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sexta-feira, 1 de junho de 2018

Ética Cristã, Vícios e Jogos

Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

Com a frouxidão dos costumes e padrões de conduta da sociedade sem Deus, envolver-se em jogos e vícios, legais e ilegais, cada vez mais o envolvimento é considerado como circunstância dentro da normalidade e naturalidade. A filosofia da pós-modernidade não enxerga pecado em nada e diz que criticar a conduta errada é fraqueza de quem não exerce amor cristão.

Os vícios, inclusive os morais, prejudicam terrivelmente a vivência do ser humano, são capazes de abalar até lares cristãos. Neste ambiente espiritualmente hostil, governado pelo príncipe deste mundo, que é o diabo, o cristão precisa apresentar seu testemunho de pessoa de fato convertida, propiciar meios para que o nome de Jesus seja glorificado através do seu estilo de vida. 

Desta maneira, por intermédio de seu bom comportamento de crente voluntariamente nas mãos do Espírito Santo, haverá salvação para muitas almas que estão tateando e tropeçando, envoltas nas densas trevas do pecado. A Bíblia Sagrada recomenda a cada um de nós esquivar-se de vícios, jogos de azar e tudo o mais que arruíne sua vida; e elogia a atitude da pessoa que decide viver moderadamente.


I - VÍCIOS: A DEGRADAÇÃO DA VIDA HUMANA

O Criador não fez o ser humano com o propósito de ser escravizado. O escravo é propriedade de quem o escraviza e a humanidade foi criada para viver em liberdade, livre da natureza pecaminosa que induz à escravidão (Gálatas 5.13).

As pessoas sem Deus são escravas dos vícios. O uso do álcool, das drogas ilegais e o vício em jogos de azar são situações que levam o usuário a perder sua liberdade de escolha, e podem levar à destruição espiritual. Não existe argumento capaz de justificar o envolvimento do cristão com qualquer espécie de vício. Os vícios são meios destrutivos que o diabo usa para degradar a vida humana nas esferas física, emocional e espiritual.

1. O pecado do alcoolismo.

Jesus transformou água em vinho numa respeitável festa de casamento e provavelmente o bebeu (João 2.1-11). Há quem use esse texto para dizer que não há nada errado em se beber vinho. Mas, era realmente vinho embriagante? No texto original, está escrito que Cristo tomou “do fruto da vide” (do grego. guenematos tês ampèlou), indicando tratar-se do suco fresco da uva. Se fosse vinho fermentado o vocábulo usado seria "oinos".

Consideremos a recomendação da Bíblia: "Não olhe para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e desce suavemente"(Provérbios 23.21,31,32). Do vinho embriagante para as demais bebidas alcoólicas pode ser apenas um passo; o melhor a fazer é não ingerir o primeiro gole.

É muito difícil que você ainda não tenha visto uma pessoa bêbada, e não ter percebido que ela perdeu o senso do ridículo. Deve ter percebido que a embriaguez deforma a capacidade da pessoa agir usando sensatez e prudência. Ao se embriagar ela perde a inibição e “a motivação para fazer o que é certo” (Provérbios 31.4,5; Oseias 4.11).

À luz da Bíblia, o alcoolismo é descrito como ato pecaminoso. A bebedeira e outros vícios são vistos como ações reprováveis. Em Isaías 28.1, vemos a condenação de Efraim pela soberba de seus embriagados. No mesmo capítulo, no versículo 7, lemos o seguinte: 

" Mas há outros que cambaleiam por causa do vinho e não podem ficar em pé por causa da bebida forte: os sacerdotes e os profetas. Cambaleiam por causa da bebida forte, são vencidos pelo vinho, não podem ficar em pé por causa da bebida forte; estão confusos quando recebem uma visão, tropeçam quando proferem sentenças."

Além de atividade pecaminosa, o alcoolismo também é uma patologia. O consumo do álcool é tanto um vício como um pecado; o problema é de ordem espiritual, médica e psicológica. (Lucas 21.34; Efésios 5.18; 1 Corintios 6.10).

2. A escravidão das drogas.

Podemos afirmar sem medo de errar que quando um indivíduo se envolve em um tipo de vício, abre porta para toda espécie de pecados. Quando acontece a ingestão de substâncias estranhas ao processo fisiológico do organismo, o elemento estranho ocupa espaço importante na estrutura orgânica e exerce papel metabólico altamente nocivo, totalmente contrário aos processos da alimentação e hidratação, destruindo o templo de Deus. Não é correto ultrajar o corpo de maneira alguma, pois o corpo humano foi criado por Deus para ser o templo do Espírito Santo (1 Samuel 2.6; Salmos 112.15; 1 Coríntios 5.19,20; Efésios 5.29-30).

Embora existam muitos motivos que leva pessoas aos entorpecentes, percebe-seque o principal é o desajuste familiar. As pessoas buscam o torpor mental com o objetivo de modificar o estado de espírito, procuram o bem-estar interior. Elas ainda não descobriram que Jesus é a fonte inesgotável que traz e mantém a nossa paz. Cabe ao cristão apresentar o nosso Salvador a elas (Efésios 2.13-14; Mateus 28.19; Marcos 16.7).

As drogas ilícitas mai conhecidas são a maconha, a cocaína, o crack e o ecstasy. Além de causar a letargia de sentidos e confundir os fatos em volta do usuário em curto prazo de tempo, no futuro acaba transformando-o um peso na vida das pessoas que fazem parte do seu círculo de convivência cotidiana. A dependência de  narcótico provoca em muitos casos a morte súbita por overdose.

O verdadeiro cristão não se deixa dominar pela degeneração que há neste mundo, seja através do vício de alucinógenos ou outro produto ou situação que o desabone como criatura feita à imagem e semelhança do Criador, pois conhece a instrução da Palavra de Deus, que nos ensina que não podemos ser dominados por coisa alguma.

Nenhum cristão deve atuar em defesa da descriminalização de drogas. E todos os pais precisam orientar seus filhos a desvencilhar-se de supostas amizades que ofereçam algum tipo de droga, induzindo-o a seguir pelos caminhos da deformação moral (Provérbios 22.6).


II. JOGOS DE AZAR: UMA ARMADILHA PARA FAMÍLIA 

De um lado o vício da jogatina - composta por bilhetes de loteria vendidos pelo Estado, o jogo do bicho, o bingo com suas mesas de cartas e máquinas de caça-níquéis etc -, compõem um sistema que gera muito lucro aos "empresários" do ramo. No outro extremo dessa "indústria", os viciados se endividam, perdem seus empregos, o respeito de seus amigos empobrecem sua família e arruínam a própria vida. Bem longe deste panorama triste, o crente deve escolher viver uma vida sóbria, que sobressaia valores morais. Precisa querer estar bem distante dessa situação,.estar consciente de que foi chamado por Jesus Cristo para viver em harmonia com a vontade de Deus.

1. A ilusão do ganho fácil.

A expressão "jogos de azar", para efeitos penais, é definida como sendo o jogo em que o ganho e a perda dependem exclusiva ou principalmente da sorte. Nenhum desses jogos é de sorte, mas de azar. Milhares de pessoas fazem apostas, mas só uma ou poucas ganham “a bolada”. E os outros apostadores? A maioria perde, não é sorteada, fica no azar.

As pessoas se tornam jogadoras compulsivas, pela ilusão de ganhar grande soma de dinheiro, ter o lucro instantâneo e fácil, e de posse do dinheiro acabar com suas dificuldades.

Todos começam usando dinheiro e o perdem. Depois, com a expectativa de recuperar as perdas, muitos entregam os bens, roupa, os sapatos, o relógio, e por fim,a própria dignidade. O jogador se torna escravo deste ciclo repetitivo de má sorte. É errado confiar nas riquezas como a solução de problemas, seja o problema de qual espécie for. Depositar a esperança no ser humano ou na sorte grande é pecado e implica em não confiar na providência divina. (Jeremias 17.5-7 ).

No Sermão do Monte (Mateus 6.19-20),Cristo tratou, entre outros assuntos, acerca da oração e da ansiedade. Discorreu sobre a tendência humana de acumular tesouros na terra e alertou que as riquezas podem rapidamente desaparecer. As possessões terrenas podem ser destruídas pela traça, a ferrugem e os ladrões. Para livrar o cristão do sofrimento dos prejuízo, o Senhor nos orienta a ajuntar tesouros nos céus, com a seguinte observação: "Porque, onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração" (Mateus 6.21).

Os jogadores compulsivos não sabem, não compreendem ou se esquecem da orientação bíblica quanto à abstinência de todos os prazeres mundanos. Não consideram a orientação bíblica para que vivamos de maneira sensata e piedosa, enquanto aguardamos o cumprimento da promessa de retorno do nosso glorioso Deus e Jesus Cristo (Tito 2.11-13).

A recomendação enfática do apóstolo Paulo ao cristão é para evitar toda a forma de mal (1 Tessalonicenses 5.22). Qualquer aceitação do que é inverso ao bem, seja qual for a justificativa, é apenas uma alegação para encobrir a intenção para pecar, ou ignorância do conteúdo das Escrituras Sagradas ou desprezo pela orientação divina.

Procuremos com mais disposição conhecer a Bíblia Sagrada a respeito deste assunto e de todos outros assuntos, pois toda pessoa que realmente ama alguém, possui profundo interesse em aumentar seu saber sobre o alvo de seu amor. Deseja conhecer mais sobre o que ele pensa e gosta e quer, com o objetivo de agradá-lo. A pessoa que faz assim em relação a Altíssimo, cresce a cada dia na graça de Deus (2 Pedro 3.18).

A lealdade do cristão é com a Palavra de Deus. Apesar de alguns vícios e jogos de azar serem lícitos pelas leis do Estado, o crente em Jesus não se permite contaminar. (Salmos 119.105).

2. Os males dos jogos na família.

O desejo descontrolado de participar da jogatina começa como todos os outros vícios: basta o gesto do primeiro passo. O viciado imagina que pode recuperar o dinheiro perdido, ansiosamente aposta valores cada vez mais alto até ficar em total impossibilidade de cumprir seus compromissos financeiros. Perde dinheiro e energias, atolado na utopia de alcançar o ganho.

Os jogos de azar levam a disfunção familiar e total bancarrota do jogador. Tal fragilidade é um costume prejudicial que se constitui em uma cilada para a família. O vício em jogos de azar causa destruições irreparáveis no ambiente familiar, destrói milhares de vidas. Faz com que recursos para sustento da casa sejam desviados para o pagamento de dívidas contraídas pelo jogador. Em muitos casos, o jogador perde seu emprego, todo o respeito e até o amor de seus parentes e amigos mais estimados.

Convém ao cristão usar a sabedoria que Deus lhe deu e preservar o bom andamento de sua casa através de atitudes dignas, afastar-se de quaisquer tentativas de lucro participando de lances em jogos de azar. Meditemos sobre a efemeridade dos bens materiais em Provérbios 13.11: "A riqueza obtida com facilidade, essa diminui, mas quem a ajunta pelo trabalho, esse a vê aumentar."

Estatísticas indicam dados alarmantes acerca dos prejuízos provocados pela prática desse mal em nossa sociedade. Então, não é de se admirar que o Criador da família nos deixou nas Escrituras a recomendação para o cristão vigiar quanto aos jogos de azar.

3. As consequências para a saúde. 

Os jogos de azar, assim como os copos de álcool, os cilindros das tragadas de nicotina e as demais maneiras de drogar-se causam dependência psíquica e química respectivamente.

• Bebida alcoólica
Seguindo a orientação bíblica, a posição correta do cristão é reprovar de modo contundente o uso de bebidas alcoólicas. Este vício arrasta ébrios para a pobreza e ao sofrimento e provoca graves problemas de saúde. No Brasil e em outros países, muitos acidentes fatais no trânsito são provocados por motoristas embriagados - sem contar aqueles que provocam amputamentos e outros estragos físicos irreparáveis. Grande número de agressões verbais e físicas; muitas ausências no serviço e demissões do trabalho, têm na a embriaguez  sua motivação.
De acordo com Romamos 14.17, o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo ”. 
• Jogatina
Em 1992, a Organização Mundial da Saúde(OMS) concluiu que participar de jogos de azar afeta a qualidade ideal da saúde, incluindo o jogo compulsivo no Código Internacional de Doenças (CID). Quando em crise de abstinência, o jogador sofre com tremores, náuseas, depressão e graves problemas cardíacos. Cerca de 80% dos viciados em jogos de azar descrevem algum tipo de formação de ideia suicida como uma estratégia de escape da vergonha moral e de suas dívidas. Igual a outros viciados, os jogadores compulsivos tendem ao desenvolvimento de doenças psiquiátricas.
• Cigarro
A nicotina, misturada com outras substâncias do cigarro prejudicam a saúde, tanto quanto ou mais que as composições químicas de drogas ilícitas. Se não provocam a morte súbita, não há qualquer dúvida que reduzem drasticamente a expectativa de vida do viciado, faz com que sua vida longa seja cheia de sofrimentos por conta da saúde roubada.
O tabaco vendido em maços de 20 unidades é uma droga devastadora ao organismo do fumante e de quem estiver por perto e inalar a fumaça. As substâncias contidas no cigarro causam dependência e alterações no organismo, afetam o funcionamento do coração, do fígado, dos pulmões e até mesmo do cérebro.
No cilindro aparentemente inofensivo, existem inúmeras substâncias prejudiciais ao organismo humano. Metais tóxicos, como cádmio, manganês, cromo, zinco, ao lado do alcatrão e da nicotina. Estes elementos matam os viciados mais do que muitas guerras. A cada 10 minutos, morre um brasileiro de câncer no pulmão, de enfisema pulmonar, ou de doença cardiovascular. A cada ano estima-se que morrem mais de 100 mil pessoas, no Brasil, por causa desse vício. No mundo, estima-se que dois milhões e quinhentas vidas preciosas são ceifadas por ano, no mundo, vitimadas pela epidemia do cigarro.


III. VIVAMOS UMA VIDA SÓBRIA, HONESTA E FIEL A DEUS

Todo vício escraviza, devido a isso, a Palavra de Deus nos adverte hábitos nocivos. Tudo o que escraviza o homem e o faz perder seus valores é denominado de vícios, as situações que resultam na degradação da essência humana.

Espera-se do crente que ele dê bom testemunho em todos os lugares, que viva de acordo com a vontade de Deus, não para ser salvo, mas porque crê que já está salvo em Cristo (Mateus 5.13-16; 2 Coríntios 5.17; 1 Pedro 3.15). A vitória do cristão contra os vícios e os jogos de azar engloba a sobriedade, a honestidade e a fidelidade ao Autor da vida.

1. A bênção da sobriedade.

Mesmo que aceitos socialmente, os vícios do álcool, das drogas e dos jogos de azar, tornados oficiais ou não, são meios malignos que agridem os princípios da ética e da moralidade cristã. Destroem o ser humano psicológica e fisicamente (1 Coríntios 3.17; 2 Timóteo 3.13).

Contudo, podemos nos alegrar sabendo que uma parcela numerosa da humanidade aceita a Jesus Cristo todos os dias e muitas foram libertas desse mal. Na conversão do pecador, realizada por Jesus, os vícios perdem sua força ativa, os maus-hábitos ficam para trás como coisas da velha vida. "Não sobreveio a vocês nenhuma tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar; pelo contrário, juntamente com a tentação proverá livramento, para que vocês a possam suportar" (1 Coríntios 10.13).

2. Honestidade e fidelidade.

O Salmo 112, em seus versículos 1 ao 5, nos fala sobre a bem-aventurança dos servos de Deus. Encontramos a celebração das virtudes do justo e sinaliza para a recompensa abundante. A luz está apresentada como tipificação da vida e da prosperidade, enquanto que as trevas são o simbolismo da morte e toda espécie de males ( Jó 29.3; Salmos 37.6; 97.11; e Isaías 58.10).

Desde o início, Deus tem prometido prosperidade ao seu povo. Tudo começou com Abrão, que habitava em Ur dos caldeus. "O SENHOR disse a Abrão: Saia da sua terra, da sua parentela e da casa do seu pai e vá para a terra que lhe mostrarei. Farei de você uma grande nação, e o abençoarei, e engrandecerei o seu nome. Seja uma bênção!" (Gênesis 12.1-2). As Escrituras asseveram que Abraão creu na promessa que Deus lhe fizera, e isso lhe foi imputado como justiça (Romanos 4.3).

A prosperidade é algo bíblico, está nas Escrituras como uma dádiva divina, algo prometido pela Palavra de Deus. Em contrapartida, está escrito na Bíblia que, "ser prospero" não significa apenas ter posses, pois a prosperidade unicamente material pode ser danosa. Sobre isso, Salomão registrou: "Não se fatigue para ficar rico; não aplique nisso a sua inteligência. Você quer pôr os seus olhos naquilo que não é nada? Porque certamente a riqueza criará asas, como a águia que voa pelos céus" (Provérbios 23.4-5). Quando Cristo foi interpelado por alguém que requeria intervenção em um caso de herança, o Senhor lhe advertiu severamente: "Tenham cuidado e não se deixem dominar por qualquer tipo de avareza, porque a vida de uma pessoa não consiste na abundância dos bens que ela tem" (Lucas 12.15). João, ao escrever para Gaio, desejou-lhe prosperidade material e espiritual (3 João 1, 2). Assim, nossa riqueza deve ser tal qual é próspera a nossa alma, em tudo que faz referência a viver em comunhão com Deus.

A Palavra de Deus recomenda que todos sobrevivam do fruto de um trabalho honesto e da boa administração da família (1 Coríntio 10.23; 1 Timóteo 5.8).


CONCLUSÃO

Jesus Cristo é o único capaz de libertar o ser humano dos pecados que o escravizam. Quando uma pessoa é solta, pode fazer o que quiser e ir por onde desejar. Quem está realmente livre por Cristo, não sente mais o desejo para pecar, mas vontade para servir voluntariamente ao Deus que o libertou (Gálatas 5.1, 13).

Assim como a história mundial tem o seu calendário dividido em antes e depois de Cristo, a vida do cristão unido a Jesus também deve ser marcada em a.C e d.C., antes e após a conversão ao Senhor. Tudo o que fazia, o que pensava, por onde andava, e que resultados obtinha com a velha vida de vícios são coisas do passado; quem ele era antes de ser salvo morreu, qualquer espécie de carnalidade não tem mais lugar em sua vida.

O crente em Cristo é livre para viver esta disposição mental, pode e deve reprovar de modo claro e direto o uso de toda espécie de bebida alcoólica, drogas e jogos legalizados ou ilegais.

A Palavra de Deus é viva e eficaz, descreve quem ama a Deus assim: "Tirou-me de um poço de perdição, de um atoleiro de lama; colocou os meus pés sobre uma rocha e firmou os meus passos. E me pôs nos lábios um cântico novo, um hino de louvor ao nosso Deus. Muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no SENHOR" - Salmos 40.2-3.

E.A.G.

Compilação:

Bíblia da Transformação Pessoal / Reflexões Brennan Manning, página 1381, São Paulo - SP (Editora Mundo Cristão).
Bíblia das Descobertas para Adolescentes, página 1537, edição2017, Barueri - São Paulo (Sociedade Bíblica do Brasil).
Bíblia de Estudo Almeida, página 650, edição 1999, Barueri - São Paulo (Sociedade Bíblica do Brasil). 
Lições Bíblicas Professor -Valores Cristãos: Enfrentando as questões morais de nosso tempo, Douglas Baptista, 2º trimestre de 2018, Lição 11: Ética Cristã Vícios e Jogos, Bangu. Rio de Janeiro/RJ (CPAD).
Valores Cristãos- Enfrentando as questões morais de nosso tempo. Douglas Baptista. páginas 114, 128, 1ª edição, 2018, Bangu, Rio de Janeiro/RJ (CPAD).

domingo, 20 de maio de 2018

Ética Cristã e Planejamento Familiar

Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

Nos países ocidentais, a família consiste em pai, mãe e filhos.  A família é a mais antiga instituição na terra, cumpre um papel vital na sociedade humana. Ao longo da história, famílias fortes ajudaram a construir sociedades fortes. Uma família ideal é um refúgio de proteção e segurança. Inseridos nela, os filhos são considerados uma grande bênção. Portanto, as decisões de planejamento familiar devem estar em harmonia com a vontade de Deus em relação ao casamento e às crianças.

Como o adolescente é educado e como é moldado o seu caráter na infância em hábitos virtuosos, domínio próprio e temperança, assim será sua influência na sociedade quando adulto. Se a juventude é deixada sem esclarecimento e sem controle, torna-se, voluntariosa, intemperante em apetites e paixão, em consequência, assim será sua influência futura em moldar a sociedade, portanto, todo o cuidado é indispensável para o desenvolvimento humano.



I – O CONCEITO GERAL DE PLANEJAMENTO FAMILIAR

No ato da criação, o propósito de Deus foi trazer à existência pessoas que refletissem a semelhança de sua imagem. Então fez o macho, Adão, e a fêmea, Eva. De ambos surgiu a  humanidade, pois o intento divino era o povoamento da terra.

A aplicação do planejamento familiar retarda o crescimento populacional insustentável. A expansão demográfica desordenada drena recursos do meio ambiente e os esforços de desenvolvimento regional e nacional. E com este conceito, diversos países ao redor do mundo empreendem um conjunto de esforços para difundir informações e oferecer ajuda aos seus cidadãos quanto a conscientização e regulação dos nascimentos.

1. Controle de natalidade.

O planejamento familiar, conforme definido pelas Nações Unidas e pela Organização Mundial da Saúde, engloba os serviços que levam à concepção e não promove o aborto como método de planejamento familiar, embora os níveis de uso de contraceptivos reduzam a necessidade de abortamento. Conforme a definição da ONU, o planejamento familiar  é o exercício da paternidade responsável, e a utilização voluntária e consciente por parte do casal, do instrumento necessário à planificação do número de filhos e intervalo entre uma gestação e outra. Pressupõe o uso de métodos anticoncepcionais produzidos pela ciência.

Na visão sociológica, o controle de natalidade é o planejamento familiar. Pressupõe medidas rígidas (controles) impostas por determinado governo, interferindo na fertilidade de um casal ter ou não determinado número de filhos. Segundo a sociologia,  o planejamento familiar utiliza métodos persuasivos, busca a adesão dos casais heterossexuais à limitação do número de filhos que possuem, bem como controlar o momento da gravidez, deixar espaço de tempo menos contínuo entre gestações, com o concurso de meios científicos à disposição das famílias, método este também conhecido como espaçamento de crianças.

Ocasionalmente, a expressão "planejamento familiar" é usada como eufemismo para acesso e uso de contraceptivos, procedimentos e práticas além da contracepção. Além disso, há muitos que podem querer usar contraceptivos, mas não estão planejando uma família. É o caso de jovens solteiros que adiam a maternidade porque não pensam em casar e pessoas casadas no relacionamento extra-conjugal. Assim, "planejamento familiar" tornou-se uma expressão geral para grande parte do trabalho realizado nessa área. Noções contemporâneas de planejamento familiar, tendem a colocar uma mulher e suas decisões férteis no centro da discussão, à medida que noções de empoderamento das mulheres e autonomia reprodutiva ganharam força em muitas partes do mundo.

Sendo Deus o doador da vida, concede o privilégio ao homem e a mulher de gerarem filhos, os quais estão inclusos no plano da redenção e na tarefa de perpetuar a espécie nas gerações futuras. Felizes são os pais cuja vida no cotidiano do lar reflete a doutrina de Cristo, de modo que seus exemplos despertam na criançada o caráter cristão e assim possuam a oportunidade de dizer: "Eis-me aqui, com os filhos que o SENHOR me deu..." (Isaías 8.18 a).

Se uma mulher engravida inesperadamente ou não, a gravidez deve ter permissão para chegar a termo. O aborto ou as Pílulas Anticoncepcionais de Emergência não são uma forma aceitável de controle de natalidade porque o aborto e a pílula do dia seguinte pós-concepção, resultam na morte de um ser humano vivo. Muitas opções, incluindo adoção, estão disponíveis para aqueles que não desejam manter o bebê.

Ignorando a vontade da sua população, governos totalitários, com o objetivo de diminuir o crescimento populacional, ou até mesmo impedir o nascimento de crianças, instalam políticas de procedimentos regulatórios, com fins utilitaristas e econômico-sociais. E chamam este controle estatal de planejamento familiar. Fazem isso com o objetivo de solucionar o problema da pobreza e como opção para a conservação do meio ambiente e o melhor uso dos recursos naturais. Para essa finalidade, adotam métodos contraceptivos e até a esterilização permanente de seus cidadãos. Nações oprimidas por regimes totalitaristas fazem denúncias do uso do aborto e do infanticídio, em campanhas de seus governantes.

Sendo o controle de natalidade aplicado em caráter coercitivo. determinada por governantes totalitaristas, o cristão precisa posicionar-se ante esta imposição não concordando com a intervenção estatal, quanto a gerar ou não gerar filhos.

2. Planejamento familiar.

A ideia do "planejamento familiar" é a de instituir a paternidade-maternidade responsável. É realizada por vontade própria e analisada ponderadamente por parte dos pais quanto ao número de filhos que tenham condições de criar com decência. Não há nada de errado com um casal planejando o futuro de sua família. É importante considerar que não conceber filhos ou gerá-los, não é só um quesito de organização familiar, também é um compromisso que incorpora a submissão aos propósitos divinos para a família.

Planejamento familiar não é controle de natalidade. Infelizmente muitos confundem essas duas expressões. Enquanto no controle de natalidade a política é sempre do Estado, no planejamento familiar a decisão compete à consciência de cada casal; emquanto no controle de natalidade há a porta para o aborto, no planejamento familiar trabalha-se com a prevenção à gestação por um período de tempo; enquanto a política de controle de natalidade é imposta, o planejamento familiar é consciente e voluntário.  Por isso é importante afirmar que o planejamento familiar não é controle de natalidade. Mas é a paternidade e maternidade responsáveis, a prática de regular quantas crianças nascem em uma família, incluindo o controle do número de anos entre nascimentos, por meio de contracepção artificial, esterilização voluntária, tratamento da infertilidade involuntária.

As razões para desejar o planejamento familiar variam de família para família e podem ser influenciadas por muitos fatores, como escolhas de carreira profissional, situação financeira, deficiências físicas, problemas de relacionamento etc. Permite verificar algumas situações muito significativas para uma família funcional, tais como a saúde física e mental dos cônjuges, a idade cronológica e as condições financeiras.

Prevenir a gravidez para fins de planejamento familiar, temporário ou permanentemente , é um ato neutro e não considerado pecaminoso. Explorar as opções de tratamento para a infertilidade é também um ato neutro e não pecaminoso. No entanto, o marido e a esposa devem estar de acordo sobre quaisquer decisões relativas a futuros filhos.

Não são todas as formas anticoncepcionais confiáveis de controle de natalidade que agradam a Deus. Alguns métodos são abortivos e, portanto, inaceitáveis ​​para os cristãos. A atitude de um casal é mais importante do que os meios que escolhe para impedir a concepção.

Não há nada na Bíblia que declare que todo casal deve ter filhos, mas a soberania divina usurpará os planos de um casal, não importando as precauções que tomar, se a vontade de Deus é trazer ao casamento uma criança. Neste caso, os esforços contraceptivos não obstruirão o início da gravidez. Está escrito em Provérbios 16.9: "O coração do ser humano traça o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos".


II - O QUE AS ESCRITURAS DIZEM SOBRE O PLANEJAMENTO FAMILIAR

O lar que é embelezado pelo amor, a simpatia e a ternura, é um lugar que Deus é glorificado. A influência de um lar cristão cuidadosamente protegido nos anos da infância e juventude é a mais segura salvaguarda contra as corrupções do mundo. Na atmosfera de um ambiente assim, as crianças aprendem a amar os pais terrenos e o Pai celeste.

Como as modernas opções de planejamento familiar e fertilidade não estavam disponíveis durante os tempos bíblicos, a Bíblia silencia sobre a questão de usar esses métodos para prevenir ou incentivar a gravidez.

1. A família e a procriação da espécie.

As crianças são um presente do Senhor, mas elas trazem grande responsabilidade aos pais. Criar e educar filhos nos dias atuais é uma incumbência complicada. Se um casal decidir que ainda não está preparado para os filhos ou que deseja engravidar em determinado tempo futuro, entende que é necessário haver o espaçamento de tempo entre as gravidezes, essa é uma decisão, cuja liberdade de tomar, é cabível única e exclusivamente aos pais.

Por isso é preciso pensar, orar, dialogar, antes de trazer filho no mundo. Por meio da oração e da conversa, o marido e a esposa podem planejar sabiamente seu futuro e o futuro de qualquer criança que Deus lhes confiar; propor ter filhos ou não, ou decidir quanto ao número de crianças. Lembrando-se que nossas intenções precisam da aprovação do Criador (Provérbios 16.3; 21.5; Romanos 14.22; Tiago 1.5; 4.13).

O cristão casado tem a obrigação de buscar a orientação divina, conhecer bem o plano de Deus para sua vida matrimonial. O Criador quer abençoar aqueles que se casam de três maneiras:
• Companhia.
"O SENHOR Deus disse ainda: Não é bom que o homem esteja só; farei para ele uma auxiliadora que seja semelhante a ele" - Gênesis 2.18.
O Criador conhecia Adão e sabia o que era bom para ele melhor do que ele mesmo. E fez a mulher, por se compadecer da solidão que o homem sentia.
• Crianças.
"E Deus os abençoou e lhes disse: Sejam fecundos, multipliquem-se, encham a terra " - Gênesis 1.28 a.  
Deus fez Adão e Eva especiais e abençoou a ambos, exigiu deles a reprodução do gênero humano. A descendência do primeiro casal deveria se estender aos cantos mais remotos da terra e continuar até os tempos mais derradeiros.
Depois que as águas do dilúvio abaixaram, Noé e seus filhos também receberam o mesmo mandamento acerca da procriação: "Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra" (Gênesis 9.1). Tal ordem é direcionada às gerações pré e pós-diluviana. Sendo que Deus não especificou qual seria o fator multiplicador nem quantos filhos deveriam ser gerados por cada família. 
• Pureza Sexual.
"Quanto ao que vocês me escreveram - 'é bom que o homem não toque em mulher' -, digo que, por causa da imoralidade, cada homem tenha a sua esposa, e cada mulher tenha o seu próprio marido. (...) E aos solteiros e às viúvas, digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo. Mas, se não conseguem se dominar, que se casem; porque é melhor casar do que arder em desejos" - 1 Coríntios 7.1, 2, 8, 9.
Paulo emitiu opinião escrevendo que seria bom que o homem não tomasse mulher por esposa, porque o estilo de vida em celibato pode ser considerado em muitas situações como vantajosa em relação ao estado de casado. Principalmente, em tempos de perseguição religiosa, como ocorrido no primeiro século da Igreja. Esclarece que desejava que os solteiros vivessem como ele. Informa que o casamento, o conforto da vida a dois e satisfações no relacionamento conjugal são instituídos pela divina sabedoria divina, para prevenir a fornicação. Encerra seu raciocínio falando que mesmo existindo aspectos inconvenientes no matrimônio, é melhor estar casado do que queimar-se em paixões lascivas.  
2. O planejamento familiar no Antigo Testamento.

"Herança do SENHOR são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão" - Salmos 127.3. Os filhos são herança e recompensa, e, portanto, para serem considerados como bênçãos e não cruzes.

Antes da Queda, já estava implícita a sexualidade, tendo Adão e Eva os órgãos e o instinto sexual, com plena capacidade reprodutiva, o que derruba a argumentação falsa de que o pecado de Adão foi o ato sexual.

No período da Antigo Aliança, a capacidade de procriar era comprovação de benevolência de Deus. O extremo oposto, a esterilidade, era considerada uma maldição, motivo de preconceito e de discriminação (1 Samuel 1.6,7).

3. O planejamento familiar no Novo Testamento.

Na Nova Aliança a disposição uterina à fecundação também é celebrada.

Na ocasião em que o anjo visitou Maria e anunciou que um feto se desenvolveria nela, disse-lhe: "Salve, agraciada, o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres" (Lucas 1.28). E na mesma oportunidade, ao falar para Maria acerca da gestação de Isabel, o anjo enfatizou: "E Isabel, sua parenta, igualmente está grávida, apesar de sua idade avançada, sendo este já o sexto mês de gestação para aquela que diziam ser estéril" (Lucas 1.36).

Maria, após o nascimento de Jesus, deu à luz outras vezes, pelo menos para quatro meninos e duas meninas. E Isabel foi mãe apenas de João Batista (Mateus 13.55,56; Lucas 1.59-60). Nesta observação de números de crianças, a nossa atenção se volta ao fator da multiplicação de uma família para outra, situação esta que nos faz acreditar que o planejamento familiar não contraria o ensinamento das Escrituras Sagradas.

Na passagem bíblica escrita por Mateus (19.14-15), encontramos a narrativa do episódio em que os discípulos do Senhor faziam crianças saírem de perto do Mestre à força. Provavelmente, os pais, babás ou guardiões das crianças trouxeram os pequeninos para perto de Jesus, porque desejavam uma bênção para elas. A imposição de mãos era uma prática nas bênçãos paternais e aquela atitude representava amor e laços de família associados com a fé na autoridade de Cristo. Então, Jesus foi enfático ao repreender os discípulos, dizendo-lhes:  " 'Deixem os pequeninos e não os impeçam de vir a mim, porque dos tais é o Reino dos Céus'. E tendo lhes imposto as mãos, retirou-se dali".


III - ÉTICA CRISTÃ E O LIMITE DO NÚMERO DE FILHOS

Contudo existam pesadas responsabilidades recaindo sobre os pais, é seu dever manter o lar o mais atrativo possível. O círculo doméstico deve ser para as crianças o mais atrativo lugar do mundo, o local onde se cultivem afeições, em vez de serem reprimidas, pois a vida diária determina o futuro e a responsabilidade maior dos pais é que seus filhos sejam conduzidos aos pés de Cristo.

1. A questão do fator de multiplicação.

Para  não-cristãos e descrentes, o fato de uma pessoa engravidar é visto como situação sem muita importância por parte de alguns segmentos da sociedade. Por outro lado, há quem queira veementemente gerar um bebê, por conta da infertilidade; quando a reprodução in vitro já é uma realidade.

Planejar o nascimento de filhos é uma situação ética que precisa ser analisada à luz da Palavra de Deus e ensinada pelas lideranças eclesiásticas. Entre os crentes, que pouco contato têm com este tema nas igrejas, alguns fazem oposição a toda espécie de restrição ao planejamento de número de filhos, invocam o texto bíblico "crescei-vos e multiplicai-vos" para argumentar que não é correto evitar a gravidez, considerando que estabelecer a limitação do número dos filhos seria desobediência ao mandamento de procriação, e nesta lógica sem respaldo bíblico contextualizado, ensinam que a mulher deve gerar filhos descontrolada e indefinidamente.

Em se tratando de ética cristã, o assunto causa preocupação. Os filhos são para toda a vida. Portanto, antes da paternidade e maternidade é extrema a necessidade de buscar ao Senhor em oração. A circunstância para o cristão, em ter ou não ter filhos não é somente uma questão biológica, trata-se de uma escolha que abarca fé, amor e obediência às normas estabelecidas pelo Criador para a família. Se um casal passa a se conhecer intimamente, com ou sem contracepção, deve estar preparado para a possibilidade de gravidez. No plano divino, casar-se presume o nascimento de filhos. Consequentemente, colocar um ser humano no mundo, leva o casal à obrigação de prover o sustento dentre outras atribuições. O que nos leva a considerar que a preparação familiar é fundamental para uma família estável.

O cristão não precisa afligir-se quanto ao planejamento familiar. A ordenança para procriar foi emitida em caráter global, não foi destinada de maneira individual. O mandamento é "geral", não deve ser considerado "específico". Deus ordenou a reprodução da raça humana, não a reprodução de cada pessoa.

Desde que o planejamento familiar não seja feito por meios abortivos, tal atitude não é pecaminosa e não trará prejuízos ao casal, pois não contraria a Bíblia Sagrada. O aborto é pecado, o planejamento familiar não é.pecado  Consulte e medite: Jeremias 1: 5; Salmo 139. 13-16.

As Escrituras ensinam a responsabilidade com a nossa família. Paulo admoesta sobre a questão da multiplicação, dizendo que se uma pessoa crente não cuida bem de seus parentes, principalmente dos pais e filhos, que são partes dela mesma, age pior do que as pessoas incrédulas e por não reconhecer essa obrigação nega a sua fé (1 Timóteo 5.8).

2. A questão ética no planejamento familiar.

O Criador não fez a mulher fértil todos os dias. Agraciou o exemplar humano feminino com apenas três dias férteis a cada mês, numa clara indicação que as mulheres não têm a obrigação de conceber filhos a vida inteira. Portanto, em si, a atitude em planejar o número de filhos não é pecado e nem fator que desabone eticamente quem está envolvido nesta questão.

Também, o Criador das famílias não determinou qual deveria ser o número de filhos. Quando marido e esposa se tornam pais de apenas uma criança, eles já se multiplicaram, cresceram em número. O erro, no que se refere a conduta cristã em postura ética, encontra-se no fato da realização do planejamento familiar agindo com a presunção de não pedir a aprovação divina para o projeto da construção do seu lar (Tiago 4.13-15).

Maus exemplos: A esposa demonstra possuir vaidade ao negar-se a procriar para não alterar a suposta beleza do corpo. E em semelhante modo censurável, o marido expressa atitude egoísta ao não querer ter filhos, apenas para esquivar-se da responsabilidade paternal.

CONCLUSÃO 

No lar que prevalece a verdadeira cortesia, ela  parece vir ao encontro já na soleira da porta. Pode se sentir a amável recepção na entrada. Uma agradável atmosfera permeia a casa, de maneira indescritível e inconfundível.

Enfim, adiar o nascimento dos filhos até que se conquiste condições financeiras ou de saúde para que possa cuidar melhor da família; determinar a quantidade dos filhos para que se possa criá-los com dignidade, escolher a época propícia para o nascimento entre um e outro filho para melhor acolher mais uma criança, não deve ser considerada atitude anticristã e antiética. Mesmo assim sempre será louvável consultar à vontade soberana do Senhor em tudo que fizermos, inclusive quanto a bênção de se viver a vida conjugal ao lado que quem amamos (Mateus 6.10; Tiago 1.5; 1 João 5.14).

E.A.G.

Compilações:
Bíblia de Estudo Mattew Henry, edição março de 2014, Taquara, Rio de Janeiro/RJ (Central Gospel).
Ensinador Cristão. Ano 19, nº 74, Abril, maio e junho de 2018, página 40, Bangu. Rio de Janeiro/RJ (CPAD).
Lições Bíblicas Professor. Valores Cristãos - Enfrentando as questões Morais de nosso tempo, Douglas Baptista, 2º trimestre de 2018, Lição 9: Ética Cristã e Planejamento Familiar, Bangu. Rio de Janeiro/RJ (CPAD).
Christian Life Resource. A Scriptural Approach to Family Planning - https:// www. christianliferesources. com/article/ a-scriptural-approach-to-family-planning-1047
Got Questions - What does the Bible say about family planning? https:// www. gotquestions. org/ family-planning.html Wikipedia EUA. Family planning. https:// en.wikipedia.org/ wiki/ Family_planning 

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Como explicar sobre a gravidez às crianças do século 21?


Em se tratando de reprodução humana e felicidade, as Escrituras Sagradas ensinam que os bebês, essas pequeninas pessoas, fisicamente frágeis, são bênçãos que o Criador nos dá.

A função de conservação da espécie não deveria ser um assunto que levasse os pais a se sentirem incomodados com o interesse dos filhos em saber como um bebê vem à luz. Aquele momento da pergunta feita pela criança curiosa em saber sobre questões sexuais, é o momento adequado para enriquecer o entendimento dela.

Toda célula provém de outra célula?

Em 1665, Robert Hooke anunciou ao mundo acadêmico a Teoria Celular, que estabelece a célula como uma unidade morfofisiológica dos seres vivos, disse que a célula é a unidade básica da vida. Na década de 1830, a dupla de cientistas alemães Matthias Jakob Schleiden, estudando a estrutura e fisiologia das plantas, afirmou que todas as plantas apresentavam organização celular, e Theodor Schwann, dedicando-se ao estudo da anatomia dos animais, estendeu a teoria de Schleiden aos animais, formulou a hipótese de que todos os seres vivos são constituídos por células, construindo a base da teoria celular.

O ramo científico da Biologia apresentou correções das ideias apresentadas por Schleiden e Schwann sobre a Etapa do Desenvolvimento da Teoria Celular. A Ciência admitiu que as células se cristalizavam a partir de um fluído, ou que minúsculas células se formavam no interior de outras já existentes. Décadas posteriores a essa declaração, outros cientistas demonstraram o equívoco dessa teoria ao apresentar a  análise do desenvolvimento de embriões de animais, provando que as células se duplicavam por divisão celular. Alguns anos posteriores, vários biólogos identificaram os espermatozoides e óvulos como células. Em 1855, Rudolf Virchow, médico e biólogo alemão, generalizou o conceito de que as células se multiplicam por divisão, popularizando a frase em latim "omnis cellula e cellula", que quer dizer "toda célula provém de outra célula".

Atualmente, é comprovado que as células não vivem isoladas umas das outras. Estão unidas entre si, elas constituem os tecidos; que formam os sistemas; o conjunto de tudo forma o nosso complexo organismo humano: o tecido da pele; o tecido que envolve e protege os órgãos; o tecido cartilaginoso; o tecido ósseo; os tecidos sanguíneo, muscular e nervoso. E,  o tecido adiposo - que preserva grandes células e gorduras.

O Criacionismo

Digerimos alimentos, nos locomovemos, respiramos e expelimos o ar usando brônquios e traqueias para criar sons muito bem articulados, nos relacionamos com o sexo oposto e mantemos a conservação da nossa espécie. Como explicar a existência do organismo? Como indicar o motivo ou razão do conjunto de aparelhos que sobrevivem funcionando harmonicamente dentro de cada indivíduo?

Por ultrapassar o limite de inteligência da natureza do homem, o funcionamento do corpo humano é comparado ao funcionamento dos computadores mais modernos. Porém, este paralelo não determina muito bem o nosso corpo, já que até uma pessoa com grau de intelecto pobre é capaz de realizar afazeres que máquina nenhuma, por mais aprimorada que seja, tem condição de realizar. Ora, o corpo humano contém aproximadamente 100 trilhões de células. Se os vasos sanguíneos de uma pessoa adulta fossem postos um seguido do outro, se estenderiam por mais de 96 mil quilômetros. Independente de nossa vontade, o corpo humano regula sua própria temperatura, a pressão do sangue, a digestão alimentar, a quantidade de água, com a finalidade de assegurar o nosso bem-estar. Portanto, o trabalho controlador executado pelo cérebro não é comparável ao de nenhum computador, mesmo que seja o mais avançado tecnologicamente.

Pensando em responder às crianças?

Quando o menino ou menina, na faixa-etária dos sete anos de idade, pergunta para sua mãe ou ao seu pai "de onde saem os bebês?", a surpresa é um fator que não deve atrapalhar o momento. É muito melhor que as crianças recebam a informação em casa, através de seus próprios pais do que em salas de aula na escola, entre amigos nas rodas de adolescentes ou filmes pornográficos ou internet. Os pais possuem o filtro do amor puro e verdadeiro e da responsabilidade, que faz com que a informação não os induza ao erro de comportamentos inapropriados e precipitados.

De repente chega o período da puberdade. Esta fase da vida pode ocorrer a partir dos treze anos até aos dezessete. É quando o crescimento do corpo do rapaz e da garota são mais rápidos e passam por modificações e culminam com a capacidade de gerar filhos. No rosto deles surge a penugem que se transformará em barba, a voz passa a ser grave e seu corpo produz e elimina espermatozoides. No corpo dela os seios começam a crescer e vem a menstruação, indicando que ela é capaz de gerar filhos. E ele e ela ficam aborrecidos com o espelho, que mostra a ambos o aparecimento de espinhas, resultante de uma questão hormonal.

As alterações que acontecem na juventude indicam que o o corpo está se preparando para a reprodução. O hipotálamo, região cerebral, funciona como se fosse um relógio, envia mensagens para a pófise, que é uma glândula produtora de hormônios, que viajam pelo sangue e ativam testículos e ovários. No homem, o hormônio testosterona ativa os órgãos genitais dos rapazes; na mulher, os hormônios estrogênio e progesterona estimulam o aparelho reprodutor, dos seios, arredondam a anatomia do corpo e faz com que engrosse a região do útero, lugar em que o bebê irá se alojar. Além de tudo isso, os hormônios, masculino e feminino fazem surgir o desejo pelo sexo oposto. Daí, não poderia ser diferente entre indivíduos saudáveis, se ver os primeiros relacionamentos de namoro.

Atração sexual

A excitação sexual, gerada pelo calor de um carinho, por um beijo e até pelo pensamento, é uma situação bastante comum entre os adolescentes. Entretanto, a conjunção carnal entre pessoas que ainda não possuem estrutura psicológica e financeira para cuidar de uma nova vida não deveria jamais acontecer. Gerar um novo ser humano é coisa séria, não se trata apenas do uso dos aparelhos reprodutores masculino e feminino.

Aos solteiros, não basta o uso de anticoncepcionais existentes. É necessário levar em consideração a vontade do Criador sobre como devem conduzir suas experiências amorosas. A Palavra de Deus jamais envelhece. Por mais que os anos avancem e os costumes do passado pareçam envelhecidos, as recomendações contidas na Bíblia Sagrada serão sempre úteis e atuais, totalmente aplicáveis ao dia que representa o nosso momento presente.

O sexo extraconjugal

A paternidade e a maternidade, quando ocorre no ambiente do casamento, é uma das melhores situações que alguém pode experimentar, por outro lado  o ato sexual fora do casamento é um equívoco a ser lastimado, é um erro idiota, é uma decisão que entristece ao Criador. 

Por quê? 

1. Se duas pessoas solteiras se unem consensualmente em cópula, com ou sem preservativos, agem de maneira irresponsável, pois o corpo foi criado para ser o templo do Espírito Santo (1 Coríntios 6.19). Tal restrição bíblica não tem a intenção de restringir a felicidade, mas evitar consequências ruins. Relacionar-se sexualmente fora do ambiente íntimo do casamento é envolver-se com alguém fora do momento ideal. A adolescência é a fase em que o garoto precisa se preparar para seu futuro profissional e do mesmo modo a garota precisa focar, individualmente, para o dia de amanhã.

São muitas as pessoas que se equivocam pensando que a conjunção carnal é o mesmo que uma relação de amor. O sentimento que invade o coração dos jovens não possui a necessária maturidade amorosa, mas, sim, o sentimento conhecido como paixão, que é um fenômeno que entorpece o raciocínio e embaça a visão - impede que o outro seja visto como ele realmente é. A paixão é efêmera, não dura por mais que três anos. Dentro deste estado mental, não convém que o garoto e a garota cheguem às etapas mais íntimas entre si, pois poderão se arrepender depois que a paixão desaparecer.

Logicamente, não é sempre que a união sexual gera uma nova vida. Se acontecer, o bebê necessita da atenção de ambos, em suas funções de pai e mãe. No período da adolescência, desempenhar tal missão honrosa juntos é quase que absolutamente impossível. Delegar cuidados aos avós e outros parentes próximos, ou mesmo às babás - por mais afetuosos que todos sejam - não é situação conveniente ao bebê, pois mesmo que todos ofereçam afeto sincero, jamais serão capazes de oferecer o mesmo calor humano dos genitores. O casal que  procria precisa também estar presente na vida do ser humano que gerou, pai e mãe devem viver juntos com o objetivo de criarem o ser humano que trouxeram ao mundo.

2. As Escrituras dizem que o dever dos indivíduos não casados é cuidar das coisas que interessam ao Senhor (1 Coríntios 7.32). Isto é, viver as coisas relativas a fé. Se o jovem se dedica às questões do espírito, quando atingir a fase adulta, com certeza será um pai ou uma mãe muito melhor, estará apto a fazer felizes os seus filhos.

3. Olhos humanos observam um homem e uma mulher, unidos pelo laço matrimonial e veem dois indivíduos; mas os olhos de Deus enxergam apenas uma pessoa, pois quando Ele une o casal, faz isso num processo de unidade espiritual indissolúvel (Mateus 19.5-7). Sobre o coito, está escrito assim, no Novo Testamento: "Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito conjugal sem mácula; porque Deus julgará os impuros e os adúlteros" - Hebreus 13.4 (Nova Almeida Atualizada - SBB).

A gravidez

"Um novo bebê a ver a luz do dia é a declaração de Deus que o mundo deve continuar a existir" - Carl Sandburg.

Apesar de todos os seres humanos serem semelhantes uns aos outros, há uma grande diferença que os separa em dois grupos: o grupo feminino e o masculino, diferença esta que permite a continuação da espécie. E isto aguça a curiosidade infantil. Que bom seria se todos os pais se preparassem e dispusessem a falar sobre a razão da existência de espermatozóides no organismo dos homens e de períodos de ovulação no corpo das mulheres - que é dar continuidade ao ser humano aqui na Terra.

Por que não informar aos filhos, quando pergutarem, usando detalhes que se encaixem dentro da capacidade de entendimento deles, que os órgãos genitais do homem e da mulher não servem apenas para urinar? Por que não dizer-lhes que a maneira como um ser vivo se reproduz tem a ver com o ambiente em que vivem, para uma criança nascer é preciso que haja a penetração de um pênis em uma vagina? É conveniente fazê-los entender que os espermatozóide e óvulo são células muito frágeis, se entram em contato com o ar, eles se desidratam, secam, rapidamente e morrem. É por este motivo que o encontro entre o espermatozóide e o óvulo ocorre dentro do corpo da fêmea.

No decurso da ovulação, o endométrio, membrana interna do útero, é preparada pelo hormônio progesterona para receber o óvulo fecundado. A célula-ovo é empurrada pelas trompas até o útero, e em três meses é formado o embrião, que dá origem ao feto. Passados noves meses, a contar do momento em que ocorreu a fecundação, o feto está pronto para nascer. O nascimento pode acontecer por meio de parto natural ou por parto cesáreo.

No caso do parto normal, a natureza cumpre a sua missão de maneira espetacular! Quando o organismo da criança se encontra preparado, o útero começa a se contrair, empurrando o feto para fora do corpo da gestante. A criança sai pela vagina, que é o caminho que liga o útero ao mundo externo. E assim que a criança deixa o corpo da mãe, a placenta é eliminada.

Milhões de anos de histórias de conflitos

É por conta da genética as frases "tal pai, tal filho". A expressão é repetida de geração para geração, para dizer que os descendentes se parecem com seus progenitores. A hereditariedade abrange muito mais do que as características físicas, Através do núcleo das células, via cromossomos homólogos a prole herda traços de caráter e da personalidade.

Em 1979, dentro do cenário dos resultados numéricos de estudos estatísticos referente ao crescimento demográfico da população mundial, e os crescentes números de perturbações de ordem pessoal e de ordem política entre as nações e dentro delas, Madre Teresa de Calcutá recebeu seu prêmio Nobel da Paz. Naquela ocasião, perguntaram a ela o que poderia ser feito para promover a paz mundial. Observamos que a Organização das Nações Unidas (ONU) veio a existir assumindo o papel de intermediar e acabar com conflitos violentos e guerras, porém a resposta de Madre Teresa foi direta aos corações humanos, ela respondeu o seguinte: "Voltem aos seus lares e amem suas famílias". O argumento da missionária católica traz a palavra-chave para a obtenção do estado de calma ou tranquilidade e felicidade individual de todos e em caráter coletivo: fa-mí-lia. Sim, pois a família, é e sempre será a célula-mãe da sociedade.

Caso o mundo fosse ocupado por gente compromissada em apenas produzir a paz nos dias de hoje, a gravidez seria apenas motivo de alegria, e não da alegria acompanhada de muitas doses de preocupação com o bem-estar do pequenino ser humano que virá a este mundo. Como pais ou mães nós temos a tendência em acreditar que a fase em que os filhos são bebês é a fase que demanda mais preocupação. Ledo engano pensar que ao crescerem nos preocuparemos menos, pois ao chegarem às cadeiras de uma faculdade será o momento de ser atingido por outras espécies de preocupações. Será o tempo de esperar que entrem porta a dentro de nossas casas, momento em que teremos condições de deitarmos e dormirmos sossegadamente.

Como seria ótimo se nascêssemos em sociedades que houvesse ausência de violências entre pessoas, num estado de espírito isento de raiva e desconfiança e de todos os sentimentos negativos. Como seria bom se pudéssemos viver neste mundo com governantes equilibrados e serenos, que ao invés de promoverem o aumento do poderio bélico e de guerras, fossem todos eles promotores da paz mundial.

Conclusão

A vida de cada um de nós é um show. Cada amanhecer é um novo raio de holofote sobre as nossas cabeças. Cada novo dia é uma oportunidade de apresentar o melhor de nós para todos, objetivando glorificar a Deus. A rotina diária é o palco, as pessoas em redor são os espectadores, as nossas atitudes diante dos momentos tranquilos e dos tempos de desafios são o roteiro da história que escrevemos, diuturnamente.

Quanto às relações interpessoais no ambiente familiar, com o objetivo de estabelecer o ambiente agradável entre pais e filhos, está escrito em Colossenses 3.20-21: "Filhos, em tudo obedeçam a seus pais, pois fazer isso é agradável diante do Senhor. Pais, não irritem os seus filhos, para que eles não fiquem desanimados" (Nova Almeida Atualizada - SBB).

E.A.G.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

A importância de um pai na vida de seus filhos em fase infantil

O calor do abraço de um pai em
 seu filho é um momento de valor
 emocional incalculável.
Em 2002, uma campanha publicitária divulgou, em tom de brincadeira, o movimento nacional dos pais desprezados. O objetivo da campanha era vender os produtos da loja que contratou a campanha. Isto traduziu uma tendência social. 

O mote da campanha dizia: "por que o Dia das Mães é o dia do "presentão" e o  Dia dos Pais é o dia da "lembrancinha?" Assim, expressava a importância que esta mesma sociedade demonstra á figura paterna. Mas afinal, qual a importância do pai?

Carlos Grzybowski, psicólogo e terapeuta familiar se manifestou dizendo: 

"O pai é figura fundamental na formação da identidade dos filhos, pois é a partir do modelo relacional entre o pai e a mãe que a criança desenvolve o sentimento de segurança básica, essencial para seu crescimento emociona sadiol."

Isabelle Ludovico da Silva, psicóloga clínica especializada em terapia familiar sistêmica, disse:

"Para o menino, o pai se torna um padrão de masculinidade. Para a menina, ele será a ponte para sua relação com os homens."

A explicação para o conjunto de anúncios pôde ser encontrada nas palavras do Pastor Marcos Inhauser, que ao lado da esposa dirige um ministério voltado para as questões familiares:

"Os pais têm a tendência de serem liberais na fixação de limites, de apoiar seus filhos nos voos por autonomia. As mães têm a tendência de ter seus filhos para sempre à sua volta, tendo maior dificuldade em liberá-los. É no equilíbrio entre as ações do pai e da mãe que os filhos amadurecem, porque dos pais recebem os estímulos para sair, para se aventurar, para se independizar. E das mães recebem a certeza de um refúgio quando as coisas não vão bem."

Carlos Grzybowski, disse que o perfil do pai dos tempos atuais tem se definido pela ideologia do capitalismo neo-liberal:

"Ironicamente alguns definem o modelo de pai atual como o "pai-presente", aquele que dá presentes no aniversário, Natal, Dia das Crianças, Páscoa... Enfim a mentalidade d que nossas emoções estão vinculadas à capacidade de compra."

Ainda por conta desta ideologia, Inhauser afirmou o seguinte:

"Tem crescido o número de pais que transferem suas responsabilidades. Este pai terceirizador da tarefa de educar e amar seu filho é algo que tem crescido nos dias atuais."

A psicóloga Isabelle Ludovico lembrou de outro aspecto resultante das tendências atuais:

"Por medo de ser autoritários, os pais muitas vezes se omitem na hora de colocar limites."

É bom ressaltar que não há pai sem mãe e vice-versa.

Isabelle esclareceu:

"Através do nosso relacionamento marido e mulher, é transmitido aos filhos referências de afetividade,sexualidade e companheirismo".

A figura paterna deve ser sempre lembrada como referencial de família. De que este é o modelo de Deus de Deus: pai, mãe e filhos. Portanto,“Honre o seu pai e a sua mãe, como o SENHOR, seu Deus, lhe ordenou, para que você tenha uma longa vida e para que tudo vá bem com você na terra que o SENHOR, seu Deus, lhe dá".

Fonte: Expressão Nacional, coluna Comportamento, agosto de 2002.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Todas as garotas em condição de menoridade penal, envolvidas em relações sexuais com homens em maioridade penal, são vítimas de estupro?

Como o Código Penal Brasileiro determina e regulamenta como infração penal o ato de estupro? Esta página não tem a pretensão de apresentar uma explicação aprofundada, mas apesar de pormenores rasos, não dribla a aversão contundente que este ato delituoso merece.

O crime de estupro está tipificado no Código Penal (CP) no artigo 213, com redação dada pela Lei 12.015/2009. Prevê o estupro como crime contra a dignidade sexual.

A Lei 12.015/2009 caracteriza como crime comum a transgressão legal de estupro. Segundo esta legislação, a pessoa ativa tanto pode ser a figura masculina ou feminina, pela razão que o tipo penal não estabelece nenhuma qualidade especial do executor. Então, é possível que exista estupro investido por mulher contra mulher, mulher contra homem, homem contra mulher e homem contra homem. Estão fundidos os crimes de estupro e atentado violento ao pudor (artigos 213 e 214), pois não há dúvida alguma de que esses crimes podem ser praticados em concurso material, desde que os atos libidinosos praticados não sejam prelúdio da conjunção carnal.

É considerado ato de estupro, cuja conjunção carnal foi concluída ou tentada, em qualquer de suas figuras simples ou qualificadas. Ações consumadas ou frustradas, são consideradas crime hediondo (Lei 8.072/90, art. 1º, V). A característica deste crime é ir de encontro à liberdade sexual. Todos os indivíduos possuem o direito de dispor do próprio corpo e tem a plena liberdade para escolher o parceiro sexual, para com ele, de forma consensual, praticar a conjunção carnal ou outro ato libidinoso. É considerado infração penal quando uma pessoa é forçada, sobre a qual recai a conduta criminosa do constrangedor.

Além de a Justiça reconhecer como estupro o emprego da violência ou grave ameaça, isto é, o uso da força para obter o relacionamento sexual, falo e vulva, também tipifica como estupro atos libidinosos obtidos por coerção. Igualmente, é considerado estupro quando, sob pressão, a vítima tem participação ativa no ato libidinoso, ou permanece em atitude passiva, permite que se pratique a ação devassa sem demonstrar reação alguma. Assim como não é necessário que ocorra contato físico entre o autor da violência e quem padece deste mal, para que a Justiça considere estupro. Obrigar alguém a se masturbar diante dele, sem tocá-la em momento algum é conduta aceita como a mesma violação. Contudo, o beijo forçado não é identificado como ato libidinoso, mas crime de constrangimento ilegal (CP, artigo 146) e contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor (LCP, artigo 61).

Quem destaca que no Código Civil existe legislação sobre estupro de marido contra esposa? No casamento, o homem não tem o direito de exigir a prática da relação sexual, pelo fato da vivência conjugal; não há ao esposo nenhuma base para valer-se da violência ou grave ameaça, sob o pretexto de ser excluído de ilegitimidade do exercício regular de direito. Embora o ambiente matrimonial dê a entender que entre o casal é livre o exercício de relações conjugais, difusamente, é visto que esta liberdade tem limites, não é permitido um com o outro o uso de constrangimento com o emprego de violência ou grave ameaça. Entende-se que o fato de haver o direito ao relacionamento sexual entre os cônjuges, garante a pessoa desprezada por seu par o direito a postular requerer legalmente o término da união, nos termos da legislação civil (artigo 1.572).

Nem todos sabem que o Código Penal (artigo 13, § 2º) aponta como estupradores pessoas que não participam da violência sexual, se for comprovado que estas poderiam evitar a violência mas permaneceram omissas diante do ato de estupro. A legislação dá como exemplo a figura do carcereiro que, ao saber que um presidiário será abusado por companheiros de cela, decide não impedir o abuso.

Nem todos diferenciam o estupro pela idade da vítima: é crime de estupro qualificado (§ 1º, última parte) se a vítima é menor de 18 e maior de 14 anos. Se a vítima for menor de 14 anos, o crime é de estupro de vulnerável (CP, artigo 217-A), mesmo que não haja o emprego da violência ou grave ameaça.

Resumo posto do Código Penal Brasileiro, passo ao âmbito do blog Belverede. Em minha postagem de 29 de novembro de 2007, publiquei o artigo Vejam Só! - o Pastor Éber Cocareli e o seu programa na Rit Tv. Nesta publicação, surgiu na data de hoje o comentário de um internauta, falando sobre a edição mais recente do programa. Resolvi dar destaque ao pronunciamento do (a) leitor (a) e também para minha resposta, pois o tema é deveras importante e está na pauta da nossa sociedade brasileira.

 Eis os conteúdos:
"Esse programa que discuti a adolescente grávida... Eu estou pasmada (pelo fato) dessa pastora dizer que a adolescente não é vítima. Sim ela é vítima, sim... ele cometeu um crime, de abuso sexual, de violência sexual, de pedofilia.".
Anônimo disse... | 14 de setembro de 2017 00h23.

Caro Anônimo ou Anônima.

Não assisti ao programa Vejam Só! que trouxe o assunto que você comenta, portanto eu não posso manifestar minha posição especificamente sobre ele.

Nestas questões de violência sexual envolvendo menores de idade, segundo o Código Penal Brasileiro, sinto que é necessário observar o contexto geral da nossa sociedade.

Nos idos de 1960 / 1970 ocorreu o apogeu da era feminista, quando parte das mulheres daquela época reivindicaram a liberdade sexual, e fizeram sexo fora do casamento como se fosse algo bom e admirável. Logicamente, a consequência ruim disso começou a acontecer nos anos seguintes, quando essa criançada cresceu dentro de lares desestruturados - sem a figura de um pai presente - chegaram à adolescência, mais ou menos em 1975 e 85.

 A geração 75/85, desestruturada quanto ao lar tradicional, imitou suas mães e também geraram filhos fora do conceito da família aos moldes bíblicos; a maioria das garotas engravidaram sem qualquer noção do que representa ser uma mãe, colocaram seus bebês no colo das mães delas para os criarem, e essas criancinhas também não puderam desfrutar da presença e amor de seus pais biológicos. Estes, por volta de 1990 e 95, em sua maior parcela também se transformaram em pais e mães fora do casamento, e nos dias de hoje temos o resultado de suas conjunções carnais. Vemos meninas engravidando crianças e garotos não honrando a responsabilidade de criar os filhos.

Ao longo desses processos nefastos, abrangendo até agora três gerações, muitas garotas abortaram; muitas morreram em plena execução do aborto, ou pós aborto, e por conta de intervenção médica errada ou até em circunstâncias de suicídio. Também, não podemos negar que houve as raras exceções: há aquelas adolescentes que encontraram o prumo para seus costumes tortos, optaram por estar com seus filhos e até passaram a viver com o pai de sua criança. E, muitas crianças cresceram longe de suas famílias, entraram no processo de adoção, encontraram quem os amasse e lhes dessem o suporte psicológico necessário para ter uma cabeça boa que os fizessem ser cidadãos de bem, gente útil em nossa sociedade.

Em razão desse contexto, eu acredito que existe. sim, a possibilidade de uma adolescente ter a sua parcela de culpa em um ato que o Código Penal afirma ser estupro. Sim, porque o Código Penal aceita como crime uma garota entrar em conjunção carnal de maneira consensual. Mesmo ela querendo se envolver, a lei considera ser um ato de violência sexual. A lei desconsidera os detalhes da história, que eu expus acima, superficialmente, e declara que toda menor de idade é vítima de estupro.

Não defendo estupradores. Não defendo pedófilos. E, como um cristão evangélico, também não apoio a atividade sexual entre pessoas maiores de idade, se não estiverem casadas entre si.

Também, não defenderei adolescentes, envolvidas em escândalos sexuais, sem antes saber como ela é no que tange ao tema sexo. Ela é do tipo "descolada"? É expansiva? Ou retraída? Era virgem antes do fato acontecer? É preciso analisar as duas pessoas envolvidas antes de dizer qualquer coisa a respeito. 

Além disso, existe a questão do uso das roupas. Sei que essa gente do "politicamente correto" não admite que se fale que um corpo feminino bonito, ao usar uma roupa provocante, é capaz de despertar a libido de homens. Mas, isso acontece, basta reparar nas vestes de vítimas do estupro, quando o estuprador não é uma pessoa com grau de parentesco com a garota estuprada.

Homens sem autocontrole se permitem ir além da admiração da beleza de mulheres, vestidas com peças que estimulam a libido masculina, e cometem barbaridades! Cabe concluir esse raciocínio dizendo que ninguém em sã consciência quer se aproximar de feras indômitas; gente sábia procura o distanciamento seguro. Quem insiste em se aproximar de um urso, mesmo que acredite não haver perigo sua aproximação e visibilidade, e é vítima da bestialidade do animal, tem sua parcela de culpa. Por que não aceitar essa realidade?

Abraço.

E.A.G.

sábado, 12 de agosto de 2017

Feliz Dia dos Pais (aos pais e filhos!)

Transforme o próximo domingo em um Dia dos Pais mais que especial para seu pai e para você.

Você liga o televisor ou rádio, folheia páginas de jornal ou revista, navega em um site virtual qualquer e logo encontra o que não procura: vê centenas de artigos publicitários tentando persudi-lo a comprar determinado produto para presentear o seu pai no próximo domingo. E não é preciso relembrar que acontece o mesmo em outras datas comemorativas do ano: Dia das Mães; Dia das Crianças; Natal e etc.

O que os publicitários não transmitem é dizer aos filhos e filhas que existe algo mais importante do que o relógio caro, a peça de roupa nova, a carteira, a gravata, o perfume, e qualquer outro presente que se possa dar.

Que no próximo Dia dos Pais, você que ainda tem um pai para chamar de seu, entenda que o seu velho sente uma carência constante, que precisa ser demonstrada em todos os dias em que ele viver, não apenas em um café da manhã, almoço roda de conversa vespertina regada com aperitivos de uma data de confraternização marcada em calendários. Tal espécie de demonstração perpassa todas as classes sociais. Tanto o pai que representa as pessoas da classe média alta, quanto o pai que é pobre ou está abaixo da linha pobreza possuem a mesma necessidade. Então, que os filhos de pais ricos e filhos de pais pobres, saibam que possuem capacidade de suprir tal carência paterna.

O que você deve e tem condições de presentear ao seu pai no próximo Dia dos Pais?

a - Sua companhia, mesmo que ele tenha sido um pai distante em sua vida;
b - Abraço caloroso, apesar de ele não ter sido alguém tão afetuoso quanto você quis que fosse;
c - Compreensão, embora você tenha muitas vezes se sentido incompreendido por ele;
d - Paciência, ainda que ele não tenha sido paciente.

E, para você que não tem mais a presença física de seu pai entre nós, saiba que jamais perderá a presença do Pai celeste, que é o nosso pai perfeito. Queira dizer ao Pai celeste que o ama de verdade, faça isso com palavras e gestos de amor ao próximo, constantemente. Lembre-se que apesar de Deus não ser o Ser visível, Aquele não pode ser tocado, é plenamente perceptível no coração de todas as almas que aceitaram a Cristo como Senhor e Salvador. Ele se faz sentir aos que se comprometem a conhecer e obedecer aos mandamentos de Jesus. Sim, o Pai celeste comparece na vida das pessoas que recebem o Salvador sendo o Deus que transforma o que há de ruim em bênçãos. Ele é totalmente edificante, efetivo. Tal sentimento da presença divina se faz através das bênçãos entregues à alma sofrida: alívio à alma cansada; respostas à alma confusa; paz aos que estão machucados com conflitos diversos.

Enfim, queira ser o filho ou a filha que quebrará os laços negativos da relação familiar no próximo Dia dos Pais. Se possível, olhe nos olhos do seu pai, que talvez já possua o rosto e o resto do corpo marcado pelo cansaço físico pelos muitos anos vivido, e diga-lhe que deseja amá-lo mais do que já amou. Não se importe se seu pai responda com aparente indiferença ou dúvida quando declarar-se, afinal, neste mundo frio e calculista, não é comum encontrar filhos dispostos a consertar relações complicadas.

Faça a sua parte, e deixe que o tempo se encarregue de fazer a dele. As relações amorosas não são construídas em um minuto só, são dias e mais dias, tal qual a semente posta no solo, que requer os seus cuidados para se transformar em uma árvore frondosa. Então, feliz Dia dos Pais, felicidade plena aos pais e aos filhos!

sexta-feira, 2 de junho de 2017

O petiz com responsabilidade de gente adulta e o adulto com mentalidade infantil. Pode?


Está escrito em Coríntios 13.11-13 (NTLH):

“Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança e pensava como criança. Agora que sou adulto, parei de agir como criança. O que agora vemos é como uma imagem imperfeita num espelho embaçado, mas depois veremos face a face. Agora o meu conhecimento é imperfeito, mas depois conhecerei perfeitamente, assim como sou conhecido por Deus. Portanto, agora existem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. Porém a maior delas é o amor” 

E.A.G.

sábado, 28 de janeiro de 2017

O poder de destruir e edificar o lar (parte 3 de 3)


Por Rosana Beda

Uma boa comunicação familiar é fundamental, uma vez que precisamos desabafar, receber conselhos, aconselhar, pensar juntos e analisar os fatos antes de uma decisão. E ninguém melhor que a família para compartilhar de momentos decisivos. Seus filhos, observando esse canal aberto, não precisarão recorrer a outras fontes, às vezes tão danosas, para resolver seus dilemas, dúvidas e problemas.

A mãe com esta sabedoria, credibilidade e influência é também uma ponte entre todos os membros da família, diluindo as diferenças, os desencontros, da melhor forma possível. Este papel é essencial para a boa performance familiar e para que a união e as amizade entre os membros sejam constantes. 

Segundo pesquisas do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, junto a Universidade Yale e Universidade de Michigan, a mulher, ao se tornar mãe, tem uma modificação estrutural em seu cérebro, desenvolvendo uma capacidade maior em conexão entre todos os neurônios. Ou seja, se uma mulher que ainda é mãe já tem grande capacidade de conectar as várias caixas mentais (assuntos diversos) ao mesmos tempo, ao tornar-se mãe a sua capacidade aumenta, trazendo velocidade, dinamismo em conectar assuntos, banco de dados armazenados para a tomada de decisão, ação.

Observem como Deus fez tudo perfeito. Os próprios cientistas admitem que "essas alterações estão relacionadas à criação de vínculos com os recém-nascidos como um recurso 'da natureza' para garantir que as mães, protejam, cuidem melhor de seus filhotes".

Essa capacidade materna de proteção torna a mãe ainda mais ágil, preventiva e fica cada vez mais difícil esconder uma ação, um sentimento, daquela que o gerou, ou que é sua companheira.

Os gestos mais singelos e simples de uma mãe resgatam os valores mais nobres da convivência familiar. O almoço de domingo que ela prepara com todo o carinho, o chazinho para quem está resfriado, o leite quente antes de dormir, a participação na reunião do colégio, o lanche para os amigos durante o trabalho escolar, etc.

Atualmente, existe uma infinidade de literaturas, até mesmos cristãs, ajudando a mãe em suas tarefas: informações sobre a forma de trocar o bebê, brincar com a criança de forma lúdica e instrutiva, de educar os filhos em várias fases da vida, lidar com as personalidades diferentes, ensinando a dizer "não" ou "espera" como respostas positivas e necessárias à formação do caráter dos filhos, entre outros conhecimentos.  Recorrer a elas é muito interessante e de grande valia.

Mas nunca se esqueça que sua principal fonte, aquela que habilita a sua alma e as capacita em todas as esferas é a Palavra de Deus. Um tempo atrás eu concordava com o jargão: "Filho vem sem manual de instrução", mas agora, entendo ser a Bíblia Sagrada o melhor e mais eficaz manual de instrução na educação dos filhos, na edificação e manutenção da família e do lar. Faça uso dela e você e sua família experimentará proezas. Ser uma esposa, mãe, mulher sábia é ter a grande chance de construir seres humanos excelentes, um lar feliz e um legado inesquecível!

Artigo em três partes:
O poder de destruir e edificar o lar (parte 1)
O poder de destruir e edificar o lar (parte 2)
O poder de destruir e edificar o lar (parte 3)

Rosana Beda Franncisco é membro da AD Belenzinho (SP), professora de Escola Dominical, publicitária na área da família.
Fonte: Mensageiro da Paz, ano 85, nº 1556, janeiro 2015, encarte Caderno Família - página 1, Bangu, Rio de Janeiro/RJ (CPAD).