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Arquivo | 14 anos de postagens

segunda-feira, 25 de junho de 2012

UBE Blogs e Vinacc produzirão conferência sobre Blogosfera Cristã

Olá, pessoal.

A Administração UBE Blogs em parceria com os realizadores da Vinacc idealizam aos blogueiros e blogueiras, para toda gente que ama ao Senhor, uma conferência sobre a Blogosfera Cristã.

Conheça e divulgue o hotsite deste evento, inaugurado nesta data, e esteja conosco via Google Friend Connect para receber informações atualizadas. ENBLOGUE: Encontro de Blogueiros Evangélicos. 

E.A.G.

domingo, 24 de junho de 2012

Deus precisa de dinheiro?

Pergunta importante: Deus precisava do animal que foi oferecido em sacrifício por Abel? Não. Mas diz a Bíblia que o Senhor se agradou de tal atitude. Foi uma oferta agradável porque foi entregue devocionalmente.

Ocorre de igual forma hoje em dia. Antidizimistas, e anticristãos de modo geral, afirmam que Deus não precisa de dinheiro. Muitos críticos dos pastores que pedem ofertas e dízimos, recusam-se a entregar ou entregam dinheiro na igreja no estilo de Caim, o primeiro filho do casal Adão e Eva que o Senhor rejeitou.

Deus não precisa do seu dinheiro, mas o seu semelhante sim. Através da arrecadação cuida-se das almas, tanto física como espiritualmente. Você ama o próximo como a si mesmo? As passagens bíblicas que abordam o dinheiro sinalizam com clareza o nosso relacionamento com Cristo e com Deus devocionalmente. Quem não é liberal nas finanças geralmente não se importa com o bem-estar de pessoas necessitadas, elas parecem apenas pensar em acumular e usar o dinheiro em benefício próprio.

Acredito que o assunto “dízimo” é o mais polêmico para a cristandade na atualidade. Penso que a fogueira da polêmica não apaga pelo jeito como grande parte da liderança cristã apresenta a questão dos dez por cento. Conheço poucos líderes que esclarecem que a vigência da obrigatoriedade referiu-se aos judeus, poucos afirmam que o cristão precisa adotar o sistema de dízimo com o coração voluntário e decidido a demonstrar na condição de dizimista o amor a Deus e ao próximo.

Infelizmente – palavras de um pastor assembleiano, com aproximadamente 70 anos, jubilado, e com a cabeça ainda bastante lúcida – a má administração do montante arrecadado chama mais atenção do que as boas administrações, que são em números maiores.

Não costumo frisar o livro de Malaquias no assunto dízimo. Gosto de usar Gênesis 14; Gênesis 28; Salmo 110.4; Hebreus 5; e Hebreus 7. Por quê? Porque nessas passagens está claro e patente o relacionamento de Cristo com a Igreja e através de Cristo o relacionamento do ser humano com Deus devocionalmente.

Entregar o dízimo e a oferta na igreja com o coração desejoso de ser alguém usado para abençoar vidas é uma situação que o Senhor se agrada. É um privilégio muito bom fazer parte do grupo de irmãos que sustentam financeiramente missionários no exterior; investem no evangelismo urbano; patrocinam abertura de novos templos; cuidam da manutenção de templos já abertos!

E.A.G.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Pecados no pensamento

Ontem, tive a oportunidade de ouvir uma irmã da igreja falar sobre os pecados cometidos em nível dos pensamentos. Ela ponderou sobre a condição de muita gente cristã e derrotada por causa da devastação de pensamentos errados. Abordou o assunto de um ângulo que eu ainda não havia encontrado.

Tais pensamentos produzem efeitos devastadores contra a própria pessoa que sustenta imaginação má. Isso é um perigo, porque aparentemente tudo está bem, possuem bom relacionamento com todos, tem atividades aceitáveis na igreja, por vezes são até muito admiradas. Então, tendem a acreditar que esteja de bem com Deus. Não basta estar mil maravilhas por fora, o Criador vê o interior de cada um e está ciente se lá dentro tudo é limpo ou igual aos pães bolorentos.

É um grande perigo viver assim,  amar e alimentar pecados imaginados, pecados sexuais e os pecados da mágoa contida, como se não fossem realmente pecados. É preciso haver conversão de fato, deixar de amar a si mesmo. É preciso estar plenamente voltado para Deus com o corpo, com a alma e com o espírito.

A conversão verdadeira passa pela decisão da mudança plena. A melhor definição para essa mudança real - metanoia em grego (μετάνοια) - está revelado em João 3. Trata-se do novo nascimento. O nascer de novo é a metamorfose completa. É um ponto final nos velhos costumes, nos velhos pensamentos, nas velhas intenções, nos velhos objetivos. É transformar-se inteiramente. Mudança de tudo, colocar as  iniciativas próprias em segundo lugar e trilhar o caminho que leva para perto de Deus. É ser uma nova criatura, ser alguém totalmente diferente. 

O apóstolo Paulo comenta sobre a conversão interior. "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus" - Romanos 12.1-2. A partir da tomada de consciência e atitude em aceitar a Cristo como Salvador, há necessidade de também aceitá-lo como Senhor. Tê-lo como Senhor implica em submissão total, externa e interna, renunciar o homem interior que se esforça para viver a filosofia padronizada da sociedade caída no pecado. 

É preciso querer obedecer ao mandamento de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, viver separado dos costumes desse mundo perdido, desistir dos desejos da carne e dos olhos, desvincular-se de ações padronizadas e regidas pelo egoísmo e por ideais contrárias à vontade do Senhor. 

Por mundo, entenda-se o sistema de rebelião contra Deus. Ser mundano é ser alguém egoísta, avarento, orgulhoso, hipócrita, briguento.

Deus não nos conserta, apenas dá condições para que façamos isso. Essa conquista, a capacidade de converter-se, ocorreu quando Jesus Cristo morreu na cruz e ressuscitou ao terceiro dia. Naquele momento da ressurreição, Deus nos deu a condição de escolher viver em santidade ou em pecado. Agora, é possível querer e ser diferente, deixar o estilo de vida desse mundo e viver em novidade de vida

Escolhamos ser santos inteiramente, renovando a cada dia a mente ao usar o entendimento de quem somos e considerando a importância do amor de Deus por nós. Queiramos mostrar Deus em nosso jeito de agir e pensar!

E.A.G.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

A Bíblia Sagrada e a revelação do Espírito Santo (parte 3 de 3)


A Bíblia Sagrada e a revelação do Espírito Santo - parte1

A Bíblia Sagrada e a revelação do Espírito Santo - parte 2

Tenho escrito há algum tempo na Blogosfera que a pratica da autêntica apologética é mostrar o erro, sem enfatizar os errados, e apontar para a solução. Por quê? A luz que recebemos, por intermédio do conhecimento da Palavra de Deus, nos dá discernimento para entender que nosso inimigo não é o nosso semelhante, mas um ser espiritual, o diabo Miremos o alvo certo e deflagremos chumbo grosso apenas nele!

"Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais" - Efésios 6.12.

Me converti nos idos de 1980. Naquela época, editoras de renome em nível nacional lançavam diversos livros com temática escatológica, com vista na virada do século e no fim dos tempos. Eu li alguns livros sobre o Apocalipse, com interpretações que hoje fazem as pessoas rirem, pois os anos mostraram que as interpretações estavam erradas... Escritor com reputação caiu em ridículo, porque quis interpretar textos que não possuem contextualização bíblica que dê suporte para chegar em uma elucidação das simbologias. Existem editoras de renome nacional nessa história, hoje os lançamentos estão fora de catálogo e com certeza jamais voltarão a ser publicados.

A escatologia é terreno perigoso. É o ramo da teologia que menos possui respostas e o que mais coloca teólogos em posições ridículas. Mentes aguçadas perguntam sobre trechos bíblicos que nos levam apenas à superfície das hipóteses.

Entendo que para tudo o que é mais importante a Palavra de Deus é clara e responde sem deixar sombras de dúvidas. O que não importa muito, o que não muda o destino da nossa salvação, não precisa de clareza.

Se a Palavra não explica determinado tema, então nos contentemos com o que estiver revelado. Deuteronômio 29.29 é a resposta para essas situações: "As coisas encobertas são para o Senhor e as reveladas são para nós e nossos filhos."

A regra da hermenêutica diz que Bíblia explica a Bíblia, quando não há contexto que responda um texto então é preferível calar. Exercer humilde e dizer "não sei" em muitas ocasiões é a postura correta.

Certa vez, Spurgeon afirmou que quando alguém procura uma resposta bíblica e não encontra, o erro está em quem procurou, pois não se aprofundou o suficiente na pesquisa. Entendo que para as coisas práticas do viver cristão há respostas, mas para o futuro remoto nem sempre há elucidação.

Os cristãos do primeiro século acreditaram que Jesus voltaria na geração deles. Interpretaram errado as profecias. Não era importante para eles, então Deus não revelou-lhes que haveria vida na Terra por tantos séculos.

Hoje em dia existem muitas suposições sobre As Duas Testemunhas do Apocalipse, perguntam quem seriam elas. Na concepção de uns seriam Moisés e Elias e na de outros a simbologia da Antiga e da Nova Aliança. Não há condição de ter certeza de quem sejam elas. Não existe base para afirmar nada. Toda resposta é apenas conjectura. Eu não respondo este assunto indicando uma ou outra vertente, prefiro ficar em silêncio nas passagens que a Bíblia não apresenta conclusões.

Deus é soberano, e não diz nada além do que seja útil e proveitoso para nós. Precisamos nos contentar apenas com o que estiver revelado. Em momentos de ausência de explicação bíblica, o que importa é exercer nossa humildade.

O silêncio bíblico ocorre porque não é edificante saber tudo no presente momento, algumas informações só poderão edificar vidas na ocasião dos fatos e não antes.

E.A.G.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Paulo e o dualismo da carne versus o espírito

Salmo 51.10: Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto.

"Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto" - Salmo 51.10.

A alma, sede do conhecimento e vontades, vai de encontro à vontade de Deus. É dificil compreender quem negue a existência da oposição da carne ao espírito, se isso está tão claro nas Escrituras Sagradas.

Será que os tais conscientemente fecham os olhos para a obviedade da vida e querem abraçar o ridículo?
"Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.
De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.
Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.
Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?
Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado."
Romanos 7.14-25