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terça-feira, 25 de novembro de 2014

A justiça divina


A justiça de Deus se manifesta, bem como a ira de Deus, porque a justiça de Deus não pode tolerar o pecado que se multiplica, pois o homem se tornou inventor de males: Romanos 1.30.

Assim sendo, o homem não se satisfaz com as formas conhecidas de pecar, inventa outras formas mais sofisticadas e se aprofunda cada vez mais no pecado. Mas a justiça de Deus toma providências também para tirar o homem de seu estado.

Quando Deus criou o homem, criou-o conforme sua imagem e semelhança, isto é, parecido com Deus em pureza e santidade. Tivesse o homem permanecido no estado original em que fora criado e seria outra a sorte da humanidade hoje. A Bíblia não discorre sobre essa hipótese, porque seria perda de tempo e trabalho, já que o homem não permaneceu  na presença de Deus. Diante dessa triste realidade, ela ocupa todo o seu espaço na preocupação divina de prover uma salvação eficiente para o pecador. A natureza divina exigia a salvação dos homens. Conhecemos Deus pelo conhecimento de seus atributos. Assim o conhecemos, quando sabemos que Ele é: Onisciente, Onipotente, Santo, Bom, Eterno, Infinito.

Mas a característica de Deus que exige a providência da salvação do homem pecador e incapaz de salvar-se por suas próprias forças, é o atributo da Misericórdia, Deus é misericordioso e não poderia deixar o homem na perdição, pois isso feriria a sua natureza. São inúmeros os textos que mostram Deus Misericordioso, por exemplo: Gênesis 19,16; Êxodo 22.17; Deuteronômio 4.31; 2 Corintios 30.9; Neemias 9.17; Salmos 103.8, e etc.

A justiça divina aplicada traz regeneração do pecador. Ao conhecer o estado de pecaminosidade do homem, e nos voltarmos para o estudo da justiça de Deus, a primeira ideia que nos vem à mente é de castigo de Deus sobre os homens pecadores. Mas, pela misericórdia de Deus, como vimos acima, é o contrário, Deus aplica sua justiça divina no homem (pecador arrependido) e regenera-o (faz dele um novo homem). O homem salvo é, por isso, possuidor da justiça divina. Esse direito que só Jesus Cristo tem por merecimento, é nosso por imputação, pela fé: Romanos 5.1-21.

A justiça divina aplicada convida à santificação: "Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois que, assim como apresentastes os vossos membros para servirem à imundícia, e à maldade para maldade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem à justiça para santificação" (Romanos 6.19). O texto mostra que tanto para a servidão ao pecado como para alcançar à santidade, é preciso que o homem exerça VONTADE. "Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna" (vers. 22). Logo, a justiça de Deus aplicada no crente deve levá-lo à santificação.

Depois da santificação, virá a glorificação. O ensino de Paulo em Romanos, a respeito daqueles que alcançam a justificação pela fé, que devem buscar a santificação e se entregar a ela, seu fim é a glorificação em Cristo. Vejamos: "Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou" (Romanos 8.29-30); veja ainda os versículos 16 e 17. A glorificação é o último estágio na carreira do crente, quando será semelhante a Cristo: 1 João 3,2.

Concluímos que:

1. A justiça de Deus não é apenas um atributo divino que só serve para diferenciá-lo de todos os seres, mas ela é prática, sendo aplicada na vida do pecador arrependido, levando-o até à glória do Céu.

2. A justiça divina requer a salvação do pecador, porque ela faz parte da natureza de Deus, que é misericordioso. Uma justiça que só condena não é condizente com a de Deus, que é amor. Mas essa justiça condena, quando não há aceitação do pecador, para o plano estabelecido.

3. A justiça divina é outorgada ou atribuída ao crente arrependido de seus pecados, que começa sua carreira e termina na glória de Deus!

Deus os abençoe!

E.A.G.

Fonte: Boa Palavra, ano 9, nº 104, página 5, novembro de 2014.
O autor é pastor e fundador da Igreja Batista do Povo: http://www.batistadopovo.org.br/PortalIBP/ 

Esperando uma resposta

Por Myron S. Augsburger

Ouvi falar de um médico que quando começou os seus estudos era agnóstico. Depois de completar o curso médio em um colégio evangélico, foi para uma escola de Medicina e trabalhou como interno em um hospital, tornando-se depois um médico de sucesso. Um dia, depois que ele já conhecia Jesus Cristo, visitou sua antiga escola, e disse ao diretor: "Todo aquele tempo em que eu estava fazendo perguntas e agindo como cético (o que eu realmente era), na verdade, o que estava procurando não era uma solução para os meus problemas, estava esperando que algum professor tivesse a ousadia de se levantar e me dizer 'Jesus Cristo é real para mim!' ".

O homem é mais do que uma mente: é uma vida. É por isso que o mundo pergunta à igreja: "Que diferença faz o seu cristianismo? Onde está o evangelho concreto, expresso em vidas transformadas?"  A igreja tem encarado o problema da integridade ou santidade (estas palavras não têm o mesmo sentido), de maneira exageradamente moralista. Santidade não significa apenas evitar certos hábitos, relaciona-se com integridade de vida. Muitas vezes a igreja tem falhado neste ponto. Assim, hoje em dia, em vez da igreja espalhar uma mensagem a respeito da integridade moral, é o psiquiatra, o psicólogo e o médico que estão empreendendo a discussão.

Íntegros num mundo corrupto 

Precisamos descobrir novamente como é que adquirimos santidade. A terapia de Deus está ao alcance de todos. O seu propósito é tornar homens e mulheres em pessoas íntegras em um mundo corrupto. É produzir homens e mulheres de caráter íntegro, que possa demonstrar, de maneira convincente para a nossa sociedade, o verdadeiro propósito de Deus em relação ao homem.

Qual é o maior remédio para os males da sociedade?  Nunca mudaremos a nossa estrutura social simplesmente promovendo "um polimento da imagem"; precisamos tirar o pior de dentro do homem. E ao dizer isso, não estou introduzindo nenhuma doutrina ingênua, estreita, reacionária, pois os nossos assistentes sociais e sociólogos também estão falando a mesma coisa. O evangelho que transforma a vida do homem é a única solução para os males da sociedade.

O que transforma a vida de alguém que tem sido escravo de seus maus instintos? O que impede um homem de tornar-se fantoche nas mãos dos próprios desejos? O que faz com que um homem que já foi manipulador de pessoas, usando-as para o seu próprio benefício, torne-se um irmão e servo de seus amigos? É a obra de Deus e sua graça; é a presença transformadora de Jesus Cristo em sua vida. O resultado é o que a Escritura chama de "nova criatura". 

Dr. Carl G. Jung, um falecido psicólogo suiço, disse certa vez que as perguntas que mais lhe faziam era: "O que é a vida?"; "Por que estou aqui?"; "Para onde vou?". Quando demonstramos que Deus pode nos conceder poder para vivermos uma existência reta, positiva e útil, quando demonstramos para os que nos rodeiam o que significa pôr Jesus Cristo em primeiro lugar, respondemos a essas perguntas com a vida, não com uma ou duas sentenças. Nós nos tornamos parte do que nosso Senhor chamou: "o sal da terra", que se desgasta no enriquecimento que ele próprio proporciona.

Fonte: United Evangelical Action, de julho de 1965 via Mensagem da Cruz, nº 112, março-abril de 1997, Belo Horizonte (MG). 

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Margens da Rodovia dos Bandeirantes SP


Imagem: Thomas Jefferson, cinegrafista.

Fonte: Jornal da Gazeta, transmissão de internet da TV Gazeta em 24 de novembro 2014.