, e os cristãos gostam de pensar que superaram essa demonstração emocional tão carnal. Mas o preconceito pode surgir de maneiras muito sutis. O problema de não perdoar é um ângulo do preconceito.

Jonas não podia perdoar os assírios pela maneira cruel que havia tratado o seu povo. Talvez tenha ficado contente aos saber que a capital da Assíria, Nínive, estava sendo marcada para ser destruída por Deus. Quando soube que Deus queria que ele advertisse os ninivitas de sua ruína iminente, correu em direção oposta. Através de Jonas podemos ver a nossa própria necessidade de uma atitude doadora e amorosa.

O arrependimento (Jonas 3.1-10).

Nínive era uma grande cidade, metrópole importante, capital de uma grande potência mundial, com pelo menos 120 mil habitantes. E a dimensão do pecado de Nínive era maior que o seu tamanho físico.

Quando Jonas proclamou que "Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida", a reação foi esmagadora. Desde o rei até o cidadão mais humilde, Nínive se transformou de uma cidade de pecado, poder e maldade, em uma cidade de oração. Houve humilhação perante Deus, o alimento e a água foram proibidos. Em jejum, todos começaram a clamar a Deus.

O preconceito (Jonas 4.1-5).

O capítulo 4 do livro de Jonas começa assim: "Mas desgostou-se Jonas estremamente e ficou irado." Percebemos aqui que a humildade exterior desse profeta não havia atingido seu coração. Jonas preferia morrer a ver a misericórdoa de Deus demonstrada aos inimigos.

Deus é misericordioso e cheio de graça, tardio em irar-se, muito bondoso e pronto a perdoar os que se arrependem. Jonas estava disposto a aceitar essa verdade com relação aos seus próprios defeitos; mas quando a misericórdia divina começou a ser evidente entre os que ele odiava, já não podia aceitá-la e queixava-se.

É comum ao crente permitir que sentimentos semelhantes cresçam dentro de si. Tudo bem quando as pessoas boas se salvam e Deus começa a abençoá-las. Mas talvez não seja tão fácil alegrar-se quando um indivíduo mau, cujas ações causaram muita dor aos outros, busca a Cristo e experimenta a alegria do perdão de Deus.

Romanos 3.23 inclui todos os cristãos com o restante da humanidade quando diz que "todos pecaram". E, quando os crentes lêem Romanos 6.23, que "o salário do pecado é a morte" precisam ser relembrados de sua própria necessidade da misericórdia de Deus.

Deus pôde tocar os corações de uma cidade inteira de pecadores. Esteve mais do que disposto a tratar com o descontentamento de Jonas, foi ao cerne do assunto quando perguntou: "É razoável essa sua ira?" A resposta do profeta não está registrada, não sabemos se tinha esperança de que Nínive fosse destruída, mas há uma forte indicação que ele abrigava tais sentimentos. Jonas saiu fora da cidade, fez uma barraca e sentou-se para esperar "até ver o que aconteceria à cidade". Mal percebia que era ele o centro da atenção de Deus.

O amor de Deus (Jonas 4.6.11).

Três coisas se destacam nestes versículos com relação à experiencia de Jonas: uma aboboreira, um verme e um calmo vento oriental. A frase repetida "Deus mandou" deixa claro o fato de que nenhum deles apareceu por acidente. A aboboreira deu sombra à barraca de Jonas e Jonas perece não haver notado o fato de que ela havia crescido completamente da noite para o dia. Apenas "se alegrou em extremo" por receber sua sombra.

Quando o verme chegou, o gozo do profeta se dissipou rapidamente. A aboboreira desapareu tão rápido como apareceu. Para assegurar que Jonas notasse sua ausência, Deus enviou o vento oriental que não fez nada mais do que aumentar o calor do sol. Então, mais uma vez consumido por seus sentimentos negatovos, Jonas desejou acabar com tudo.

Deus queria que Jonas percebesse que as suas prioridades estavam completamente fora de ordem. A pergunta do Senhor no versículo 9 é expressa da mesma maneira que a pergunta no versículo 4, unindo com contundência os elementos comparativos, que Deus desejava que o profeta fizesse.

Jonas estava disposto a sentir "compaixão" por uma planta perecível, mas encontrava muita dificuldade em compreender a compaixão de Deus por uma cidade inteira! Deus conclamava Jonas a considerar a intregridade moral de suas ações e a abandonar rebeldia que fazia parte de sua natureza.

Quantas vezes uma atitude farisaica se interpõe entre o crente e o plano de Deus.

"É acaso razoável?" Esta é última frase que encontramos de Jonas. Talvez Deus permitisse que a crônica de Jonas terminasse assim para mostrar a maneira pela qual o preconceito pode dominar uma vida. Mas a crônica com relação a Deus se encerra com uma bela declaração de seu amor pelo perdido.

Conclusão.

A misericórdia de Deus para com Nínive se sobressai na história como um farol de esperança para o perdido em todos os lugares.

Cego por seu ódio e preconceito contra os ninivitas, Jonas havia esquecido que havia clamado por misericórdia dentro do ventre do grande peixe e obtido a resposta divina que solicitou. Ao ver a necessidade dos perdidos, o cristão precisa lembrar que houve um tempo em que ele também estava em volta do mau cheiro do pecado. Tomemos cuidado, as nossas prioridades não podem estar invertidas como estavam as de Jonas, coisas não são mais valiosas do que pessoas.

O preconceito é um pecado dos mais feios. Quando aplicamos o exemplo de Jonas à igreja, percebemos o quanto Satanás usa o preconceito para impedir o progresso do plano divino da salvação. As palavras de Jesus em João 13.35 não deixam margem para o preconceito. Através da prática do amor os homens demonstram se são ou não discípulos de Cristo.

O amor de Cristo precisa ser expressado em atos genuínos em nossas vidas. Tire um tempo para examinar a sua própria vida à luz do exemplo de Jonas. Precisamos nos examinar perguntando: "Quem eu creio no meu íntimo que não é bom o suficiente para ser salvo?" E passar a orar por elas e tomar medidas corretas para sejam alcançadas com mensagens do amor de Deus.

E.A.G.

Fonte: O Mestre. Páginas 36-38, Março - Agosto de 2004 (Editora Vida). Uso adaptado ao blog.