Ontem, tive a oportunidade de ouvir uma irmã da igreja falar sobre os pecados cometidos em nível dos pensamentos. Ela ponderou sobre a condição de muita gente cristã e derrotada por causa da devastação de pensamentos errados. Abordou o assunto de um ângulo que eu ainda não havia encontrado.
Tais pensamentos produzem efeitos devastadores contra a própria pessoa que sustenta imaginação má. Isso é um perigo, porque aparentemente tudo está bem, possuem bom relacionamento com todos, tem atividades aceitáveis na igreja, por vezes são até muito admiradas. Então, tendem a acreditar que esteja de bem com Deus. Não basta estar mil maravilhas por fora, o Criador vê o interior de cada um e está ciente se lá dentro tudo é limpo ou igual aos pães bolorentos.
É um grande perigo viver assim, amar e alimentar pecados imaginados, pecados sexuais e os pecados da mágoa contida, como se não fossem realmente pecados. É preciso haver conversão de fato, deixar de amar a si mesmo. É preciso estar plenamente voltado para Deus com o corpo, com a alma e com o espírito.
A conversão verdadeira passa pela decisão da mudança plena. A melhor definição para essa mudança real - metanoia em grego (μετάνοια) - está revelado em João 3. Trata-se do novo nascimento. O nascer de novo é a
metamorfose completa. É um ponto final nos velhos costumes, nos velhos
pensamentos, nas velhas intenções, nos velhos objetivos. É transformar-se inteiramente. Mudança de tudo, colocar as iniciativas próprias em segundo lugar e trilhar o caminho que leva para perto de Deus. É ser uma nova criatura, ser alguém totalmente diferente.
O apóstolo Paulo comenta sobre a conversão interior. "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus" - Romanos 12.1-2. A partir da tomada de consciência e atitude em aceitar a Cristo como Salvador, há necessidade de também aceitá-lo como Senhor. Tê-lo como Senhor implica em submissão total, externa e interna, renunciar o homem interior que se esforça para viver a filosofia padronizada da sociedade caída no pecado.
É preciso querer obedecer ao mandamento de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, viver separado dos costumes desse mundo perdido, desistir dos desejos da carne e dos olhos, desvincular-se de ações padronizadas e regidas pelo egoísmo e por ideais contrárias à vontade do Senhor.
Por mundo, entenda-se o sistema de rebelião contra Deus. Ser mundano é ser alguém egoísta, avarento, orgulhoso, hipócrita, briguento.
Deus não nos conserta, apenas dá condições para que façamos isso. Essa conquista, a capacidade de converter-se, ocorreu quando Jesus Cristo morreu na cruz e ressuscitou ao terceiro dia. Naquele momento da ressurreição, Deus nos deu a condição de escolher viver em santidade ou em pecado. Agora, é possível querer e ser diferente, deixar o estilo de vida desse mundo e viver em novidade de vida
Escolhamos ser santos inteiramente, renovando a cada dia a mente ao usar o entendimento de quem somos e considerando a importância do amor de Deus por nós. Queiramos mostrar Deus em nosso jeito de agir e pensar!
E.A.G.