Pesquise sua procura

Arquivo | 14 anos de postagens

sábado, 2 de junho de 2018

Levítico, o terceiro livro escrito por Moisés

As tábuas da Lei.
Levítico é o terceiro livro da Bíblia e também é o terceiro livro do Pentateuco. Em Levítico, é descrito de maneira detalhada o começo do exercício sacerdotal da tribo de Levi em favor dos filhos de Israel. Assim que foi erguido o tabernáculo e se nomeou o sacerdote, que servia no altar, seguiu-se a regulamentação do culto divino, a apresentação das exigências de purificação e de santificação que o povo tinha que fazer.

Está claro nas páginas de Levítico que Deus exige separação entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo  (Levítico 10.10).

É notável a consistência de Levítico, o seu conteúdo é uma belíssima composição quase que exclusivamente sobre as leis rituais. O arcabouço histórico no qual estas leis estão engastadas é a permanência de Israel no Sinai.  O livro pode ser lido como se segue:

1. Leis concernentes às ofertas (do capítulo 1 ao capítulo 7 e versículo 38);
2. O serviço do tabernáculo posto em operação (de 8.1 a 10.20);
3. Leis concernentes à pureza e impureza (de 11.1 a 15.33);
4. O grande dia da expiação (16.1 a 34).
5. Várias leis (17.1 a 25.55);
6. Promessas e advertências (26.1 a 46);
7. Apêndice: avaliação e redenção (27.1 a 34).

Sem sacerdotes e sem sacrifícios ninguém podia se aproximar de Deus. As relações com Deus exigiam condições de pureza e santidade, tanto moral como cerimonial. Para se conseguir isto, preparavam-se vários manuais que provavelmente vieram a formar o livro. Ocasionalmente, algumas leis se repetem em referência a casos diversos e diferentes finalidades. Às vezes as leis se interrompem para darem lugar a uma narrativa de acontecimentos que originam novas leis.

O Senhor Deus se apresenta em Levítico com nomes associados à liturgia do tabernáculo. Observe as seguintes  anotações, criada por Erivaldo Jesus Pinheiro: 

1. Em Levítico 1.3, Ele é o Senhor da oferta perfeita;
2. Em Levítico 1.9, Ele é o Senhor da oferta agradável;
3. Em Levítico 2.3, Ele é o Senhor da oferta santíssima;
4. Em Levítico 3.1,Ele é o Senhor da oferta pacífica;.
5. Em Levítico 4.31,35,Ele é o Senhor da oferta expiatória;
6. Em Levítico 6.8,13,Ele é o Senhor do altar;
7. Em Levítico 7.30, Ele é o Senhor da oferta movida;
8. Em Levítico 8.33, Ele é o Senhor da consagração;
9. Em Levítico 9.24, Ele é o Senhor que consomeo holocausto sobre o altar;
10. Em Levítico 10.1-2, Ele é o Senhor como fogo consumidor;
11. Em Levítico 11.44-45, Ele é o Senhor da santidade;
12. Em Levítico 12.15, Ele é o Senhor da purificação;
13. Em Levítico 16.1, Ele é o Senhor da expiação;
14. Em Levítico 18.1, Ele é o Senhor nosso Deus;
15. Em Levítico 19.35-37, Ele é o Senhor da justiça;
16. Em Levítico 20.8, Ele é o Senhor que nos santifica;
17. Em Levítico 21.1-24, Ele é o Sumo Sacerdote perfeito e eterno;
18. Em Levítico 22.1-16, Ele é o Senhor das coisas sagradas;
19. Em Levítico 23.1-44, Ele é o Senhor das festas;
20. Em Levítico 24.13-23, Ele é o Senhor zeloso;
21. Em Levítico 25.10-17,Ele é o Senhor do Ano do Jubileu,da libertação;
22. Em Levítico 26.1-32, Ele é o Senhor dos dízimos e dos votos.

Em Levítico é revelada a santidade divina. O livro tem a finalidade de revelar o caráter puro e santo do nosso Deus, portanto a palavra-chave do conteúdo exposto neste livro é "santidade" (Levítico 19.2; 20.7-8). Quem deseja conhecer mais profundamente sobre o grande abismo que existe entre a pecaminosidade do homem e a santidade de Deus deve ler mais atentamente o livro de Levítico.

E.A.G.

Bíblia do Pregador Pentecostal, edição 2016, página 173, notas de Erivaldo de Jesus Pinheiro, Barueri, São Paulo- SP (Sociedade Bíblica do Brasil). 
Bíblia Sagrada - Edição em Língua Portuguesa, coordenador Samuel Martins Barbosa, ano da publicação não declarado, página 68, Lapa, São Paulo- SP (Torá Livraria e Editora Ltda).

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Ética Cristã, Vícios e Jogos

Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

Com a frouxidão dos costumes e padrões de conduta da sociedade sem Deus, envolver-se em jogos e vícios, legais e ilegais, cada vez mais o envolvimento é considerado como circunstância dentro da normalidade e naturalidade. A filosofia da pós-modernidade não enxerga pecado em nada e diz que criticar a conduta errada é fraqueza de quem não exerce amor cristão.

Os vícios, inclusive os morais, prejudicam terrivelmente a vivência do ser humano, são capazes de abalar até lares cristãos. Neste ambiente espiritualmente hostil, governado pelo príncipe deste mundo, que é o diabo, o cristão precisa apresentar seu testemunho de pessoa de fato convertida, propiciar meios para que o nome de Jesus seja glorificado através do seu estilo de vida. 

Desta maneira, por intermédio de seu bom comportamento de crente voluntariamente nas mãos do Espírito Santo, haverá salvação para muitas almas que estão tateando e tropeçando, envoltas nas densas trevas do pecado. A Bíblia Sagrada recomenda a cada um de nós esquivar-se de vícios, jogos de azar e tudo o mais que arruíne sua vida; e elogia a atitude da pessoa que decide viver moderadamente.


I - VÍCIOS: A DEGRADAÇÃO DA VIDA HUMANA

O Criador não fez o ser humano com o propósito de ser escravizado. O escravo é propriedade de quem o escraviza e a humanidade foi criada para viver em liberdade, livre da natureza pecaminosa que induz à escravidão (Gálatas 5.13).

As pessoas sem Deus são escravas dos vícios. O uso do álcool, das drogas ilegais e o vício em jogos de azar são situações que levam o usuário a perder sua liberdade de escolha, e podem levar à destruição espiritual. Não existe argumento capaz de justificar o envolvimento do cristão com qualquer espécie de vício. Os vícios são meios destrutivos que o diabo usa para degradar a vida humana nas esferas física, emocional e espiritual.

1. O pecado do alcoolismo.

Jesus transformou água em vinho numa respeitável festa de casamento e provavelmente o bebeu (João 2.1-11). Há quem use esse texto para dizer que não há nada errado em se beber vinho. Mas, era realmente vinho embriagante? No texto original, está escrito que Cristo tomou “do fruto da vide” (do grego. guenematos tês ampèlou), indicando tratar-se do suco fresco da uva. Se fosse vinho fermentado o vocábulo usado seria "oinos".

Consideremos a recomendação da Bíblia: "Não olhe para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e desce suavemente"(Provérbios 23.21,31,32). Do vinho embriagante para as demais bebidas alcoólicas pode ser apenas um passo; o melhor a fazer é não ingerir o primeiro gole.

É muito difícil que você ainda não tenha visto uma pessoa bêbada, e não ter percebido que ela perdeu o senso do ridículo. Deve ter percebido que a embriaguez deforma a capacidade da pessoa agir usando sensatez e prudência. Ao se embriagar ela perde a inibição e “a motivação para fazer o que é certo” (Provérbios 31.4,5; Oseias 4.11).

À luz da Bíblia, o alcoolismo é descrito como ato pecaminoso. A bebedeira e outros vícios são vistos como ações reprováveis. Em Isaías 28.1, vemos a condenação de Efraim pela soberba de seus embriagados. No mesmo capítulo, no versículo 7, lemos o seguinte: 

" Mas há outros que cambaleiam por causa do vinho e não podem ficar em pé por causa da bebida forte: os sacerdotes e os profetas. Cambaleiam por causa da bebida forte, são vencidos pelo vinho, não podem ficar em pé por causa da bebida forte; estão confusos quando recebem uma visão, tropeçam quando proferem sentenças."

Além de atividade pecaminosa, o alcoolismo também é uma patologia. O consumo do álcool é tanto um vício como um pecado; o problema é de ordem espiritual, médica e psicológica. (Lucas 21.34; Efésios 5.18; 1 Corintios 6.10).

2. A escravidão das drogas.

Podemos afirmar sem medo de errar que quando um indivíduo se envolve em um tipo de vício, abre porta para toda espécie de pecados. Quando acontece a ingestão de substâncias estranhas ao processo fisiológico do organismo, o elemento estranho ocupa espaço importante na estrutura orgânica e exerce papel metabólico altamente nocivo, totalmente contrário aos processos da alimentação e hidratação, destruindo o templo de Deus. Não é correto ultrajar o corpo de maneira alguma, pois o corpo humano foi criado por Deus para ser o templo do Espírito Santo (1 Samuel 2.6; Salmos 112.15; 1 Coríntios 5.19,20; Efésios 5.29-30).

Embora existam muitos motivos que leva pessoas aos entorpecentes, percebe-seque o principal é o desajuste familiar. As pessoas buscam o torpor mental com o objetivo de modificar o estado de espírito, procuram o bem-estar interior. Elas ainda não descobriram que Jesus é a fonte inesgotável que traz e mantém a nossa paz. Cabe ao cristão apresentar o nosso Salvador a elas (Efésios 2.13-14; Mateus 28.19; Marcos 16.7).

As drogas ilícitas mai conhecidas são a maconha, a cocaína, o crack e o ecstasy. Além de causar a letargia de sentidos e confundir os fatos em volta do usuário em curto prazo de tempo, no futuro acaba transformando-o um peso na vida das pessoas que fazem parte do seu círculo de convivência cotidiana. A dependência de  narcótico provoca em muitos casos a morte súbita por overdose.

O verdadeiro cristão não se deixa dominar pela degeneração que há neste mundo, seja através do vício de alucinógenos ou outro produto ou situação que o desabone como criatura feita à imagem e semelhança do Criador, pois conhece a instrução da Palavra de Deus, que nos ensina que não podemos ser dominados por coisa alguma.

Nenhum cristão deve atuar em defesa da descriminalização de drogas. E todos os pais precisam orientar seus filhos a desvencilhar-se de supostas amizades que ofereçam algum tipo de droga, induzindo-o a seguir pelos caminhos da deformação moral (Provérbios 22.6).


II. JOGOS DE AZAR: UMA ARMADILHA PARA FAMÍLIA 

De um lado o vício da jogatina - composta por bilhetes de loteria vendidos pelo Estado, o jogo do bicho, o bingo com suas mesas de cartas e máquinas de caça-níquéis etc -, compõem um sistema que gera muito lucro aos "empresários" do ramo. No outro extremo dessa "indústria", os viciados se endividam, perdem seus empregos, o respeito de seus amigos empobrecem sua família e arruínam a própria vida. Bem longe deste panorama triste, o crente deve escolher viver uma vida sóbria, que sobressaia valores morais. Precisa querer estar bem distante dessa situação,.estar consciente de que foi chamado por Jesus Cristo para viver em harmonia com a vontade de Deus.

1. A ilusão do ganho fácil.

A expressão "jogos de azar", para efeitos penais, é definida como sendo o jogo em que o ganho e a perda dependem exclusiva ou principalmente da sorte. Nenhum desses jogos é de sorte, mas de azar. Milhares de pessoas fazem apostas, mas só uma ou poucas ganham “a bolada”. E os outros apostadores? A maioria perde, não é sorteada, fica no azar.

As pessoas se tornam jogadoras compulsivas, pela ilusão de ganhar grande soma de dinheiro, ter o lucro instantâneo e fácil, e de posse do dinheiro acabar com suas dificuldades.

Todos começam usando dinheiro e o perdem. Depois, com a expectativa de recuperar as perdas, muitos entregam os bens, roupa, os sapatos, o relógio, e por fim,a própria dignidade. O jogador se torna escravo deste ciclo repetitivo de má sorte. É errado confiar nas riquezas como a solução de problemas, seja o problema de qual espécie for. Depositar a esperança no ser humano ou na sorte grande é pecado e implica em não confiar na providência divina. (Jeremias 17.5-7 ).

No Sermão do Monte (Mateus 6.19-20),Cristo tratou, entre outros assuntos, acerca da oração e da ansiedade. Discorreu sobre a tendência humana de acumular tesouros na terra e alertou que as riquezas podem rapidamente desaparecer. As possessões terrenas podem ser destruídas pela traça, a ferrugem e os ladrões. Para livrar o cristão do sofrimento dos prejuízo, o Senhor nos orienta a ajuntar tesouros nos céus, com a seguinte observação: "Porque, onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração" (Mateus 6.21).

Os jogadores compulsivos não sabem, não compreendem ou se esquecem da orientação bíblica quanto à abstinência de todos os prazeres mundanos. Não consideram a orientação bíblica para que vivamos de maneira sensata e piedosa, enquanto aguardamos o cumprimento da promessa de retorno do nosso glorioso Deus e Jesus Cristo (Tito 2.11-13).

A recomendação enfática do apóstolo Paulo ao cristão é para evitar toda a forma de mal (1 Tessalonicenses 5.22). Qualquer aceitação do que é inverso ao bem, seja qual for a justificativa, é apenas uma alegação para encobrir a intenção para pecar, ou ignorância do conteúdo das Escrituras Sagradas ou desprezo pela orientação divina.

Procuremos com mais disposição conhecer a Bíblia Sagrada a respeito deste assunto e de todos outros assuntos, pois toda pessoa que realmente ama alguém, possui profundo interesse em aumentar seu saber sobre o alvo de seu amor. Deseja conhecer mais sobre o que ele pensa e gosta e quer, com o objetivo de agradá-lo. A pessoa que faz assim em relação a Altíssimo, cresce a cada dia na graça de Deus (2 Pedro 3.18).

A lealdade do cristão é com a Palavra de Deus. Apesar de alguns vícios e jogos de azar serem lícitos pelas leis do Estado, o crente em Jesus não se permite contaminar. (Salmos 119.105).

2. Os males dos jogos na família.

O desejo descontrolado de participar da jogatina começa como todos os outros vícios: basta o gesto do primeiro passo. O viciado imagina que pode recuperar o dinheiro perdido, ansiosamente aposta valores cada vez mais alto até ficar em total impossibilidade de cumprir seus compromissos financeiros. Perde dinheiro e energias, atolado na utopia de alcançar o ganho.

Os jogos de azar levam a disfunção familiar e total bancarrota do jogador. Tal fragilidade é um costume prejudicial que se constitui em uma cilada para a família. O vício em jogos de azar causa destruições irreparáveis no ambiente familiar, destrói milhares de vidas. Faz com que recursos para sustento da casa sejam desviados para o pagamento de dívidas contraídas pelo jogador. Em muitos casos, o jogador perde seu emprego, todo o respeito e até o amor de seus parentes e amigos mais estimados.

Convém ao cristão usar a sabedoria que Deus lhe deu e preservar o bom andamento de sua casa através de atitudes dignas, afastar-se de quaisquer tentativas de lucro participando de lances em jogos de azar. Meditemos sobre a efemeridade dos bens materiais em Provérbios 13.11: "A riqueza obtida com facilidade, essa diminui, mas quem a ajunta pelo trabalho, esse a vê aumentar."

Estatísticas indicam dados alarmantes acerca dos prejuízos provocados pela prática desse mal em nossa sociedade. Então, não é de se admirar que o Criador da família nos deixou nas Escrituras a recomendação para o cristão vigiar quanto aos jogos de azar.

3. As consequências para a saúde. 

Os jogos de azar, assim como os copos de álcool, os cilindros das tragadas de nicotina e as demais maneiras de drogar-se causam dependência psíquica e química respectivamente.

• Bebida alcoólica
Seguindo a orientação bíblica, a posição correta do cristão é reprovar de modo contundente o uso de bebidas alcoólicas. Este vício arrasta ébrios para a pobreza e ao sofrimento e provoca graves problemas de saúde. No Brasil e em outros países, muitos acidentes fatais no trânsito são provocados por motoristas embriagados - sem contar aqueles que provocam amputamentos e outros estragos físicos irreparáveis. Grande número de agressões verbais e físicas; muitas ausências no serviço e demissões do trabalho, têm na a embriaguez  sua motivação.
De acordo com Romamos 14.17, o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo ”. 
• Jogatina
Em 1992, a Organização Mundial da Saúde(OMS) concluiu que participar de jogos de azar afeta a qualidade ideal da saúde, incluindo o jogo compulsivo no Código Internacional de Doenças (CID). Quando em crise de abstinência, o jogador sofre com tremores, náuseas, depressão e graves problemas cardíacos. Cerca de 80% dos viciados em jogos de azar descrevem algum tipo de formação de ideia suicida como uma estratégia de escape da vergonha moral e de suas dívidas. Igual a outros viciados, os jogadores compulsivos tendem ao desenvolvimento de doenças psiquiátricas.
• Cigarro
A nicotina, misturada com outras substâncias do cigarro prejudicam a saúde, tanto quanto ou mais que as composições químicas de drogas ilícitas. Se não provocam a morte súbita, não há qualquer dúvida que reduzem drasticamente a expectativa de vida do viciado, faz com que sua vida longa seja cheia de sofrimentos por conta da saúde roubada.
O tabaco vendido em maços de 20 unidades é uma droga devastadora ao organismo do fumante e de quem estiver por perto e inalar a fumaça. As substâncias contidas no cigarro causam dependência e alterações no organismo, afetam o funcionamento do coração, do fígado, dos pulmões e até mesmo do cérebro.
No cilindro aparentemente inofensivo, existem inúmeras substâncias prejudiciais ao organismo humano. Metais tóxicos, como cádmio, manganês, cromo, zinco, ao lado do alcatrão e da nicotina. Estes elementos matam os viciados mais do que muitas guerras. A cada 10 minutos, morre um brasileiro de câncer no pulmão, de enfisema pulmonar, ou de doença cardiovascular. A cada ano estima-se que morrem mais de 100 mil pessoas, no Brasil, por causa desse vício. No mundo, estima-se que dois milhões e quinhentas vidas preciosas são ceifadas por ano, no mundo, vitimadas pela epidemia do cigarro.


III. VIVAMOS UMA VIDA SÓBRIA, HONESTA E FIEL A DEUS

Todo vício escraviza, devido a isso, a Palavra de Deus nos adverte hábitos nocivos. Tudo o que escraviza o homem e o faz perder seus valores é denominado de vícios, as situações que resultam na degradação da essência humana.

Espera-se do crente que ele dê bom testemunho em todos os lugares, que viva de acordo com a vontade de Deus, não para ser salvo, mas porque crê que já está salvo em Cristo (Mateus 5.13-16; 2 Coríntios 5.17; 1 Pedro 3.15). A vitória do cristão contra os vícios e os jogos de azar engloba a sobriedade, a honestidade e a fidelidade ao Autor da vida.

1. A bênção da sobriedade.

Mesmo que aceitos socialmente, os vícios do álcool, das drogas e dos jogos de azar, tornados oficiais ou não, são meios malignos que agridem os princípios da ética e da moralidade cristã. Destroem o ser humano psicológica e fisicamente (1 Coríntios 3.17; 2 Timóteo 3.13).

Contudo, podemos nos alegrar sabendo que uma parcela numerosa da humanidade aceita a Jesus Cristo todos os dias e muitas foram libertas desse mal. Na conversão do pecador, realizada por Jesus, os vícios perdem sua força ativa, os maus-hábitos ficam para trás como coisas da velha vida. "Não sobreveio a vocês nenhuma tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar; pelo contrário, juntamente com a tentação proverá livramento, para que vocês a possam suportar" (1 Coríntios 10.13).

2. Honestidade e fidelidade.

O Salmo 112, em seus versículos 1 ao 5, nos fala sobre a bem-aventurança dos servos de Deus. Encontramos a celebração das virtudes do justo e sinaliza para a recompensa abundante. A luz está apresentada como tipificação da vida e da prosperidade, enquanto que as trevas são o simbolismo da morte e toda espécie de males ( Jó 29.3; Salmos 37.6; 97.11; e Isaías 58.10).

Desde o início, Deus tem prometido prosperidade ao seu povo. Tudo começou com Abrão, que habitava em Ur dos caldeus. "O SENHOR disse a Abrão: Saia da sua terra, da sua parentela e da casa do seu pai e vá para a terra que lhe mostrarei. Farei de você uma grande nação, e o abençoarei, e engrandecerei o seu nome. Seja uma bênção!" (Gênesis 12.1-2). As Escrituras asseveram que Abraão creu na promessa que Deus lhe fizera, e isso lhe foi imputado como justiça (Romanos 4.3).

A prosperidade é algo bíblico, está nas Escrituras como uma dádiva divina, algo prometido pela Palavra de Deus. Em contrapartida, está escrito na Bíblia que, "ser prospero" não significa apenas ter posses, pois a prosperidade unicamente material pode ser danosa. Sobre isso, Salomão registrou: "Não se fatigue para ficar rico; não aplique nisso a sua inteligência. Você quer pôr os seus olhos naquilo que não é nada? Porque certamente a riqueza criará asas, como a águia que voa pelos céus" (Provérbios 23.4-5). Quando Cristo foi interpelado por alguém que requeria intervenção em um caso de herança, o Senhor lhe advertiu severamente: "Tenham cuidado e não se deixem dominar por qualquer tipo de avareza, porque a vida de uma pessoa não consiste na abundância dos bens que ela tem" (Lucas 12.15). João, ao escrever para Gaio, desejou-lhe prosperidade material e espiritual (3 João 1, 2). Assim, nossa riqueza deve ser tal qual é próspera a nossa alma, em tudo que faz referência a viver em comunhão com Deus.

A Palavra de Deus recomenda que todos sobrevivam do fruto de um trabalho honesto e da boa administração da família (1 Coríntio 10.23; 1 Timóteo 5.8).


CONCLUSÃO

Jesus Cristo é o único capaz de libertar o ser humano dos pecados que o escravizam. Quando uma pessoa é solta, pode fazer o que quiser e ir por onde desejar. Quem está realmente livre por Cristo, não sente mais o desejo para pecar, mas vontade para servir voluntariamente ao Deus que o libertou (Gálatas 5.1, 13).

Assim como a história mundial tem o seu calendário dividido em antes e depois de Cristo, a vida do cristão unido a Jesus também deve ser marcada em a.C e d.C., antes e após a conversão ao Senhor. Tudo o que fazia, o que pensava, por onde andava, e que resultados obtinha com a velha vida de vícios são coisas do passado; quem ele era antes de ser salvo morreu, qualquer espécie de carnalidade não tem mais lugar em sua vida.

O crente em Cristo é livre para viver esta disposição mental, pode e deve reprovar de modo claro e direto o uso de toda espécie de bebida alcoólica, drogas e jogos legalizados ou ilegais.

A Palavra de Deus é viva e eficaz, descreve quem ama a Deus assim: "Tirou-me de um poço de perdição, de um atoleiro de lama; colocou os meus pés sobre uma rocha e firmou os meus passos. E me pôs nos lábios um cântico novo, um hino de louvor ao nosso Deus. Muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no SENHOR" - Salmos 40.2-3.

E.A.G.

Compilação:

Bíblia da Transformação Pessoal / Reflexões Brennan Manning, página 1381, São Paulo - SP (Editora Mundo Cristão).
Bíblia das Descobertas para Adolescentes, página 1537, edição2017, Barueri - São Paulo (Sociedade Bíblica do Brasil).
Bíblia de Estudo Almeida, página 650, edição 1999, Barueri - São Paulo (Sociedade Bíblica do Brasil). 
Lições Bíblicas Professor -Valores Cristãos: Enfrentando as questões morais de nosso tempo, Douglas Baptista, 2º trimestre de 2018, Lição 11: Ética Cristã Vícios e Jogos, Bangu. Rio de Janeiro/RJ (CPAD).
Valores Cristãos- Enfrentando as questões morais de nosso tempo. Douglas Baptista. páginas 114, 128, 1ª edição, 2018, Bangu, Rio de Janeiro/RJ (CPAD).

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Efeitos do Clima na Saúde - ar seco

Pico do Jaraguá. 
São Paulo / SP - Brasil

Cuidados com a sua saúde no Ar Seco

O ar da cidade de São Paulo é bastante poluído pelos veículos, indústrias e queima de lixo. Durante o inverno, geralmente chove menos, o que torna o ar mais seco e mais poluído. Devido às diferenças de quantidade de áreas verdes, de áreas construídas e de impermeabilização do solo, tanto a temperatura como a umidade do ar variam muito de um bairro para outro. O ar mais seco e poluído pode afetar a saúde, especialmente dos idosos e crianças, com problemas respiratórios e do coração.

Efeitos mais comuns do ar seco e poluído na saúde
• Ressecamento de mucosas do nariz e da garganta;
• Nariz entupido ou com sangramento, espirros, tosse, dificuldade para respirar, rinite, crises de asma;
• Aumento do risco de infecções respiratórias;
• Irritação dos olhos por ressecamento, com vermelhidão, ardência, sensação de areia nos olhos, coceira e aumento das conjuntivites alérgicas.
O que fazer para se proteger:
• Evite exercícios físicos moderados e intensos, principalmente em vias de grande movimento;
• Se for idoso ou for portador de doenças respiratórias ou do coração, evite exercícios moderados ou intensos em qualquer local;
• A não ser que haja contraindicação médica, beba maior quantidade de líquidos, especialmente se for criança, idoso ou se costuma permanecer em locais com ar condicionado;
• Evite aglomerações e mantenha arejados os ambientes os ambientes internos da casa e do trabalho, evitando cortinas e carpetes que acumulam poeira;
• Não tome banhos com água muito quente, pois provoca o ressecamento da pele. Procure utilizar creme hidratante e protetor labial;
• Limpe a casa com pano úmido;
• Umidifique o ambiente com umidificadores, toalhas molhadas, recipientes com água, regadores de jardins etc.
Você pode contribuir para a melhoria da qualidade do ar e prevenir doenças, adotando ações como:
• Fazer plantio de árvores em locais apropriados, evitando cortar as já existentes;
• Não queimar lixo de qualquer natureza;
• Manter o carro regulado e, sempre que possível, utilizar o transporte público;
• Incentivar e cuidar de praças, parques  áreas de lazer;
• Evitar a impermeabilização total do solo de quintais e calçadas.
O uso de umidificadores de ar deve ser feito por curtos espaços de tempo (de 1 a 2 horas), e assim que possível, procure arejar o local para evitar a proliferação de fungos e ácaros. É preciso lavar e secar bem o aparelho após a utilização.

Fonte: Secretaria Municipal da Saúde Coordenadoria de Vigilância em Saúde - COVISA.    Divisão de Vigilância em Saúde Ambiental - DVSAM.  Programa VIGIAR. Grupo Técnico Sobre Efeitos na Saúde Relacionados à Poluição do Ar e ao Clima. CEPAGRI / UNICAMP. Prefeitura da São Paulo. | Conteúdo distribuído em forma de panfleto na rede pública paulistana municipal de saúde no ano 2018.