O contentamento, seja, quais forem as circunstâncias, deve ser ensinado e cultivado. A declaração do apóstolo
faz supor que houve ocasiões em que ele não estava contente com as circunstâncias, isto é, sentia o que quase todos sentem e não devemos ensinar. "Já aprendi a contentar-me" revela que chegara o momento em que aprendera e alcançara o que não possuía.Se acaso os negócios não acontecem como nós desejamos, então em lugar de contentamento haverá descontentamento. Note-se que a frustração, a murmuração levam naturalmente ao descontentamento.
Não se torna necessário ensinar aos homens a se tornarem descontentes. Não é necessário ensiná-los a se mexerem. Essas coisas eles aprendem muito bem; sem que lhes ensinemos. Portanto, estamos dispensados de ensiná-las; prestamos um benefício aos homens e à sociedade se não ensinarmos nem contribuirmos para o descontentamento. As coisas negativas não precisam de incentivo nem de cultivo. Já as coisas preciosas que ornamentam a vida, não crescem sozinhas; exigem cultivo e cuidado diário.
"Já aprendi a contentar-me". Quantos de nós poderemos fazer nossas as palavras de Paulo? Quantos de nós poderemos proclamar, finalmente, que aprendemos a estar contentes com todas as coisas?
Não é fácil cultivar a flor do contentamento; não é fácil conservá-la viçosa e atraente, mas vale a pena olhar para trás, para os insucessos e poder declarar: Já aprendi a contentar-me com o que tenho; já aprendi a viver com o que Deus me dá; já aprendi a aconselhar outros para se contentarem com o que têm, isto é, com a graça de Deus, que vale mais do que todas as riquezas do mundo.
Fonte: Autoria de Emílio Conde. Extrato da revista Lições Bíblicas, edição julho a dezembro de 1970, texto incluso na primeira contracapa. Editora: Casa Publicadora das Assembleias de Deus [CPAD].
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