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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

EBD 2012: Prosperidade e riquezas no Antigo Testamento - O rico Nabal e o pedido de ajuda de Davi

O presente artigo foi escrito com o objetivo de servir de subsídio aos estudantes da Bíblia Sagrada, principalmente aos que estão acompanhando as aulas da revista Lições Bíblicas, do 1º trimestre de 2012, especificamente à lição nº 2, a ser apresentada em de 8 de Janeiro, matéria entitulada A Prosperidade no Antigo Testamento, cujos comentários são de José Gonçalves.

A verdade prática da lição declara que  a prosperidade  no Antigo Testamento está diretamente relacionada à obediência à Palavra de Deus e à dedicação ao trabalho. O comentarista lembra que a prosperidade está ligada com solidariedade, espiritualidade, o bem-estar físico e à gratidão. Então, trago o exemplo de Nabal, muito rico mas que não tinha a prosperidade bíblica, era ingrato e avarento, não soube aproveitar a bondade de Deus em sua vida e sofreu terrivelmente por causa disso.

"E havia um homem em Maom, que tinha as suas possessões no Carmelo; e era este homem muito poderoso, e tinha três mil ovelhas e mil cabras; e estava tosquiando as suas ovelhas no Carmelo. E era o nome deste homem Nabal, e o nome de sua mulher Abigail; e era a mulher de bom entendimento e formosa; porém o homem era duro, e maligno nas obras, e era da casa de Calebe" - 1 Samuel 25.2-3.


Davi

Em 1 Samuel 24, temos a narrativa de Davi agindo com grande magnânimidade em favor do injusto rei Saul, que tem sua vida poupada.

Mas, em 1 Samuel 25, Davi age de maneira contrária, reage com rudeza e espírito vingativo contra um bem-sucedido camponês, que se nega a estende as mãos para ele e seu exército com benevolência e gratidão.

Durante seu exílio no reinado de Saul, em suas vagueações Davi ouviu que um próspero camponês tosqueava suas ovelhas nas adjacências do Carmelo, o tal homem era da linhagem de Calebe, pertencente à tribo que tinha pacto de paz com a tribo de origem de Davi, a tribo de Judá (Números 13.30-14.30; Josué 14.6-15).

O momento da tosquia era uma época tradicional de festa em que todos comiam e bebiam em conjunto e de graça, era período quando tradicionalmente se praticava hospitalidade em larga escala às custas do proprietário do rebanho tosquiado. Era um momento de celebração da prosperidade, os vizinhos e amigos eram convidados, os pobres, os excluídos e os mais necessitados eram sempre ajudados  (2 Samuel 13.23-24). Assim sendo, Davi enviou dez homens para pedir a ele que lhe enviasse comida, pensava em receber algo em  troca por ter protegido os servos do camponês e guardado seus rebanhos no campo, contra beduínos saqueadores e predadores naturais, e ouviu como resposta um "não" e muitos insultos - ele havia se esquecido ou se fez de esquecido quanto ao trato de proteção. Então Davi irou-se e planejou um ataque de 400 guerreiros contra o camponês ingrato, conhecido como Nabal e marchou em sua direção para vingar-se (1 Samuel 25.10, 15-16, 21).

Nabal: o homem de Belial

Belial significava indigno, um qualificativo que evoluiu para o significado malígno, e depois para Satanás (2 Coríntios 6.15, 1 Samuel 25.25).

Nabal era homem carmelita. Seu nome significa néscio e mau, talvez um apelido bem aplicado por possuir um comportamento péssimo. Sua pessoa tornou-se o exemplo de israelita áspero, louco, malcomportado, apegado aos bens materiais, insensível às necessidades do próximo, sem consideração pelos semelhantes e irreverente com Deus. Era insensato, negligente, ingrato e rústico (1 Samuel 25.25).

Embora Nabal fosse descendente de Calebe, que junto com Josué entrou na Terra Santa, deixando para trás toda a nação israelita liberta da escravidão do Egito, não existe nada de admirável em seu caráter.

Nabal era habitante de Maom, região próxima ao Monte Carmelo, circunscrita ao Hebrom, a herança de Calebe (Josué 15.13-19). Era rico em rebanhos e manadas, com posses no Carmelo. Seu coração era egoísta, não pretendia compartilhar as riquezas que Deus lhe deu com os necessitados. Ao ouvir a solicitação dos jovens enviados de Davi, agiu insultando e com grande desprezo  (1 Samuel 25.2, 10).

Desta situação entre Nabal e Davi, podemos entender que o Senhor não aprovou a mesquinhez do coração daquele homem rico.

Nabal era casado com Abigail e foi salvo por ela. Ele estava se embriagando e em orgia quando sua esposa intercedia por sua vida a Davi. Quando Abgail voltou e encontrou seu marido bêbado, esperou que o efeito da bebida forte passasse, vendo-o sóbrio relatou o que fez em seu favor e fez sabê-lo que havia sido bem-sucedida. Nabal, compreendendo que havia escapado de uma grande tragédia pela bravura feminina de sua mulher, talvez ressentiu-se muito, envergonhou-se por sua mulher ser capaz de  contornar a crise que o salvara da morte, e desfaleceu em estado apoplético, quem sabe em consequência do uso demasiado de bebida tenha sofrido um fulminante ataque cardíaco, ou entrado em coma por conta de um derrame cerebral e ficado insconsciente...  "Se amorteceu nele o coração e, ficou como pedra, passados dez dias ele morreu" 1 Samuel 25.37 b, 38 (ARA).

Do nome Nabal e suas características tolas, de riqueza e egoísmo, surgiu o termo em português "nababesco".

Abgail, esposa exemplar

A esposa de Nabal era um contraste do marido. Era gentil, bonita, inteligente. Ela se destacava como uma mulher sensata, ágil e bem articulada. Quando soube da visita dos mensageiros e do perigo que seu marido corria ao provocar a ira de Davi, porque na época de festança e fartura, por conta da tosquia das ovelhas recusou-se retribuir o favor de Davi enviando-lhe alimentos e desdenhando dele,  tomou a responsabilidade da crise em suas próprias mãos e tratou de agir imediatamente, com a intenção de evitar um inútil derramamento de sangue e a destruição da sua casa inteira.

Diante da emergência da situação, quando havia o risco de provocar a raiva de seu marido sobre ela por contrariar sua decisão, atinou que o maior risco era não fazer nada contra a iminente mortandade que pairava sobre sua casa. Com diplomacia, enviou empregados com as provisões que Davi pediu - pães, trigo, vinho, ovelhas, passas e figos - e foi com eles. Ao encontrar-se com Davi, agiu com responsabilidade, tato, expressou-se com palavras humildes e conseguiu aplacar a fúria contra seu marido. Davi entendeu e ficou impressionado com esta atitude, percebeu que ela era instrumento nas mãos de Deus no momento em que estava prestes a errar por estar com o ânimo exaltado e então logo se arrependeu do mal que planejava fazer contra Nabal. Declara: "Deus me impediu de fazer um grande mal" - 1 Samuel 25.34.

As palavras de Abgail e suas consequências positivas

O ponto alto do capítulo são as palavras de Abgail, assumindo a culpa de seu marido Nabal, conseguindo evitar que Davi o matasse sem razão, e se vingasse por motivo pessoal. Com certeza, Abgail reconheceu que Davi era o futuro rei de Israel (1 Samuel 25.24-31). Algum tempo depois Davi seria consagrado rei na região de Hebrom, a região em ela residia (Juízes 1.20; 2 Samuel 2.1-4).

Quando ela foi até ele com presentes, objetivando pedir clemência em favor de Nabal, sua sabedoria, coragem e bela aparência física, suas palavras poéticas e dignidade, chamaram-lhe a atenção e repercutiram positivamente.

Ao saber que Nabal havia morrido, Davi não se alegrou com a morte, reconheceu que Deus evitou que ele cometesse um grande mal e que lutou por ele. E sendo Abgail viúva, Davi quis recebê-la como esposa. E lemos: "E mandou Davi falar a Abigail, para tomá-la por sua mulher.' (...) 'E Abigail se apressou, e se levantou, e montou num jumento com as suas cinco moças que seguiam as suas pisadas; e ela seguiu os mensageiros de Davi, e foi sua mulher" 1 Samuel 25. 39 d, 42.

Ao casar-se com Davi, Abgail prosperou. Ela adquiriu nova posição social e uma rica propriedade. Juntamente com Ainoam, a jezreeelita, compartilhava da vida em Gate. As duas foram capturadas por amalequitas em Ziclague, e Davi as resgatou (1 Samuel 30.18). Foi mãe do segundo filho de Davi (2 Samuel 3.3; 1 Crônicas 3.11).

"A sua vida será atada no feixe dos que vivem" - 1 Samuel 25.29

A linguagem figurada é extraída do costume de amarrar objetos preciosos em feixes para protegê-los do dano. Deus cuida dos seus como nós cuidamos de nossos tesouros.

Abigail, quis dizer que ao Davi desistir de vingar-se de Nabal teria a sua vida guardada junto com a de todos que são do Senhor, dando a entender que ele alcançaria a vida no além, isto é, a imortalidade. A palavra vida em hebraico é 'nephesh" e tem a conotação de alma. E feixe é "tseror", um saquitel, lugar seguro onde são guardadas coisas preciosas e pode ser símbolo do registro do nome no Livro da Vida. Os hebreus costumavam gravar nas lápides de seus mortos a inscrição: Que a sua alma seja guardada no Livro da Vida.

"O sábio de coração será chamado prudente, e a doçura dos lábios aumentará o ensino. O entendimento para aqueles que o possuem, é uma fonte de vida, mas a instrução dos tolos é a sua estultícia. O coração do sábio instrui a sua boca, e aumenta o ensino dos seus lábios. As palavras suaves são favos de mel, doces para a alma, e saúde para os ossos" - Provérbios 16.21-24.

Confira todas as abordagens sobre as matérias da revista no blog Belverede: EBD 2012 primeiro trimestre: Verdadeira prosperidade - vida cristã abundante


E.A.G.

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Consultas:

Bíblia Vida Nova, 2ª impressão, 1996 (Edições Vida Nova).

A Bíblia Explicada, 12ª edição, 1997,  S. E. McNair (CPAD).

O Novo Dicionário da Bíblia - volumes I e II; 4ª edição, 1981 ( Edições Vida Nova).

Bíblia de Estudo NTLH, 2005 (SBB).

Dicionário Bíblico Universal A. R. Buckland & Lukyn Williams, maio de 2007 (Editora Vida).

domingo, 1 de janeiro de 2012

Jesus o único salvador

"Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." - João 14.5-6.

Jesus, o único caminho

Algumas religiões que encontramos nesse mundo são capazes de fazer uma pessoa ser melhor cidadã, mas nunca conseguirão levar essa mesma pessoa a ter um encontro com Deus. Apenas Jesus Cristo leva o ser humano ao Pai.

O caminho nos lembra a estrada, a rua, a rota, a distância a ser percorrida, o progresso, o modo, o meio, o objetivo a ser alcançado.

Jesus Cristo se apresentou figuradamente como o único caminho para que cheguemos ao céu. Não há outro meio de encontrar-se com Deus a não ser aceitá-lo como meio de salvação. Não há outro modo de chegar ao Pai (Atos 4.10-12; Hebreus 9.8).

Jesus, a única verdade

No idioma original do Novo Testamento, verdade é "aletheia", significa a "verdade divina". É a revelação de Deus,  revelação verdadeira em si mesma e derivada do Deus verdadeiro, é a declaração da existência e da vontade do Deus único e verdadeiro, em oposição aos falsos ídolos. Aletheia é a verdade divina que contraria as fábulas pagãs e judaicas (João 1.14, 17; Romanos 1.18, 25; Gálatas 3.1; Hebreus 10.26; 1 João 2.21).

Aletheia tem raiz etimológica com a conotação naquilo que não está escondido, à pureza de toda espécie de erro, pode ser conhecido, pode ser confirmado, não é dissimulado.

Jesus, a vida

A palavra grega para vida tem o sentido de o estágio de bem-aventurança que o cristão vive. Também, é sinônimo em "bios", o período de duração da vida; e, "psyque", literalmente a alma, o sopro da vida que a Humanidade recebeu em Adão, a capacidade de acordar todos os dias, a sede da personalidade.

Remete à oposição tanto à morte quanto à inexistência. É a existência depois da ressurreição dos mortos por meio de Jesus Cristo (Romanos 5.10; 2 Coríntios 4.10-12).

Jesus é a vida em sentido absoluto, é a vida eterna na presença de Deus (João 1.4; 5.26; Romanos 6.4; 2 Pedro 1.3; Apocalípse 21.6).

Jesus, o nosso salvador

Ele é o único caminho, a única verdade e a única vida. É a solução para que escapemos da separação eterna de Deus. As religiões podem apresentar esse Jesus salvador, porém, jamais farão o que Ele é capaz de fazer, levar-nos ao Pai.

Creia em Jesus Cristo: "E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" - Atos 2.21.


E.A.G.

sábado, 31 de dezembro de 2011

Belverede agradece leitores de 2011

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Feliz Ano Novo!


Eu, Eliseu Antonio Gomes, agradeço a todos os leitores do blog Belverede de 2011.

De acordo com os dados estatísticos do Blogger, aferição iniciada em maio de 2009 (comecei a operar o Belverede em junho de 2007) tenho os seguintes números:

• O histórico geral de visualização contabiliza 565.991 visitas;

• O artigo Bebês sêxtuplos de Ohio – Estados Unidos, publicado em 20 de Outubro de 2011, contando a história da mãe, cristã evangélica, que se negou abortar quatro bebês e arriscou sua vida em favor das seis vidas em seu ventre, é o mais lido neste último dia do ano, por volta de 15 horas.

• O artigo Fido Dido: o que significa este nome?, publicado em maio de 2009, possui 31.518 e está entre os mais acessados entre todos aqui no Belverede; são 31.518 visualizações da página, por volta de 15 horas.

E, segundo o serviço de dados do Histats, que aderi em janeiro de 2008, temos os seguintes números, até o momento:

• Total de visitas: 10.730.565;

• Total de visitas ao Belverede até agora: 505;

• Total de visitas vindas ao Belverede por meio do Google: 333.

É com satisfação que dou adeus para 2011 e  estou prestes a abraçar 2012. Minha pretensão é contunuar blogando em 2012 e até quando Deus permitir, falando de coisas relativas a fé cristã, criando respostas para pesquisadores do Google e interagindo com os irmãos e irmãs que compõem a Blogosfera Evangélica. 
Que cada leitor deste blog possa virar o ano com seus familiares e na presença do Senhor. Abracem-se e verbalizem o sentimento de amor uns pelos outros.
Deus abençoe a todos em nome de Jesus Cristo.
E.A.G.