Isabel Cristina Batista, mãe do adolescente gay Kaique Augusto dos Santos, de 17 anos, cujo cadáver foi encontrado em 11 de janeiro debaixo do Viaduto Nove de Julho, no Centro de São Paulo, próximo da Câmara Municipal, declarou na terça-feira, dia 21, estar convencida de que o filho suicidou-se.
O que aconteceu?
O que aconteceu?
Kaique saiu de casa no dia 11 para ir em uma festa de homossexuais numa boate no Centro de São Paulo. Amigos relataram que ele deixou a boate sozinho, dizendo que procuraria seus documentos e não retornou mais. Naquela madrugada, seu corpo foi encontrado pela polícia embaixo do viaduto, perto da boate. Havia perfuração em uma das pernas, dentes quebrados e traumatismo craniano. A polícia alegou em análise preliminar que as condições em que ele estava eram consequências de uma queda em pé (um salto) e o delegado assinou a ocorrência como suicídio, e o cadáver foi enviado sem identificação ao Instituto Médico Legal, onde permaneceu até o dia 14. Seus parentes o procuraram por hospitais e no IML. Por não ter sido recolhido com documentos, estava no IML como indigente e isso dificultou encontrá-lo.
Recentemente, Kaíque escreveu em seu diário um texto afirmando que tomaria "uma atitude, uma decisão" até segunda-feira (13). E despediu-se: "Adeus às pessoas que amo." Em seguida, escreveu um pouco mais,, sem qualquer assunto relacionado a morte.
Após saber das declarações encontradas no diário, em entrevista coletiva Isabel pediu desculpas às autoridades paulistas que tratam do caso, por ter criticado a condução das investigações. Ademar Gomes, advogado da família, disse que o fato da polícia ter classificado rapidamente a morte de Kaique como suicídio fez a família do jovem suspeitar de um possível crime de homofobia. Mas a mãe do jovem falecido não tem mais intenção contestar a versão oficial da polícia, que afirmava que Kaíque havia se atirado do viaduto. "A polícia agiu corretamente por registrar o caso como suicídio, pois não tinha indícios de que era um homicídio. Registrou como suicídio e continuou investigando", disse Gomes para quem o entrevistava ao lado da mãe.
Após saber das declarações encontradas no diário, em entrevista coletiva Isabel pediu desculpas às autoridades paulistas que tratam do caso, por ter criticado a condução das investigações. Ademar Gomes, advogado da família, disse que o fato da polícia ter classificado rapidamente a morte de Kaique como suicídio fez a família do jovem suspeitar de um possível crime de homofobia. Mas a mãe do jovem falecido não tem mais intenção contestar a versão oficial da polícia, que afirmava que Kaíque havia se atirado do viaduto. "A polícia agiu corretamente por registrar o caso como suicídio, pois não tinha indícios de que era um homicídio. Registrou como suicídio e continuou investigando", disse Gomes para quem o entrevistava ao lado da mãe.
Isabel afirmou que não passava por sua cabeça que Kaíque era depressivo, ele sempre se mostrava alegre, não morava com ele, que havia mudado para estar próximo ao emprego, e devido às circunstâncias tinha dificuldades de reconhecer que o adolescente era suicida e não teve oportunidade de ajudá-lo. O que fez ela mudar de opinião foram as páginas do diário que o garoto escrevia, onde existem indícios de sua tendência a tirar a própria vida. O que ele escrevia se encaixou com as investigações e depoimentos de testemunhas que informaram que o rapaz estava muito triste com uma relação amorosa.
Durante a mesma noite, da infeliz nota petista, manifestantes ligados ao movimento LGBT protestaram no Largo do Arouche Centro de São Paulo, pedindo o esclarecimento da morte.
E.A.G.
Consultas:
G 1 - http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/01/familia-de-jovem-gay-diz-que-esta-convencida-sobre-suicidio.html
Folha/ UOL - http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/148798-ministra-fez-proselitismo-diz-secretaria.shtml
IG - http://igay.ig.com.br/2014-01-21/mae-de-kaique-augusto-volta-atras-e-diz-que-filho-cometeu-suicidio.html
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