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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

As três Amélias - da Botânica, de Mario Lago e da Bíblia Sagrada


Na Botânica, Amelia é a definição de uma espécie de flor.


Para o falecido ateu, ator e compositor da música Amélia, as Amélias são as mulheres de verdade, as caseiras, voltadas para a família.


A Amélia da Bíblia é uma mulher virtuosa (cheia de virtudes).
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Provérbios 30. 10-31:
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"Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis. O coração do seu marido está nela confiado; assim ele não necessitará de despojo. Ela só lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida.
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Busca lã e linho, e trabalha de boa vontade com suas mãos. Como o navio mercante, ela traz de longe o seu pão. Levanta-se, mesmo à noite, para dar de comer aos da casa, e distribuir a tarefa das servas. Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com o fruto de suas mãos. Cinge os seus lombos de força, e fortalece os seus braços. Vê que é boa a sua mercadoria; e a sua lâmpada não se apaga de noite. Estende as suas mãos ao fuso, e suas mãos pegam na roca. Abre a sua mão ao pobre, e estende as suas mãos ao necessitado. Não teme a neve na sua casa, porque toda a sua família está vestida de escarlata.
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Faz para si cobertas de tapeçaria; seu vestido é de seda e de púrpura. Seu marido é conhecido nas portas, e assenta-se entre os anciãos da terra. Faz panos de linho fino e vende-os, e entrega cintos aos mercadores.
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A força e a honra são seu vestido, e se alegrará com o dia futuro. Abre a sua boca com sabedoria, e a lei da beneficência está na sua língua. Está atenta ao andamento da casa, e não come o pão da preguiça.
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Levantam-se seus filhos e chamam-na bem-aventurada; seu marido também, e ele a louva. Muitas filhas têm procedido virtuosamente, mas tu és, de todas, a mais excelente!
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Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa sim será louvada. Dai-lhe do fruto das suas mãos, e deixe o seu próprio trabalho louvá-la nas portas". .

Almeida Revista e Atualizada

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Carvalho - uma árvore muito citada na Bíblia Sagrada



Carvalho, árvore que faz parte da vegetação do Monte Hermon

“Atravessou Abrão a terra até Siquém, até ao carvalho de Moré. Nesse tempo os cananeus habitavam essa terra” - Gênesis 12.6.

O carvalho é um gênero de árvore classificada de dicotiledôneas cupulíveras. Há cerca de trezentas espécies de carvalho. Ela ocupa o primeiro lugar entre as árvores por causa da sua longevidade, suas grandes dimensões e qualidade da madeira.

Segundo os tradutores da Bíblia, diversos termos hebraicos são traduzidos por carvalho, no entanto, alguns deles trata-se do terebinto.

Na Bíblia o pé de carvalho é o símbolo da força: ‘(o amorreu) era forte como os carvalhos’ (Amós 2.9).

Existe na Síria cerca de nove espécies de carvalho, e quase outras tantas variedades (Isaías 6.13; 44.14; Oseias 4.13; Amós 2.9).

Há na Palestina carvalhos solitários, não cortados para fazer uso da lenha, que atingem grandes alturas. Quando a terra foi colonizada pelos cananeus, era, provavelmente, a Palestina ocidental tão rica de montados, como o é hoje a Palestina oriental.

A relação do Carvalho com a cor vermelha 

Em Israel, encontra-se a espécie que a Botânica classifica como Quercus Calliprinus (quercus: carvalho em latim). Dela, os israelitas extraíam o tanino, usado para curtir o couro (Atos 10.6).

E também, há outro variante da árvore, identificada como Quermes (as palavras vermelho e vermelhão tem origem etimológica neste nome). O Carvalho Quermes serve de fonte de alimento para um inseto também conhecido como Quermes, que por meio de seu bico longo extrai a sua seiva da árvore e chega a morrer no processo de alimentação. Dos corpos secos deles se produz o corante vermelho. Referências bíblicas sobre o corante: Ezequiel 23.14; Jeremias 22.14.

Esta cor, em hebraico "shani" e "shani tolaat", é traduzida ao português como escarlate , vermelho. Em 2 Crônicas 2.7 ela é vertida ao nosso idioma como carmesim.

A tintura é bem conhecida desde os tempos mais remotos: usada nas peças de roupa dos sacerdote e sumo sacerdote (Êxodo 28.6, 8, 15). Como também é mencionada em outras situações: o fio pendurado na janela da prostituta de Jericó (Josué 2.18); Saul usava roupas na cor escarlate (2 Samuel 1.24); o carmesim era cor conceituada (Lamentações 4.5); um manto escarlate foi posto sobre Jesus para fazer zombaria (Mateus 27.28; Lucas 23.11).

"Vinde então, e argui-me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã" - Isaías 1.18.

Na Palestina, o carvalho acha-se representado principalmente pelo carvalho de Quermes, do qual há exemplares de uma circunferência entre 6,5 à 8 metros. Outra abundante espécie é a Valônia do Levante, isto é o carvalho decíduo de cúpula espinhosa: empregam-se as suas bolotas no curtimento de peles, mas os árabes servem-se delas como alimento.

Alguns carvalhos são sempre viçosos, mas outros são precoces, deixando cair as suas folhas no outono. É esta uma clara distinção que seria feita mesmo numa idade não científica. Que era esse o caso entre os antigos hebreus, depreende-se de duas passagens de Isaías: ‘sereis como o carvalho, cujas folhas murcham’ (1.30); e, ‘Como terebinto e como carvalho, dos quais, depois de derrubados, ainda fica o toco’ (6.13).

Abraão habitava nos carvalhaes de Manre; em Siquém, Jacó usou um pé de carvalho como esconderijo; Rebeca foi sepultada debaixo de uma dessas árvores (Gênesis 13.18; 35.4; 35.8).

Josué erigiu uma grande pedra aproveitando-se da sombra do carvalho; o Anjo do Senhor assentou-se debaixo desta árvore que estava em Ofra; Absalão ficou preso pela cabeça em seus galhos; a madeira do carvalho foi usada para praticar idolatria; os remos dos barcos da Síria eram feitos da madeira do carvalho (Josué 24.26; Juízes 6.11,19; 2 Samuel 18.9; Isaías 44.14; Ezequiel 6.13; 27.6).

O Carvalho dos Adivinhos

Em algumas traduções bíblicas, em Juízes 9.37, encontramos a expressão “Carvalho dos Adivinhos” , ou “Planície de Meonenim”, ou “Carvalho de Meonenim”. Sempre usada como nome próprio.

Meonenim é o particípio intensivo do verbo “anan”, que significa “praticar agouros”, uma prática proibida que era desenvolvida como negócio debaixo dos carvalhos, provavelmente por cananeus e israelitas apóstatas (2 Reis 2.16; 2 Crônicas 33.6; Levíticos 19.26).


E.A.G.

Fontes:
Conciso Dicionário Bíblico - Ilustrado, por diversos autores americanos e ingleses. Traduzido por D. Ana e Dr. S.L. Watson, página 230.Edição da Junta de Educação Religiosa Batista Brasileira (JUERP). Anexo na Bíblia Sagrada - Edição com letras vermelhas, com dicionário e concordância, 2ª edição 2013, Santo André-SP  (Geográfica Editora)
Dicionário Bíblico Universal, A. R. Buckland e Lukyn Williams, Edição revista e atualizada, maio de 2007, página 120, São Paulo-SP  (Editora Vida).
O Novo Dicionário da Bíblia, volume 1, 4ª edição 1981, página 271, São Paulo-SP (Edições Vida Nova).
Pequena Enciclopédia Bíblica - Dicionário, Concordância, Chave Bíblica, Atlas Bíblico, Orlando Boyer, 30ª impressão 2012, Rio de Janeiro-RJ (CPAD).

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A PRINCESA E O PÉ DE CARVALHO



21 de setembro é o Dia Mundial da Árvore. Então, resolvi deixar para todos os visitantes deste blog uma reflexão que julgo ser muito importante. Reflitam comigo.

Há séculos conta-se esta estória, que passo a escrever aqui.

Uma princesa estava muito doente e em sua agonia desejou que abreviassem seus dias, fizessem ela morrer. Como último pedido, solicitou que seu túmulo jamais fosse aberto depois de morta. Então, visando tal finalidade, exigiu que o mesmo fosse selado com uma grande pedra de granito, outras pedras fossem colocadas em volta da lápide e também houvessem abraçadeiras de ferro protegendo tudo, dando toda proteção. Além disso, providenciou que escrevessem em seu epitáfio o seguinte dizer: “Por toda a eternidade esta sepultura jamais será aberta”.

Depois do enterro, a Natureza deu o ar de sua graça naquela tumba gelada. Junto com a princesa falecida, havia também uma pequenina semente. E sem que demorasse muito, entre as pedras ela se transformou em um brotinho verde, passando a ser uma plantinha frágil, que naquele cenário de morte encontrou alimento e caminho para se desenvolver.

Após vários anos de crescimento, a plantinha se transformou em um robusto carvalho, suas raízes romperam a solidez da tumba selada, seu caule empurrou as enormes pedras e contorceu os ferros enferrujados, abriu o túmulo e, majestosamente, estendeu seus muitos galhos em folhas, uma bela e enorme copa verdejante que balançava livre ao vento.

A cada dia que passa encontramos novas formas de continuar vivendo. Diante das dificuldades, a opção correta é desejar a vida. A princesa quis a morte para fugir de seu problema, porém, a semente, abandonada viva num túmulo, quis e lutou contra os problemas para não morrer!

Sempre é tempo de recomeçar, mesmo que estejamos dentro do ambiente da morte. Quando o pecado domina o coração, produz seu efeito mortal, mas se recorremos a Cristo, então, por meio dEle e nEle encontramos o alimento e o caminho para continuar a viver.

Em Cristo, diante das aflições neste mundo, o crente que rejeita a prática do pecado é igual esta pequenina semente de carvalho, que se transforma numa das mais belas e fortes árvores em nosso ecosistema.

“E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro, sessenta, e outro cem” - Marcos 4-8.

E.A.G.

Autoria desconhecida – texto adaptado ao blog a partir do artigo El Roble em Estamos Llegando Ya! ¿Estás Listo?