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Arquivo | 14 anos de postagens

sábado, 8 de maio de 2021

Convite ao esquecimento

Imagem: Suely Ceruci
Por Eliseu Antonio Gomes

Quando as pessoas olham para você, qual prioridade vê na sua vida? 

O texto bíblico que encontramos em Filipenses 3.13-14 mostra que Paulo se esqueceu dos interesses do passado e priorizou dar toda a sua atenção a Jesus Cristo. 

Esquecer-se das coisas da natureza pecaminosa não quer dizer que você deve se transformar em uma pessoa alienada, significa apenas que reconhece que a prioridade mais importante é viver como cidadão do Reino de Céu, viver de acordo com a justiça de Deus. Isso é saber aproveitar bem a vida. 

Não é preciso partir em missão, afastando-se de familiares e amigos, partir da cidade em que vive e ir para outra cidade, estado ou país estrangeiro. Nem todos foram chamados por Deus ao apostolado, como Paulo. A maioria dos cristãos é o crente de banco, aquele que não tem cargo eclesiástico, que chega ao culto, senta-se, participa acompanhando no local do assento os louvores congregacionais, ouve a preleção do orador, faz a oração final coletivamente, se despede dos irmãos e irmãs e retorna ao seu lar. 

A prática do cristianismo se consiste de um estilo de vida. Não é como uma atividade profissional, em que a pessoa entra em um turno de serviço, passa entre oito e dez horas trabalhando e depois larga a atividade para descansar ou realizar outras tarefas de seu interesse. Seja você um crente que faz parte da liderança da igreja ou o crente de banco, todo cristão precisa agir como um evangelista, constantemente. É preciso evangelizar na boca do caixa da loja, na passagem rápida pelo posto de combustíveis, na fila do transporte público, nos hospitais, nas conversas com colegas de trabalho e escola e na virtualidade das redes sociais 

Seja um "crente esquecido", esqueça-se das prioridades dessa vida, não as tenha em primeiro lugar em sua lista de conquistas ou consumo, e será alguém que busca a soberana vocação de Deus que está em Cristo Jesus!

Avenida São João em 1930


A Avenida São João situa-se no centro do município de São Paulo. Na foto de Gustavo Prugner, um registro da década de 1930, na altura do Largo Paissandu.


Facebook. Wanja Gomes - Grupo Acervo Fotos Antigas São Paulo.

quinta-feira, 6 de maio de 2021

Deserto: oportunidade de renovação espiritual

"E a mão do Senhor estava sobre mim ali, e ele me disse: Levanta-te, e sai ao vale, e ali falarei contigo." Ezequiel 3.22.

De tempos em tempos surgem, por variados motivos e circunstâncias, situações de 'desertos' para serem percorridos por todos os cristãos e que, muitas vezes, fogem ao 'script' dos que se acostumaram a viver somente os píncaros do evangelho de felicidade da vida próspera. Obviamente que o reino de Deus não se resume apenas a condições de dificuldades e sofrimentos, mas, também, não há uma única palavra bíblica de promessa de isenção de lutas e adversidades nesse mundo de conflitos.

Acredito piamente que as melhores lições são apreendidas nos períodos de escassez e necessidades. Um claro exemplo é a história dos quarenta anos que o povo de Deus perambulou pelo deserto do Sinai em direção à prometida Canaã. Nesse tempo, Israel aprendeu a andar com Deus em conformidade com os santos mandamentos e passou a considerar os julgamentos divinos para um vínculo de aliança eterna.

O deserto é marcado como um mundo onde o alimento comum não está disponível e o povo eleito de Deus é alimentado com pão Divino e com água Divina. É um mundo em que os profetas escolhidos, Moisés e Josué, e em grau menor Aarão e Miriam, conversam diretamente com Deus. É um mundo em que o rito da circuncisão não é exigido (com a enigmática exceção de Gérson). É um mundo com limites de água nitidamente definidos: o Mar Vermelho, de um lado, o Rio Jordão, de outro. 

Para entrar neste outro mundo sagrado, pessoas comuns (outros que não profetas escolhidos como Moisés e Aarão) precisam de intervenção Divina pela qual os limites de água sejam tornados transponíveis. É um mundo que inclui a montanha de Deus, Monte Sinai (Horebe), que é em si limitado, um mundo à parte dentro de um mundo à parte (Êxodo 19:12, 23-24).

Assim especificado, o deserto, o Outro Mundo das coisas sagradas, é em tudo o avesso exato do mundo profano familiar às pessoas comuns, entregues às suas atividades comuns seculares." Bendito seja Deus, que permite que os seus filhos caminhem por terríveis desertos para que por eles possam chegar aos mais altos pontos das montanhas. 

Deus sempre vai à frente do seu povo, mostrando antecipadamente os percalços a serem transpostos durante a jornada de peregrinação terrena. É no deserto que se faz redirecionamento de rotas e as atitudes se adequam á bússola da Palavra de Deus. 

O mundo nos dias atuais têm se caracterizado por tempos de virulência de pessoas e da própria natureza. Acrescido às responsabilidades da vida: trabalho, cônjuge, filhos, contas, saúde, acresce-se o peso de uma grave pandemia. Porém, o cristão aprendeu que os seus fardos pesados devem ser lançados aos pés da cruz. 

Na ascensão ou no abaixamento, o crente se sustentará na mão ferida de Cristo na cruz e correrá para o alvo pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo jesus. Se Deu prometeu, pode ter plena certeza amado irmão, Ele cumprirá!