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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Cristãos entre carne legumes e verduras





Lembro-me de Jesus, em duas passagens bíblicas. Ele multiplicou pães duas vezes e fez com que fossem distribuídos como sanduíches, quis que o povo se fartasse com pão e peixe.

Pedro era pescador e teve duas experiências com Cristo relativas à pesca. A primeira, na ocasião de sua chamada para seguir a caminhada de fé e após a ressurreição do Senhor, quando ele se esquecia de sua vocação ministerial e voltava a pescar como atividade profissional. Em ambas oportunidades Jesus apontou a direção para que se lançasse a rede e a pescaria foi espetacular. Na segunda vez, Pedro pegou 153 peixes graúdos e apesar do peso a rede não rompeu. Ao chegarem em terra firme, havia uma fogueira acesa, Pedro e outros discípulos  descansaram em volta dela, comeram pão e peixe assado servido Mestre  (Lucas 5.4-5; João 21.1-25). 

Mas, a questão da alimentação na Bíblia vai além dos peixes. Lá em Atos 10.1-18. O Espírito deu uma visão para Pedro em sonho, após dormir faminto. O apóstolo viu descer do céu um uma espécie de vaso e ouviu  uma voz ordenar “Pedro, levante, mate e coma”. Ele resistiu, porque viu animais que a Lei de Moisés considerava impróprios. A voz o aconselhou: Não considere imundo o que Deus purificou. Ao final, a voz disse: “Não considere imundo o que Deus santificou”. 

Quais eram os animais cerimonialmente impuros na religião judaica?  Levítico 11,1-46 apresenta a lista.

É perceptível  que a passagem em Atos 10 se trata de uma metáfora. A mensagem orientava Pedro a ir pregar para os estrangeiros, aos gentios. No entanto, é preciso interpretar com o contexto bíblico. Lembrar que as simbologias que visam passar lição de algo positivo jamais foram escritas nas páginas bíblicas usando figuras negativas. Enfim, o Espírito mostrou para Pedro com símbolo duas ações corretas que ele considerava erradas.

Paulo tratou sobre a carne de maneira bem direta com os crentes de Roma, pois alguns deles estavam escandalizados com irmãos que comiam carnes de animais que haviam sido mortos em rituais pagãos. E isso resultou em quase um capítulo e meio (Romanos 14.1 até 15.7). Em suma, disse que não  era pecado comê-las, se a consciência de quem comia não tivesse dúvidas que era o certo a fazer e se o ato não provocasse danos à fé alheia.

Paulo também tratou de comida com crentes gregos, pois alguns líderes ensinavam ser pecado comer carne e proibiam a ingestão delas. Ele os refutou: “Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber... Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne” (a natureza humana) - Colossenses 2.16 a; 21-23.

Enfim, à mesa ou em qualquer outra situação, que a determinação humana esteja em segundo plano, se não for contrária ao ensinamento bíblico, e totalmente rejeitada se for contrária ao ensino de Jesus, pois Ele é justo e soberano. "A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações. E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai" – Colossenses 3.16-17. 

E.A.G. 

terça-feira, 9 de abril de 2013

Viver em Cristo é bom demais


O relacionamento de Deus com o ser humano ocorre por meio de Cristo. Tudo o que Deus faz é em Cristo. Tanto o plano geral da redenção quanto o plano no modo específico ocorrem através de Jesus (Colossenses 1.20; Efésios 14.9-12; Romanos 8.39, 2 Timóteo 2.1, 10, Filipenses 1.1).

Deus nos faz pessoas de Cristo e elegeu a Cristo como nossa sabedoria, justiça, santificação e redenção com o objetivo de que nos gloriemos sempre no Senhor e nunca em nós mesmos (1 Coríntios 1.30-31).  

Até antes do nosso nascimento Deus tinha a intenção de que fôssemos unidos a Cristo em amor (Efésios 1.4-5; 2 Timóteo 1.9-11; ). Por meio de Jesus, Deus quis nos salvar e nos capacitou com vocação singular, e assim experimentamos todas as bênçãos divinas: do amor, da graça e da vida eterna. 

Cristo é o núcleo da nossa redenção. O elo com Cristo nos remove de toda condenação eterna. Pelo fato do cristão ter esta conexão com Cristo é que recebe o perdão de seus pecados. A salvação vem dEle; toda bênção espiritual flui a partir dEle, a completude na graça tem origem nEle; tudo o que necessitamos está nEle. com Ele estão todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento, a consolação de amor, compaixão e comunhão com o Espírito Santo (Romanos 8.1; 2 Timóteo 2.10; Efésios 1.3; Efésios 1.7; 1 Coríntios 1.30; Colossenses 2.2-3). 

Ninguém recebe e desfruta das bênçãos celestiais sem estar ligado a Cristo pela fé.  Através da união com Cristo o cristão recebe todos os benefícios que precisa.

E.A.G.

Você tem valor



"Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos." - 1 Coríntios 12.13-14.

O sentimento do complexo de inferioridade não condiz com a realidade de quem olha para os outros e os considera sempre mais importante que ele mesmo. Deus, em sua sabedoria infinita, faz de cada ser humano uma pessoa importantíssima, dotada de talentos únicos e necessários para agir de maneira útil no ambiente em que nasce e vive.

E, como cristãos jamais devemos esquecer de que fazemos parte do Corpo de Cristo, que é a Igreja. A unidade espiritual entre os crentes está em Cristo, todos os crentes estão unidos uns com os outros como um corpo espiritual e, portanto, têm profunda comunhão (Romanos 12.5; 15.5, 1 Coríntios 12.27; Gálatas 3.28; 6.15; Efésios 2.13, 21,22).

Na condição de membros do corpo de Cristo, temos comunhão íntima com o Senhor, somos alvo de cuidados especiais, somos alimentados por Ele (Efésios 5.29-30).

A analogia da Igreja com a anatomia do corpo humano nos remete ao fato que não há quem seja mais importante que o outro, que não convém ser individualista pois todos dependemos uns dos outros, temos uma finalidade especifica a ser desempenhada para que as coisas funcionem bem para todos, inclusos nós mesmos. Então, se um membro sofre, devemos sofrer junto com ele, e se um membro é honrado, devemos nos alegrar com ele (1 Coríntios 12.26-27).

Fisicamente, em paz uns com os outros e com o Senhor, a igreja local está unida com Cristo e com Deus e na esfera espiritual cresce como templo do Espírito Santo, que é o vínculo da unidade, o espírito humano unido ao divino (1 Coríntios 6.15, 17; 1 Tessalonicenses 1.1; Romanos 8.9; Efésios 2.22).

Ser habitação do Criador do universo é sinal que temos valor.

E.A.G.