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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O último profeta do Antigo Testamento - fazia parte dos planos de Deus João Batista ser decapitado?


"A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" - Provérbios 15.1.

O temperamento humano é diversificado. E pode ser moldado também. Alguns são calmos e introspectivos, enquanto outros são cheios de iniciativas e se extravasam em palavras e atos até mesmo antes de pensar.

Ser um alguém expansivo ou reservado não é virtude ou defeito.

Segundo Tim LaHaye, em seu livro O Temperamento Controlado Pelo Espírito, os tímidos estão classificados em fleumáticos e melancólicos, enquanto que os extrovertidos são coléricos e sanguíneos.

Segundo a psicologia, as pessoas que possuem resposta na ponta da língua ou que sentem dificuldades de deixar para depois uma reação às coisas que não gostou, são as mais temperamentais. Certamente que é verdade, é uma força de expressão que identifica os que são do tipo colérico.

Tanto os tímidos quanto os extrovertidos têm porcentagens à mais ou à menos do jeito colérico de ser, e das outras três formas de temperamentos (melancólico, fleumático e sanguíneos).

Quando a Bíblia Sagrada fala que os tímidos não herdarão o Reino de Deus, refere-se à covardia e não ao modo do temperamento humano. A covardia não é traço de temperamento, mas do caráter. Há covardes tímidos e há covardes extrovertidos também.

Conformar-se com o medo é o mesmo que ter falta de fé. Por causa disso é que ser covarde é pecado.

Seja você alguém introspectivo ou não, precisa possuir o fruto do Espírito Santo na sua vida. Porque entre as nove características do fruto há uma identificada como domínio-próprio / temperança / auto-controle.

Com essa característica em ação é possível controlar o temperamento colérico e todos os outros, moldando o coração à maneira certa e prazerosa em que está o coração de Deus.

Responder com brandura, seja ao falar ou agir, desvia a fúria de todos os interlocutores e promove a paz. E ser duro em palavras e truculento faz com que existam reações raivosas, cheias de sede de vingança.

Vemos exemplos disso em duas personagens bíblicas: João, autor do Apocalipse, das três Cartas Apostólicas e de um dos quatro Evangelhos. E o outro João, o batizador.

O primeiro foi conhecido como o apóstolo do amor, por causa da sua doçura no trato com todos. Até durante os momentos das repreensões usava o termo " filhinhos ". Morreu por causa da perseguição religiosa, porém, foi o único dos apóstolos que viveu até uma idade avançada. As respostas brandas dele muitas vezes desviaram o furor dos inimigos.

João Batista (na verdade batizador, porque "batista" é a função e não sobrenome dele), veio do deserto cheio de coragem e pouca delicadeza. É verdade que ele exerceu a sua função profética por inteiro... Mas lembremos do que Paulo escreveu: "os espíritos dos profetas são sujeitos aos profetas" (1ª Coríntios 14.32). E João quis denunciar publicamente, com dureza, o pecado de adultério do rei e de Herodias e provocou a ira sobre si mesmo. Resultado: muito jovem teve a cabeça decapitada e colocada em uma bandeja. Referência: Mateus 14.1-12.

É importante fazer a vontade de Deus, sem ser covarde. Porém sempre existirão as opções inteligentes para colocar em prática, com toda valentia, a missão que Deus nos dá. Desvie toda fúria que aparecer em seu caminho sendo alguém com brandura no coração.

E.A.G.
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Artigo liberado para cópias, desde que seja, citados o link (HTML) da comunidade Assembleia de Deus - Belém e o nome do autor.

O presente artigo é republicado com o objetivo de servir de subsídio à revista Lição Bíblica - O Ministério Profético na Bíblia; lição 8– João Batista – O Último Profeta do Antigo Testamento; comentários do Pr. Esequias Soares (CPAD).

Postagem original neste blog em 14 de junho de 2007, com o título Temperamentos.

Minhas considerações sobre o polêmico Caio Fábio


No passado, idos de 1986 e começo dos anos 90, admirava Caio Fábio e fazia bastante esforço para ouvir suas preleções. Eu aprendi a gostar do seu jeito de escrever e o lia com bastante prazer, procurando seus textos mais recentes.

Vieram os escândalos. Envolvimento em irregularidades no meio da política brasileira. Comparei o que tinha lido com o que tinha feito. Fiquei decepcionado com a conduta dele. Mas sem deixar de manter meu respeito por sua pessoa. Continuei lendo-o. Mas, com análise mais apurada. Sem tanta vontade de saber as novidades da escrita dele.

Veio o escândalo sexual e a posterior confissão. A decepção se acentuou, com reservas, pois se confessou publicamente e pediu perdão. Continuei a ler, porém apenas eventualmente, e mantendo análise mais apurada ainda às leituras. Continuei a manter meu respeito por sua pessoa. E passei a orar por ele.

Vieram várias manifestações de "denuncias" da parte dele contra diversos líderes evangélicos. Citava nomes. Mas todo denuncismo que fez nunca foi comprovado. Então minha decepção acentuada aumentou mais. Entretanto, sem deixar de manter meu respeito por sua pessoa. Continuei a orar em seu favor.

Como moderador em sites de relacionamentos, em grandes comunidades do Orkut, Ning e Blogspot nunca deixei que suas "denúncias" não comprovadas e nem que pessoas contrárias a ele entrassem em atritos e fizessem ofensas entre si. Sempre fiz questão de que as duas partes - denunciador (es) e "denunciado (s)" - não tivessem espaços nos fóruns. Fiz isso pensando no Sermão do Monte: bem-aventurado os pacificadores.

No vídeo (apenas áudio, áudio e imagem) mais atual de Caio Fábio no YouTube, quando comenta sobre uma reportagem da revista Época, ele usa termos chulos e faz alusão comparativa mais chula ainda contra lideranças evangélicas no Brasil. E ri. Eu quase chorei ao vê-lo assim. Então a minha decepção foi ao ápice!

O meu respeito por ele está por um fio!

Continuo orando.

E.A.G

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O artigo está liberado para cópias, desde que citados o nome do autor e o HTML (link) do blog Belverede.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Falsos pastores ou pastores irredutivelmente equivocados?

Infelizmente, passam-se horas, dias, meses, anos e décadas e este recado continua bastante necessário.

A melhor definição que eu tenho para pessoas que se comportam como falsos pastores, ou pastores equivocados, são as figuras de enfermeiras e babás pegas no flagra maltratando o idoso e o bebê, apesar de sua função ser o de prezar pelo máximo cuidado delas, conforme pede, espera e remunera seus patrões. Elas são assalariadas para fazer o bem, porém, são incapazes de fazê-lo naturalmente. Hoje em dia câmeras escondidas cumprem o papel de ótimos vigilantes. As imagens revelam o caráter de quem vive de fachada. Então, é muito comum os programas jornalísticos mostrarem cenas de maus tratos cometidos contra seres indefesos por estes falsos profissionais. O que vemos é sempre revoltante.

O pastor se referindo a ele mesmo: "Eu sou ungido, ai dos que tocarem neste ungido do Senhor!"

Geralmente pastores que soltam pérolas assim são "hitlerzinhos", uns déspostas, e se consideram acima das críticas.

Como lidar com pastores equivocados ou falsos pastores?

De acordo com Jesus, todo pastor é chamado para servir, ser o menor entre todos na igreja. Esta foi a definição feita por Cristo quando os discípulos brigavam entre si tentando fazer prevalecer a ideia geral de qual deles era o maior, o mais importante entre os doze da turma que andava com o Mestre (Mateus 18.1-7).

Diante disso, ao líder evangélico que se comporta de maneira autoritária, como se fosse o maioral dentro da congregação cristã evangélica, só resta dizer-lhe: converta-se!

E, é necessário lançar um alerta para as ovelhas do Senhor que estiverem sendo humilhadas por eles. É preciso dizer-lhes: vocês são ovelhas de Jesus e não de um ser humano; fechem suas carteiras de dinheiro, parem de manter financeiramente o ministério de quem é déspota, vão ofertar e dizimar em outro templo, onde quem agora pisa em vocês não tem nenhum controle e autoridade. Vão em paz, porque vocês são livres e merecem fazer parte de um ministério onde o líder, que se apresenta como pastor, conheça e viva o real sentido da palavra ministro cristão.

O ministro cristão, que usa a distinção de pastor, mas não expressa amor divino aos membros da congregação que administra, representa as pessoas que o apóstolo João classificou de anticristos (1ª João 2.18), pois esperamos vê-los trabalhando para Cristo mas eles fazem o contrário, maltratam o rebanho de Cristo. Isto é revoltante.

A finalidade espiritual da função pastoral é, de todas as maneiras possíveis e necessárias, saber e estar sempre disposto a cuidar muito bem dos cristãos, é sempre estar em prontidão para alimentar as ovelhas do Senhor Jesus.

No Novo Testamento, passagem bíblica no Evangelho escrito por João, 21.15-17, encontramos a lição do significado da função pastoral:

"E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro:

- Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes?

E ele respondeu:

- Sim, Senhor, tu sabes que te amo.

Disse-lhe:

- Apascenta os meus cordeiros.

Tornou a dizer-lhe segunda vez:

- Simão, filho de Jonas, amas-me?

Disse-lhe:

- Sim, Senhor, tu sabes que te amo.

Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.

Disse-lhe terceira vez:

- Simão, filho de Jonas, amas-me?

Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe:

- Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo.

Jesus disse-lhe:

- Apascenta as minhas ovelhas".

E.A.G.

Artigo relacionado: leia um texto que alude a João 21.25-17. Você me ama?
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Texto republicado com atualização. A primeira postagem se encontra no dia 27 de janeiro de 2010. O artigo pode ser copiado, desde que citado o nome do autor e o HTML (link) do blog Belverede.