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Arquivo | 14 anos de postagens

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Quando os conflitos surgem



Por Paulo Madsen

É natural que ocorram atritos no relacionamento entre as pessoas. Afinal, somos diferentes uns dos outros. Pensamos de maneira diferente e temos experiências de vida também diferentes.

Dependendo das circunstâncias, esses atritos podem tomar proporções mais sérias que exigem habilidades especiais, para que a situação possa ser contornada e resolvida.

O atrito entre as pessoas é comparável com o atrito entre engrenagens de um motor. Para resolver o problema algumas atitudes precisam ser tomadas. Uma delas, muito simples, seria desmontar o motor e guardar cuidadosamente todas as suas peças em caixas separadas. O problema do atrito estará resolvido, mas o motor não existirá mais. Não haverá mais atritos, nem desgastes, nem produção de energia. Essa solução é, no caso do relacionamento conjugal, o que equivale a uma separação de divórcio. É, portanto, uma solução destrutiva.

Na história da origem do cristianismo, existem exemplos de atritos narrados em todos os seus aspectos e consequências, Foi o caso de uma briga entre Paulo e Barbabé, descrita em Atos 15.39-40.

Em 1 Corintios 11.18, o apóstolo Paulo diz: "Porque, antes de tudo, estou informado de que, quando se reúnem na igreja, existem divisões entre vocês, e eu, em parte, acredito que isso é verdade".  De igual forma, em Gálatas 5.15, o apóstolo diz: "Mas, se vocês ficam mordendo e devorando uns aos outros, tenham cuidado para que não sejam mutuamente destruídos".

Entre nós, em pleno século 21, não é diferente. Pessoas que se estimam, que têm objetivos comuns, se desentendem e se agridem. Cabe, portanto, uma pergunta: Por que os atritos ocorrem?

Entre marido e esposa, as causas mais comuns dos desentendimentos, são:

• Orçamento doméstico;
• Falta de capacidade para perdoar;
• Interferência familiar;
• Entre outras.

São problemas de ordem pessoal, com divergência do gosto ou preferência de cada um. Outro tipo de problema, maias comum nas igrejas, refere-se às causas doutrinárias, devido à interpretação bíblica. Ou seja, quando um entende de uma forma e o outro, de forma diferente.

Pior que tudo isso são conflitos idealizados por Satanás. Ele é o maior semeador de contendas entre irmãos. Na grande maioria das vezes, o que o diabo faz é aproveitar a nossa lenha para fazer a sua fogueira. Nesse ponto, os conflitos de ordem pessoal ou doutrinários tornam instrumentos preciososa nas mãos do inimigo, para semear mais contenda entre os irmãos.

Orar e vigiar são atitudes que não podem faltar na vida do cristão. Estar atento, para as "pequenas" fagulhas não se tornem incêndios devastadores, é o que buscamos quando vigiamos e oramos.

Os conflitos entre as pessoas obedecem a seguinte sequência: discórdia, discussão, contenda e divisão. A discórdia é natural. Afinal, somos pessoas diferentes e podemos discordar das outras pessoas por meio de interpretação diferente do mesmo fato. A discussão (que não é sinônimo de briga) é o aprofundamento do assunto em questão, visando chegar a uma conclusão proveitosa. Discutir a questão é melhor que o silêncio, que pode esconder o problema e criar inimizades. A contenda toma lugar quando uma das partes quer impor suas ideias ou quando a parte que deveria se submeter recusa a fazê-lo.

Ore antes de agir ou falar. Muitos problemas poderiam ser evitados se parássemos para refletir antes de começar um atrito. Busque, em oração, a ajuda de Deus para a solução do problema.

A divisão é a pior etapa daquilo que, muitas vezes, teve seu início com uma simples discórdia que, se fosse conduzida com sabedoria e prudência, poderia ter sido evitada. Uma simples pergunta pode reduzir significativamente as consequências do conflito. A saber: "vale a pena iniciar a questão?". Analise a causa do conflito antes de começá-lo. Será que vale a pena o seu aprofundamento? Você terá condições de levar o litígio até as suas últimas consequências ou sairá envergonhado da briga?

A Bíblia diz em 2 Timóteo 2.24, 25: "O servo do Senhor não deve andar metido em brigas, mas deve ser brando para com todos, apto para ensinar, paciente, 25 disciplinando com mansidão os que se opõem a ele, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem a verdade...". Não ultrapasse o limite da contenda, pois a etapa seguinte será o alastramento do incêndio com a consequente destruição da esperança de paz.

Se a contenda aconteceu, será necessário um conserto. É natural que muitos ímpios sejam irreconciliáveis, incapazes de perdoar. Mas não faz sentido um cristão guardar mágoa contra alguém e, principalmente, contra outro irmão em Cristo. Reflita bem sobre essa questão.

Fonte: Revista Renovação da Fé, ano 12, número 46, janeiro a março de 2010, uma distribuição gratuita da Igreja Batista Renovada - www. renovada. org. br - São Paulo/SP.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

O amor vivificante do Pai


Por Hernandes Dias Lopes

Em Lucas 15 Jesus narrou três parábolas inesquecíveis. Todas elas têm realce semelhante: o restabelecimento dos que haviam se perdido. Há alguns desenvolvimentos gradativos nessas parábolas: de cem ovelhas, uma se afastou do rebanho; de dez moedas, uma foi extraviada; de dois filhos, um desprezou a casa paterna e foi embora. A ovelha se afastou por falta de atenção; a moeda foi perdida por desleixo; o filho foi embora de casa porque era ingrato.

Nas três situações, há uma sequência de procurar ou aguardar. O desfecho das parábolas têm ponto de vista semelhante, o contentamento do reencontro com os que se haviam perdido. As três parábolas, embora com matizes diferentes, possuem um único ensino principal: Deus ama os pecadores, inclusive aqueles que são esquecidos pela sociedade, ou menosprezados pela religião. Deus se regozija na salvação deles e celebra o seu retorno ao lar.

Vamos nos aplicar, nesta ocasião, na última parábola. Ainda que essa seja conhecida em todo o mundo como a parábola do filho pródigo, sua instrução central foca não na escapada do filho rebelde, nem aborda o seu arrependimento e retorno à morada, mas no amor aprazível do pai. Apesar de o pródigo não dar valor a comodidade da casa nem a presença do pai e do irmão; apesar de o pródigo solicitar sua herança antes da morte do pai e assim, tratar o pai em vida como se estivesse morrido; apesar de o pródigo quebrar os laços com sua família de maneira tão drástica e partir para um lugar remoto para viver na degradação, desperdiçando o dinheiro com práticas do pecado; apesar de o pródigo, com enorme falta de gratidão, ter pisoteado o amor do pai e todos os conceitos do que seja o correto a se fazer aprendidos com ele; apesar de o pródigo ter gastado toda a herança com vida esbanjadora e colher em consequência dessa atitude granjear a amargura; apesar de o pródigo retornar ao lar arruinado financeiramente, esfarrapado e imundo, derrotado, o pai vai encontrá-lo apressadamente, dá-lhe um abraço caloroso, tasca-lhe um beijo, o restaura e festeja a sua volta. Tal amor restaurador paterno tem determinadas particularidades.

Primeiramente, é o amor que busca e aguarda a volta do pródigo. Não é o ser humano perdido que toma a iniciativa do entendimento e paz com Deus; é Deus quem abre a porta, tem seu coração aberto e quem o recebe de volta. Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo. Tudo tem origem em Deus. É ele quem nos justifica, restaura e festeja a nossa volta aos seus braços.

Em seguida, é o amor que perdoa o filho pródigo. Ele não foi acolhido como um escravo, mas como filho. O pai corre para abraça-lo e beijá-lo. O pai manda vesti-lo com roupas novas, pôr calçados novos nos pés e anel no dedo. O perdão é uma realidade e a restauração é total. Para sermos reconciliados, Deus não atribuiu a nós as nossas transgressões; colocou os nossos pecados sobre Jesus e atribuiu a justiça de Cristo a nós (2 Corintios 5.19, 21). Estamos não somente de volta ao lar, também recebemos o perdão e a justificação.

Concluindo, é o amor que celebra o retorno do pródigo ao lar. Deus não só perdoa e restaura, Ele também festeja a volta do filho prodigo. Existe comemoração diante dos anjos de Deus por um pecador arrependido. Aconteceu festança, houve música e alegria na casa do Pai, porque o filho que estava perdido foi encontrado, o filho que estava morto, reviveu. Deus se alegra quando os pródigos retornam para casa. Deus promove uma recepção entusiasmada quando os pecadores se arrependem. Os anjos de Deus festejam efusivamente a chegada dos pródigos ao lar paternal. Deus se compraz na misericórdia. Ele deseja com fervor a salvação dos perdidos. Admirável amor abençoador! Excelente e indescritível graça sem-fim!

Fonte: Hernandes Dias Lopes - https:// bit.ly 2R8d9GO  

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

O empoderamento da mulher cristã



Empoderamento. O termo significa investir-se de poder, vem do inglês “empowerment”. O empowerment designa as relações de poder dentro de uma sociedade. Os ramos da psicologia e da filosofia abordam este termo na indústria da auto-ajuda e ciências da motivação. É cada vez mais usado como uma metodologia pelo movimento feminista.

Erra quem pensa que o movimento de empoderamento da mulher tem o objetivo de realçar a feminilidade. Ele não é organizado com fins de ressalvar a feminilidade dada por Deus, é impulsionado pelo feminismo, que por sua vez denigre a imagem da mulher, despreza totalmente a sua imagem em relação ao que a Palavra de Deus ensina.

A Bíblia Sagrada não pressiona a mulher ao nível das humilhações quanto ao seu relacionamento com os homens, como é propalado por gente que não conhece as Escrituras Sagradas em profundidade. Sendo a mulher um poço de sentimentos, precisa agir com olhos e ouvidos vigilantes, estar atenta para não ser atacada pela influência maligna desta cultura que não prioriza a vontade de Deus como regra de fé e conduta.

A vida humana não dura para sempre nesta esfera física. Tudo tem prazo de validade no campo físico. De nada vale conquistar o empoderamento social, massagear o ego, se o que permanece para a vida eterna não são as coisas conquistas materiais. A beleza, a casa, o carro, tudo ficará para trás. Além-túmulo só irá a alma, que deverá prestar contas a Deus (Hebreus 9.27).

Se a mulher bebe da fonte da Palavra de Deus, encontrará a água viva que Jesus Cristo oferece, e todas as insatisfações de sua alma terão fim (João 4.4). O verdadeiro empoderamento que a mulher pode alcançar é mais do que vivenciar emoções ao conquistar sucesso profissional e estado social proeminente, em disputa de carreiras exercidas por homens. Empoderar-se de verdade é aceitar a oportunidade para que a alma não se perca na eternidade. É abrir o coração ao Espírito Santo e caminhar nesta vida apresentando ao mundo o fruto do Espírito Santo (Gálatas 5.19-23). Somente assim os questionamentos do seu íntimo terão respostas.

Abordando a questão profissional, a Bíblia Sagrada não apresenta obstáculos para que a mulher construa sua carreira profissional. Em Provérbios, capítulo 31 e versículos 10 ao 31, encontramos a apologia da virtude feminina, neste texto está descrito o bom exemplo da esposa que sabe cumprir as tarefas cotidianas da sua casa e também sabe buscar rendimentos econômicos realizando trabalho de artesã, e desta maneira é capaz de junto com o marido fazer com que as finanças do lar sejam satisfatórias. Os deveres quanto a qualidade do relacionamento em casa devem ser observados. Assim como é estipulado aos maridos, os deveres em casa imposto às esposas é que elas cumpram o seu papel de companheira e mãe dentro do lar cristão. Tanto o homem como a mulher não pode colocar em segundo plano as responsabilidades conjugais e de progenitores (Hebreus 13.4; Efésios 5.21-33; Colossenses 3.18-25).

Abordando a questão conjugal, a Bíblia informa que o homem é a cabeça da mulher. Esta informação tem gerado ao longo dos anos a interpretação errada que alimenta a filosofia machista, opressora das esposas. Não deveria ser assim. Eles lembram a questão de Eva ter ouvido a orientação da serpente, comido o fruto proibido e oferecido ao marido, que também o experimentou. Sendo assim, não foi apenas a mulher quem pecou, Adão também transgrediu a ordem divina. Desta passagem, fica uma pergunta aos homens: vocês querem viver como um Adão antes ou depois da queda? Se o desejo é viver como antes da degustação da fruta proibida, amem as suas esposas como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela (Efésios 5.25).

O que queremos dizer? O marido não tem o direito de agir como machista contra sua esposa. O homem, enquanto ser social, não tem o direito de promover nenhuma espécie de atividade machista contra quaisquer mulheres, seja ela a companheira do matrimônio, uma pessoa que esteja no círculo de amizades do casal, colega de trabalho ou ainda gente desconhecida.

As Escrituras Sagradas não sustentam a filosofia feminista, porém, também, não dá lugar para a doutrina machista. Portanto, o homem deve conviver com a mulher sem quaisquer orientações machistas. Por sua vez, a mulher tem o dever de apresentar-se como ser feminino sem nenhuma afetação feminista em todas as espécies de relacionamentos.

E.A.G.