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sábado, 9 de julho de 2016

Sobre o recebimento de oração vinculado ao ato de entrega de oferta




Na data de ontem, no reservado do bate-papo do Facebook, uma senhora perguntou para mim o seguinte:

“Essa semana veio um pregador na igreja que eu congrego, uma Assembleia de Deus do ministério Belenzinho que tem como líder o Pastor José Welington Bezerra da Costa, este pregador ficou três dias pregando e prometendo bênçãos para aqueles que contribuíssem. O senhor concorda com isso? Qual é a sua opinião?”

Querida irmã,

Não costumo julgar esses pregadores que vinculam a bênção de Deus com ofertas, que costumam dizer “vou orar por você se você contribuir”. Mas devo esclarecer que considero uma tremenda falta de amor, porque pode acontecer de alguém querer participar e ao mesmo tempo não possuir o suficiente para fazer isso! Além disso, não existe registro nas Escrituras relatando que Jesus realizou milagre mediante a vinculação de contribuições financeiras.

Também, não posso deixar de dizer, que eu conheci um rapaz – colega de profissão - que recebeu uma casa própria de presente, doada por um irmão em Cristo, de nacionalidade portuguesa, residente em Portugal, após ter “dado o seu tudo” (o salário inteiro do mês), em uma campanha na Igreja Universal do Reino de Deus. Naquela ocasião, eu o critiquei chamando-o de irresponsável, pois era morador de aluguel e tinha uma filha recém-nascida para cuidar.

Entendo que as ofertas em dinheiro sempre são um ato de adoração e fé, e como toda adoração e fé fazem parte de uma relação de intimidade entre o adorador e Deus, então, agora, após o episódio do colega de trabalho, não me sinto confortável ao me envolver em situações desta espécie opinando.

sábado, 11 de junho de 2016

2016: o brasileiro perde sua prosperidade?


"Tudo sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento" - Eclesiastes 9.2.

Há dois anos atrás, aproximadamente, eu conversei com um missionário cuja origem é a África, um país de fala francesa que não lembro qual é... Em uma das calçadas da Rua Conde de Sarzeda, tão conhecida dos evangélicos aqui na cidade de São Paulo, por causa do seu tradicional comércio de artigos religiosos, ele disse para mim, usando o nosso idioma com um sotaque muito arrastado, da sua admiração com a mesa do brasileiro, que todos os dias, duas vezes ao dia, era posto arroz e feijão misturados no mesmo prato, pois em seu país isso significava ostentação de prosperidade.

Nestes primeiros seis meses de 2016, tenho encontrado muitas pessoas, inclusive gente evangélica, comentando sobre a alta do preço da cesta básica. Preço alto do leite; das carnes de frango, bovina e suína; aumento nos preços do arroz e feijão. E alguns até dizem que não comem mais o feijão em todas as refeições.

Oremos, a estratégia do cristão para enfrentar todas as espécies de crises é usar a fé orando. Ore, para que haja sabedoria e vontade por parte de governos e assim governantes tenham sucesso na empreitada de enfrentamento da linha de miséria e pobreza, que ameaça se instalar em definitivo nosso País; ore para que esta crise financeira tenha um fim aqui no Brasil; ore, para que a inflação perca força e o trabalho arraste o desemprego para bem longe da carreiras profissionais do povo brasileiro.

O Brasil não deve perder a "prosperidade" do mix arroz com feijão no prato durante o almoço e janta, os cidadãos brasileiros precisam manter - e aqueles que perderam precisam retomar - seu emprego e seu padrão de poder aquisitivo e dignidade.

E.A.G.

segunda-feira, 14 de março de 2016

Riqueza egoísta e Riqueza nobre

Ao postar o artigo Bem-aventurados os pobres de espírito, recebi comentários de leitores. Sendo que um deles escreveu o seguinte:

"Belo Post amigo! Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas. Filipenses 3:20,21 Fique com Deus http://ahoraechegada.blogspot.com.br/"

Livro sobre a mesa diante de janela apresentando clima chuvoso do lado de-fora da casa pintura Riquezas egoístas e riquezas nobres e generosas Eliseu Antonio Gomes Belverede reflexão sobre José de Arimatéia Joana Suzana o filho pródigo e a provação de Jó.Segue a minha resposta:

Olá, irmão e amigo.

Concordo com suas afirmações.

Eu só não entendi seu "mas". 

O uso da conjunção ("mas") seria para apontar que entende ser situação adversa a condição de uma pessoa ser rica financeiramente e ao mesmo tempo ser pobre de espírito?

Bem, entendendo você de uma ou de outra maneira, exponho a minha posição neste assunto - posição esta que está registrada em diversas postagens neste blog, assinaladas com as tags "dinheiro" e "prosperidade".

No meu modo de entender, é possível que exista quem tenha muitíssimas posses materiais e ao mesmo tempo seja pobre de espírito. Eu penso dessa maneira após refletir sobre os ensinos bíblicos e relatos de personagens neotestamentários.

Lembra-se da passagem em que Jesus cita que é mais fácil o camelo passar pelo fundo da agulha? Está em Marcos 10.17-27. Ao final da lição sobre riqueza com avareza, Cristo diz que tudo é possível para Deus. O que a sentença expressada por Jesus nos ensina é que uma pessoa rica neste mundo também se converte e pode entrar no céu, pois os que são realmente convertidos não colocam o coração por inteiro ao serviço de bens materiais; elas confiam em Deus, que lhes dá a farta provisão, e nesta confiança depositada no Dono de todo ouro e toda prata, são capazes de possuir riquezas com nobreza e generosidade. 

Não podemos nos esquecer de Joana, esposa de Cuza, procurador de Herodes, e suas companheiras. Essas mulheres foram abençoadas por Cristo e o serviram com seus bens, espontaneamente (Lucas 8.3). 

Lembremos também de José de Arimateia, aquele que superou a vergonha de se identificar como seguidor de Cristo, demonstrou coragem no momento em que os discípulos que caminharam próximos de Jesus fugiram apavorados, pediu a Herodes o corpo crucificado do Senhor e cedeu o seu túmulo para que fosse usado, para que o Mestre recebesse sepultamento digno (Lucas 23.50-53).

Joana e suas companheiras, e José de Arimateia, foram pessoas abastadas e crentes fiéis. Eram portadoras de fé, eram crentes fiéis ao Senhor apesar de seus bens materiais. Administraram o que estava posto em suas mãos sem nenhum egoísmo e irresponsabilidade. Usaram suas condições financeiras privilegiadas como meio de fazer a vontade de Deus prevalecer neste mundo tenebroso.

Essas pessoas demonstraram serem espirituais, ao contrário do péssimo exemplo do filho pródigo/perdulário/esbanjador/gastador, que pensou só em si, desejou viver a sua vida divertindo-se em festas e libidinagens, não quis trabalhar e acabou com toda a herança que teve (Lucas 15.11-13).

Podemos, ainda, observar o Antigo Testamento. Entre muitos outros registros da Bíblia, vejamos Jó. Toda a trajetória do livro tem como viés provar que Jó era crente fiel a Deus com e sem as riquezas - riquezas postas em suas mãos por Deus. Depois da constatação que Jó mantém sua fidelidade ao Senhor após perder a saúde e o poder aquisitivo, Deus o faz voltar a ser rico outra vez, permitindo-lhe administrar poder aquisitivo em dobro do que possuía antes de empobrecer e adoecer Para conferir, ler o livro de Jó, capítulo 28. 

Obrigado por mais essa participação aqui no blog Belverede!

Abraço. 

E.A..G.

quarta-feira, 9 de março de 2016

7 detalhes que precisamos considerar em Mateus 6.33


"Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? (Pois a todas estas coisas os gentios procuram.) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso. Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal" - Mateus 6.27-34.

"Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? (Pois a todas estas coisas os gentios procuram.) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso. Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal" - Mateus 6.27-34.

Detalhes que precisamos considerar sobre Mateus 6.33.

1. Jesus nos ensina a amar a Deus em primeiro lugar, orienta a buscar seu reino e a sua justiça, e afirma que ao adotar estas duas prioridades as coisas necessárias nos serão acrescentadas.

A lição não é um incentivo a contentar-se com a pobreza, diz que é preciso confiar em Deus em tempos de crise, sabendo que Ele não deixará faltar alimentos e vestuário, é um alerta importante contra a estar em ansiedade constante e em ganância exagerada.

2. Buscamos e amamos a Deus em primeiro lugar, ou temos Deus em nosso coração no mesmo patamar das riquezas, ou até abaixo das riquezas? O que é mais importante para nós, a bênção ou o Abençoador?

3. Cuide-se para que a espiritualidade não seja trocada pelo sentimento materialista. A pessoa espiritual discerne bem tudo e de ninguém é discernida, mas quem busca, desesperadamente, só coisas dessa vida é o mais miserável dos homens (1 Coríntios 2.15; 15.19).

4. Não despreze a prosperidade que Deus reserva para você (Eclesiastes 3.11-13; 5.18-19). É preciso ser fiel a Deus em tempos de alegrias e farturas, como nos ensinou o apóstolo Paulo em Filipenses 4.12;

5. Paulo também ensinou que o desejo de ser rico é sempre um risco na vida do cristão, principalmente se este cristão for um pastor, como era o caso do jovem Timóteo (1 Timóteo 6.9);

6. É preciso vigiar para não se tornar uma pessoa avarenta. Avareza é idolatria. Idólatras, avarentos, não entrarão no céu (Colossenses 5.5);

7. O acúmulo de dinheiro atrai doenças (Eclesiastes 5.13).

E.A.G.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Não se preocupe, ocupe-se orando


Sem problemas. Não se preocupe. Claudionor de Andrade. Ocupe-se orando.
Por Claudionor de Andrade

Sim, não se preocupa se, de repente, as portas se fecharem. Deus também opera cerrando portas e janelas.

Não se preocupe se a cura não veio. Se o Médico dos médicos remover-lhe este espinho, sua alma certamente enfermará. Baste-lhe, pois, a graça divina.

Não se preocupe com o sonho que não se realizou. Na verdade, Deus o livrou de um pesadelo. Então volte a dormir nos braços do Pai. Se você ficar acordado, o sonho certo não virá.

Não se preocupe se, justamente agora, os amigos se foram. Em momentos como este, é melhor contar apenas com aqueles que já experimentaram a dor do abandono.

Não se preocupe se o seu trabalho ainda não foi reconhecido. Continue a dar o melhor de si. No final, só os excelentes permanecerão diante do Rei.

Não se preocupe se o grande amor de sua vida se foi. Na verdade, não era amor; paixão efêmera e nociva era. Portanto, não deixe o coração murchar.

Não se preocupe se a despensa está vazia. Aquele restinho de azeite é suficiente para o milagre acontecer. Confie em Deus.

Não se preocupe se a velhice chegou. Cabelos brancos e rugas não são privilégios universais. Há muita gente morrendo na flor da idade.

Não se preocupe com o fracasso de ontem. Hoje é um novo dia. Tente novamente.

Fonte: CPAD News - http://goo.gl/koXhUn
__________

Preocupação. A palavra se descreve: é a ocupação antes da hora certa. 

Se portas e janelas se fecharam; se a cura da doença não aconteceu; se a expectativa da realização de um sonho está frustrada; se pessoas que diziam ser amigas não estão mais por perto; se não há reconhecimento do valor do seu trabalho; se o amor da sua vida disse adeus; se a despensa está vazia; se a velhice se faz presente em sua vida... 

O que fazer? 

É a hora certa para orar e pedir ao Senhor sabedoria para agir do jeito certo e no momento certo.

E.A.G. 

domingo, 6 de março de 2016

A origem e o motivo da miséria não ir embora


A origem e o motivo da miséria não ir embora.
Entendo que o estado de miséria acontece por muitos fatores. É culpa de governos maus, que não cumprem o seu papel de zelar pelo bem-estar da população. É culpa do cidadão preguiçoso, que não gosta de pensar, estudar, trabalhar. É gerada por catástrofes na natureza.

Assim sendo, quando for possível ajudar alguém necessitado, que além do prato de comida, da roupa limpa e do calor humano, possamos antes analisar a situação que levou aquela pessoa à mendicância.

Certa vez, eu estava em um fila esperando a condução para voltar para minha casa após um dia de verão quente e trabalho difícil. Uma jovem, com aparência de uns 25 anos, usando trajes razoavelmente com bom aspecto de conservação, cabelos castanhos e pele clara, aproximou-se das pessoas perfiladas pedindo dinheiro. Alguns minutos antes, eu havia recebido autorização para indicar uma pessoa de sexo feminino e dentro da faixa etária daquela jovem para uma vaga de serviço.

“Um real, por favor!” Olhei fixamente nos olhos dela e disse-lhe: “Tenho para você uma porta aberta de trabalho honesto...”. Não consegui terminar a frase, ela virou-se e se afastou da fila rapidamente, inclusive deixando de pedir dinheiro para as pessoas que estavam atrás de mim.

Todos que ouviram eu dizer a proposta se manifestarem efusivamente, uns não esconderam a indignação e proferiram palavreados chulos contra aquela mendiga, outros gargalharam demais e criticaram a questão dos salários baixos, dizendo que esmolas rendem mais do que passar horas como funcionário dentro de uma empresa.

E.A.G.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Cristão em crise, cristão em Cristo!


Online: Jesus Cristo. EMANUEL: Deus Conosco. Mateus 1.13.

O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio" - Salmo 46.7.

"Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco" - Mateus 1.23.

No Brasil, neste ano de 2016, o desemprego bate à porta de muitos profissionais, o custo da cesta básica encarece assustadoramente. Vivemos momentos em que um dólar (US$ 1,00) beira quatro reais (R$ 4,00), nos câmbios comercial e financeiro. A péssima cotação da moeda brasileira trava a vida do cidadão comum, que não comercializa na área das exportações.

Não é apenas a pessoa ímpia que sente os efeitos da crise financeira. O crente fiel não está isento de aflições causadas por viver como cidadão em um país cuja política econômica está fragilizada, porém, quem tem Cristo no coração - Aquele que venceu este mundo -, é alguém que segue o Vencedor! Leia: João 16.33.

Deus se compromete com quem tem compromisso com Ele. Levanta-se para socorrer os oprimidos, se condói do gemido dos necessitados (Salmos 12.5). Se a pessoa pauta seus objetivos na vontade do Senhor, até poderá precisar adiar alguns sonhos relativos às coisas e situações supérfluas, mas jamais experimentará a falta de coisas e situações realmente necessárias.

O justo não ficará desamparado e sua descendência não mendigará pelo pão de cada dia (Salmo 37.25; Mateus 6.11-13).

E.A.G.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Danilo Gentili sobre o Carnaval


Danilo Gentili sobre o Carnaval The Noite SBT http://belverede.blogspot.com.br Eliseu Antonio Gomes

Queria ser presidente por um dia. Faria uma lei que anulasse o Carnaval em prol da nação. Argumentos lógicos não faltam:

Diminuição de acidentes; menor índices de soros positivos (HIV); melhorar a imagem do País no exterior; cortar semana ociosa para que aumentemos a nossa renda; valorizar a imagem da mulher brasileira; investir os 2 bilhões por ano do Carnaval em Educação; diminuir o consumo de drogas nesse período...

Acho que não teria apoio popular pra isso. Já tivemos presidentes que afundaram a Educação, a Habitação, a Reforma Agrária, a Inflação, a Renda Familiar, o Emprego e, até mesmo, presidente que roubou a nossa Poupança. Ninguém reclamou. Porém, se eu acabasse com o Carnaval, certamente me matariam.

Mesmo sabendo o risco que corro, aceitaria essa missão suicida. Afinal, é melhor morrer no país do Carnaval do que viver no carnaval desse país.

_________

Este texto, cuja autoria não comprovada é atribuída ao apresentador do programa The Noite (SBT), é compartilhado na rede social Facebook. Existe bom senso de propósito, mas legislar não faz parte das atribuições de quem é presidente.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

O músico, a música, o violino, o violinista e o salário



"Eis aqui o que eu vi, uma boa e bela coisa: comer e beber, e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, em que trabalhou debaixo do sol, todos os dias de vida que Deus lhe deu, porque esta é a sua porção. E a todo o homem, a quem Deus deu riquezas e bens, e lhe deu poder para delas comer e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus" - Eclesiastes 5.18,19.

Feliz, de verdade, é aquele que faz o que gosta e é bem recompensado, financeiramente, por fazer isso. Aliás, o reconhecimento do valor profissional é a verdadeira situação da  bênção da prosperidade financeira que Deus dá. Coisa diferente do que apregoam alguns da Teologia da Prosperidade - que só faltam dizer que dinheiro nasce em árvores ou vem em forma de chuva lá do céu.

Se quiser, leia também neste blog:

Como você define o sucesso?
Trabalho: maldição ou bênção de Deus?

E.A.G.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Melquisedeque abençoa Abraão

Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote de Deus (Gênesis 14.18; Salmo 76.2, 110.4; Hebreus 5.6, 7.1-2, 10)

Melquisedeque, 
o nome significa rei da justiça (Zacarias 6.12-13; Hebreus 7.2)). sem genealogia, é uma das primeiras figuras de Cristo no Antigo Testamento e a primeira pessoa a ser descrita como um sacerdote. Seu nome e título expressam a esfera do direito e do bem (Hebreus 7.2).

As páginas bíblicas pouco o descrevem - não existe menção dos seus pais, do seu nascimento e nem de sua morte -, mas a teologia e o seu grau de importância são enormes - tudo quanto sabemos de Melquisedeque está em Gênesis 14, Salmo 110 e Hebreus, capítulos 5, 6, e 7.

Tal qual Abraão, ele servia ao único Deus verdadeiro. Diferente do ofício de Arão, cuja continuidade era assegurada hereditariamente, o de Melquisedeque é eterno, pois com um único sacrifício, o seu ministério sacerdotal tornou-se pleno.

Abraão era um semita, um gentio (Deuteronômio 26.5). Pela fé, veio a ser o pai da nação hebréia e de todos os crentes em Cristo. A sua fé inabalável foi creditada a ele como justiça (Romanos 4.3). Por meio dele todas as nações são abençoadas com a proclamação do Evangelho de Cristo.

Abraão, após sua vitória contra os reis que haviam levado seu sobrinho Ló, família e bens, foi recebido, efusivamente, por Melquisedeque, que o abençoou ao trazer-lhe pão e vinho e declarar: "Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou-lhe os teus inimigos nas tuas mãos" (Gênesis 14.20).  Em seguida, o patriarca concedeu-lhe o dízimo de tudo que havia tirado dos reis perdedores.

O dízimo de Abraão

O dízimo equivale ao percentual de dez por cento.

Abraão, ao aceitar a bênção e retribuir entregando a Melquisedeque o dízimo de todos os espólios, demonstrou reconhecer sua autoridade sacerdotal, a atitude pode ser considerada expressão de gratidão e como uma forma de retribuir seus sinais de respeito, bem como uma oferta dedicada e consagrada ao Altíssimo.

No Antigo Testamento, os israelitas entregam o dízimo dos produtos agrícolas, do gado, ou de outros bens em adoração a Deus ou em benefício dos que serviam a Deus, deixando-os desobrigados de cumprir outras tarefas para dedicarem-se somente ao Senhor (Números 18.21).

Por receber os sinais da misericórdia de Deus, é bastante adequado expressar a nossa gratidão. Jesus Cristo, nosso grande Melquisedeque, deve ser reverenciado, homenageado e humildemente reconhecido por todos nós como Rei e Sacerdote - e não devemos dar apenas algum valor financeiro, nós devemos nos entregar por inteiro a Ele.

No cristianismo, baseando-se em 1 Coríntios 16.2, muitos acreditam que o padrão de contribuição financeira para a obra do Senhor precisa ser proporcional ao rendimento, apesar do versículo não especificar porcentagem.

Salém

Em hebraico paz, é a cidade de que Melquisedeque era rei. A tradição judaica identifica a cidade de Salém com a cidade de Jerusalém, ao tempo de Abraão. Entretanto, conforme os samaritanos, era uma cidade próxima de Siquém. 

Bênção

A palavra bênção é sinônimo de felicidade, bem-aventurança, Ocorre tanto de Deus para com os homens (Romanos 15.29; Efésios 1.3; 1 Pedro 3.9), como também de um ser humano para outro, quando da entrega de presentes e atos de generosidade (2 Coríntios 9,5-6).

A bênção de Melquisedeque não se limitou a Abraão, ela alcança também a todas as pessoas que recebem a Jesus Cristo como Senhor, Salvador, e Sacerdote Eterno.

Após a bênção, a tentação

Note que encontramos na narrativa de Gênesis 14, versículos 21 ao 24,  que após o pronunciamento da bênção de Melquisedeque, Abraão recebeu a tentação material do rei de Sodoma: "Dê-me as pessoas e pode ficar com os bens" (tradução NVI). Ele se recusou a receber qualquer coisa que fosse do rei de Sodoma, para não lhe ficar devedor. Com isso, demonstrou sua total lealdade e fé no Senhor, e afastou qualquer tentativa do rei de Sodoma de assumir o papel de suserano (aquele que possui o direito de exercer domínio) e tornar-se submisso. Abraão tomou apenas o alimento necessário a seus homens e deu aos seus aliados a liberdade de aceitar os despojos que lhe cabiam.

Há um ditado popular que diz "todo homem tem seu preço", entretanto, quando este homem é um servo do Altíssimo como Abraão, não quer receber pseudo-favores do príncipe deste mundo tenebroso, jamais pode ser comprado.

Jesus, o sacerdote eterno

Jesus não foi sacerdote levita, porém, seu sacerdócio assemelhou-se ao de Melquisedeque, vulto do passado obscuro, que se antecipou de 600 anos ao sacerdócio levítico, sacerdote muito maior do que os levitas, até mesmo do que Abraão, a quem este e os sacerdotes levitas, ainda por nascer da descendência de Abraão pagam tributos (Gênesis 14.17-20).

Jesus é sacerdote de acordo com a ordem de Melquisedeque porque é anterior a Abraão, Levi  e aos sacerdotes levíticos e maior do que todos eles, pois o seu sacerdócio jamais terá fim.

E.A.G.

A Bíblia Anotada (expandida), Charles C. Ryrie, página 21, edição 2007, São Paulo, (Editora Mundo Cristão);
Bíblia de Estudo Explicada, página 21, edição 2014, Rio de Janeiro (CPAD);
Bíblia de Estudo Matthew Henry, página 32,, edição 2015, Rio de Janeiro (Editora Central Gospel);
Bíblia de Estudo Palavra-Chave, apêndice: Dicionário do Novo Testamento, página 2218, Rio de Janeiro (CPAD);
Lições Bíblicas - professor, Claudionor de Andrade, 4º trimestre de 2015, páginas 77 a 82, Rio de Janeiro (CPAD);
Manual Bíblico Halley, página 574, edição 1994, São Paulo, (Edições Vida Nova).
Pequena Enciclopédia Bíblica Orlando Boyer, página 477, 30ª impressão 2012, Rio de Janeiro (CPAD).

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Amós 5.4 e o auxílio do alto

O capítulo 5 do livro de Amós nos ensina que o socorro eficaz é realizado por Deus. Se não houver auxílio do alto amparando a ajuda humana, por mais bem intencionadas que sejam as intenções de amigos e desconhecidas almas caridosas, elas não alcançarão todos os objetivos aos quais se destinam. 

Lembre-se da virada de cativeiro na vida de Jó. Após todas as aflições que viveu, após orar por seus parentes e amigos, foi Deus quem usou seus amigos e parentes para lhe socorrer, fazendo com que ele voltasse a ser uma pessoa duas vezes mais feliz do que era no início da narrativa do livro (Jó 42.10-12).

E.A.G.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Jesus e o dinheiro

No primeiro século da era cristã, por ser uma crença de natureza escatológica, o cristianismo não estimulava a aquisição de posses materiais. Os cristãos primitivos, incluindo os apóstolos, mantinham a expectativa de que Jesus poderia voltar ainda em sua geração, então a prioridade para eles não era o acúmulo de bens terrestres, mas a propagação da mensagem do reino de Deus
Por Eliseu Antonio Gomes

O dinheiro, meio de compra e venda de mercadorias e bens, era usado pelos israelitas desde o oitavo século antes de Cristo. Antes disso, eles pesavam a prata e o ouro para fazer pagamentos (Gênesis 23.16).

No primeiro século da era cristã, por ser uma crença de natureza escatológica, o cristianismo não estimulava a aquisição de posses materiais. Os cristãos primitivos, incluindo os apóstolos, mantinham a expectativa de que Jesus poderia voltar ainda em sua geração, então a prioridade para eles não era o acúmulo de bens terrestres, mas a propagação da mensagem do reino de Deus.

O estudo do Evangelho escrito por Lucas apresenta o estilo de vida que o seguidor de Cristo precisa adotar com relação ao dinheiro.

Avaliando a verdadeira intenção do coração. "E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à mesa. E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento; E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o ungüento'  (...) 'E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e os enxugou com os cabelos de sua cabeça" - Lucas 7.36-38, 44.

Embora a mulher não fosse uma convidada, entrou na casa de Simão e ajoelhou-se aos pés de Jesus. Naquela época, era habitual reclinar-se durante as refeições. Os convidados para refeições reclinavam-se em sofás, de modo que, bem próxima à mesa, ficava a cabeça, apoiada em um dos cotovelos, e o restante do corpo ficava esticando para trás. Assim aquela mulher facilmente ungiu os pés de Jesus sem aproximar-se de comes e bebes.

A narrativa de Lucas contrasta os fariseus com os pecadores. Simão, o anfitrião que convidou Jesus, havia negligenciado várias regras de etiqueta. Ele não havia lavado os pés de Jesus conforme o hábito local, não ungiu a cabeça do Mestre com óleo; não lhe deu um beijo de saudação. Talvez Simão se considerasse superior ao Unigênito Filho de Deus. Porém, a mulher pecadora foi generosa. Ela  usou um perfume extremamente caro; com lágrimas lavou os pés de Jesus e ungiu-os; e com beijos saudou seu Salvador.

A vida do homem não consiste no seus bens. "E disse-lhe um da multidão: Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança. Mas ele lhe disse: Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós?" - Lucas 12.13,14.

De acordo com a Lei de Moisés (Deuteronômio 21.17), o filho mais velho recebia duas vezes mais do que os outros filhos. As situações do repartir heranças eram frequentemente levadas para os mestres para que eles realizassem a divisão dos bens. Embora Jesus tivesse respondido com outra pergunta e uma recomendação, sem assumir a posição de juiz em questão secular, não mudou de assunto. Ele apontou para uma questão mais importante: a atitude correta em relação à acumulação de riquezas. A vida é mais do que bens materiais; e o nosso relacionamento com Deus é ainda muito mais importante. Assim, Jesus atingiu o âmago da questão levada por aquele homem.

Não guardar tesouros na terra, mas no céu. 'E dizia também aos seus discípulos: Havia um certo homem rico, o qual tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de dissipar os seus bens. E ele, chamando-o, disse-lhe: Que é isto que ouço de ti? Dá contas da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu mordomo' (...) 'E eu vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos" - Lucas 16. 1,2, 9.

Jesus não elogiou a desonestidade do mordomo, mas a sua visão do futuro. A sagacidade é típica dos "filhos desse mundo", que assim agem para com os seus semelhantes; e o público de Jesus (e mesmo o senhor da palavra) poderia, sem justificar ou tolerar as suas atividades, sorrir devido à maneira como o astuto criado livrou-se de um aperto. O mordomo usou os recursos que tinha a fim de preparar-se para a inevitável demissão. Logo a questão é a seguinte: se os injustos sabem como usar o dinheiro para conquistar amigos e assegurar um futuro, muito mais devem saber os justos, para, com finalidades justas, auxiliar os que estão em necessidade, tendo em vista a recompensa de Deus.

A injustiça, a cobiça e a sede de poder estão comumente envolvidos na acumulação e emprego das riquezas deste mundo. Devemos empregar nossos bens e dinheiro, com sabedoria e jamais de modo desonesto, de modo a promover os interesses de Deus, para ajudar as pessoas, para a salvação do próximo. Assim fazendo o Senhor nos confiará as verdadeiras riquezas, que são as responsabilidades espirituais (12.33, 34; 16. 11). 

Os perigos de se ter as riquezas como senhor. "Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. E os fariseus, que eram avarentos, ouviam todas estas coisas, e zombavam dele" - Lucas 16:13,14.

O dinheiro pode tomar o lugar de Deus em sua vida. Ele pode tornar-se o seu mestre. Como você sabe se não é escravo do dinheiro? Caso responda sim no questionamento abaixo, ore ao Senhor.

1. Você se preocupa frequentemente com o dinheiro?
2. Desiste de fazer o que deveria ou gostaria, a fim de ganhar mais dinheiro?
3. Gasta grande parte de seu tempo cuidando de suas posses?
4. Sente dificuldade de ofertar?
5. Costuma ficar endividado? 

Nenhuma quantia em dinheiro é capaz de garantir saúde e felicidade, tampouco a vida eterna. Os servos do Senhor têm paz de espírito e segurança, tanto no presente como no porvir.

Generosidade e prosperidade segundo a Palavra de Jesus."E ele lhes disse: Na verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou pais, ou irmãos, ou mulher, ou filhos, pelo reino de Deus, Que não haja de receber muito mais neste mundo, e na idade vindoura a vida eterna" - Lucas 18:29,30.

As perdas no âmbito familiar podem ser mais do que compensadas ainda nesta vida através dos relacionamentos com outros membros da família de Deus.

As recompensas prometidas neste versículo não devem ser entendidas literalmente. Jesus não prometeu saúde e riquezas aos seus seguidores. Na verdade, Jesus prometeu que os cristãos serão amplamente compensados na nova comunidade pelo que renunciaram em sua vida na terra. As bênçãos e alegrias inerentes nos relacionamentos citados aqui serão experimentadas pelo discípulo genuíno, que se nega a si mesmo por amor a Cristo. O fato de que Jesus estava falando por hipérboles fica claro pela promessa de uma pessoa receber cem pais e mães pelo fato de perder um pai e uma mãe ao abraçar o Evangelho do Senhor.

Riqueza e pobreza no tempo de Jesus. "E, olhando ele, viu os ricos lançarem as suas ofertas na arca do tesouro; E viu também uma pobre viúva lançar ali duas pequenas moedas; E disse: Em verdade vos digo que lançou mais do que todos, esta pobre viúva; Porque todos aqueles deitaram para as ofertas de Deus do que lhes sobeja; mas esta, da sua pobreza, deitou todo o sustento que tinha" - Lucas 21.1-4.

A arca do tesouro, ou gazofilácio, era a caixa posicionada no átrio do templo, na qual eram depositadas as ofertas. Segundo os biblistas, haviam 13 caixas afixadas no pátio das mulheres.

A passagem bíblica da viúva pobre e ofertante tem sido usada por pessoas inescrupulosas para extorquir dinheiro dos outros, pelo fato de Jesus ter elogiado a piedade demonstrada pela viúva. Mas Jesus não estava recomendando que todos demonstrassem piedade exatamente da mesma maneira que aquela mulher.

Temos nesta situação a lição de como Deus vê a nossa contribuição e donativos. A oferta que damos a Deus é avaliada, não segundo o montante, mas pelo montante do nosso amor ao Senhor nela envolvido. Os ricos, às vezes, contribuem do que lhes sobra - não lhes custa nenhum esforço e devoção. A oferta da viúva custou-lhe tudo. Ela deu tudo que podia. Este princípio pode ser aplicado a todo o nosso serviço prestado a Jesus. Ele julga o trabalho que lhe prestamos, não pelo seu volume, influência ou sucesso, mas pelo volume de sincera dedicação, fé e amor nele envolvido.

Conclusão

Na cultura secular dos dias atuais, uma das formas mais comuns de enxergar o dinheiro, bens e posses, é vê-los como algo de natureza estritamente material. Na perspectiva cristã, o dinheiro coexiste nas dimensões material e espiritual. Jesus ensinou a respeito do uso correto do dinheiro, mostrando o cuidado  que o cristão deve ter com a avareza.

EBD-CPAD-revista-escola-dominical-segundo-trimestre-2015-Jesus-o-Homem-Perfeito-O-Evangelho-de-Lucas-o-Medico-Jose-GoncalvesE.A.G.

Compilações: 
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, páginas 1362, 1378, 1386, edição 2004, Rio de Janeiro (CPAD)
Bíblia de Estudo Defesa da Fé, páginas 1568, 1640, edição 2010, Rio de Janeiro (CPAD)
Bíblia de Estudo NTLH, páginas 1032, 1046, edição 2005, Barueri, (Sociedade Bíblica do Brasil)
Bíblia de Estudo Pentecostal, página 1480, 1552, edição 1996, Rio de Janeiro (CPAD)
Lições Bíblicas - Professor, José Gonçalves, 2º trimestre 2015, páginas 73,75, 76, Rio de Janeiro (CPAD)
Lucas - O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito, José Gonçalves, página 119, 1ª edição 2015, Rio de Janeiro (CPAD). 

► As ofertas no estilo de Caim.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Jesus e as riquezas temporais

Na televisão, assisto o depoimento de uma pessoa sendo entrevistada por uma pastor. A pessoa garante ter conhecido a Cristo, e como sinal deste encontro afirma que em seu passado ganhava salário baixo e agora recebe valor exorbitante, usava transporte público e agora tem mais de um automóvel de luxo na garagem, pagava aluguel e agora tem casa própria e casas alugadas.

Será que essa pessoa não tem conhecimento que existem bilionários ateus e anticristãos?

Mesmo sabendo que a prosperidade financeira é algo bom para nós, devemos considerar que a posse dos bens materiais não é sinal de estar com Cristo e em paz com Deus. Quem quiser seguir a Cristo deve entender que o propósito principal do cristianismo é a salvação espiritual, as coisas materiais são consequências de amar a Deus - a prosperidade divina é estabilidade no corpo, na alma e no espírito. 

Ser cristão autêntico é negar-se a si mesmo, é decidir amar a Deus mais do que amamos as coisas e os semelhantes, é querer amar o inimigo e amá-lo sinceramente, é perdoar quem nos tem ofendido, dar a outra face para bater, bendizer os maldizentes.

E.A.G.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Não farás imagens de esculturas

Por Eliseu Antonio Gomes

"O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas" - Atos 17.24-25.

Na introdução do primeiro mandamento Deus se apresenta. O segundo mandamento é muito semelhante ao primeiro, os dois são de categoria espiritual e declaram a existência de um Deus vivo e ativo que deve ser adorado.

Os patriarcas de Gênesis e os isrelitas do deserto conheciam pouco sobre os atributos de Deus, o Criador se relevou aos seres humanos de maneira gradual ao longo dos séculos. Hoje, nós sabemos que Ele é um espírito e um ser invisível (João 4.24; Colossenses 1.15; 1 Timóteo 1.17).

Na época em que Deus escreveu o Decálogo, o Egito era um dos maiores centros de idolatria do mundo. Quando, na condição de escravos, os judeus viveram entre imagens de esculturas e obeliscos por muitos anos. Na região em que os judeus se encontravam após escaparem da escravidão egípcia, as sociedades de então praticavam religiões extremamente pagãs, da modalidade politeísta. Assim sendo havia o risco dos judeus inclinarem-se à idolatria, então Deus mandou a nação israelita não reproduzir nenhuma imagem de escultura em culto, o objetivo da proibição era evitar que eles atribuíssem às falsas divindades a sua poderosa ação de libertação.

"Não te encurvarás a elas e nem a elas servirás" (Êxodo 20.5; Deuteronômio 5.9). 

A idolatria se caracteriza por tudo aquilo que toma o lugar de Deus no coração da pessoa.

Temos que ter discernimento para não proibir o que a Bíblia não proíbe. O segundo mandamento refere-se a imagens com fíns cúlticos. Deus proíbe a adoração aos ídolos e o culto a qualquer imagem de escultura ou de pintura como o objeto de adoração. O contexto é religioso e remete à proibição de fazer imagens de escultura ou quaisquer figuras e se prostrar diante delas para as adorar. Portanto, desenvolver a arte de escultura para fins meramente culturais, apreciar o talento de artistas em galerias de artes, criar e manter acervos pessoais de fotografias, ou se deixar fotografar e possuir objetos decorativos em casa estão fora deste contexto. Confira: Êxodo 35.30-35.

Sentir a necessidade de outro intermediário, além de Jesus, para chegar-se a Deus é ter coração idólatra.

Deus trouxe as Boas Novas de salvação ao mundo através de Jesus, seu Filho abriu as portas do céu para todos que creem nEle como Salvador e o seguem como Senhor. Esta fé em Cristo não tem espaço para crendices.

A Bíblia apresenta Jesus Cristo como o único intermediário entre Deus e os homens (1 Timóteo 2.5-6). Para tomar posse das bênçãos que Deus nos preparou, não é necessário o uso de "galho de arruda", de "sal grosso", ou qualquer outro objeto, e nem de representações de figuras de "santo" ou "anjo".

Cultuar a Deus com a mediação de imagens é colocá-lo no mesmo nível das falsas divindades, é cometer uma atitude de afronta ao verdadeiro Deus. O Criador não se deixa reproduzir em meras elaborações humanas, nunca se apresenta aos homens através de imagens inanimadas, concretas.  É preciso vigiar, jamais esquecer que o sacrifício do Calvário nos dá livre acesso ao Trono da Graça, nos dá a condição de sem intermediários e artifícios nos aproximarmos de Deus, apresentar a Ele toda a nossa ansiedade sabendo que nos ouve e em nossa ansiedade cuida perfeitamente de nós (1 Pedro 5.7).

O amor ao materialismo em lugar do amor a Deus é idolatria

Deus não é um Papai Noel do século 21. Não convém servir ao Senhor com interesses de conquistas meramente materiais, como o carro novo, a conquista da casa espaçosa, o emprego melhor remunerado, a recuperação da saúde plena. "Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens" - 1 Coríntios 15.19. Portanto, o crente não deve buscá-lo por causa do que Ele pode dar, mas pelo que Ele é, pois quando buscamos o Reino e sua justiça em primeiro lugar, servindo-o com todo o coração, temos a promessa divina que o restante necessário nos é acrescentado (Mateus 6.31-33).

Deus não compartilha amor e adoração com nenhuma divindade criada pelos homens, não aceita coração dividido, quer exclusividade. Que o nosso cuidado não seja apenas com os ídolos esculpidos em metal, pedra ou madeira, retratados pelos traços de um pincel, mas também aos ídolos em forma de pessoas e coisas que possam entrar em nosso coração, como o amor do mundo, isto é, a concupiscência da carne,  a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. Nada e ninguém deve ser mais importante para nós do que Deus (1 João 2.16).

Conclusão

No discurso de Moisés em Deuteronômio, na revelação do Sinai nenhuma imagem, forma, representação foi vista pelos israelitas. eles ouviram a voz de Deus vindo do meio do fogo, mas nenhuma representação de figura foi mostrada, apenas e tão-somente a Palavra (Deuteronômio 4.16, 23, 25). Guardemos a Palavra de Deus no coração par iluminar nossos passos na caminhada de fé, para que não pequemos (Salmo 119.11, 105).

E..A.G.

Compilações:
Ensinador Cristão, ano 16, nº 61, página 38 , jan/fev/mar 2015, Rio de Janeiro (CPAD)
Os Dez Mandamentos - Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança, Esequias Soares, 1ª edição outubro de 2014, páginas 39-48, Rio de Janeiro (CPAD).

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Ananias e Safira, o perigo de falar mentira

A generosidade é uma virtude valiosa, porém, somente se for acompanhada de sinceridade. Ananias e Safira  queriam crédito e prestígio de algo que não praticaram, e mentiram por causa desse desejo.

Uma das grandezas da Bíblia é que ela registra  até mesmo as fraquezas de seus heróis. Documenta atos que são contra  a mensagem que ela propaga. Isso acontece porque ela é a infalível Palavra de Deus. Portanto, fala a verdade. Além disso, revela a debilidade do gênero humano, mostrando que nenhum homem é perfeito.

Em Atos 2.47 e 4.34, ficamos sabendo que "todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e os depositava aos pés dos apóstolos". Ninguém era obrigado a vender suas propriedades, mas alguns fizeram esse ato generoso, dentre eles, destacou-se Barnabé, o único citado nominalmente, exceto o casal Ananias e Safira. que fez um voto, não o cumpriu, mas queria que a Igreja pensasse que o mesmo fora concretizado. Isso se chama hipocrisia.

A mãe de João Marcos, o sobrinho de Barnabé, possuía uma casa em Jerusalém, que servia como lugar de culto e reunião de oração (Colossenses 4.16; Atos 12.12).

O texto sagrado afirma que Barnabé e o casal Ananias e Safira venderam "uma propriedade", mas não diz o seu tipo e nem o seu valor. Também não explica o motivo da atitude estranhíssima de Ananias e Safira perante o apóstolo Pedro. Os expositores da Bíblia, quase que em voz oníssona, admitem que Ananias e Safira queriam crédito e pretígio de algo que não praticaram, desejavam ser honrados como Barnabé.

Ao vender parte do preço da venda da propriedade, levando apenas uma parte, Ananias mentiu. O texto sagrado informa a exortação de Pedro: "Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus" (Atos 5.3-4). A aparente generosidade de Ananias não foi um ato de fé. Além disso, parece que ele não fez negócio ilícito, pelo que se conclui do verbo grego "nosphizomai" (traduzido por reter) nos versículos 2 e 3.

A sentença foi instantânea, o juízo foi duro, vindo da parte de Deus: "E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram.' (...) 'E, passando um espaço quase de três horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido.' (..) 'Então Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti. E logo caiu aos seus pés, e expirou" - Atos 5. 5, 7, 9-10.

O desejo de ser importante, o amor ao dinheiro, a obstinação pela posição de notoriedade no grupo, cegaram completamente tanto Safira quanto seu marido Ananias. Eles foram contaminados pelo vírus desse mundo. "Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo" - 1 João 2.16.  

Nunca vale a pena ser infiel, apesar de o juízo de Deus nem sempre se manifestar de maneira, rápida e fulminante como neste relato bíblico. São muitos crentes que não levam a sério a obra do Senhor, eles devem considerar que Deus está dando a oportunidade ao arrependimento.  Existem os que praticam algo, aparentemente, muito mais grave que o referido casal, no entanto, o Senhor ainda dá oportunidade para a reconciliação. Entretanto, se os que estão nessa situação continuarem caminhando na trilha da malícia, da fraudulência e hipocrisia, futuramente poderá ser muito tarde. "Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulosamente" - Jeremias 48.10a. 

A morte deste casal deve levar cada crente a refletir seriamente sobre a Igreja de Cristo. A porta ainda está aberta para a salvação.

Autoria não divulgada.
Fonte: A Voz da Assembleia, edição julho de 2002, página A6.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Pode um camelo passar pelo fundo de uma agulha?

"Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus. E, outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus" - Mateus 19.23-24.

Nesta passagem bíblica, Jesus ensinou que a riqueza tem o poder de transformar o coração dos seres humanos, tornando-os quase sempre arrogantes, egoístas, incrédulos e orgulhosos. Cristo quis dizer que a pessoa que confia no dinheiro normalmente se esquece de Deus e, por se apoiar nas riquezas, dificilmente será salva. 

Mas o que significa um camelo passar pelo fundo de uma agulha?

Muitos estudiosos afirmam que Jesus estava fazendo apenas uma analogia a algum objeto pontiagudo, com uma perfuração na ponta, por onde dificilmente passaria um fio, quanto mais um camelo.

É provável que a interpretação mais precisa para essa parábola, esteja nos estudos que apontam ser chamada de fundo de uma agulha uma pequena portinhola construída junto aos grandes portões da cidade. No fim do dia, quando os portões principais eram fechados, os viajantes que chegavam à noite entravam por esta passagem. Os animais de grande altura, como é o caso do camelo, só poderiam passar por abertura ajoelhados. Algo quase impossível para um animal de grande porte realizar. Por isso a comparação, a entrada dos ricos no reino de Deus como o passar de um camelo em um fundo de agulha.

E.A.G.