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Brasiliense protesta com faixa em inglês: "Brasil acordou!". |
Por Eliseu Antonio Gomes
17 de junho já entrou para a História do Brasil. O jornalismo nacional e internacional registrou manifestações de grande magnitude, em treze estados da nação brasileira.
Em Brasília, cerca de 5 mil manifestantes tomaram conta da Explanada dos Ministérios, subiram a rampa do planalto, próximos do côncavo e do convexo gritaram palavras de ordem contra Dilma Rousseff, contra a tentativa de retirada da autoridade do Ministério Público para investigar e até contra o Deputado Federal Jean Wyllys.
Em São Paulo, integrantes do nanico Partido da Causa Operária (PCO) empunharam suas bandeiras, com o objetivo de tirar vantagem política da situação. Foram hostilizados, mas eles não mostrarão a hostilização quando a propaganda eleitoral deles for ao ar na televisão.
Ponto ao governador de São Paulo Geraldo Alckimin. Conseguiu manter a paz. Ele adotou a filosofia do dito popular "quando um não quer dois não brigam". Proibiu a Polícia Militar de usar o uso de gás de pimenta, bala de borracha e deixou a multidão de manifestantes livre para caminhar por toda São Paulo. E cidadãos marcharam do Largo da Batata, saída por volta das 17 horas, à Marginal Pinheiros, à Avenida Paulista, e fizeram parada enfrente ao Palácio dos Bandeirantes às 23 horas, local que Alckimin despacha...
23h50, assistindo ao canal Band News: Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, zona sul, está cercado de manifestantes tentando entrar. Policiais Militares pedem calma. Um dos portões é aberto à força por pessoas com seus rostos cobertos por camisetas, para conter a invasão bombas de efeito moral com o gás lacrimogênio são usadas para dispersar a multidão. Isso me incomoda. A situação é igual o cãozinho correndo atrás do pneu do carro, se o automóvel pára o animalzinho não sabe o que fazer com ele. Suponhamos que os policiais deixassem os populares entrarem, o que esse pessoal faria lá dentro? Com certeza o Governador deve estar em sua residência, vê tudo pela TV.
Fiquei feliz em assistir tanta gente nas ruas do Brasil por volta da 21 horas, gente jovem e de meia idade, garotas e garotões, senhores e senhoras. Mesmo que suas reivindicações não sejam claras, ficou esclarecido que eles deram às costas para as novelas alienadas e alienantes da Rede Globo e da Rede Record.
E.A.G.
Atualizado em 18/06/13 - 6h25.