Graças a Deus, nasci em berço evangélico e tive educação cristã. Da mesma forma a minha esposa. Eu e a minha casa servimos a Deus, e vivemos em família caminhando segundo o Espírito Santo (Gálatas 5.16-23).
Não posso mentir, sou feliz! A minha vida vai bem, mesmo! E agradeço ao Senhor por tudo.
A Palavra de Deus é sempre proveitosa para nós, nunca rejeito nada do que o Senhor diz. A receita para a construção de um lar feliz está em seguir os conselhos das Escrituras Sagradas.
Tudo o que ouvimos e lemos, mesmo que já seja de nosso conhecimento, tem propósitos definidos. Se conhecemos, serve para relembrar. Se não conhecíamos, serve para uso presente ou servirá no futuro.
A Palavra, por escrita ou fala, são como as placas de sinalizações nas estradas: cuidado, curva sinuosa; cuidado, lombada; cruzamento logo adiante...
Devido às placas, o motorista que conhece a estrada relembra o trajeto e não se surpreende com as mudanças e novos perigos. E o motorista que está conhecendo a estrada, vê os avisos, fica devidamente alertado. Romanos 8.28.
Machismo e feminismo
Falando sério sobre a família, não é fácil conviver nem com os machistas nem com as feministas.
E para ser mais claro, é um grande problema ter que viver ao lado de mulheres machistas e de homens feministas...Talvez nem tenha notado, ainda, mas essas pessoas existem.
A mulher machista é àquela que educa o filho como se ela, mamãe, fosse a empregada dele. Então, a criança cresce e não consegue tratar bem o sexo oposto, porquê por toda infância e adolescência viveu como se as mulheres fossem capachos dos homens. Depois, acusam a cria de ser grosseira, se esquecendo da criadora.
Quanto ao homem feminista, é àquele metido à modernidade. Ele quer sempre aparecer bem na foto, se preocupa demais com o que os outros vão pensar e dizer dele, então, age no extremo oposto do jeito de quem for machista. Ele não é alguém natural, é afetado. Exime-se das suas responsabilidades masculinas, dentro do casamento, e sobrecarrega a coitada da sua companheira com os espinhos que ele deveria enfrentar.
Dois extremos errados
O bom senso ensina que tanto o homem quanto a mulher não devem adotar as práticas do machismo e nem do feminismo. Deus criou o homem e a mulher para que ambos fossem um só dentro do casamento, e assim sendo, os dois precisam se acrescentar e evoluírem juntos em um relacionamento único e em pleno acordo das duas partes envolvidas.
O amor une. A receita bíblica do sucesso matrimonial é ser humanista na rotina do casamento, no sentido de interessar-se em compreender o outro ao máximo e ter a disposição de participar de suas alegrias e tristezas, ajudar a superar suas limitações.. O humanitarismo é a prática do amor, une o marido à esposa e vice-versa. Ao contrário do machismo e do feminismo, que são práticas de competição e divisão. Por causa dessas práticas muitos matrimônios têm sido fracassos vergonhosos.
Para o ser humano agir como alguém humano, tem que amar o próximo como a si mesmo. Quando, alguém praticando a filosofia machista ou feminista, poderá agir com respeito ao cônjuge?
Aristóteles e os apóstolos Pedro e Paulo
Foi o filósofo Aristóteles quem apresentou, quatro séculos antes dos apóstolos Pedro e Paulo, a ética no que tange às relações dentro do lar, segundo um modelo familiar: esposo, esposa, pais e filhos, senhores e escravos.
O objetivo era trazer ordem e praticidade à sociedade no geral, na definição dos papéis sociais de cada membro dentro de família, partindo das relações micros às macros entre todos. Jamais foi concebida por Aristóteles, Pedro e Paulo a ideia de humilhação a qualquer membro dentro da célula familiar.
Sei que no assunto da submissão existem deturpações por parte de muitos religiosos. Textos são tirados dos seus contextos e àquilo que foi escrito, originalmente, perde a linha de raciocínio de tudo que os autores escreveram. A parte não representa a totalidade de um assunto.
Dentro da Bíblia existem as divisões e subdivisões em capítulos e versículos. Essas divisões e subdivisões não abrem e fecham as sínteses dos autores, servem apenas como ferramentas de localizações, mas a grande maioria dos leitores da Bíblia a lê como se um versículo ou capítulo contivesse um assunto por completo.
No caso da submissão, respeitando a sintática, poderemos notar que ela é apresentada com doses de equilíbrios, em reciprocidade. Haja vista os textos direcionados aos homens, (esquecidos por defensores do machismo e do feminismo), que se pede muito mais deles. Aos homens é exigido que, se necessário, dê a própria vida em favor das mulheres, como Cristo fez.
O maior sacrifício é pedido aos homens. Para efeito de conferência: “Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela... Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como ao seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo”. Efésios 5.25 e 28.
Conclusão
Paulo foi além dos conceitos de Aristóteles e colocou em primeiro plano a definição dos papéis do marido, da esposa, filhos e escravos quanto ao serviço a Cristo, fazendo com que eles deixassem de ser objetos passivos dentro daquela sociedade de então, que ainda não conhecia a religião cristã ou jogava os cristãos aos leões. Ele escreveu: “sujeitando-vos uns aos outros” (Efésios 5.21).
Submissão é um tema palpitante e um grande desafio a ser explicado corretamente pelos intérpretes da Bíblia Sagrada.