A revista Veja publicou uma entrevista com Ed René Kivitz, feita por Rodolfo Capler, abordando a posição de Jair Bolsonaro sobre armas de fogo. Kivitz deu sua opinião a respeito, sem fazer o devido aprofundamento bíblico sobre o tema, como muitos religiosos fazem quando tocam nesse assunto. Abaixo, deixo algumas considerações sobre isso e no rodapé dessa postagem o link da página da entrevista.
A Igreja Batista da água Branca, que Kivitz lidera, é próxima da minha residência. Tenho conhecidos que a frequentaram, e por discordarem de seus posicionamentos em relação às interpretações da Bíblia, trocaram as reuniões que ele promove por outras em outra denominação. Kivits, inclusive, foi desligado da Ordem dos Pastores Batistas. O que ele diz não tem o aval de teólogos e muitas coisas que ele defende vai de encontro com a doutrina dos irmãos batistas. O seu desligamento é uma situação semelhante ao ocorrido com Caio Fábio pela Igreja Presbiteriana e Ricardo Gondim e Paulo Marcelo Schallenberger pela Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, embora, cada um desses tenha sido por motivos diferentes. Eles não são mais considerados pastores por essas instituições, e por muitas pessoas que fazem parte dessas instituições.
Uma conhecida foi cursar faculdade em Dallas, EUA, há três anos atrás. Num final de semana, fez um passeio com colegas. Eles se reuniram em uma praça. Mais de uma hora depois, quando ela já estava bem longe do local, percebeu que havia esquecido seu celular no banco da praça. Sua cabecinha raciocinou como uma paulista, lembrou-se dos ladrões de celulares e sofreu amargamente como se já houvesse perdido o aparelho. Uma amiga americana lhe convenceu a retornar à praça, zombando dela por pensar daquele jeito. Voltaram, a praça estava cheia e logo perceberam que muitos bancos estavam ocupados, menos o banco que havia esquecido o celular. No banco, só havia o celular, intocável, na mesma posição que o havia posto!
A observação importante sobre Dallas: lá é permitido que o cidadão porte ema arma de fogo em qualquer lugar que for. E este é um dos motivos para que todos respeitem o outro, os pertences do outro. Lá, os indivíduos dormem com portas abertas, estacionam os carros e o deixam aberto com a chave na ignição, e não existe o número estratosférico de roubos como ocorrem nas grandes metrópoles brasileiras.
Ultimamente, aos cristãos que apregoam o desarmamento, usando argumento que estar armado é uma posição anticristã, tenho pedido que elaborem argumento estritamente bíblico, com base neotestamentária e sobejamente exegético. Tenho pedido isso para alguns que até possuem nomes conhecidos no Brasil. E eles não o fizeram. Não o fizeram porque são contra o que está escrito no Novo Testamento a respeito do porte de armas. Eles confundem paz com estar desarmado, quando paz significa a execução da justiça. Não existe paz sem justiça.
Página da entrevista: veja.abril.com.br/coluna/matheus-leitao/igreja-evangelica-armada-entrevista-com-o-pastor-ed-rene-kivitz/ Sabatina publicada em 07 de agosto de 2022, acessada em 09 de agosto, contendo nela uma atualização.
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