Por Ubirajara Crespo
Algumas pessoas que visitam o site da Editora Naós, dirigida por mim, reclamam de um gorrinho do Papai Noel, dizendo que é uma forma de cultuar demônios. Vou reproduzir aqui uma resposta padrão. Serve também para todas aquelas discussões sobre a natureza e a origem do Natal.
Particularmente creio que o modo como vejo o Natal, influenciará a sua validade. Se utilizo seus enfeites, não o faço com a intenção de invocar algum demônio, mas sim em homenagem a Cristo. Nossa família decidiu dar um presente para Jesus, uma espécie de vaquinha missionária. Cada um traz uma oferta e remetemos para algum missionário.
Toda aquela história de árvores consagradas a Moloque e Baal e dos sacrifícios humanos é verdadeira, mas eu não tenho nada a ver com isto. Adoro somente a Jesus. Estou mais preocupado com sinais de presença malígna que se misturam aos nossos sentimentos.
Bichos cabeludoas como ira, maledicência, intriga, julgamento precipitado, religiosidade, doutrinas satânicas, doutrinas com cara cristã importadas do satanismo, sexo ilícito, vícios, desobediência a Palavra, messianismo eclesiástico, divisão, etc. Esta historiada malignidade do gorrinho do Papai Noel, não encontra explicação na Bíblia, mas nos escritos satânicos, nas fábulas, nas lendas e informações tiradas de demônios.
Não serei eu quem importará estes ensinamentos para a Teologia Cristã. Quem desejar fazê-lo, que assuma esta responsabilidade. A Bíblia é a minha única regra de fé e prática.
Enquanto estivermos amarrando poste, renas e gorrinhos, deixando soltas a vingança, a mágoa e a língua, por exemplo, nada temos. Isto não passa de capa religiosa para encobrir a pele que carrego por dentro.
Precisamos amarrar à nossa alma atitudes como misericórdia, amor, domínio próprio e longanimidade. Prefiro ser zeloso pelo que é mais óbvio na Palavra, e rejeitar toda e qualquer tentativa de infiltração satânica em minha alma, o "nosso verdadeiro campo de batalha".
Nos acusar de colocar o gorrinho para invocar algum espírito malígno, esta sim, é uma atitude que vem por instigação diabólica, só serve para causar divisão, confusão e inimizades no Corpo. Pare de atirar no alvo errado, isto é, em objetos que se encontram fora de nós. É do coração que procedem as saídas da vida.
Ubirajara Crespo é pastor, diretor da editora Naós, escritor e possui o blog Sob Nova Direção.