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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Assembleia de Deus faz 100 anos de existência - é a igreja dos sonhos de Daniel Berg e Gunnar Vingren?

Missionários suecos, fundadores da Assembleia de Deus no Brasil.
Daniel Berg e Gunnar Vingren

Às vezes, os cristãos assembleianos ouvem dizer que a Assembleia de Deus no Brasil é uma denominação evangélica desunida. Ouvem a seguinte pergunta: Assembleia de Deus faz 100 anos de existência, ainda é a igreja dos sonhos de Daniel Berg e Gunnar Vingren? Eu responderia que, embora Berg e Vingren mereçam todo o respeito e prestação de honra, o crente deve pensar em agradar a Deus e não aos homens.

Ao observar a história, próxima de completar 100 anos, é difícil constatar a veracidade desta afirmação.

Talvez, o que faz com que isso seja dito é o fato da existência da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), instituição religiosa idealizada por vários pastores assembleianos brasileiros, com início das suas atividades em 1930, objetivando manter o padrão de doutrina, pois a igreja se expandia havendo dificuldade de comunicação entre seus líderes.

A CGADB é uma sociedade civil de natureza religiosa, não visa lucros financeiros, seu objetivo é agregar e coordenar as igrejas Assembleias de Deus no território brasileiro. Tem e mantém a editora Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) como órgão oficial da denominação à difusão literária oferecida aos membros da igreja e a quem mais interessar; realiza o credenciamento de faculdades, regidas pelo Conselho de Educação Cristã (CEC).

Muitos não percebem que a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil é uma instituição séria, criada para reunir pastores e evangelistas desta igreja. Com o passar dos anos, foram criadas outras convenções em nível nacional por lideranças assembleianas, mesmo assim a CGADB continuou a ser uma instituição religiosa altamente relevante, perante todos os crentes da Assembleia de Deus.

Nos dias atuais, são encontradas igrejas usando a placa Assembleia de Deus, cujos líderes não estão filiados à CGADB e a nenhuma outra convenção assembleiana. Isto é resultante da expansão da denominação e do fato de a CGADB não possuir registro comprovando o direito de exclusividade para o uso desta marca, tão importante.

Seria interessante haver o controle do nome "Assembleia de Deus", há moralmente este direito adquirido por parte da CGADB, mas fazer isso valer na prática talvez geraria escândalos e muitos dissabores, e entende-se que o mal menor é deixar tudo como está. O uso generalizado do nome "Assembleia de Deus" ocorre pelo fato de ser forte e agregador de pessoas, com um nome desconhecido será sempre mais trabalhoso iniciar e expandir o trabalho, então "pescadores de aquários" escolhem o meio menos desconfortável para exercer seu pastorado. 

A parte mais ruim disso, é quando quem começa um trabalho, à revelia da CGADB, usando a placa Assembleia de Deus, com pouco ou nenhum compromisso com o Evangelho de Jesus Cristo. Sabemos que o joio cresce entre o trigo, pois a situação tem seu aviso profético da parte do Senhor, que também recomendou não retirá-lo do meio da seara. Estes tais líderes, devem estar cientes que duro será para eles arcarem com as consequências; chegará o momento do acerto de contas - com Deus não se brinca, toda ação irresponsável tem sua cobrança justa.

Memórias das Assembleias de Deus no Brasil